“Se eu fosse você 2” perto do recorde
A comédia nacional Se eu Fosse Você 2, de Daniel Filho, chega cada vez mais perto de superar as bilheterias de 2 Filhos de Francisco, filme mais visto da "retomada" do cinema brasileiro pós-anos 1990. Apesar de ter ficado em segundo lugar nas bilheterias desta semana, Se eu Fosse Você 2 já foi visto por 4,8 milhões de pessoas contra 5,3 milhões de 2 Filhos de Francisco.
Cinema nacional
O Programa Cinema do Brasil organizou em Berlim, na Alemanha, dois Encontros de Co-Produção e dois negócios já foram fechados. No Encontro entre produtores brasileiros e alemães, a produtora Coração da Selva firmou com a produtora alemã X-Films (que já produziu Edukators entre outros) para co-produzir “Praia do Futuro”, longa-metragem do diretor cearense Karin Ainouz (foto), que será rodado no Brasil e na Alemanha. Já no Encontro Brasil – Espanha (também realizado em Berlim), a Ocean filmes e a Abbas Filme ( as duas brasileiras) fecharam uma co-produção com a produtora madrilenha Continental Producciones para filmar “Sobre Rodas América Latina”, de Sérgio Bloch. O Programa Cinema do Brasil levou uma delegação de 20 produtoras nacionais ao Festival de Berlim.
O novo filme de Karim Aïnouz
Empresa alemã irá produzir filme do diretor cearense de "O céu de Suely" e "Madame Satã"
Após dois longa-metragens de sucesso, o diretor e roteirista Karim Aïnouz prepara agora Sunlit Berlin (ainda sem título em português), que será rodado nas ensolaradas praias de Fortaleza e no intenso inverno alemão.
Com filmagens e financiamento nos dois países, o projeto se qualifica como bi-nacional, brasileiro e alemão. A parceria foi firmada entre a produtora brasileira Coração da Selva e a alemã X Filme Intl., dos sucessos "Adeus, Lênin" e "Corra, Lola, Corra". O anúncio ocorreu no último dia 6, durante o encontro de co-produção organizado em Berlim pela ANCINE, agência do governo brasileiro, aproveitando a ocasião do festival internacional de cinema que acontece na capital alemã.
Sunlit Berlin contará a história de Donato, um salva-vidas brasileiro que deixa para trás sua vida no mar para tentar a sorte em Berlim, sem dar explicações a sua família - essa decisão leva seu irmão mais novo a embarcar em sua busca, dez anos mais tarde.
O primeiro longa do diretor, Madame Satã, estreou na prestigiosa mostra Un Certain Regard do Festival de Cinema de Cannes em 2002 e recebeu mais de 40 prêmios em festivais nacionais e internacionais. O segundo, O Céu de Suely, depois de exibido no Festival de Veneza em 2006, recebeu outros 50 prêmios. Karim assina também a direção geral da série Alice, exibida na HBO em 2008 e os roteiros de Abril Despedaçado, Cidade Baixa e Cinemas, Aspirinas e Urubus.
Produzido por Geórgia Costa Araújo, da Coração da Selva, responsável pelos longas Contra Todos, Antônia, O Signo da Cidade e Condomínio Jaqueline, Sunlit Berlin será rodado na Praia do Futuro na cidade de Fortaleza, Ceará e nas cidades alemãs Berlim, Frankfurt e Hamburgo.
Atualmente, o filme está em fase de desenvolvimento e captação de recursos, com filmagens previstas para dezembro de 2009.
O Bem Amado no cinema
Marco Nanini será Odorico Paraguaçu na nova versão
>>> Cena. Matheus Nachtergale e Marco Nanini nas filmagens do novo "O Bem Amado"
Sucesso nos palcos e na televisão, o personagem Odorico Paraguaçu vai voltar a divertir o público em breve, dessa vez nos cinemas. Começaram na última quinta-feira (22) as filmagens de "O Bem Amado", de Dias Gomes, com Marco Nanini no papel do prefeito corrupto de Sucupira. Abaixo, uma das primeiras imagens do ator durante as gravações.
Com direção de Guel Arraes (de "Auto da Compadecida", "Lisbela e o Prisioneiro" e "Romance"), o filme deve estrear até o fim do ano, e terá no elenco Matheus Nachtergale, José Wilker, Andréa Beltrão, Zezé Polessa, Edmilson Barros, Tonico Pereira, Drica Moraes, Maria Flor e Caio Blat. Paula Lavigne assina a produção do longa, que tem roteiro de Claudio Paiva e do próprio Guel Arraes. As primeiras cenas da versão para o cinema de "O Bem Amado" foram gravadas na praia do Gunga, no município de Roteiro, a cerca de 50 km de Maceió.
A história de "O Bem Amado" é inspirada na peça "Odorico, o Bem-Amado ou Os Mistérios do Amor e da Morte", escrita pelo próprio Dias Gomes em 1962. O prefeito Odorico Paraguaçu quer inaugurar um cemitério, apoiado pelas irmãs Cajazeiras (Drica Moraes, Andrea Beltrão e Zezé Polessa) e contestado pelo dono do jornal da cidade. Mas como ninguém morre em Sucupira, ele chega a contratar cangaceiro matador para que o cemitério possa ser inaugurado logo.
A novela "O Bem Amado" - a primeira em cores da TV brasileira - foi ao ar em 1973 e tinha no elenco Paulo Gracindo, Lima Duarte e Emiliano Queiroz.
Ator que protagoniza 'Lula, o Filho do Brasil' fala de sua preparação para viver o sindicalista
Nunca na história deste País, um trabalhador brasileiro deu um salto tão rápido em sua carreira.
Em pouco menos de dois meses, o ator Rui Ricardo Diaz, 30 anos, saiu do anonimato dos palcos paulistas para enfrentar um palanque diante de 600 figurantes, no estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, trajando figurino e trejeitos do sindicalista que viria a ser um dos governantes mais poderosos da América Latina.
Para as filmagens de ‘Lula, o Filho do Brasil’, longa-metragem sobre a vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com direção de Fábio Barreto, Rui passou por preparação intensiva que o levasse ao tom mais próximo do personagem real.
Oito quilos acima do peso, com a barba por fazer e mantendo um esparadrapo cor-da-pele preso ao dedo mínimo — para simular a amputação na mão do presidente —, Rui tem impressionado a equipe de produção e elenco com a semelhança alcançada. “Desde dezembro, nos ensaios, eu já estava usando um esparadrapo para ir me acostumando.
Agora já nem sinto mais falta do dedo, nem qualquer incômodo, é natural”, revela o ator. Nas cenas, além do adesivo e da maquiagem que o disfarça, as câmeras evitam certos ângulos para garantir mais veracidade à característica física.
Rui ganhou o papel na última hora, depois que Tay Lopes (o pastor de ‘Última parada 174’, filme de Bruno Barreto), que originalmente seria o intérprete, foi obrigado a se afastar por problemas de saúde. Hipertenso, Tay não conseguiu manter a dieta para ganhar peso que o personagem exigia.
Entre dezenas de candidatos, Rui chamou atenção pela ‘essência emocional’ semelhante a do ex-sindicalista. “Ele tem muita personalidade, postura forte, firmeza de caráter, e ao mesmo tempo transparece grande humildade. Essas são características essenciais para criar a figura do Lula”, analisa o preparador de elenco do filme, Sérgio Penna.
Com a ajuda de Sérgio, o ator procurou ‘descaricaturar’ a figura do presidente, tantas vezes satirizada por humoristas. “Lula tem características bem peculiares, a barba, a voz, a questão do dedo. Tenho que tomar muito cuidado para não passar do ponto”, explica Rui, que contou também com a ajuda de uma fonoaudióloga para reproduzir a rouquidão e a ‘língua presa’ de Lula.
Conversando com antigos companheiros de sindicato e familiares do presidente, Rui ganhou o ingrediente que faltava para compor com ainda mais empenho o personagem: admiração. “Descobri no Lula um homem muito mais emotivo do que eu imaginava. Agora sou um verdadeiro adorador dele”, diz o ator, que tem evitado pensar na repercussão de seu trabalho. “Lula é uma referência grande em todo o mundo. Mas não penso muito na minha responsabilidade. Se alguém aqui deve se preocupar com responsabilidades é ele.”
Nossa heroína popular
Andréia Beltrão vive a professora “Verônica” no cinema
>>> Andréa Beltrão. “Verônica é o símbolo do que uma professora pode significar na vida de alguém.”
Andréa Beltrão veio do teatro e tem um Teatro – o Poeira, em parceria com a amiga e atriz Marieta Severo –, mas em 30 anos de carreira já fez mais de 15 filmes. Mais recentemente esteve em Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho e em Romance, de Guel Arraes. Dos quatro roteiros que escreveu com o marido Maurício Farias, encarnou em “Verônica”, filme em cartaz no Multiplex UCI Ribeiro Iguatemi, ainda em ritmo de pré-estréia, o modelo de uma heroína popular, mas, principalmente de uma figura que lhe é bem familiar. Sua mãe foi professora de escola pública, onde a atriz sempre estudou e onde hoje estudam seus três filhos. “Verônica é o símbolo do que uma professora pode significar na vida de alguém”, explica. Após estas filmagens, Andréa estreou na peça As Centenárias – pela qual ganhou o Prêmio Shell de melhor atriz – e gravou a minissérie Som e Fúria, uma co-produção O2 e Rede Globo, com direção do Fernando Meirelles. Atualmente filma Salve Geral, de Sérgio Resende, em São Paulo,e prepara-se para rodar O Bem Amado, de Guel Arraes, onde fará uma das irmãs Cajazeiras. Confira a entrevista com a atriz.
Nestes 15 anos de relacionamento com o Maurício, de todas as idéias e roteiros que você e ele ensaiaram fazer juntos, onde Verônica se encaixa? Era uma idéia antiga?
Andréa Beltrão – Esse filme é o primeiro que nós fizemos juntos, num esquema de produção diferente. Verônica era um roteiro do Maurício com colaboração minha que teve várias versões. Enquanto trabalhávamos no roteiro, íamos tentando levantar a produção. Conseguimos o patrocínio do Sistema Anglo de Ensino, mas o roteiro não estava pronto. Tínhamos um prazo difícil e apertado, por causa das datas do Maurício, do elenco e de toda a equipe. Mas ele resolveu fazer assim mesmo, convidou o Bernardo Guilherme (roteirista) e os dois reescreveram o roteiro todo. Aí conseguimos filmar. Não tivemos muito tempo de preparação, mas isso também reverteu a favor do filme, por que fizemos na raça e na maior alegria.
Quando surgiu o dinheiro e a oportunidade você tinha alguma idéia de que história queria contar?
AB – Nós tínhamos outro roteiro, mas era uma história muito mais cara do que o que conseguimos para filmar. Então começamos a pensar em outra história. Foi quando o Maurício convidou o Bernardo. Depois de muitas conversas, eles vieram com a história dessa professora que é arrastada pelos acontecimentos. E daí surgiu Verônica, nossa corajosa, nossa heroína. Um símbolo do que uma professora pode significar na vida de alguém.
Você estava terminando um outro filme quando começaram as filmagens de Verônica. Como, então, se preparou?
AB – Eu estava terminando o Romance... Estudei bastante nos intervalos da filmagem, e como eu participei de muitas reuniões de criação, produção e do próprio roteiro, conhecia bem a estrutura narrativa. Me preparei durante um bom tempo acompanhando o trabalho do Maurício na realização do filme.
Você ajudou na produção executiva? Foi sócia financeira do filme?
AB – Só um pouquinho... mas dei muito palpite!
O fato de você chegar em cima da hora das filmagens e só fazer leituras não atrapalhou no relacionamento com o Matheus?
AB – Acho que o fato da gente se conhecer em cima da hora foi ótimo, porque a falta de intimidade acabou virando um recurso para as cenas. Além disso, ele foi preparado pela Cristina Bethencourt, e já chegou muito espertinho. Matheus, apesar de ser bem pequeno na época do filme, sabia se comportar no meio dos adultos, sempre bem humorado e com tiradas engraçadas. A gente gostava de implicar um com o outro. Ele me chamava de angústia, apelido muito bem aplicado, e eu o chamava de castigo. Nesse caso o apelido não corresponde à realidade, o Matheus é encantador.
E o que achou da personagem quando a leu? Você se lembrou de alguma mulher ou professora que conheceu para fazê-la?
AB - Paixão à primeira leitura. Pensava muito na minha mãe, porque ela foi professora de escola pública e eu sempre admirei o prazer que ela tinha quando algum aluno, principalmente os com mais dificuldades, tirava nota boa.
Agora, uma curiosidade: como você conseguiu correr todos aqueles quilômetros que o filme te exigiu com um sapato plataforma salto 12?
AB – Treinei muito na praia. Na areia fofa!
Rui e Vani buscam novos parceiros para esquentar o casamento em ‘Os Normais 2’
Em briga de marido e mulher, que tal alguém — sexy, disponível e moderninho — para meter a colher? Em tempos de relacionamentos abertos e liberais, o filme ‘Os Normais 2’ — continuação da comédia protagonizada por Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães que já começou a ser rodado no Rio — entra na onda do amor a três.
No filme dirigido por José Alvarenga Jr., para tentar dar fôlego ao relacionamento, Vani e Rui decidem procurar obsessivamente por parceiros(as) para uma aventura sexual. “Com exceção do fato de que Vani e Rui são verdadeiros demônios, eles passam por situações normais que casais, se ainda não viveram, vão viver. Todo mundo já passou por um casamento que sexualmente vai minguando, ou por um noivado que dura mais tempo do que o desejado”, opina Fernanda Torres, que volta ao batente depois do nascimento de seu segundo filho, Antônio, de 9 meses.
As novas aventuras da dupla, que foram ao ar de 2001 a 2003 na série da Globo, começam a ser filmadas seis anos depois de ‘Os Normais — O Filme’, que teve quase três milhões de espectadores nas salas brasileiras. O intervalo entre as produções não alterou o clima descontraído nos bastidores, mas exigiu dos atores alguns ajustes no reencontro. “No início, estranhamos, porque a Vani e o Rui são, digamos, um pouco mais acelerados que nós. Na verdade, eles são uma tsunami!”, brinca Luiz Fernando.
Seguindo a tendência liberal em voga no filme, a bem-sucedida união profissional dos dois atores — amigos e parceiros em cena desde 1996 — também tem como segredo uma certa dose de infidelidade. “A gente se traiu bastante nesse tempo de parceria. Temos liberdade de ir e vir, a gente se vê quando quer, não fica refém desse relacionamento”, define Luiz Fernando, lembrando que também dividirá a cena com Fernanda na comédia ‘Deus É Química’, que entrará em cartaz no Rio a partir de maio.
Se no primeiro filme, a idéia era mostrar a faceta romântica do desastrado casal, a nova produção tem como objetivo investir sem medo no lado pastelão da dupla. “É uma comédia amalucada, em que todo e qualquer humor vale a pena. ‘Os Normais’ teve como mérito voltar à boa sacanagem e o segundo filme segue essa tendência”, adianta o diretor Alvarenga, que rasga elogios ao seu time: “Eu me sinto técnico da Seleção Brasileira no comando desse elenco, não tenho muito trabalho. Só o Dunga não sabe dirigir craques”, brinca.
Com previsão de estréia para o segundo semestre do ano, a comédia poderá virar uma trilogia. “Ainda hoje somos cobrados nas ruas e chamados de Rui e Vani. Acho que caberia mais um filme, a gente sente vontade de ir adiante. E desta vez não vai demorar tanto”, garantem os protagonistas.
Começam as filmagens de "Em teu nome"
Longa baseado em fatos reais tem participação de Marcos Paulo, Silvia Buarque e Cesar Troncoso
A partir de hoje, os atores Marcos Paulo, Silvia Buarque e Cesar Troncoso (O Banheiro do Papa) estarão no Rio Grande do Sul para as filmagens do longa-metragem Em Teu Nome, do cineasta gaúcho Paulo Nascimento. O filme é baseado na história real de João Carlos Bona Garcia, atual juiz da Justiça Militar do RS que foi preso político na década de 60 durante a ditadura da era Médici. Bona foi exilado para o Chile em 1971 em troca do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, seqüestrado pelo capitão do exército Carlos Lamarca e militantes da VPR - Vanguarda Popular Revolucionária, um grupo que pregava a revolução à mão armada influenciado pelos ideais comunistas de Fidel Castro e Che Guevara. As filmagens seguem até o dia 12 de fevereiro no Brasil e 20 de fevereiro no Chile. :: João Carlos Bona Garcia :: João Carlos Bona Garcia nasceu em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, em 1946. Ingressou no movimento estudantil aos 17 anos, influenciado pelos ideais comunistas de Fidel Castro e Che Guevara. Após o golpe militar de 64 no Brasil, passou a militar no Partido Comunista e foi guerrilheiro da VPR - Vanguarda Popular Revolucionária. Para financiar a revolução, Bona participa de um assalto e é preso pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) em plena Era Médici. Vítima de tortura e agressão, foi exilado para o Chile em 1971 com 70 presos políticos trocados pelo embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher. O seqüestro foi realizado pelo capitão do exército Carlos Lamarca e por militantes da VPR em 1970, sendo a última operação do tipo realizada pela esquerda durante o regime militar (antes dele foram sequestrados um embaixador norteamericano, um cônsul japonês e um embaixador alemão). Bona morou ainda na Argentina, Argélia e França. Neste último, militou no Partido Comunista da França, onde ajudou a formar o comitê pela anistia que possibilitou seu retorno ao Brasil em 1979. Atualmente é juiz da Justiça Militar do Rio Grande do Sul, órgão que julga os integrantes da Brigada Militar, a PM do Estado. É autor do livro Verás que um filho teu não foge à luta.
"SE EU FOSSE VOCÊ 2" TEM MAIOR RENDA DA RETOMADA
Em 37 dias, "Se Eu Fosse Você 2", de Daniel Filho, arrecadou mais de R$ 39 milhões em bilheteria, tornando-se o filme brasileiro de maior renda desde a retomada do cinema nacional (1995). Com 4,7 milhões de espectadores, o longa com Tony Ramos e Glória Pires é o segundo filme brasileiro mais visto desde então. O primeiro é "2 Filhos de Francisco", com 5,3 milhões em 2005.
A comédia nacional Se eu Fosse Você 2, de Daniel Filho, chega cada vez mais perto de superar as bilheterias de 2 Filhos de Francisco, filme mais visto da "retomada" do cinema brasileiro pós-anos 1990. Apesar de ter ficado em segundo lugar nas bilheterias desta semana, Se eu Fosse Você 2 já foi visto por 4,8 milhões de pessoas contra 5,3 milhões de 2 Filhos de Francisco.
Cinema nacional
O Programa Cinema do Brasil organizou em Berlim, na Alemanha, dois Encontros de Co-Produção e dois negócios já foram fechados. No Encontro entre produtores brasileiros e alemães, a produtora Coração da Selva firmou com a produtora alemã X-Films (que já produziu Edukators entre outros) para co-produzir “Praia do Futuro”, longa-metragem do diretor cearense Karin Ainouz (foto), que será rodado no Brasil e na Alemanha. Já no Encontro Brasil – Espanha (também realizado em Berlim), a Ocean filmes e a Abbas Filme ( as duas brasileiras) fecharam uma co-produção com a produtora madrilenha Continental Producciones para filmar “Sobre Rodas América Latina”, de Sérgio Bloch. O Programa Cinema do Brasil levou uma delegação de 20 produtoras nacionais ao Festival de Berlim.
O novo filme de Karim Aïnouz
Empresa alemã irá produzir filme do diretor cearense de "O céu de Suely" e "Madame Satã"
Após dois longa-metragens de sucesso, o diretor e roteirista Karim Aïnouz prepara agora Sunlit Berlin (ainda sem título em português), que será rodado nas ensolaradas praias de Fortaleza e no intenso inverno alemão.
Com filmagens e financiamento nos dois países, o projeto se qualifica como bi-nacional, brasileiro e alemão. A parceria foi firmada entre a produtora brasileira Coração da Selva e a alemã X Filme Intl., dos sucessos "Adeus, Lênin" e "Corra, Lola, Corra". O anúncio ocorreu no último dia 6, durante o encontro de co-produção organizado em Berlim pela ANCINE, agência do governo brasileiro, aproveitando a ocasião do festival internacional de cinema que acontece na capital alemã.
Sunlit Berlin contará a história de Donato, um salva-vidas brasileiro que deixa para trás sua vida no mar para tentar a sorte em Berlim, sem dar explicações a sua família - essa decisão leva seu irmão mais novo a embarcar em sua busca, dez anos mais tarde.
O primeiro longa do diretor, Madame Satã, estreou na prestigiosa mostra Un Certain Regard do Festival de Cinema de Cannes em 2002 e recebeu mais de 40 prêmios em festivais nacionais e internacionais. O segundo, O Céu de Suely, depois de exibido no Festival de Veneza em 2006, recebeu outros 50 prêmios. Karim assina também a direção geral da série Alice, exibida na HBO em 2008 e os roteiros de Abril Despedaçado, Cidade Baixa e Cinemas, Aspirinas e Urubus.
Produzido por Geórgia Costa Araújo, da Coração da Selva, responsável pelos longas Contra Todos, Antônia, O Signo da Cidade e Condomínio Jaqueline, Sunlit Berlin será rodado na Praia do Futuro na cidade de Fortaleza, Ceará e nas cidades alemãs Berlim, Frankfurt e Hamburgo.
Atualmente, o filme está em fase de desenvolvimento e captação de recursos, com filmagens previstas para dezembro de 2009.
O Bem Amado no cinema
Marco Nanini será Odorico Paraguaçu na nova versão
>>> Cena. Matheus Nachtergale e Marco Nanini nas filmagens do novo "O Bem Amado"
Sucesso nos palcos e na televisão, o personagem Odorico Paraguaçu vai voltar a divertir o público em breve, dessa vez nos cinemas. Começaram na última quinta-feira (22) as filmagens de "O Bem Amado", de Dias Gomes, com Marco Nanini no papel do prefeito corrupto de Sucupira. Abaixo, uma das primeiras imagens do ator durante as gravações.
Com direção de Guel Arraes (de "Auto da Compadecida", "Lisbela e o Prisioneiro" e "Romance"), o filme deve estrear até o fim do ano, e terá no elenco Matheus Nachtergale, José Wilker, Andréa Beltrão, Zezé Polessa, Edmilson Barros, Tonico Pereira, Drica Moraes, Maria Flor e Caio Blat. Paula Lavigne assina a produção do longa, que tem roteiro de Claudio Paiva e do próprio Guel Arraes. As primeiras cenas da versão para o cinema de "O Bem Amado" foram gravadas na praia do Gunga, no município de Roteiro, a cerca de 50 km de Maceió.
A história de "O Bem Amado" é inspirada na peça "Odorico, o Bem-Amado ou Os Mistérios do Amor e da Morte", escrita pelo próprio Dias Gomes em 1962. O prefeito Odorico Paraguaçu quer inaugurar um cemitério, apoiado pelas irmãs Cajazeiras (Drica Moraes, Andrea Beltrão e Zezé Polessa) e contestado pelo dono do jornal da cidade. Mas como ninguém morre em Sucupira, ele chega a contratar cangaceiro matador para que o cemitério possa ser inaugurado logo.
A novela "O Bem Amado" - a primeira em cores da TV brasileira - foi ao ar em 1973 e tinha no elenco Paulo Gracindo, Lima Duarte e Emiliano Queiroz.
Ator que protagoniza 'Lula, o Filho do Brasil' fala de sua preparação para viver o sindicalista
Nunca na história deste País, um trabalhador brasileiro deu um salto tão rápido em sua carreira.
Em pouco menos de dois meses, o ator Rui Ricardo Diaz, 30 anos, saiu do anonimato dos palcos paulistas para enfrentar um palanque diante de 600 figurantes, no estádio da Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, trajando figurino e trejeitos do sindicalista que viria a ser um dos governantes mais poderosos da América Latina.
Para as filmagens de ‘Lula, o Filho do Brasil’, longa-metragem sobre a vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com direção de Fábio Barreto, Rui passou por preparação intensiva que o levasse ao tom mais próximo do personagem real.
Oito quilos acima do peso, com a barba por fazer e mantendo um esparadrapo cor-da-pele preso ao dedo mínimo — para simular a amputação na mão do presidente —, Rui tem impressionado a equipe de produção e elenco com a semelhança alcançada. “Desde dezembro, nos ensaios, eu já estava usando um esparadrapo para ir me acostumando.
Agora já nem sinto mais falta do dedo, nem qualquer incômodo, é natural”, revela o ator. Nas cenas, além do adesivo e da maquiagem que o disfarça, as câmeras evitam certos ângulos para garantir mais veracidade à característica física.
Rui ganhou o papel na última hora, depois que Tay Lopes (o pastor de ‘Última parada 174’, filme de Bruno Barreto), que originalmente seria o intérprete, foi obrigado a se afastar por problemas de saúde. Hipertenso, Tay não conseguiu manter a dieta para ganhar peso que o personagem exigia.
Entre dezenas de candidatos, Rui chamou atenção pela ‘essência emocional’ semelhante a do ex-sindicalista. “Ele tem muita personalidade, postura forte, firmeza de caráter, e ao mesmo tempo transparece grande humildade. Essas são características essenciais para criar a figura do Lula”, analisa o preparador de elenco do filme, Sérgio Penna.
Com a ajuda de Sérgio, o ator procurou ‘descaricaturar’ a figura do presidente, tantas vezes satirizada por humoristas. “Lula tem características bem peculiares, a barba, a voz, a questão do dedo. Tenho que tomar muito cuidado para não passar do ponto”, explica Rui, que contou também com a ajuda de uma fonoaudióloga para reproduzir a rouquidão e a ‘língua presa’ de Lula.
Conversando com antigos companheiros de sindicato e familiares do presidente, Rui ganhou o ingrediente que faltava para compor com ainda mais empenho o personagem: admiração. “Descobri no Lula um homem muito mais emotivo do que eu imaginava. Agora sou um verdadeiro adorador dele”, diz o ator, que tem evitado pensar na repercussão de seu trabalho. “Lula é uma referência grande em todo o mundo. Mas não penso muito na minha responsabilidade. Se alguém aqui deve se preocupar com responsabilidades é ele.”
Nossa heroína popular
Andréia Beltrão vive a professora “Verônica” no cinema
>>> Andréa Beltrão. “Verônica é o símbolo do que uma professora pode significar na vida de alguém.”
Andréa Beltrão veio do teatro e tem um Teatro – o Poeira, em parceria com a amiga e atriz Marieta Severo –, mas em 30 anos de carreira já fez mais de 15 filmes. Mais recentemente esteve em Jogo de Cena, de Eduardo Coutinho e em Romance, de Guel Arraes. Dos quatro roteiros que escreveu com o marido Maurício Farias, encarnou em “Verônica”, filme em cartaz no Multiplex UCI Ribeiro Iguatemi, ainda em ritmo de pré-estréia, o modelo de uma heroína popular, mas, principalmente de uma figura que lhe é bem familiar. Sua mãe foi professora de escola pública, onde a atriz sempre estudou e onde hoje estudam seus três filhos. “Verônica é o símbolo do que uma professora pode significar na vida de alguém”, explica. Após estas filmagens, Andréa estreou na peça As Centenárias – pela qual ganhou o Prêmio Shell de melhor atriz – e gravou a minissérie Som e Fúria, uma co-produção O2 e Rede Globo, com direção do Fernando Meirelles. Atualmente filma Salve Geral, de Sérgio Resende, em São Paulo,e prepara-se para rodar O Bem Amado, de Guel Arraes, onde fará uma das irmãs Cajazeiras. Confira a entrevista com a atriz.
Nestes 15 anos de relacionamento com o Maurício, de todas as idéias e roteiros que você e ele ensaiaram fazer juntos, onde Verônica se encaixa? Era uma idéia antiga?
Andréa Beltrão – Esse filme é o primeiro que nós fizemos juntos, num esquema de produção diferente. Verônica era um roteiro do Maurício com colaboração minha que teve várias versões. Enquanto trabalhávamos no roteiro, íamos tentando levantar a produção. Conseguimos o patrocínio do Sistema Anglo de Ensino, mas o roteiro não estava pronto. Tínhamos um prazo difícil e apertado, por causa das datas do Maurício, do elenco e de toda a equipe. Mas ele resolveu fazer assim mesmo, convidou o Bernardo Guilherme (roteirista) e os dois reescreveram o roteiro todo. Aí conseguimos filmar. Não tivemos muito tempo de preparação, mas isso também reverteu a favor do filme, por que fizemos na raça e na maior alegria.
Quando surgiu o dinheiro e a oportunidade você tinha alguma idéia de que história queria contar?
AB – Nós tínhamos outro roteiro, mas era uma história muito mais cara do que o que conseguimos para filmar. Então começamos a pensar em outra história. Foi quando o Maurício convidou o Bernardo. Depois de muitas conversas, eles vieram com a história dessa professora que é arrastada pelos acontecimentos. E daí surgiu Verônica, nossa corajosa, nossa heroína. Um símbolo do que uma professora pode significar na vida de alguém.
Você estava terminando um outro filme quando começaram as filmagens de Verônica. Como, então, se preparou?
AB – Eu estava terminando o Romance... Estudei bastante nos intervalos da filmagem, e como eu participei de muitas reuniões de criação, produção e do próprio roteiro, conhecia bem a estrutura narrativa. Me preparei durante um bom tempo acompanhando o trabalho do Maurício na realização do filme.
Você ajudou na produção executiva? Foi sócia financeira do filme?
AB – Só um pouquinho... mas dei muito palpite!
O fato de você chegar em cima da hora das filmagens e só fazer leituras não atrapalhou no relacionamento com o Matheus?
AB – Acho que o fato da gente se conhecer em cima da hora foi ótimo, porque a falta de intimidade acabou virando um recurso para as cenas. Além disso, ele foi preparado pela Cristina Bethencourt, e já chegou muito espertinho. Matheus, apesar de ser bem pequeno na época do filme, sabia se comportar no meio dos adultos, sempre bem humorado e com tiradas engraçadas. A gente gostava de implicar um com o outro. Ele me chamava de angústia, apelido muito bem aplicado, e eu o chamava de castigo. Nesse caso o apelido não corresponde à realidade, o Matheus é encantador.
E o que achou da personagem quando a leu? Você se lembrou de alguma mulher ou professora que conheceu para fazê-la?
AB - Paixão à primeira leitura. Pensava muito na minha mãe, porque ela foi professora de escola pública e eu sempre admirei o prazer que ela tinha quando algum aluno, principalmente os com mais dificuldades, tirava nota boa.
Agora, uma curiosidade: como você conseguiu correr todos aqueles quilômetros que o filme te exigiu com um sapato plataforma salto 12?
AB – Treinei muito na praia. Na areia fofa!
Rui e Vani buscam novos parceiros para esquentar o casamento em ‘Os Normais 2’
Em briga de marido e mulher, que tal alguém — sexy, disponível e moderninho — para meter a colher? Em tempos de relacionamentos abertos e liberais, o filme ‘Os Normais 2’ — continuação da comédia protagonizada por Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães que já começou a ser rodado no Rio — entra na onda do amor a três.
No filme dirigido por José Alvarenga Jr., para tentar dar fôlego ao relacionamento, Vani e Rui decidem procurar obsessivamente por parceiros(as) para uma aventura sexual. “Com exceção do fato de que Vani e Rui são verdadeiros demônios, eles passam por situações normais que casais, se ainda não viveram, vão viver. Todo mundo já passou por um casamento que sexualmente vai minguando, ou por um noivado que dura mais tempo do que o desejado”, opina Fernanda Torres, que volta ao batente depois do nascimento de seu segundo filho, Antônio, de 9 meses.
As novas aventuras da dupla, que foram ao ar de 2001 a 2003 na série da Globo, começam a ser filmadas seis anos depois de ‘Os Normais — O Filme’, que teve quase três milhões de espectadores nas salas brasileiras. O intervalo entre as produções não alterou o clima descontraído nos bastidores, mas exigiu dos atores alguns ajustes no reencontro. “No início, estranhamos, porque a Vani e o Rui são, digamos, um pouco mais acelerados que nós. Na verdade, eles são uma tsunami!”, brinca Luiz Fernando.
Seguindo a tendência liberal em voga no filme, a bem-sucedida união profissional dos dois atores — amigos e parceiros em cena desde 1996 — também tem como segredo uma certa dose de infidelidade. “A gente se traiu bastante nesse tempo de parceria. Temos liberdade de ir e vir, a gente se vê quando quer, não fica refém desse relacionamento”, define Luiz Fernando, lembrando que também dividirá a cena com Fernanda na comédia ‘Deus É Química’, que entrará em cartaz no Rio a partir de maio.
Se no primeiro filme, a idéia era mostrar a faceta romântica do desastrado casal, a nova produção tem como objetivo investir sem medo no lado pastelão da dupla. “É uma comédia amalucada, em que todo e qualquer humor vale a pena. ‘Os Normais’ teve como mérito voltar à boa sacanagem e o segundo filme segue essa tendência”, adianta o diretor Alvarenga, que rasga elogios ao seu time: “Eu me sinto técnico da Seleção Brasileira no comando desse elenco, não tenho muito trabalho. Só o Dunga não sabe dirigir craques”, brinca.
Com previsão de estréia para o segundo semestre do ano, a comédia poderá virar uma trilogia. “Ainda hoje somos cobrados nas ruas e chamados de Rui e Vani. Acho que caberia mais um filme, a gente sente vontade de ir adiante. E desta vez não vai demorar tanto”, garantem os protagonistas.
Começam as filmagens de "Em teu nome"
Longa baseado em fatos reais tem participação de Marcos Paulo, Silvia Buarque e Cesar Troncoso
A partir de hoje, os atores Marcos Paulo, Silvia Buarque e Cesar Troncoso (O Banheiro do Papa) estarão no Rio Grande do Sul para as filmagens do longa-metragem Em Teu Nome, do cineasta gaúcho Paulo Nascimento. O filme é baseado na história real de João Carlos Bona Garcia, atual juiz da Justiça Militar do RS que foi preso político na década de 60 durante a ditadura da era Médici. Bona foi exilado para o Chile em 1971 em troca do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, seqüestrado pelo capitão do exército Carlos Lamarca e militantes da VPR - Vanguarda Popular Revolucionária, um grupo que pregava a revolução à mão armada influenciado pelos ideais comunistas de Fidel Castro e Che Guevara. As filmagens seguem até o dia 12 de fevereiro no Brasil e 20 de fevereiro no Chile. :: João Carlos Bona Garcia :: João Carlos Bona Garcia nasceu em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, em 1946. Ingressou no movimento estudantil aos 17 anos, influenciado pelos ideais comunistas de Fidel Castro e Che Guevara. Após o golpe militar de 64 no Brasil, passou a militar no Partido Comunista e foi guerrilheiro da VPR - Vanguarda Popular Revolucionária. Para financiar a revolução, Bona participa de um assalto e é preso pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) em plena Era Médici. Vítima de tortura e agressão, foi exilado para o Chile em 1971 com 70 presos políticos trocados pelo embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher. O seqüestro foi realizado pelo capitão do exército Carlos Lamarca e por militantes da VPR em 1970, sendo a última operação do tipo realizada pela esquerda durante o regime militar (antes dele foram sequestrados um embaixador norteamericano, um cônsul japonês e um embaixador alemão). Bona morou ainda na Argentina, Argélia e França. Neste último, militou no Partido Comunista da França, onde ajudou a formar o comitê pela anistia que possibilitou seu retorno ao Brasil em 1979. Atualmente é juiz da Justiça Militar do Rio Grande do Sul, órgão que julga os integrantes da Brigada Militar, a PM do Estado. É autor do livro Verás que um filho teu não foge à luta.
"SE EU FOSSE VOCÊ 2" TEM MAIOR RENDA DA RETOMADA
Em 37 dias, "Se Eu Fosse Você 2", de Daniel Filho, arrecadou mais de R$ 39 milhões em bilheteria, tornando-se o filme brasileiro de maior renda desde a retomada do cinema nacional (1995). Com 4,7 milhões de espectadores, o longa com Tony Ramos e Glória Pires é o segundo filme brasileiro mais visto desde então. O primeiro é "2 Filhos de Francisco", com 5,3 milhões em 2005.
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