domingo, 1 de fevereiro de 2009

CINEMA

"Quem Quer Ser um Milionário?" domina Oscar com 8 prêmios

> Kate Winslet com o Oscar de Melhor Atriz pelo filme "O Leitor"

O filme "Quem Quer Ser um Milionário?", do diretor Danny Boyle, se tornou o grande vencedor da 81º edição dos prêmios Oscar, distribuídos pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

O filme levou oito estatuetas das dez às quais concorria.

Uma produção do Reino Unido ambientada na Índia, com elenco e grande parte da equipe indianos, o filme levou os prêmios de melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor canção original, melhor trilha sonora, melhor edição, melhor mixagem de som e melhor fotografia. Veja lista completa dos vencedores abaixo.

Comparado a "Cidade de Deus" (2002) --para desagrado do diretor--, o filme chegou a ficar "órfão" quando a Warner Independent Pictures, que financiaria o projeto, abandonou o trabalho. "Quem Quer Ser um Milionário?" foi então assumindo pela Fox Searchlight Pictures, que lançou o filme em novembro. No Brasil, o longa estreia nos cinemas apenas no próximo 6 de março.

Desde seu lançamento, "Quem Quer Ser um Milionário?" arrecadou US$ 150 milhões nas bilheterias. O filme também enfrentou críticas e protestos devido a um retrato considerado ruim das pessoas que vivem nas favelas de Mumbai.
A Índia marcou presença também com o melhor documentário de curta-metragem com "Smile Pinki". A cantora M.I.A., que participa da trilha de "Quem Quer Ser um Milionário?", acabou não realizando uma performance na cerimônia.

Outro destaque na premiação foi "Milk- A Voz da Igualdade", que levou o prêmio de melhor roteiro original e rendeu ao ator Sean Penn o segundo Oscar de sua carreira.

"O Curioso Caso de Benjamin Button", filme com o maior número de indicações ao Oscar (13 no total), ficou com apenas três prêmios: melhor efeito especial, melhor maquiagem e melhor direção de arte.

Heath Ledger foi homenageado com um Oscar póstumo de melhor ator coadjuvante devido ao seu trabalho como Coringa por "Batman - O Cavaleiro das Trevas". O prêmio foi recebido pelos pais e a irmã do ator. O filme ainda ganhou outra estatueta na categoria de melhor edição de som.

Penélope Cruz, no primeiro prêmio anunciado da noite, garantiu para a Espanha seu primeiro Oscar de atriz, ao ganhar como coadjuvante por seu papel em "Vicky Cristina Barcelona".


Audiência do Oscar nos EUA aumenta 6% em relação a 2008
A audiência da transmissão pela TV da cerimônia do Oscar neste domingo subiu cerca de 6%, segundo prévias de audiência divulgadas nesta segunda-feira pela Nielsen Media Research.


Desta forma, a audiência ficou em 23.3 de média para a ABC no horário em que transmitia o Oscar. A transmissão durou cerca de três horas e trinta minutos. A venda dos direitos de transmissão para a TV é a principal receita da cerimônia, quer perdeu patrocinadores neste ano.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas inovou neste ano e não escalou um comediante para comandar a cerimônia, mas sim o ator Hugh Jackman.

Jackman, ganhador de um Tony --o Oscar do teatro nos EUA-- em 2004, mostrou seus talentos como ator de musicais ao realizar números com a cantora Beyoncé e com Anne Hathaway.

A transmissão do Oscar figura como o espetáculo de maior audiência na TV americana no ano.


Confira a lista completa de vencedores:

Melhor Filme
Quem Quer Ser um Milionário?

Melhor Ator
Sean Penn, por Milk - A Voz da Igualdade

Melhor Atriz
Kate Winslet, por O Leitor

Melhor Ator Coadjuvante
Heath Ledger, por Batman - O Cavaleiro das Trevas

Melhor Atriz Coadjuvante
Penélope Cruz, por Vicky Cristina Barcelona

Melhor Diretor
Danny Boyle, por Quem Quer Ser Um Milionário?

Melhor Filme Estrangeiro
Departures

Melhor Filme de Animação
Wall-E

Melhor Roteiro Adaptado
Quem Quer Ser Um Milionário?

Melhor Roteiro Original
Milk - A Voz da Igualdade

Melhor fotografia
Quem Quer Ser um Milionário?

Melhor direção de arte
O Curioso Caso de Benjamin Button

Melhor figurino
A Duquesa

Melhor documentário em longa-metragem
Man on Wire

Melhor documentário em curta-metragem
Smile Pinki

Melhor montagem
Quem Quer Ser Um Milionário?

Melhor maquiagem
O Curioso Caso de Benjamin Button

Melhor trilha sonora original
Quem Quer Ser Um Milionário?

Melhor Canção
Jai Ho (Quem Quer Ser Um Milionário?)

Melhor Curta-Metragem de Animação
La Maison de Petits Cubes

Melhor Curta-Metragem
Spielzeugland (Toyland)

Melhor Edição de Som
Batman - O Cavaleiro das Trevas, Richard King

Melhor Mixagem de Som
Quem Quer Ser Um Milionário?

Melhores Efeitos Visuais
O Curioso Caso de Benjamim Button



'Hotel Bom pra Cachorro' une crianças e animais sem dono

Cães e crianças são os protagonistas da comédia Um Hotel Bom Pra Cachorro, estrelada por Emma Roberts (sobrinha de Julia Roberts), Jake T. Austin (da série da Disney Os Feiticeiros de Waverly Place) e um bando de cachorros de rua.

Os dois atores interpretam os irmãos Andi e Bruce no filme, que estreia apenas em cópias dubladas.

Órfãos há três anos, eles vivem mudando de tutores, porque ninguém os suporta. Seus novos responsáveis são Lois (Lisa Kudrow, a Phoebe da extinta série Friends) e Carl (Kevin Dillon, de Poseidon), que, claramente, apenas aceitam hospedá-los pelo dinheiro que recebem do Estado.

Como na casa adotiva não podem ter cachorro, os irmãos precisam fazer diversos malabarismos para manter Sexta-Feira, seu pequeno terrier, longe dos olhos de seus tutores. Mas não é apenas Sexta-Feira que se beneficia da proteção dos garotos. Eles também escondem, num hotel abandonado, dezenas de cães ameaçados de captura pela carrocinha, cujo destino seria o sacrifício.

Com a ajuda de outros três jovens que simpatizam com a causa, cria-se um verdadeiro paraíso canino no hotel. Para satisfazer a seus amigos de quatro patas, Bruce é capaz de bolar as invenções bizarras mas úteis, como um banheiro canino e um simulador de um carro em movimento que sopra vento no focinho dos cães. Nada disso, porém, dura muito tempo.

Uma das grandes vantagens de Um Hotel Bom Pra Cachorro, em comparação com seus similares, é que os animais apenas latem - ao contrário do recente e inferior Perdido Pra Cachorro - e nem são mera desculpa para levar a platéia às lágrimas - como em Marley e Eu. Ao contrário da maioria dos filmes do gênero, incluindo Lassie, este é mais alegre.

O diretor Thor Freudenthal, por sua vez, sabe alguma coisa sobre sutileza. Por mais claros que sejam os paralelos entra a vida dos irmãos que ninguém quer adotar e os cães sem dono, o filme nunca força a barra. A questão central é a difícil relação entre adultos e crianças. O único a dar atenção aos irmãos é o assistente social vivido por Don Cheadle (O Traidor) - que tem um discurso edificante (e desnecessário) no final.



Tom caricato tira a graça de 'Pantera Cor-de-Rosa 2'

Quando a nova franquia de Pantera Cor-de-Rosa estreou nos cinemas, em 2006, os fãs da cinessérie dos anos 60 e 70 foram ferozes com as críticas ao ator Steve Martin na pele do histriônico inspetor Jacques Clouseau. Justos ou não, acharam que ele não estava à altura do consagrado Peter Sellers, que interpretara antes o papel e morreu em 1980.

De fato, Sellers conseguiu elevar o gênero de comédia burlesca com a dignidade bizarra que conferia ao personagem. Independentemente do absurdo das situações em que Clouseau se metia, com o ator inglês o personagem jamais caía no ridículo.

Com uma escola bem diferente da do britânico, Martin preferiu reconstruir o personagem à sua imagem e semelhança, com uma interpretação mais caricata, aprofundando ainda mais este tom nesta sequência.

Desta vez, o inspetor atrapalhado deve encontrar o diamante Pantera Rosa, considerado símbolo da França, levado por um vigarista internacional conhecido por Tornado. Como ele roubou relíquias de inúmeros países, agências internacionais de investigação montam uma espécie de "time dos sonhos", com os melhores detetives do mundo para ajudar Clouseau e seu leal assistente Ponton (Jean Reno) na empreitada.

Como era de se esperar, o inspetor leva ao desespero seus subordinados, Vicenzo (Andy Garcia), Pepperidge (Alfred Molina), Kenji (Yuki Matsuzaki) e Sonia (Aishwarya Raí). A completa falta de aptidão do policial desconcerta seus colegas, que não demoram muito a assumir a missão.

Paralelamente ao imbróglio internacional, Clouseau envolve-se com sua secretária, Nicole (Emily Mortimer, de Match Point). Como em todos os outros detalhes de sua vida, nada parece dar certo para uni-los, incluindo aí um incendiário jantar romântico.

Resta então ao inspetor correr em faixa própria para identificar o criminoso, recuperar os objetos roubados, conquistar o amor de Nicole e, claro, do povo francês.

Chama a atenção que o irregular roteiro não tenha nada de original, apesar de ter sido elaborado por dois jovens novatos, Scott Neustadter e Michael H. Weber. A aparente falta de criatividade pode ser creditada à pesada mão de Martin, que parece ter feito mais do que ajudar a dupla.

O filme ganha pontos pela seleção do elenco de apoio, como a participação especial dos veteranos Lily Tomlin e Jeremy Irons. Mas quem dá vida ao filme é o ator inglês John Cleese (do extinto grupo inglês Monty Phyton), que substitui o ator Kevin Kline (de A Última Noite) no papel do inspetor-chefe Dreyfus.

Uma decisão acertada, já que o timing de Kline destoava da produção.

Ainda que provoque riso, a maior parte da graça de Pantera Cor-de-Rosa 2 é forçada. Steve Martin se esforça desesperadamente para fazer o espectador rir, o que acaba por destruir o frágil equilíbrio entre surpresa e sutileza, que caracteriza o humor de boa qualidade.


Filme peruano conquista Urso de Ouro em Berlim

O filme "La Teta Asustada", da peruana Claudia Llosa, ganhou neste sábado o Urso de Ouro da 59ª edição do Festival de Berlim. Trata-se do primeiro longa-metragem peruano a participar da seleção competitiva na história do festival. A trama é baseada no mito andino de que as mulheres estupradas durante a violência política no Peru traumatizavam seus filhos ao dar-lhes o seio para mamar. A atriz Magaly Soler interpreta Fausta, que nasceu "com o susto" causado pelo estupro de sua mãe. Ao morrer, esta expressou seu desejo de ser enterrada em seu povoado natal. O filme não conta apenas a luta de Fausta para conseguir dinheiro para a viagem, como também o lento processo para se curar da doença causada pelo fato de ter enfiado uma batata na vagina por medo de também ser estuprada. O iraniano Iraní Asghar Farhadi levou o Urso de Ouro de melhor diretor no festival por seu filme "About Elly". Já a atriz Birgit Minichmayr (foto) ganhou o Urso de Prata de melhor interpretação feminina do festival pelo papel em "Alle Anderen", de Maren Ade. Antes, o ator Sotigui Kouyaté tinha recebido o Urso de Prata de melhor papel masculino pela atuação em "London River", de Rachid Bouchareb.


'O Leitor' e as lembranças da guerra

Pela sua atuação no drama O Leitor, a atriz inglesa Kate Winslet recebeu sua sexta indicação ao Oscar e desponta como a favorita na categoria de melhor atriz, depois de já ter ganhado o Globo de Ouro pelo drama, mas como atriz coadjuvante. O Leitor concorre ainda em outras quatro categorias: melhor filme, diretor, roteiro adaptado e fotografia.


Kate é Hanna Schmitz, uma alemã cobradora de bonde que na década de 1950 conhece e se envolve com um jovem de 15 anos, chamado Michael Berg (o ator alemão David Kross). O romance entre os dois é tórrido. O rapaz envolve-se profundamente, pois este é seu primeiro grande amor. Para ela, o caso parece não ir além do sexo.

Hanna e Michael passam muito tempo juntos, ora namorando, ora lendo. Na verdade, é ele quem lê para ela livros como A Odisséia, As Aventuras de Huckleberry Finn e contos de Anton Tchekhov.

Porém, um dia ela o abandona, deixando Berlim depois de receber uma promoção no seu trabalho. O rapaz cresce atormentado por essa perda. Isso o traumatizou tanto que, décadas depois, ele não consegue estabelecer vínculos com as pessoas.

Michael só irá reencontrar Hanna anos mais tarde, quando ele, estudante de direito, assiste a um julgamento de ex-carcereiras do campo de concentração de Auschwitz. Para sua surpresa, Hanna está entre as rés.

Nesse momento, O Leitor levanta duas questões sobre a culpa. A primeira tem a ver com a responsabilidade dos agentes do Holocausto. A segunda, e mais interessante, transcende ao jogar para cima de Michael uma dúvida cruel: ele tem uma informação capaz de inocentar Hanna, mas, se a divulgar, poderá ajudar uma possível culpada por crimes nazistas a escapar ou ter reduzida sua pena. Além de ter de expor seu relacionamento juvenil com a ré.

Essa ambiguidade poderia muito bem servir de metáfora para a omissão diante dos horrores nazistas: a busca por um bode expiatório. Michael, assim como o autor do livro no qual o filme é baseado, Bernhard Schlink, pertence à geração que passou pela adolescência na época da ascensão do nazismo. Eles podiam não entender o que acontecia - mas seus pais, mais cedo ou mais tarde, souberam dos horrores e a maioria se omitiu.

Anos mais tarde, quando Michael - agora vivido por Ralph Fiennes - reencontra uma sobrevivente de Auschwitz e conta a ela o segredo de Hanna - o analfabetismo - a mulher (Lena Olin) pergunta se isso é uma explicação ou uma desculpa. Não há resposta da parte dele - o que não é uma surpresa, pois a questão é mesmo da maior complexidade.

O diretor inglês repete a parceira de As Horas com o roteirista David Hare, conseguindo melhores resultados na primeira parte - o tórrido romance entre Hanna e Michael - do que nos dois atos finais, o julgamento e a tentativa de Michael de reparar seu erro.

Kate Winslet mostra o talento e a profundidade de sempre, injetando humanidade num personagem complexo. Mas não deixa de ser frustrante sua indicação por este filme, uma vez que ela está muito melhor em Foi Apenas um Sonho.




DiCaprio e Winslet voltam a atuar juntos em 'Foi Apenas um Sonho'
Quase doze anos após o megassucesso Titanic (97), Leonardo DiCaprio e Kate Winslet estão juntos novamente num drama romântico. Trata-se de Foi Apenas um Sonho, do diretor inglês Sam Mendes, que concorre a 3 Oscars: melhor figurino, direção de arte e ator coadjuvante (Michael Shannon).

No Globo de Ouro, o filme teve melhor sorte, vencendo o troféu de melhor atriz dramática (Kate Winslet) e ainda sendo lembrado com indicações de melhor filme (drama), melhor diretor e melhor ator (DiCaprio).

Nos anos 50, Frank (DiCaprio) e April (Kate Winslet) têm menos de 30 anos, vivem nos arredores de Nova York, criando um casal de filhos adoráveis. Ele trabalha no departamento de vendas de uma empresa de máquinas, ela é dona-de-casa. Tudo estaria muito bem, não fosse o desânimo que toma conta dos dois, sentindo marasmo em suas vidas.

April sofre com a falta de perspectivas de futuro, após abrir mão de uma possível carreira de atriz. Além disso, sente o peso da responsabilidade de manter a harmonia do casal.

Não é à toa que April e Frank têm discutido tanto. Eles mal conhecem a si mesmos, que dirá um ao outro. Assim, todas as brigas acabam mal.

Foi Apenas um Sonho é um filme sobre um casal e uma época, mas também sobre um sentimento existencial. Quase dez anos depois de Beleza Americana (99), Sam Mendes volta a examinar o mal-estar da classe média suburbana, agora a dos anos de 1950 - mas que não deixa de alguma forma também de ser atemporal.

Os melhores momentos de Foi Apenas um Sonho são aqueles em que Frank e April são obrigados a encarar um ao outro, seus medos e frustrações - especialmente depois da visita de um vizinho com problemas mentais, vivido por Michael Shannon (indicado ao Oscar como coadjuvante), que joga na cara do casal aquilo que eles chamam de "vazio sem esperança".

Para fugir desse mal-estar que os consome, April planeja uma mudança para Paris, onde ela deverá trabalhar como secretária e sustentar Frank e as crianças, enquanto o marido decide o que realmente quer fazer da vida. Essa opção, aliás, é um escândalo para os vizinhos - entre eles, a corretora de imóveis interpretada por Kathy Bates. Porém, isso é apenas um plano. A realidade mais cedo ou mais tarde bate à porta, transformando o sonho americano em pesadelo.

O romance que deu origem ao filme, no original, Revolutionary Road - e que acaba de ser lançado no Brasil com o mesmo título do filme - é de 1961, ou seja, foi publicado poucos anos depois da época que retrata.

Esse é o tipo de livro que Hollywood em geral hesita em levar às telas, pois aqui não há catarse, não há redenção: é uma história que vai de mal a muito pior, é o retrato de uma geração.

A adaptação assinada por Justin Haythe mantém, inclusive, alguns diálogos literais do livro, mas raramente consegue entrar no centro da emoção dos personagens tão bem quanto o texto original de Yates.

DiCaprio está muito bem, mas a alma do filme é mesmo Kate. Numa cena, perto do final, quando se despede do marido que sai para o trabalho e força o sorriso para não entregar seus planos, é fácil entender por que essa é uma das atrizes cuja interpretação nunca decepciona.


Indicado a 5 Oscars, 'Dúvida' adapta peça premiada

Filme tem Philip Seymour Hoffman e Meryl Streep no elenco

Baseado numa peça premiada com o Pulitzer e quatro Tonys, adaptada para o cinema e dirigida por seu próprio autor, John Patrick Shanley, o filme Dúvida despontou como um dos favoritos também na principal premiação cinematográfica dos EUA.
Já vencedor de um troféu do Sindicato dos Atores do EUA para Meryl Streep, o filme também concorre a cinco Oscars, com outra indicação para a própria Meryl, além de três para atores coadjuvantes (Philip Seymour Hoffman, Amy Adams e Viola Davis) e roteiro adaptado para John Patrick Shanley. Esta é, aliás, a 15ª indicação de Meryl Streep, que já tem dois Oscar: um de coadjuvante por Kramer versus Kramer (1979) e um como protagonista, por A Escolha de Sofia (1982).
Dúvida, o perfeito título desta história, é algo que a diretora da escola católica de St. Nicholas, madre Aloysius Beauvier (Meryl Streep), não se permite alimentar. Ela nunca demonstra nenhuma hesitação quando castiga seus alunos, o que faz com muita frequência.
Move-se como um rato, sorrateira, nos corredores da capela, flagrando aqueles que dormem ou conversam durante a missa. Pressiona seus professores para que denunciem seus alunos malcomportados, mandando-os à diretoria. Exige rigor, vigilância implacável e punição exemplar, como se fosse uma representante da Inquisição do século 15 perdida no bairro nova-iorquino do Bronx, no ano de 1964.
Dentro e fora dos EUA, esse início dos anos 60 era um momento de mudança. A igreja católica era varrida por novos ventos com um papa reformista, João 23. Fora dos conventos, o movimento pelos direitos civis acumulava algumas conquistas. A escola St. Nicholas, por exemplo, acaba de admitir seu primeiro aluno negro, Donald Miller (Joseph Foster).
O movimento civil também incorporava o feminismo, que não parece, no entanto, penetrar os muros da escola. A alta hierarquia ali dentro é toda masculina. Apesar de toda a sua energia, madre Aloysius só tem autoridade sobre suas freiras e os alunos.
É entre um homem, padre Flynn (Philip Seymour Hoffman, de Capote), e uma mulher, madre Aloysius, que vai se travar a grande batalha da história - e ela tem a ver com sexo e outras coisa mais.
Alegre e espirituoso, padre Flynn está antenado com o novo momento da igreja. Ele dedica bastante tempo a conversas particulares com o aluno negro e isto chama a atenção de uma jovem freira, a irmã James (Amy Adams, de Uma Noite no Museu 2).


Luta pelo Oscar
'O Lutador' marca renascimento da carreira de Mickey Rourke

O Festival de Veneza é palco de grandes lembranças para o diretor Darren Aronofsky, como as vaias que teve de ouvir, em 2006, contra seu filme A Fonte da Vida, que levou muitos críticos a imaginarem que seu talento, revelado em Pi (1998) e Réquiem para um Sonho (2000), havia se esgotado. Na edição de 2008 do mesmo festival, Aronofsky recuperou-se desse desastre com a consagração de O Lutador, que não só arrancou aplausos desde sua primeira sessão como venceu o Leão de Ouro. Outra fênix que renasceu brilhantemente das cinzas com esse filme poderoso foi seu protagonista, Mickey Rourke.
Na pele de Randy "the Ram" Robinson, brilha um Mickey Rourke quase irreconhecível. Fisicamente destruído, aparentando mais do que os seus 56 anos, com longos e desgrenhados cabelos louros, em nada lembra o galã do hit sensual Nove e Meia Semanas de Amor (1986) e o jovem ator promissor de O Selvagem da Motocicleta (1983). Tudo isso, que em princípio seria uma desvantagem, serve à perfeição ao seu personagem, um lutador de luta livre envelhecido, doente e com carreira e vida pessoal em queda livre. É a volta por cima de Rourke, também, que há anos não conseguia tal chance como ator, apesar de ocasionais bons momentos, como a participação na animação Sin City (2005).
A tragédia do perdedor de coração sincero de O Lutador vem conquistando, como seria de se esperar, prêmios e indicações. Rourke, que já venceu um Globo de Ouro, um Bafta da Academia Britânica e vários prêmios de associações de críticos, como as de Chicago, São Francisco, Boston, Kansas City e Flórida, ainda concorre ao Oscar de melhor ator no próximo dia 22. O filme tem uma segunda indicação para Marisa Tomei, que pode ganhar sua segunda estatueta como atriz coadjuvante, somando-se àquela que venceu em 1992 com a comédia Meu Primo Vinny.
Voltando à sua forma plena como diretor, Aronofsky extrai o melhor de um roteiro simples e intenso, escrito por Robert S. Siegel. Randy Robinson, conhecido nos ringues como "The Ram" (o carneiro), vive os últimos tempos da carreira de lutador de luta livre. Seu coração está falhando e o corpo, cansado. Ele precisa encontrar outra profissão. Mas ele não se encaixa em nenhuma outra. Em sua vida emocional, enfrenta outros dilemas. Há muitos anos ele perdeu contato com a única filha, Stephanie (Evan Rachel Wood), hoje universitária. A ausência do pai causou rancores no coração da moça e parece difícil reverter isso agora. Mas Randy está disposto a tentar.
A vida afetiva de Randy, que declinou na mesma medida de seus sucessos no ringue, agora está reduzida a um relacionamento platônico com uma stripper, Cassidy (Marisa Tomei). Ela tem um filho e sente um medo enorme de novas decepções amorosas. Como Stephanie, ela também não parece disposta a dar uma chance a Randy. **** 4 ESTRELAS / ÓTIMO


Nova versão de “Sexta feira 13”

>>> Jason. De volta às origens.

O célebre personagem Jason Voorhees e sua máscara de hockey voltam a atacar nos cinemas com o longa Sexta-Feira 13, que chega às telas do Multiplex UCI Ribeiro Iguatemi na próxima sexta, dia 13 de fevereiro. Trata-se de uma nova visão do clássico de horror, desta vez aos olhos do diretor Marcus Nispel, responsável pelo longa O Massacre da Serra Elétrica. O filme traz Derek Mears como Jason, acompanhado dos protagonistas Jared Padalecki e Amanda Righetti. Na trama, Whitney (Amanda Righetti), Clay (Jared Padalecki), Mike (Nick Mennell, Jenna (Danielle Panabaker) e Trent (Travis VanWinkle) são alguns dos adolescentes que resolvem explorar o acampamento Crystal Lake. Em pouco tempo, a diversão se transforma em pesadelo quando um maníaco começa a perseguí-los.

O produtor Brad Fuller explicou ao site especializado Shocktillyoudrop.com que “neste filme, nós basicamente estamos começando novamente e reintegrando as coisas”. “Desta vez foi difícil, porque 'O Massacre da Serra Elétrica' foi um remake do original. Em 'Sexta-Feira 13', todos sabem que Jason não colocou sua máscara até o terceiro filme”, completou. Com isso, Fuller explicou que o novo longa irá trazer elementos dos três primeiros episódios da série. “Vocês vão ver Jason colocar sua máscara de hockey pela primeira vez, como e por quê”, explicou.

A franquia “Sexta-Feira 13” é composta por outros 11 filmes, além de um programa de televisão, romances, histórias em quadrinhos e jogos de videogame. O personagem Jason aparece em todos, seja como o assassino ou como o motivador dos mesmos. O primeiro longa, lançado em 1980, foi dirigido e produzido por Sean Cunningham, responsável também pela produção do último longa com o personagem lançado nos cinemas até então, “Freddy vs. Jason”, de 2003.

Originalmente, a série foi criada para aproveitar o embalo de “Halloween”, lançado em 1978. No entanto, a franquia conseguiu ir mais além. “Sexta-Feira 13” assumiu o posto de série de horror mais bem-sucedida nas bilheterias, e alcançou um total de U$ 591 milhões em todo o mundo. Hannibal ficou em segundo, com U$ 560 milhões, seguido por “A Hora do Pesadelo”, com U$ 503 milhões; Halloween ficou em quarto, com U$ 498 milhões e “Pânico” em quinto, com U$ 385 milhões.

O primeiro longa de “Sexta-Feira 13”, lançado em 1980, teve um orçamento estimado em apenas U$ 550 mil. No entanto, conseguiu alcançar a marca de U$ 39 milhões em arrecadação.


"O Curioso Caso de Benjamin Button" é fábula sobre a velhice

Nas fotos, Brad Pitt em três momentos do filme - Oscar de melhor maquiagem?

Há alguns anos, o humorista George Carlin (1937-2008) encantou o mundo com um texto que falava sobre as maravilhas da vida inversa: nascer velho e morrer com a felicidade de uma ejaculação. Bem antes disso, em 1922, o escritor F. Scott Fitzgerald expôs um ponto de vista contrário no conto O Curioso Caso de Benjamin Button, que inspirou o roteiro do belíssimo filme de David Fincher.

Fitzgerald preferiu imaginar como seria se apenas uma pessoa pudesse desfrutar deste mundo novo. Todas as outras seguem seu percurso normal de vida e morte. No filme, esse homem é interpretado por Brad Pitt, que nasce como um bebê velho e enrugado e passa a rejuvenescer ano a ano.

Abandonado pelo pai - em choque com a imagem do bebê deformado -, Benjamin é deixado na porta de um asilo e recebe os cuidados de Queenie (Taraji P. Hanson), uma afro-americana que toma conta dos velhinhos do local. Inicialmente assustada com a imagem da "criança", Queenie passa a tratá-lo como filho. Como o médico disse, ela acredita que ele sofre de uma doença degenerativa e está conformada com o fato de que vai perdê-lo aos poucos.

O que se segue é uma narrativa que coloca a vida e a morte no mesmo patamar. A ambientação realista ajuda a transformar este conto de fadas em uma crônica dos dias atuais.

Quem conhece os trabalhos de David Fincher com certeza se surpreenderá com a delicadeza em que esta obra é tratada. Diversos momentos históricos são passados pela tela como flashes, especialmente do marcante século 20: a repressão afro-americana, a 1ª e a 2ª Guerra Mundial, a ascensão dos Beatles, os poderosos anos 60. Mas se enganam aqueles que se voltam pensando em olhar uma produção grandiosa - embora as direções de arte e maquiagem sejam impecáveis. Benjamin Button nada mais é do que uma fábula sobre o envelhecimento.

Daisy, personagem de Cate Blanchett, é quem mais representa este ponto de vista. Envolvida com um homem que fica mais belo e jovem a cada dia, ela tem que enfrentar quase o mesmo dilema que o protagonista: perder a pessoa amada, de uma forma inversa.

A subjetividade do roteiro é o que mais pesa nesta obra. Por meio de Benjamin Button, conhecemos outros personagens, que aos poucos vão marcando os encantos da personalidade do personagem de Pitt. No fim, o nascimento e a morte são coadjuvantes na tênue linha que as divide, a vida, propriamente dita.

Com três horas de duração, o filme toca mais ainda não aqueles que têm medo de envelhecer, mas os que temem a eterna juventude.



'Operação Valquíria' revê complô contra Hitler

Se há interesse numa história cujo final já é conhecido, resta imaginar o que teria acontecido ao mundo se a frustrada tentativa de assassinato de Adolf Hitler, em 20 de julho de 1944, tivesse dado certo.

Como se sabe, o atentado realizado por oficiais alemães falhou, mas, ainda assim, rende material atraente no filme Operação Valquíria, estrelado por Tom Cruise.

O diretor Bryan Singer (de Os Suspeitos e das duas primeiras edições de X-Men) consegue criar suspense em diversas sequências deste filme, que reconstitui a mais famosa das 15 estimadas tentativas de matar Hitler - por ter sido a que chegou mais perto do sucesso e que gerou o maior número de prisões (700) e execuções (200) como consequência de seu fracasso.

Não deixa de ser mais ou menos raro num filme de Hollywood ter como personagens alemães, no caso, oficiais de alta patente e alguns políticos, que discordavam dos rumos do nazismo. Em geral, o cinema norte-americano vem satanizando implacavelmente aquela nação por conta da 2ª Guerra há várias décadas.

Operação Valquíria vem lembrar que alguns alemães arriscaram a própria pele para mudar a direção daquela hedionda política de nacionalismo fanático e eliminação física de dissidentes e judeus.

O coronel e conde Claus von Stauffenberg (Tom Cruise) é um desses opositores. Herói de guerra (perdeu um olho, uma das mãos e dois dedos da outra em batalha), de origem aristocrática, há tempos renega os arbítrios do regime nazista.

Além do mais, em 1944, especialmente depois da invasão da Normandia pelos Aliados, em junho, não era necessário ser vidente para perceber que a Alemanha caminhava para uma derrota militar.

Vários militares sabem disso. É o caso não só de Von Stauffenberg, como dos generais Tresckow (Kenneth Branagh), Ollbricht (Bill Nighy) e Beck (Terence Stamp). Alguns já chegaram a advertir prudentemente a cúpula, mas não foram ouvidos.

Esse grupo de oficiais de carreira, que não pertencem à temida SS - administradora dos campos de extermínio -, idealiza, então, um sofisticado plano não só para matar Hitler com uma bomba, como para tomar o controle da máquina de Estado usando seu próprio Exército de Reserva. Esse corpo é formado pelas tropas de prontidão para defender Hitler e Berlim no caso de um ataque dos Aliados.

Pelo plano dos rebeldes, o Exército de Reserva será acionado depois da morte de Hitler, recebendo ordens de desarmar e prender todos os oficiais da SS e os principais lugares-tenentes do ditador, caso de Himmler e Goebbels. Um novo governo provisório seria formado com líderes de confiança, procurando-se um armistício com os Aliados.

O engenhoso plano, como se sabe, vai até o fim. E são particularmente eletrizantes momentos como uma primeira tentativa frustrada de atentado - em que o general Tresckow coloca uma bomba numa garrafa de Cointreau, embarcada no mesmo avião de Hitler e que falha.

Além disso, são pontos altos as cenas que mostram o frenético esforço de Von Stauffenberg de montar um detonador e a própria colocação de nova bomba no bunker hitlerista, de que o coronel mesmo se encarregou.

Se há algo que pesa em alguns momentos contra o filme é uma certa necessidade de expor demais seu ator-produtor Cruise, bem como de incluir alguns clichês sentimentais - caso do adeus do coronel à sua esposa e a mão que ela passa na barriga para enfatizar sua nova gravidez.

ENTREVISTA

Tom Cruise: 'Arrisque-se ou vá para casa'

Ator diz procurar públicos diferentes a cada trabalho e que sua vida "atingiu novo nível de maluquice'; seu mais recente filme, "Operação Valquíria", tem lançamento no Brasil nesta terça, com a presença do ator

Nesta terça-feira, Tom Cruise participa no Rio do lançamento de seu filme mais recente, "Operação Valquíria", que chega aos cinemas no dia 13. Nele, o ator interpreta um coronel alemão que comanda um complô para matar Hitler.
Aos 46 anos e 28 de carreira, "Operação Valquíria" é o 33º filme em que Cruise atua. Em entrevista à jornalista Lynn Hirschberg, da revista do "New York Times", o ator fala sobre o início da carreira em Los Angeles, ao lado de Sean Penn, e do excesso de exposição na mídia -mais recentemente, pelo casamento com a atriz Katie Holmes e pelo nascimento de sua filha, Suri, 2, com quem diz sair às ruas para pedir doces no Dia das Bruxas.

PERGUNTA - Devem oferecer todo tipo de filme a você. Por que decidiu fazer "Operação Valquíria", que é a história de Claus von Stauffenberg, um oficial alemão que criou uma conspiração para matar Hitler?
TOM CRUISE - Procuro o tempo todo textos que sejam originais, que entretenham e que sejam um desafio. Quando "Nebraska" saiu, Bruce Springsteen falou algo sobre cada álbum seu ter um público, e cada público ser diferente. Isso se aplica a meus filmes -cada um tem um tipo de plateia. Gosto disso. Quis fazer "Magnólia" (1999) e "Operação Valquíria".

PERGUNTA - Você foi escolhido para atuar em "Toque de Recolher" quando tinha apenas 18 anos. Sua mãe o incentivou?
CRUISE - Sim. Minha mãe, que fazia teatro comunitário, me disse: "Vá lá, faça". Mas eu não era o sujeito que atuava nas peças da escola. Eu era o cara que economizava dinheiro e ia ao cinema. Sempre trabalhei, desde muito jovem. Vendia cartões de porta em porta, distribuía jornais. E gastava meu dinheiro e meu tempo no cinema.

PERGUNTA - Você se lembra da primeira viagem que fez a Los Angeles?
CRUISE - Sim. Conheci Sean Penn quando estávamos filmando "Toque de Recolher" (1981), e depois ele disse: "Você precisa vir a LA". Então peguei um avião para lá. Penn me buscou no aeroporto e me levou para conhecer a cidade. Fomos à casa de Nicholson. E à de Brando. E à de Dustin Hoffman. Não entramos, pensamos "O que será que esses caras estão fazendo agora?".

PERGUNTA - Você se preocupa com a ideia de que a fama dificulta seu desaparecimento em nome de um personagem?
CRUISE - A fama tem vantagens e desvantagens. Depois de "Top Gun" (1986), as pessoas disseram "Como você vai poder fazer outros tipos de personagem?". Mas, seja qual for a percepção que as pessoas têm de mim, essa não é a minha realidade. Bem, é, até certo ponto; mas até certo ponto, não. Vejo-me como pai, marido, ator. Todos os dias, faço a escolha de me lançar na vida.

PERGUNTA - Os últimos anos têm sido malucos para você. Isso é resultado de "se lançar na vida"?
CRUISE - Talvez [risos]. Já passei por fases malucas, mas este ano sem dúvida alguma atingiu um novo nível de maluquice. Era algo do tipo "amarrem os cintos, porque vamos bater no muro". Não sei para onde isso está indo, mas vou continuar com o pé no acelerador. Segurem-se, crianças! [risos] Tem sido uma loucura.

PERGUNTA - Você lê o que se escreve a seu respeito?
CRUISE - Tenho lido. Venho passando por isso há muitos anos. É preciso ter casca muito grossa e também ser muito sensível. Mas os últimos anos têm sido radicais. E você pensa: "Isso está passando dos limites".

PERGUNTA - Já sentiu que poderia perder seu público? Que seu meio de ganhar a vida -fazer cinema- pode ser tirado de você?
CRUISE - Não sei. Tudo o que sei é que o medo sempre esteve presente em minha vida, mas é preciso ignorá-lo. As pessoas sempre dizem "você é só isso". Depois de "Negócio Arriscado" (1983), disseram "você é só isso". Depois de "Top Gun", falaram "você não passa disso". Depois de "Negócio Arriscado", só me ofereciam comédias sexuais, e eu disse "não". Diziam que, se eu recusasse, perderia meu público. E eu não o perdi. Não importa o que esteja acontecendo, não importa a pressão ou o escrutínio, sempre volto àquele garoto que só quer fazer filmes. Não quero ser o que querem que eu seja. [...] Já ignorei essas opiniões antes e vou fazê-lo de novo.

PERGUNTA - Recentemente você foi convidado-surpresa num churrasco para Matt Lauer, apresentador do "Today". Há três anos, você teve uma discussão acalorada com ele no programa sobre o uso de drogas psicotrópicas no tratamento da depressão pós-parto.
CRUISE - O churrasco foi divertido. Fiz as pessoas rirem. Elas se surpreenderam.

PERGUNTA - Presume-se que você não faria algo assim, que você está numa torre de marfim.
CRUISE - Não me surpreende que pensem isso, mas "torre de marfim" soa como se eu estivesse me aposentando. O que eu acho é: arrisque-se ou vá para casa. Ou então, arrisque-se e seja mandado para casa [risos].

PERGUNTA - Os fatos em sua vida parecem ter ficado especialmente extremos na época de seu casamento com Katie Holmes.
CRUISE - Não tenho palavras para descrever o que foi escrito na época. Não havia nada que pudesse fazer para impedi-lo. Soube que Katie era forte quando a conheci, mas, por mais que você possa avisar, você não sabe o que é essa vida até estar mergulhado nela. Quis essa aventura, mas não foi essa a vida que quis para minha família.



‘Estou apaixonado pelo Brasil. Vou voltar’

Vamos às manias de Tom Cruise? O astro ocupa não duas, mas três suítes no Copacabana Palace, e já está fazendo fama no hotel por conta de suas caminhadas ao lado do segurança madrugada adentro, no corredor do 6º andar.

É que Tom não quer fugir dos horários de Los Angeles (fuso horário de seis horas a menos em relação ao Brasil). A disciplina é tamanha que ele pediu no sábado que seu café da manhã fosse servido às 13h do Brasil, ou seja, 7h em Los Angeles.

A simpatia do ator está fazendo fama no staff do Copa. Ele dá bom-dia a todos, pergunta do tempo, conversa com os funcionários, bem diferente dos ataques de estrelismo de Madonna, a quem não era permitido nem olhar. Hoje à noite, está programado um jantar para 20 pessoas no Cipriani em torno de Tom e da Fox.

O casal Cruise prova que tenta levar uma vida ‘normal’’, apesar da fama. Prova disso é a escolha do Sushi Leblon, o japa das celebridades, para o jantar de sábado. E por que logo um restaurante em que cada sushi é um flash? Indicação de amigos gringos de Tom, que adoram a casa.

“Ele não tem nada de esquisito, como pinta a mídia. Muito pelo contrário: é sorridente, supercarinhoso com a filha e não pára de trocar beijinhos com a mulher”, conta um funcionário do hotel. E completa: “A não ser que tenha fetiche por barrigas, Tom acaricia muito a de Kate”. Humm, por que será?...

Ontem, os Cruise, que estão registrados no hotel como Mr. Johnson, Mrs. Johnson e Baby Johnson, tomaram um helicóptero rumo à Ilha dos Porcos, de Ivo Pitanguy. Tomaram banho de mar, visitaram os animaizinhos criados pelo grande mestre (anta, peixinhos, pássaros), comeram moqueca, churrasco e leitão a pururuca, ficaram pasmos com a beleza do lugar e, às 17h45, deixaram o local de helicóptero, e fizeram um vôo panorâmico sobre o Rio.

No almoço, distribuiram-se em três mesas Helcius Pitanguy, Cláudia Faissol, o ministro Nelson Jobim com sua Adrienne, Walfrido dos Mares Guia, com Sheila, Vanessa de Oliveira e George Fauci, o embaixador americano Clifford Sobel, Hélio Vianna. Jobim convidou Tom para dirigir um avião Embraer Tucano da Força Aérea Brasileira. Tom disse que teria o maior prazer de voltar ao Brasil para isso. Top Gun revive! Take my breathe away... Katie gostou do colar de Adrienne Jobim, que não pensou duas vezes e o deu de presente para a atriz.

Quando o segurança perguntou a Tom se deveria tomar alguma providência quanto à enorme presença dos paparazzi em lanchas no mar, ele disse: “Deixe-os em paz. É o trabalho deles”.

Um detalhe: Suri queria-porque-queria levar para casa Melanie, a cadelinha da Miss Angra 2009, Taciana Pereira, mas a moça não liberou o bichano e a menina se pôs a chorar. Tom confidenciou aos presentes: “Essa é a primeira vez que estou realmente relaxando em meses. Estou apaixonado pelo Brasil, vou voltar muitas vezes”. Tomara.



Benicio del Toro e Penélope Cruz vencem prêmios Goya

Os atores Benicio del Toro e Penélope Cruz foram as grandes estrelas premiadas na noite deste domingo (1) nos prêmios Goya, considerado o Oscar do cinema espanhol. Toro levou a estatueta de melhor ator, pelo papel principal em "Che, o Argentino" de Steven Soderbergh. Já Penélope Cruz ganhou o prêmio de melhor atriz coadjuvante por "Vicky Cristina Barcelona", dirigido por Woody Allen.

O filme "Caminho", do cineasta espanhol Javier Fesser, foi o grande vencedor do prêmio Goya. A obra, que retrata com crueza a Opus Dei, levou seis estatuetas nesta 23ª edição do prêmio, realizada anualmente.

Na categoria de melhor filme hispano-americano, ganhou "La Buena Vida", do diretor chileno Andrés Wood. A melhor atriz foi a espanhola Carme Elías pela interpretação em "Caminho".

Os prêmios Goya são concedidos anualmente, pela Academia das Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha, aos melhores profissionais em cada uma de diversas especialidades. O prêmio consiste em um busto de Francisco Goya em bronze.

Veja a lista completa dos vencedores do Goya 2009

Melhor Filme
"Caminho"

Melhor Diretor
Javier Fesser, "Caminho"

Melhor Diretor Principiante
Santiago A. Zannou, por "El Truco del Manco"

Melhor Roteiro Original
"Caminho"

Melhor Roteiro Adaptado
"Los Girasoles Ciegos'

Melhor Música Original
"Los Crímenes de Oxford"

Melhor Canção Original
"A tientas", em "El Truco del Manco"

Melhor Direção de Produção
Rosa Romero, por "Los Crímenes de Oxford"

Melhor Fotografia
Paco Femenía, por "Sólo Quiero Caminar"

Melhor Montagem
Alejandro Lázaro, por "Los Crímenes de Oxford"

Melhor Ator
Benicio del Toro, por "Che, o Argentino"

Melhor Ator Coadjuvante
Jordi Dauder, por "Caminho"

Melhor Ator Revelação
Juan Manuel Montilla "Langui", por "El Truco del Manco"

Melhor Atriz
Carme Elías, por "Caminho"

Melhor Atriz Coadjuvante
Penélope Cruz, por "Vicky Cristina Barcelona"

Melhor Atriz Revelação
Nerea Camacho, por "Caminho"

Melhor Direção de Arte
Antxon Gómez, por "Che, o Argentino"

Melhor Figurino
Lala Huete por "El Greco"

Melhor Maquiagem
José Quetglas, Nieves Sánchez e Mar Paradela por "Mortadelo y Filemón: Misión Salvar la Tierra"

Melhor Som
Daniel de Zayas, Jorge Marín e Maite Rivera, por "3 Días"

Efeitos Especiais
"Mortadelo y Filemón: Misión Salvar la Tierra"

Melhor Animação
"El Lince Perdido"

Melhor Documentário
"Bucarest, la Memoria Perdida"

Melhor Filme Europeu
"4 Meses, 3 Semanas, 2 Días" (Romênia)

Melhor Filme Hispano-americano
"La Buena Vida" (Chile)

Melhor Curta-metragem
"Miente"

Melhor Curta-metragem de Animação
"La Increíble Historia del Hombre Sin Sombra"

Melhor Curta-metragem de Documentário
"Héroes. No Hacen Falta Alas Para Volar"

Goya de Honra
Jesús Franco


Melhor como humorista

Jim Carrey volta a fazer filme de comédia depois de fracasso

>>> “Sim Senhor”. Uma das estréias do Multiplex UCI Ribeiro Iguatemi

Jim Carrey é um dos principais comediantes que surgiram em Hollywood nos anos 90. No entanto, em 2007, ele resolveu investir num suspense,”Número 23”, que foi um verdadeiro fracasso de público. Para nosso alívio, “Sim Senhor” marca o retorno de Carrey às comédias. E, para quem apreciar suas caretas e o humor físico no qual ele é especializado, a boa notícia é que seu novo filme entrega exatamente o que se espera dele. E não há mal nenhum nisso.

No filme, que estreia hoje no Multiplex UCI Ribeiro Iguatemi, Carrey é Carl Allen. Funcionário de um banco, é conhecido por ser uma das criaturas mais rabugentas vivas. Ele diz "não" a tudo, principalmente após o término de seu casamento com Stephanie (Molly Sims), separação que nunca conseguiu superar. Mas, quando ele descobre o autor de livros de auto-ajuda e palestrante Terrence Bundley (Terence Stamp), sua vida muda. A filosofia do autor é dizer "sim" a todas as oportunidades que surgirem. Inclusive as que parecem serem menos atraentes. Desta forma, as pessoas estariam completamente abertas às ofertas de felicidade que o Universo lhes faz. Carl aceita e passa a viver melhor, na medida do possível: conhece uma bela moça (Zooey Deschanel) e vira o cara mais legal do pedaço. Mas é claro que nenhuma verdade é absoluta e ele começa a ver problemas em seu novo estilo de vida.

“Sim Senhor” conquista pelos detalhes. A trama não traz surpresas de deixar o público boquiaberto. Mas não é isso que ele deseja, afinal de contas, mas sim um Jim Carrey careteiro e atrapalhado. E, de fato, o comediante está inspirado na pele de Carl. Vale destaque também a trilha sonora, assinada pelo grupo de indie rock The Eels.



Sylvester Stallone, sarado, aos 62

Aos 62 anos, Sylvester Stallone aparecerá assim, saradíssimo e tatuado, no longa ‘The Expendables’, que terá parte filmada no Brasil, a partir de março. Stallone, que é roteirista, produtor, diretor e protagonista do filme, interpretará Barney Ross, chefão contratado para derrubar um ditador da América do Sul. No elenco estão confirmados Dolph Lundgren, Jet Li e Jason Stathan. Ele fez testes com as brasileiras Juliana Paes e Cleo Pires, que é apontada como a favorita para o papel de Sandra. Em dezembro, o astro esteve no Rio, procurando locações. Visitou a favela Tavares Bastos, Angra dos Reis, a Assembléia Legislativa e o Parque Lage.


Obsessão sexual em sala de aula

Filme "Fatal" abor
da a questão da perda da juventude

>>>
Ben Kingley e Penelope Cruz. Romance entre professor e aluna

Estréia da semana no Espaço Unibanco Dragão do Mar, o longa "Fatal" de Isabel Coixet, cineasta espanhola que fez Minha Vida Sem Mim e A Vida Secreta das Palavras. Mas, diferentemente desses dois filmes, em Fatal ela deixa de analisar perfis femininos para se concentrar num homem, personagem vivido por Ben Kingsley em interpretação memorável.

Baseado no livro O Animal Agonizante, de Philip Roth, Fatal acompanha o crítico cultural e professor David Kepesh (Ben Kingsley). Ele percebe dolorosamente que está velho, mais ou menos como um animal agonizante que dá nome ao livro de Roth. Eis que ele começa a dar aulas para Consuela Castillo (Penélope Cruz). Sua elegância e beleza exótica, lembrando quadros de Goya – conforme o próprio protagonista costuma comparar -, encanta o velho professor quase que instantaneamente. O relacionamento amoroso acaba despertando no personagem seus sentimentos mais imaturos, os quais ele nunca teve oportunidade de experimentar.

Por mais que Isabel Coixet aborde outros tipos de melancolias em seu novo trabalho, a cineasta ainda é capaz de emocionar pela tristeza das histórias que conta. Desta forma, é necessária certa preparação de espírito para assistir a Fatal; afinal, trata-se de um longa melancólico e triste, que aborda a questão da perda: da juventude, do amor ou mesmo da autoconfiança. *** 3 ESTRELAS / Bom


Filme sobre a Índia perto do Oscar

Dev Patel e Freida Pinto em cena. "Quem Quer Ser um Milionário?" ganha prêmio de produtores de Hollywood

"Quem Quer Ser Um Milionário?", do diretor Danny Boyle, ganhou o prêmio mais importante dos produtores de Hollywood, o que o deixa mais perto de conseguir o Oscar de melhor filme. O longa, inspirado em Bollywood, conta a história de um indiano que participa de um programa de TV nos moldes de "O Show do Milhão".

"Quem Quer Ser Um Milionário?" é um dos favoritos ao Oscar e concorre em dez categorias. A cerimônia acontece no dia 22 de fevereiro; no entanto, o líder de indicações é "O Curioso Caso de Benjamin Button", que conseguiu um total de 13.

O prêmio principal da Associação de Produtores da América (PGA, na sigla em inglês) é entregue ao produtor do filme --nesse caso, Christian Colson, que produziu outros três filmes alternativos. A cerimônia de entrega do prêmio aconteceu no último sábado (24).

A estatueta da Associação dos Produtores é considerado um termômetro para o Oscar, já que parte de seu júri também faz parte da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que concede o prêmio mais importante do cinema. Na premiação, "Man on Wire" foi o melhor documentário, e "Wall-E", a melhor animação.



"Slumdog Millionaire" é o grande vencedor do Globo de Ouro

>> Kate Winslet leva duas estatuetas

O filme "Slumdog Millionaire" arrebatou quatro estatuetas na 66ª edição do Globo de Ouro, concedido pela Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood e considerado o segundo prêmio mais importante do cinema americano.

Outra grande vencedora da noite foi a atriz Kate Winslet que recebeu duas estatuetas na mesma noite: uma por melhor atriz em filme dramático por "Apenas um Sonho" e outra de melhor atriz coadjuvante por "O Leitor". A britânica nunca havia ganhado um Globo de Ouro.
Em sua primeira indicação ao Globo de Ouro, Mickey Rourke levou para casa o prêmio de melhor ator em filme dramático.
"Esse é o meu caminho de volta", disse o ator em seu discurso. "Há alguns anos, estava quase fora do ramo".
Heath Ledger levou o prêmio póstumo de melhor ator coadjuvante por sua personificação do Coringa em "Batman - O Cavaleiro das Trevas". O diretor do filme Christopher Nolan recebeu a estatueta em nome da equipe.

Na TV, o grande vencedor foi a série cômica "30 Rock", arrebatando três prêmios, incluindo de melhor série comédia e musical, melhor ator de comédia para Alec Baldwin e melhor atriz no gênero para Tina Fey, também criadora do programa.
A premiação confirmou que 2008 foi o ano de "[Tina Fey", Rock" também já havia sido um dos grandes vencedores do Emmy do ano passado, e o nome de Fey chamou a atenção nos Estados Unidos e no mundo por sua interpretação da candidata à vice-presidência americana Sarah Palin.
Na categoria drama, a série "Mad Men" foi considerada a melhor, repetindo o resultado do ano passado.


Veja abaixo a lista completa dos vencedores.

Melhor filme de drama
"Slumdog Millionaire"
Melhor filme de comédia ou musical
"Vicky Cristina Barcelona"
Melhor diretor
Danny Boyle, por "Slumdog Millionaire"
Melhor ator (drama)
Mickey Rourke, por "The Wrestler"
Melhor atriz (drama)
Kate Winslet, "Apenas um Sonho"
Melhor ator (comédia ou musical)
Colin Farrell, por "Na Mira do Chefe"
Melhor atriz (comédia ou musical)
Sally Hawkins, por "Simplesmente Feliz"
Melhor atriz coadjuvante
Kate Winslet, "O Leitor"
Melhor ator coadjuvante
Heath Ledger, por "Batman - O Cavaleiro das Trevas
Melhor filme estrangeiro
"Waltz With Bashir", Israel
Melhor filme de animação
"Wall-E"
Melhor roteiro
Simon Beaufoy, por "Slumdog Millionaire"
Melhor trilha sonora
"Slumdog Millionaire"
Melhor canção
"The Wrestler", de "The Wrestler"
Televisão
Melhor série (drama)
"Mad Men"
Melhor ator em série (drama)
Gabriel Byrne, por "In Treatment"
Melhor atriz em série (drama)
Anna Paquin, "True Blood"



Melhor série (comédia ou musical)
"30 Rock"
Melhor ator em série (comédia ou musical)
Alec Baldwin, por "30 Rock"
Melhor atriz em série (comédia ou musical)
Tina Fey, por "30 Rock"
Melhor minissérie ou filme para TV
"John Adams"
Melhor ator em minissérie ou filme para TV
Paul Giamatti, por "John Adams"
Melhor atriz em minissérie ou filme para TV
Laura Linney, por "John Adams"
Melhor ator coadjuvante por série, minissérie e filme para TV
Tom Wilkinson, por "John Adams"
Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie e filme para TV
Laura Dern, por "Recount"






Nicole Kidman diz que ficou constrangida com filme "Austrália"

A atriz Nicole Kidman afirmou em entrevista a uma rádio australiana que quase não conseguiu assistir à sua atuação no épico "Austrália", informou a versão on-line do jornal "Daily Mail".


Dirigido por Baz Luhrman, "Austrália" era um ambicioso projeto de US$ 130 milhões, que reuniu dois astros do país, Kidman e Hugh Jackman, e procurava alavancar a indústria de turismo australiana.

O filme foi um fracasso nas bilheterias americanas, arrecadando US$ 44,3 milhões em cinco fins de semana no Canadá e Estados Unidos.

A própria atriz reconheceu que ficou decepcionada com seu desempenho no longa, em que interpreta uma aristocrata inglesa que se apaixona por um vaqueiro (Hugh Jackman), quando os dois tocam sua boiada pelo deserto australiano durante a 2ª Guerra Mundial.

Na entrevista à rádio de Sidney, Kidman contou que, quando foi à pré-estreia do filme ao lado do marido Keith Urban, ela não conseguia olhar para tela e ficar orgulhosa com sua atuação.

"Eu não posso olhar para esse filme e me sentir orgulhosa", disse a ganhadora do Oscar por "As Horas". "Eu sentei ali e olhei para Keith [Urban] e perguntei 'eu trabalhei bem nesse filme?'".






Keanu Reeves é alienígena

“O dia em que a terra parou”: Remake do clássico da ficção

Keanu Reeves é o protagonista da refilmagem do clássico de 1951 O Dia em que a Terra Parou. O filme, dirigido por Scott Derrickson (O Exorcismo de Emily Rose), tem o ator no papel do alienígena Klaatu, interpretado por Michael Rennie no original.
Na época em que foi produzido, o longa virou um apelo pacifista pelo fim da Guerra Fria que estava em sua fase inicial.

A trama nasceu do conto Farewell to the Master, publicado em 1940 por Harry Bates. Um ser de outro planeta vem à Terra entregar ao presidente um presente, mas é impedido por soldados. Ele é preso e se esconde em uma pensão onde conhece Helen e seu filho Bobby.

Klaatu se decepciona várias vezes com os humanos ao se deparar com o uso desenfreado de armas de fogo. E, por isso, faz um alerta: A Terra será destruída caso os seus habitantes não mudem essa postura.

Jennifer Connelly e Jaden Smith, o filho de Will Smith que estreou no cinema em À Procura da Felicidade (2006), completam o elenco principal do filme.




Angelina Jolie dirigida por Clint Eastwood em drama

Atriz protagoniza “A Troca”, estréia dessa semana nos cinemas, e dedica o filme à sua mãe

A atriz americana Angelina Jolie disse nesta segunda-feira que seu último papel, no filme “A Troca”, uma das estréias desta semana nos cinemas, em cartaz no Multiplex UCI Ribeiro Iguatemi, era dedicado à sua mãe, que morreu de câncer no ano passado, uma mulher forte e elegante que sabia "o que era certo".
Em entrevista coletiva concedida em Londres para apresentar o filme, dirigido por Clint Eastwood, Angelina explicou que a mãe, Marcheline, era tão doce que era chamada de Marshmallow, mas também podia ser muito forte se precisasse proteger os filhos. "Era muito doce e nunca se irritava, não levantava a voz por nada, mas, quando se tratava de seus filhos, era realmente feroz, portanto esta é verdadeiramente sua história", declarou a atriz.
Em A Troca, Angelina interpreta uma mãe dos anos 1920 em Los Angeles (Estados Unidos) cujo filho é seqüestrado. Quando finalmente a criança é devolvida, ela percebe que o filho não é seu.
A personagem, baseada em uma história real, enfrenta as autoridades corruptas para obter justiça. Sobre Eastwood, a atriz destacou que era "realmente um bom homem; um desses líderes muito fortes e justos". Angelina, que na vida real é mãe de seis filhos - três deles adotados - e vive com o ator Brad Pitt, reiterou que sua intenção é deixar o cinema pouco a pouco para se dedicar à família. "Tenho uma grande família e muita responsabilidade em casa. E tenho a sorte de (por questão financeira) não ter de trabalhar todo o tempo. Sinto-me privilegiada de poder estar muito em casa. Talvez, no final, deixe (a atuação)", acrescentou. Ao ser perguntada se sua família aumentaria, a atriz de 33 anos respondeu: "Com certeza".

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