TURISMO CULTURAL EM FORTALEZA
Recebendo grande número de turistas estrangeiros, Museu do Ceará, TJA e Sobrado José Lourenço seguem com visitas guiadas em inglês
Mexicanos, alemães, uruguaios, norte-americanos, australianos, belgas, entre turistas de outras nacionalidades, têm reservado um tempo na agenda de visita a Fortaleza para conhecer importantes equipamentos culturais da capital cearense. Desde o início da Copa do Mundo de futebol, no último dia 12 de junho, o Museu do Ceará, o Theatro José de Alencar e o Sobrado José Lourenço, equipamentos da Secretaria da Cultura do Governo do Estado que oferecem visitas guiadas em inglês, têm verificado aumento no número de visitantes provenientes de outros países e de outros estados brasileiros. O Museu e o Theatro seguem abertos ao público normalmente, durante o Mundial, e contam com guias capacitados a receber, em inglês, os estrangeiros que desejarem saber mais sobre a cultura e a arte do nosso Estado.
No Museu do Ceará, o aumento nas visitas de estrangeiros chegou a 50%, após o início da Copa. Já o número de visitantes provenientes de outros estados brasileiros aumentou 40%. Os dados são do coordenador do núcleo, Roberto Sabino, que destaca o grande interesse por parte dos turistas e o diferencial das visitas guiadas realizadas em inglês – e também em espanhol, atendendo aos turistas mexicanos, que por enquanto são maioria entre os que visitam o Museu do Ceará neste período de Copa do Mundo.
“A presença de guias bilíngues e a realização das visitas guiadas em inglês têm sido fundamentais nesses últimos dias, em que o Museu do Ceará está recebendo um grande número de visitantes estrangeiros, que se interessam em conhecer a história do nosso Estado, contada por meio do acervo do Museu”, ressalta Roberto Sabino. “Geralmente eles vêm ao Museu do Ceará ou no dia anterior ao da partida de futebol do seu país, ou um dia depois do jogo. Os visitantes são muito atenciosos, concentrados nas informações que os educadores passam e bastante interessados em conhecer todo o acervo do Museu”.
Para a diretora do Museu, a historiadora Carla Vieira, a formação bilíngue dos educadores é um diferencial importante. “O turista que visita um Museu quer interagir com a cultura do que está sendo visualizado, e por meio do diálogo essa interação se dá de forma mais plena”.
O Museu do Ceará, que fica na Rua São Paulo, 51, Centro, pode ser visitado de terça-feira a sábado, sempre das 9h às 17h. Educadores bilíngues estão presentes em todo o horário de funcionamento do Museu. A entrada é franca.
Theatro José de Alencar
Já o Theatro José de Alencar, uma das mais importantes referências artísticas e turísticas do Ceará, conta com guia bilíngue, capacitado a receber turistas para visitas guiadas em inglês, às 16h e às 17h de terça a sexta-feira e também aos domingos, às 14h, 15h, 16h e 17h. Oportunidade que vem sendo bem aproveitada pelos visitantes estrangeiros, que têm conhecido de perto, e com detalhes, a edificação histórica de 1910, os jardins de Burle Marx e o Centro de Artes Cênicas do Ceará (Cena), anexo ao prédio histórico.
“Muitos turistas têm demonstrado interesse em conhecer o Theatro José de Alencar. Houve sem dúvida um aumento nas visitas ao Theatro pelos estrangeiros, que estão estão acontecendo em maior número, assim como as visitas de brasileiros de outros estados, muitos das regiões Sul e Sudeste”, destaca Silêda Franklin, diretora administrativa do Theatro José de Alencar.
“O Theatro vem recebendo muitos mexicanos e norte-americanos, mas também alemães, uruguaios, belgas, australianos, chineses, espanhóis, entre turistas de outras nacionalidades”, aponta Silêda. A convivência com os novos visitantes teve um de seus destaques no último dia 17 de junho, quando o Theatro completou 104 anos e ofereceu um café da manhã aos visitantes. Uma equipe de jornalistas da BBC, da Inglaterra, estava entre os participantes, produzindo matérias de TV sobre o Theatro.
O Theatro José de Alencar fica na Rua Liberato Barroso, 525, Centro. As visitas guiadas ao TJA acontecem de terça a sexta-feira (às 11h, 12h, 16h e 17h) e aos sábados, domingos e feriados às 14h, 15h, 16h e 17h. De terça a sexta, nos horários da tarde, e aos domingos, está disponível visita guiada em inglês. Os ingressos custam R$ 4,00 (R$ 2,00 para estudantes).
Sobrado José Lourenço
O Sobrado José Lourenço, o antigo sobrado da rua da Palma (atual Major Facundo), é outro equipamento da Secretaria da Cultura do Governo do Estado a oferecer visitas guiadas em inglês. Também conta com educadores capacitados a atender os visitantes em francês.
Além de conhecer a edificação construída na segunda metade do século XXI, tombada pelo Patrimônio Estadual e utilizada desde 2007 como um espaço referencial para as artes visuais no Ceará, os visitantes podem apreciar em junho e julho a exposição “Luminares da Arte Cearense”, com 97 peças, entre esculturas, pinturas, desenhos e fotografias, de autoria de artistas como Aldemir Martins, Babinski, Bosco Lisboa, Dário Gabriel, Descartes Gadelha, Francisco de Almeida, Francisco Graciano, Gentil Barreira, Heloísa Juaçaba, Ise Araújo, Jarbas Oliveira, Jabson Rodrigues, Jorge Luiz, Leonilson, Luiz Hermano, Maria Cândido, Manoel Graciano, Nino, Perpétua, Racar, Sérvulo Esmeraldo, Zanazanan e Zé Tarcísio.
SERVIÇOS
Museu do Ceará. Rua São Paulo, 51, Centro. Visitação de terça a sábado, das 9h às 17h. Visitas guiadas em inglês disponíveis ao longo de todo o horário de funcionamento do museu. Entrada franca. Mais informações: 3101-2610.
Theatro José de Alencar. Rua Liberato Barroso, 525, Centro. Visitas guiadas de terça a sexta-feira (às 11h, 12h, 16h e 17h) e aos sábados, domingos e feriados às 14h, 15h, 16h e 17h. De terça a sexta, nos horários da tarde, e aos domingos, está disponível visita guiada em inglês. Os ingressos custam R$ 4,00 (R$ 2,00 para estudantes). Mais informações: 3101-2583.
Sobrado José Lourenço. Rua Major Facundo, 154, Centro. Aberto de terça a sexta, de 9h às 18h. Sábado, 9h às 17h. Visitas guiadas disponíveis em inglês e francês. Mais informações: 3101.8826 – 3101.8827.
Fifa Fan Fest é intercâmbio cultural na Praia de Iracema
Evento em Fortaleza reúne público do mundo inteiro e shows com artistas cearenses e nacionais; confira a programação completa desta semana
Desde o começo da Copa do Mundo, Fortaleza tem visto um verdadeiro intercâmbio cultural, com um público brasileiro e estrangeiro conferindo shows com artistas nacionais e cearenses na Fifa Fan Fest, que exibe todos os jogos do campeonato de futebol até 13 de julho, no Aterro da Praia de Iracema. Os torcedores, de diversos países, acompanham as partidas em um telão HD de 130 metros quadrados acima do palco, além de se divertirem em outros espaços de lazer. O espaço, que tem entrada monitorada, conta com praça de alimentação, e tem capacidade total de 35 mil pessoas. “As atrações são perfeitas, a segurança está maravilhosa, não tem briga, está sendo perfeito para quem quer curtir os shows”, afirmou Fernando Castro, 26 anos, músico de Itapajé, residente em Fortaleza, que está recebendo alguns amigos estrangeiros em casa.
A segurança dentro e fora do espaço conta com uma delegacia móvel e com o atendimento na Delegacia de Proteção ao Turista. O efetivo, todos os dias, é de 48 homens da Polícia Civil, 250 da Polícia Militar e 85 agentes da guarda municipal, uma equipe que conseguiu evitar as manifestações nos primeiros dias de Fifa Fan Fest. “Acho tudo fantástico na Fifa Fan Fest, uma festa com pessoas do mundo inteiro, mas, ao mesmo tempo, me sinto um pouco culpado, porque tem pessoas aqui, no Rio, em São Paulo, que fazem manifestações, exigindo algo melhor para o seu país. Enquanto alguns são contra a Copa, eu vim aproveitar, curtir, e isso me deixa um pouco preocupado”, afirmou o australiano Stephen Gates, 25 anos, professor de natação, que está em Fortaleza para acompanhar todos os jogos da Copa do Mundo no estádio Arena Castelão. “O Castelão é lindo, não tive que esperar muito para entrar no estádio, foram apenas cinco minutos, acesso muito bem organizado”, elogiou o professor de natação australiano.
O francês Manoel Chavanne, outro estrangeiro que chegou a Fortaleza para a Copa, não assistirá aos jogos no Castelão, mas está indo quase todos os dias na Fifa Fan Fest. “É muito bom ir para a Praia de Iracema, encontro com vários franceses, também tem muitos argentinos e mexicanos, as mulheres daqui são muito bonitas”, disse o professor de línguas. E os shows dos brasileiros? “Eu estou sempre muito “alegre” para me lembrar dos artistas brasileiros, mas adorei todos”, brincou o professor de línguas.
Um cearense que está vibrando com a Fifa Fan Fest é o jornalista Daniel Viana, do programa “Se Liga” da TV Verdes Mares. Escolhido como um dos apresentadores oficiais da Fifa Fan Fest, Dan falou sobre sua alegria em participar do evento: “É uma emoção indescritível. Me arrepio várias vezes com a energia vinda de uma plateia tão mista e animada”, disse. Acostumado a apresentar eventos grandiosos, Daniel disse ao Jornal O Estado que está feliz com a repercussão internacional do seu trabalho. “Amo apresentar eventos, o contato com a platéia ao vivo, estar no palco... me sinto parte da galera. Na hora que o Ronaldo Fenômeno entrou no palco, no primeiro dia de Fan Fest, me senti fazendo parte de um momento histórico. As fotos rodaram o mundo nos sites da FIFA, deixando minha mãe bem orgulhosa”, afirmou Dan.
A capital do Ceará foi escolhida para abrir a série de Fan Fests no país, no último dia 8 de junho, com shows das cantoras Simone e Simaria, do sanfoneiro Dorgival Dantas e do baiano Bell Marques. Na abertura da Copa 2014, 25 mil pessoas assitiram ao jogo Brasil e Croácia no Aterro da Praia de Iracema. Depois de terça, com Michel Teló, onde estiveram 35 mil pessoas, a programação da Fifa Fan Fest Fortaleza continua esta semana com atrações para todos os gostos, de bandas, passando por humoristas e apresentando até grupos de danças folclóricas. A diversidade de público e artistas estão dando o ‘tom’ deste grande encontro.
Na quarta, 18, houveram apresentações do Sana em homenagem ao Dia da Imigração Japonesa, a partir das 15h. O cantor Rhicardo Maia, cover do Tim Maia, também se apresentou na quarta. Na quinta, além dos Djs que tocam diariamente no local, a programação contará com shows das bandas Nigroover (15h) e Arsenic (18h).
A sexta-feira da Fifa Fan Fest Fortaleza terá os humoristas Oscabritto e Zuleika (15h) e o forró da Banda do Pirata (18h). No sábado, sobem ao palco a banda O Verbo (11h) e o sambista Péricles (às 15h e 18h). Encerrando o fim de semana, o domingo terá a Cia Txai de Danças Populares (11h30), a Quadrilha Fulô do Sertão (15h) e a banda Leite de Rosas e os Alfazemas (18h), que transforma clássicos do brega em rock.
“No Ângulo” traz registro fotográfico da Copa das Confederações 2013 em Fortaleza
As lentes dos fotógrafos Jarbas de Oliveira e Luís Carlos Moreira captam os principais momentos do torneio, o clima da cidade dentro e fora do Castelão
Os fotógrafos Jarbas Oliveira e Luís Carlos Moreira lançam “No Ângulo” nesta quarta-feira (18), às 20 horas, no Ideal Clube de Fortaleza. A publicação traz um registro fotográfico da Copa das Confederações de 2013, quando a capital cearense foi uma das sedes do torneio de futebol. Ao todo, são 98 fotografias, apresentadas pelo jornalista esportivo Arthur Ferraz e pela crônica do jornalista e escritor Xico Sá.
Muito além do torneio, de lances e jogadas, os fotógrafos mostram como se deu a competição: a reforma da Arena Castelão, os trabalhadores, a torcida, a cidade se enfeitando para o evento. Nesse cenário, se deu um dos momentos mais importantes, que ganhou destaque na imprensa dentro e fora do Brasil. “O Hino Nacional entoado a plenos pulmões antes de Brasil X México no Castelão passou 40 anos preso na garganta do torcedor cearense”, enfatiza Arthur Ferraz, relembrando toda a história da construção da Arena Castelão e sua relação com a seleção brasileira.
Xico Sá, por sua vez, romantiza: “Nesta partida, meu caro Nelson Rodrigues, o brasileiro deu plena justificativa para o que chamavas de a pátria de (ou em) chuteiras. O mesmo brasileiro, Nelson, que, segundo a tua verve espirituosa, vaia até minuto de silêncio. Neste dia foi diferente e especialíssimo. A brava gente cearense, que em 30 de janeiro de 1942 vaiou até o sol na praça do Ferreira – em queixa irônica com a falta de chuva-, levou euforia da onda de protestos das ruas para as arquibancadas”.
De acordo com Ferraz, “a carga de emoção acumulada explica a corrente de eletricidade transmitida das arquibancadas ao gramado, impulso para a vitória brasileira na campanha do título da Copa das Confederações de 2013”, o que situa o registro fotográfico de Jarbas Oliveira e Luís Carlos Martins na história do futebol nacional.
SERVIÇO
Lançamento “No Ângulo”
Data: 18/06 (quarta-feira)
Local: Ideal Clube de Fortaleza
Horário: 20h
Paulo Diógenes celebra 26 anos de carreira
O humorista, famoso por sua personagem, a Raimundinha, conversou com o blog DIVIRTA-CE, sobre seu trabalho como vereador na defesa dos gays, a ajuda aos dependentes químicos e os próximos projetos na carreira de ator
Ele poderia ter sido um bancário, e ninguém conheceria a escrachada Raimundinha, aquela personagem mais famosa. Paulo Diógenes continua humorista, mas agora gasta mais tempo exercendo sua função de vereador de Fortaleza, e além de continuar a carreira de ator de 26 anos, permanece com seu trabalho social, ajudando dependentes químicos, e lutando pelo fim do preconceito contra gays, lésbicas, LGBT’s.
Paulo Diógenes vive seu momento romântico também: se casou com Tarcísio Rocha, acabou de realizar o primeiro casamento coletivo LGBT, com apoio da Prefeitura, e planeja seu retorno aos palcos. O humorista respondeu as perguntas de Felipe Palhano, do DIVIRTA-CE, e falou sobre o início da carreira, as dificuldades na política e seus próximos projetos.
DIVIRTA-CE - Hoje você é um humorista consagrado, e vereador eleito nas últimas eleições em Fortaleza. Mas muita gente não conhece como foi o seu início de carreira. Como iniciou sua vida na comédia? Teve muitos outros trabalhos antes de se descobrir humorista? São quantos anos de carreira?
PAULO DIÓGENES - Antes de descobrir a Raimundinha, eu trabalhei durante alguns anos no antigo BEC (Bando do Estado do Ceará). Mas eu sentia que algo não estava totalmente certo. Era muito inquieto para trabalhar em um escritório. Então, um belo dia eu resolvi largar essa vida e investir no meu lado artístico. Pouco depois, em 1979, se não me falha a memória, eu já ensaiava algumas peças teatrais. Só em 1986 eu comecei com o humor, em bares de Fortaleza. Foi quando os primeiros traços da Raimundinha começaram a surgir. Esse ano (2014) estou completando 26 anos de carreira.
DIVIRTA-CE -Como surgiu a Raimundinha, sua personagem mais famosa? Você acha que o exagero, o escracho, foram as marcas de humoristas da sua geração no Ceará?
PAULO DIÓGENES - Foi numa peça de teatro em que eu vivia uma mãe, ainda sem nome, que queria fazer da filha crente uma “striper” que a personalidade da Raimundinha me surgiu. Essa mulher sem nome foi o embrião da Raimundinha. Daí em diante foi um processo de amadurecimento. Foram cerca de 10 anos até chegar ao que ela é hoje: essa figura exagerada, emergente que usa tudo de uma vez só para mostrar que tem, sem perder nunca o jeito suburbano. Sem dúvidas esse humor escrachado marcou a nossa geração e se mantém até hoje como uma marca genuinamente cearense. É difícil encontrar humoristas nessa mesma vertente fora do Ceará.
DIVIRTA-CE - Você já fez vários programas de TV e teve alguns programas semanais na TV Diário, inclusive, recentemente, teve uma temporada de um programa novo passando. Quais as maiores dificuldades e diferenças em fazer humor na TV e ao vivo, no teatro? Já sonhou em ter programa em alguma rede nacional?
PAULO DIÓGENES -O grande diferencial da TV é que o trabalho todo é muito coletivo. Eu dependo do câmera, do iluminador, do produtor, de toda uma equipe pra poder iniciar e concluir um trabalho. Vivi isso durante a temporada de dois anos que passei na Record, onde tive um quadro fixo no programa “Tudo É Possível”, com a Ana Hickmann. A equipe era enorme, o que não é comum nas TVs de locais (de Fortaleza). Quando se faz teatro o trabalho depende muito mais de você mesmo, apesar de sempre haver uma equipe por trás. Sobre querer ter um programa só meu, nunca pensei nisso. Os convites para as participações a TV eram constantes e eu me concentrava num projeto de cada vez.
DIVIRTA-CE - Você também sempre apoiou e incentivou o surgimento de novos humoristas e comediantes no Ceará. Quais os artistas consagrados que você admira, e quais comediantes da nova geração você gosta?
PAULO DIÓGENES -Acredito que a ideia de que há espaço para todo mundo em qualquer área. No humor não é diferente. Quem tem talento vai se destacar uma hora ou outra. Admiro o trabalho do grande Chico Anysio, que tornou nosso humor famoso em todo o país e abriu portas para nossos talentos. Sobre os humoristas da nova geração, muitos se destacam nas mais diferentes vertentes do humor. Não conseguiria citar todos sem cometer injustiças. Mas nosso Ceará continua revelando grandes talentos.
DIVIRTA-CE - Por que você decidiu entrar na política? Como foi o convite ou seu interesse de disputar as eleições para vereador?
PAULO DIÓGENES -Eu cresci numa família de forte atuação política. Meu pai, Osmar Diógenes, já foi deputado e até hoje é muito atuante no cenário cearense. Apesar disso eu nunca tive o menor interesse de ingressar na área. O convite para me candidatar surgiu em 2012, por parte da presidência do PSD (Partido Social Democrático). Na época, além das apresentações da Raimundinha, eu administrava uma instituição para recuperação de dependentes químicos num município perto de Fortaleza. Foi a possibilidade de poder fazer algo mais para ajudar pessoas nessa condição de dependência química que me convenceu a sair candidato a Vereador de Fortaleza. Apostei nesse caminho e graças a Deus obtive êxito e hoje batalho fortemente por essa bandeira na Câmara Municipal.
DIVIRTA-CE - O que é mais estressante ou difícil: a vida política ou a vida de artista? Quais as maiores surpresas que você teve quando assumiu seu cargo de vereador de Fortaleza?
PAULO DIÓGENES -As duas áreas possuem suas especificidades. Eu acredito que quando se faz uma coisa com amor não há maiores dificuldades.
DIVIRTA-CE - Quais os projetos que você defende na Câmara de Vereadores, quais você acha mais importantes, quais você pensa ser mais fácil ser aprovado? Mesmo com pouco tempo de carreira política, pensa em se candidatar a algum cargo no Executivo, de prefeito, por exemplo?
PAULO DIÓGENES - Desde o início do mandato, em 2013, eu venho trabalhando fortemente para representar duas bandeiras: a dos dependentes químicos e a da comunidade LGBT. Venho me esforçando para conseguir aprovar projetos que promovam o enfrentamento às drogas através de três importantes pilares: prevenção ao uso, tratamento e reinserção social. Pela comunidade LGBT, entrei com requerimento para realizar o primeiro casamento civil homoafetivo coletivo da cidade, que contou com a participação de 30 casais. Não vejo essa diferença entre mais ou menos importante. Eu tento trabalhar com projetos que façam diferença de verdade para a cidade e para a população. Sobre me candidatar a outro cargo, não penso nisso agora. Adoto uma filosofia de viver um dia de cada vez sem projetar um futuro muito distante. Já houveram convites, mas por enquanto prefiro me concentrar no mandato de vereador.
DIVIRTA-CE
- Você já demonstrou sua posição sexual em diversas entrevistas,
inclusive já fez uma festa de casamento para celebrar sua união com o
atual companheiro. Para o Paulo Diógenes cidadão, os gays conquistaram
muito espaço e liberdade nesses últimos anos? Por qual motivo? Ou ainda
existe uma luta grande contra o preconceito e a homofobia: O que pode
ser feito na sua opinião?
PAULO DIÓGENES -Sim, muito espaço foi conquistado. Ser gay há 20 anos atrás era muito mais difícil, o preconceito era ainda maior. A medida em que a comunidade LGBT foi se tornando social e politicamente visível, as pessoas passaram a ver com outros olhos. Hoje é possível encontrar gays, lésbicas,bissexuais, transexuais em todos os setores da sociedade. O estranhamento diminuiu, mas o preconceito não. Ainda há muito para se conquistar. Acredito que a educação é a solução para formar pessoas com um caráter mais humano, que respeitam a diversidade existente na nossa sociedade. Preconceito é isso, é a falta de informação.
DIVIRTA-CE - E em relação à adoção de crianças por casais gays? O que pensa sobre o assunto?
PAULO DIÓGENES - Com tantas crianças em abrigos e orfanatos esperando por uma família, essa questão nem deveria ser questionada. Eu acredito que a adoção é um ato de amor, e se casais homoafetivos se propõem a adotar uma criança como filho, como parte da família, isso deve ser louvado. Não deveria importar o formato da família, mas sim o que essa família pode oferecer a uma criança. Se nesse novo lar houver segurança, amor e boa educação, ali será um bom lugar para uma criança viver.
DIVIRTA-CE - Quais os próximos projetos de Paulo Diógenes artista em 2014? Pretende estrear com Raimundinha e seus outros personagens engraçados no cinema quando? Algum novo espetáculo previsto?
PAULO DIÓGENES -Por enquanto a Raimundinha vai continuar desfrutando as férias delas. Como eu costumo falar, ela me sustentou durante todos esses anos. Agora é hora de eu sustentá-la por um tempinho. Eu estou realmente focado no mandato de vereador.
Evento está confirmado para novembro e aposta novamente na relação entre literatura e educação
O escritor Ignácio de Loyola Brandão e a curadora Mona Dorf lançaram neste 16 de junho, segunda-feira, às 11 horas, a edição da FLAQ – Festa Literária de Aquiraz 2014 (www.flaq.com.br). Autor homenageado deste ano, Ignácio de Loyola Brandão comemora quatro décadas da publicação de seu romance Zero. Censurado no Brasil, o livro saiu originalmente em uma edição italiana, em 1974. Uma exposição com cerca de 20 painéis tratando dos livros e dos momentos marcantes do autor de Não Verás País Nenhum será aberta no dia 20 de outubro, com pré-estréia na Biblioteca Mario de Andrade, em São Paulo.
A FLAQ 2014 acontecerá de 20 a 23 de novembro, no Engenhoca Parque Educativo, tendo como aposta o incentivo e a mobilização da rede pública e particular de ensino da cidade cearense e de outros municípios em torno da literatura. Em 2013, a FLAQ recebeu 1,5 mil visitantes em quatro dias de festa, e a expectativa dos organizadores é dobrar o público este ano. Uma grande novidade para 2014 é a inauguração da FLAQ INFANTIL, um festival paralelo dedicado às crianças e jovens, com programação exclusiva e participação de autores consagrados, como Pedro Bandeira, Socorro Acioli, Ilan Brenman, entre outros.
A homenagem à Loyola Brandão tem muitas razões, mas uma delas se prende ao fato do autor ter uma relação afetiva com o Ceará. Seu último livro de crônicas, O Mel de Ocara (Editora Global), refere-se no título a um presente que recebeu de uma senhora na cidade cearense. A obra acaba de ser indicada ao Prêmio Brasil Telecom 2014, na categoria Contos e Crônicas.
Escritor consagrado, ícone de gerações por suas ideias combativas, Loyola Brandão, aos 78 anos, transita entre uma vasta audiência, inclusive o professor, graças ao seu comprometimento com a palavra em sua acepção mais ampla.
A lista de escritores confirmados para o festival inclui a jornalista Miriam Leitão, que começa a se dedicar à ficção, na mesa Do jornalismo à literatura, ao lado Sérgio Abranches; sob o tema Literatura Marginal, se apresentam o mexicano Juan Pablo Villalobos e o brasileiro Ferréz. Pedro Bandeira, Mary Del Priore, Bernardo Kucinsky, Chico César, Luciana Savaget, a chilena Carola Saavedra, entre outros.
O compositor e secretário de Turismo da Paraíba, Chico César, fará uma mesa literária sobre racismo no próprio dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra.“São muitas as surpresas para este ano: está programada a vinda de 16 autores; uma mesa dedicada ao cordel; além de termos decidido homenagear um autor vivo, vamos inaugurar também a FLAQ Infantil, dedicada às crianças, que terá uma programação especialmente formatada para elas, com mesas exclusivas e outras atividades”, afirma Mona Dorf, curadora da FLAQ.
Em 2013, a primeira edição da FLAQ contou com o argentino Mempo Giardinelli, um entusiasta da contação de histórias, que abriu a programação repleta de grandes escritores, como os cearenses Ana Miranda, Xico Sá, Ronaldo Correa de Brito, Sidney Rocha e Tercia Montenegro, e os consagrados Luiz Ruffato e Mário Prata.
“O Haver – Pinturas e Músicas para Vinícius” chega a Caixa Cultural
Elifas Andreato e craques da música brasileira homenageiam o poeta Vinicius de Moraes
Segue em exposição na Caixa Cultural Fortaleza a mostra O Haver – Pinturas e Músicas para Vinicius. Aberta dia 28 de maio, segue até 27 de julho. Nesta mostra, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Toquinho, Antonio Nóbrega, Martinho da Vila e outros grandes nomes da música brasileira se unem ao artista gráfico Elifas Andreato para celebrar a obra de Vinicius de Moraes.
O Haver – Pinturas e Músicas para Vinicius de Moraes foi idealizada pelo artista plástico Elifas Andreato, para homenagear o poeta Vinicius de Moraes. A iniciativa une artes plásticas e música. Por meio deste projeto, 14 músicos convidados criaram individualmente canções inéditas – instrumentais ou letradas – inspiradas no poema O Haver, de Vinicius. Depois, junto com Elifas, cada um desenvolveu uma pintura em homenagem ao poeta. O resultado se materializou em DVD, catálogo e exposição, além de um site que detalha todo o processo de produção (www.ohaver.com.br). Entre os músicos convidados estão: Chico Buarque, Paulinho da Viola, Toquinho, Martinho da Vila, Zeca Baleiro, Carlinhos Vergueiro, Teresa Cristina, Edvaldo Santana, Badi Assadi, Celso Viafora, Antonio Nóbrega, Chico Cesar, Gabriel O Pensador, e Renato Teixeira.
A relação de Elifas Andreato com Vinicius se iniciou em 1975, quando o artista gráfico foi convidado a criar a arte da capa do disco Vinicius e Toquinho. Eles se tornaram amigos. Mas não foi a amizade que tornou a realização da exposição imprescindível para Elifas. O artista credita a Vinicius o privilégio de haver tido dois filhos: “Em 1975, eu já era casado, mas não queria ter filhos. Para realizar a capa do disco, ouvi a música O Filho que Eu Quero Ter. Fiquei estupefato com a canção. Na primeira audição, já emocionado, descobri o quão importante seria ter filhos. Não tive como não agradecer pessoalmente a Vinicius por essa descoberta”. Pouco mais de um ano depois nasceria Bento e, em 1978, Laura. “Esse projeto é uma questão de honra para mim. Mesmo que tardio, ele serve para saldar ao menos uma parte da impagável dívida que tenho com Vinicius”.
A exposição inclui um programa com ações educativas que valorizam a relação das obras expostas com o visitante – escolar ou espontâneo –, por intermédio de atividades e produtos que exploram a vida e obra de Vinicius de Moraes e sua relação com os artistas da MPB em exposição. As visitas serão complementadas por atividades lúdicas, cujo objetivo é fazer uma integração entre as reflexões feitas durante a visitação e o fazer artístico. Estas serão similares às oficinas realizadas pelo artista e curador da mostra, Elifas Andreato, junto aos artistas da MPB em exposição, sendo oferecidos aos visitantes materiais similares aos oferecidos aos artistas (lápis aquarela e perfis de Vinicius de Moraes elaborado por Elifas Andreato) para produção de uma obra. O espaço de criação das oficinas estará sempre disponível para que o público espontâneo também possa experimentar as oficinas com ajuda de um educador da exposição.
SERVIÇO
Exposição “O Haver – Pinturas e Músicas para Vinicius”
Visitação: 29 de maio a 27 de julho de 2014 (terça à sábado, das 10h às 20h e aos domingos das 10h às 19h
Local: Caixa Cultural de Fortaleza (Av. Pessoa Anta, 287 – Praia de Iracema)
Entrada: Gratuita
Brothers of Brazil, com Supla e João Suplicy, faz show em Fortaleza
A dupla esteve se apresentando na House of Sensations. Supla deu entrevista para o DIVIRTA-CE, e falou sobre sua formação musical, televisão, política e manifestações da Copa
A banda Brothers of Brazil, projeto dos irmãos Supla e João Suplicy vem arrancando elogios de toda a crítica com o novo disco “On my way” que apresenta uma pegada mais roqueira que o debut “Punkanova”. Supla e João estarão nesta sexta na House of Sensations (H.O.S), na Praia de Iracema. Com passagens pelos maiores festivais do país como Planeta Terra, SWU, Festival da Rádio UOL 89FM, um dos shows de maior destaque no Lollapalooza 2014, além da indicação como “Melhor Banda” no VMB da MTV, a banda com influências de Beatles, Tom Jobim, Sex Pistols, Baden Powell e The Clash vem a cada dia se consolidando como uma dos melhores projetos musicais do Brasil na atualidade.
A banda Leite de Rosas & Os Alfazemas (CE) que se define como “Brega-Romântica-Pós-Pop-Cafona”, faz o show de abertura. A banda faz uma pegada mais rock and roll para aquelas músicas que todo mundo já ouviu alguma vez na vida, incluindo no repertório os maiores clássicos do brega passando por Reginaldo Rossi, Waldick Soriano, Nelson Ned, Odair José, Diana, Roberto Carlos e muitos outros mitos da música popular.
Supla conversou com o DIVIRTA-CE. O filho de Eduardo e Marta Suplicy falou sobre diversos assuntos com o editor Felipe Muniz Palhano: sua formação musical, a criação dos Brothers, política, televisão, as manifestações da Copa e outros temas. Confira a entrevista:
DIVIRTA-CE- Você vive uma fase de sucesso fazendo dupla com seu irmão, João Suplicy. Como surgiu o Brothers of Brazil? Foi no programa da RedeTV?
SUPLA – Surgiu antes do programa. Eu tive a ideia. Muita gente não sabe, mas antes do João (Suplicy, seu irmão) ter virado um grande estudioso da música popular brasileira ele era roqueiro. Eu catequizava, colocava ele para escutar Sex Pistols e outras coisas. Apesar de nascer no Brasil e ter morado nos Estados Unidos de um ano de idade até oito anos, meus pais escutavam muita música brasileira, por causa da saudade. Minha formação era música folk americana com música brasileira, tipo Chico Buarque, Caetano Veloso. Isso foi marcado na minha cabeça, então, seis anos atrás, na mesma época que a RedeTV! me convidou para fazer um programa para a molecada, eu tinha esse projeto com meu irmão. Então decidi chamar o João para o programa, e começamos assim a dupla Brothers of Brazil.
DIVIRTA-CE -Sente falta de fazer televisão? Participaria de algum novo reality-show de confinamento, como a “Casa dos Artistas”? Qual o grande aprendizado que você tirou daquele programa que foi histórico para a TV brasileira?
SUPLA – Eu adorei fazer o “Brothers”, agradeço muito a oportunidade da RedeTV! de fazer esse programa que durou dois anos e oito meses. Só não gostava das meninas dançando sem música. Quer colocar gostosas? Lança uma “mulher-aranha”, algo caracterizado, que era minha treta com o diretor. Já me chamaram vinte vezes para fazer essas m... de reality, eu não faço. Fiz o “Papito in Love” porque eu vendi pra MTV esse projeto. Eu amo televisão. Eu assisto televisão com controle remoto porque é uma bosta. É uma bosta, mas a gente ama. A TV nos deixa débil mental. Você não lê um livro, só fica olhando aquela imagem. A mesma coisa é a internet, outra m... O que falam de besteira na internet! Colocaram que meu pai disse que era bonito cuspir na bandeira. E isso teve três mil “likes” no Facebook, como se isso fosse verdade. Tem muita mentira, por outro lado, tem coisas fantásticas na internet.
DIVIRTA-CE -Misturando diversos ritmos, a dupla Brothers consegue agradar a um público grande, inclusive fazendo hits, tocando nos maiores festivais do Brasil e sendo indicada a prêmio de melhor banda. Quais as maiores dificuldades em trabalhar com o irmão? Tem muita briga? A que você deve esse ótimo reconhecimento do público e da crítica ao seu trabalho atualmente?
SUPLA – Tem muita briga. O sucesso do Brothers é da nossa batalha. Não adianta fazer música boa se você não vai a luta. Muito talento, mas muita correria, não tem para empresário, já trabalhei com vários empresários, e eles são um bando de bunda mole. Nós iríamos fazer vários shows fora do Brasil, para convidar os países da Copa do Mundo. Iria ser shows em Londres, Paris. Eu mandei uma proposta de patrocínio com três críticas de jornais de outras países, com nada a ver com meus pais. O cara do edital disse que iríamos conseguir o patrocínio, mas resolvemos não ir por sermos filhos de pessoas do Governo. As pessoas pensam que ser filho da Marta e Eduardo Suplicy facilita alguma coisa. Estamos há seis anos na estrada, batalhando nosso terceiro disco.
DIVIRTA-CE -A Brothers of Brazil já tocou em diversos países? Pode ser considerada uma “banda exportação”? Quais os shows mais inesquecíveis e as situações mais inusitadas que você tenha passado nessa nova fase? Quais os lugares que ainda gostariam de se apresentar?
SUPLA – Essa banda, a Brothers, é para tocar em qualquer lugar do mundo. Acho que o primeiro show que fizemos com Flogging Molly, e em Las Vegas também, foram inesquecíveis. Vários shows da costa americana foram excelentes também. Também tivemos vários shows em Londres fantásticos!
DIVIRTA-CE-Você é um artista brasileiro desde os anos 70, um dos pioneiros do punk-rock brazuca, chegou a ser comparado com Billy Idol no início de carreira. Como você observa a música brasileira na atualidade, com o fim do império das gravadoras e a expansão de independentes através da internet? Piorou ou melhorou?
SUPLA- Acho que surgiram coisas bem decentes. Tem os Raimundos, que conseguiram voltar com força, Vivendo do Ócio, que eu gosto, tem o pessoal do Selvagens, que é do Nordeste e foi para São Paulo. Meu conselho para essa molecada é pegar todas as influências de músicas que você gosta e misturar no “caldeirão”. Não é querer copiar.
DIVIRTA-CE- Há muito tempo você não faz shows no Ceará. Quais as surpresas que vocês reservarão para o show em Fortaleza? Vai tocar “Garota de Berlim”?
SUPLA - Já peguei onda no Ceará, e todas as vezes que fui por aí, me lembro de ter sido tratado muito bem. No show vamos tocar “Garota de Berlim”, “Japa Girl”... Não posso tocar muita coisa do meu trabalho solo, pois não tem nada a ver. Temos músicas ótimas para mostrar do Brothers.
DIVIRTA-CE -Em ano político e de Copa, fica difícil não perguntar a você, filho de Marta e Eduardo Suplicy, como você está encarando as manifestações contrárias ao campeonato mundial de futebol no Brasil?
SUPLA -Eu acho ótimo as manifestações, mas não gosto de violência. Vi uma foto na Bahia com o exército nas ruas. Isso me deu uma depressão! Sim, porque, ditadura nunca mais!
DIVIRTA-CE -Com um pai senador exemplar no quesito honestidade, nunca sonhou em ver Eduardo Suplicy presidente? Já pensou em entrar na carreira política como seus pais e muitos outros artistas?
SUPLA - Eu acho que eu seria um ótimo político. Eu acho que meu pai seria um ótimo presidente, mas ele foi posto de lado no partido, e todo mundo sabe disso. Já fiz música contra os partidos, sobre o próprio PT, o mensalão, o “trensalão” do PSDB.
DIVIRTA-CE – Mas na questão do mensalão, você acha que o Lula não sabia de nada?
SUPLA – Claro que sabia. Mas ele tinha que ser blindado, afinal, ele é a principal imagem do partido.
DIVIRTA-CE -Vai apoiar o PT nas próximas eleições? O que acha do Governo Dilma?
SUPLA – Nunca fui do PT, sempre fiz campanha para o meu pai e a minha mãe. Qualquer presidente que estivesse no lugar da Dilma estaria tomando porrada da mesma forma. Muita gente critica, mas tem que apresentar soluções. A proposta do senador, meu pai, o plano de renda mínima, é uma das soluções.
Recebendo grande número de turistas estrangeiros, Museu do Ceará, TJA e Sobrado José Lourenço seguem com visitas guiadas em inglês
Mexicanos, alemães, uruguaios, norte-americanos, australianos, belgas, entre turistas de outras nacionalidades, têm reservado um tempo na agenda de visita a Fortaleza para conhecer importantes equipamentos culturais da capital cearense. Desde o início da Copa do Mundo de futebol, no último dia 12 de junho, o Museu do Ceará, o Theatro José de Alencar e o Sobrado José Lourenço, equipamentos da Secretaria da Cultura do Governo do Estado que oferecem visitas guiadas em inglês, têm verificado aumento no número de visitantes provenientes de outros países e de outros estados brasileiros. O Museu e o Theatro seguem abertos ao público normalmente, durante o Mundial, e contam com guias capacitados a receber, em inglês, os estrangeiros que desejarem saber mais sobre a cultura e a arte do nosso Estado.
No Museu do Ceará, o aumento nas visitas de estrangeiros chegou a 50%, após o início da Copa. Já o número de visitantes provenientes de outros estados brasileiros aumentou 40%. Os dados são do coordenador do núcleo, Roberto Sabino, que destaca o grande interesse por parte dos turistas e o diferencial das visitas guiadas realizadas em inglês – e também em espanhol, atendendo aos turistas mexicanos, que por enquanto são maioria entre os que visitam o Museu do Ceará neste período de Copa do Mundo.
“A presença de guias bilíngues e a realização das visitas guiadas em inglês têm sido fundamentais nesses últimos dias, em que o Museu do Ceará está recebendo um grande número de visitantes estrangeiros, que se interessam em conhecer a história do nosso Estado, contada por meio do acervo do Museu”, ressalta Roberto Sabino. “Geralmente eles vêm ao Museu do Ceará ou no dia anterior ao da partida de futebol do seu país, ou um dia depois do jogo. Os visitantes são muito atenciosos, concentrados nas informações que os educadores passam e bastante interessados em conhecer todo o acervo do Museu”.
Para a diretora do Museu, a historiadora Carla Vieira, a formação bilíngue dos educadores é um diferencial importante. “O turista que visita um Museu quer interagir com a cultura do que está sendo visualizado, e por meio do diálogo essa interação se dá de forma mais plena”.
O Museu do Ceará, que fica na Rua São Paulo, 51, Centro, pode ser visitado de terça-feira a sábado, sempre das 9h às 17h. Educadores bilíngues estão presentes em todo o horário de funcionamento do Museu. A entrada é franca.
Theatro José de Alencar
Já o Theatro José de Alencar, uma das mais importantes referências artísticas e turísticas do Ceará, conta com guia bilíngue, capacitado a receber turistas para visitas guiadas em inglês, às 16h e às 17h de terça a sexta-feira e também aos domingos, às 14h, 15h, 16h e 17h. Oportunidade que vem sendo bem aproveitada pelos visitantes estrangeiros, que têm conhecido de perto, e com detalhes, a edificação histórica de 1910, os jardins de Burle Marx e o Centro de Artes Cênicas do Ceará (Cena), anexo ao prédio histórico.
“Muitos turistas têm demonstrado interesse em conhecer o Theatro José de Alencar. Houve sem dúvida um aumento nas visitas ao Theatro pelos estrangeiros, que estão estão acontecendo em maior número, assim como as visitas de brasileiros de outros estados, muitos das regiões Sul e Sudeste”, destaca Silêda Franklin, diretora administrativa do Theatro José de Alencar.
“O Theatro vem recebendo muitos mexicanos e norte-americanos, mas também alemães, uruguaios, belgas, australianos, chineses, espanhóis, entre turistas de outras nacionalidades”, aponta Silêda. A convivência com os novos visitantes teve um de seus destaques no último dia 17 de junho, quando o Theatro completou 104 anos e ofereceu um café da manhã aos visitantes. Uma equipe de jornalistas da BBC, da Inglaterra, estava entre os participantes, produzindo matérias de TV sobre o Theatro.
O Theatro José de Alencar fica na Rua Liberato Barroso, 525, Centro. As visitas guiadas ao TJA acontecem de terça a sexta-feira (às 11h, 12h, 16h e 17h) e aos sábados, domingos e feriados às 14h, 15h, 16h e 17h. De terça a sexta, nos horários da tarde, e aos domingos, está disponível visita guiada em inglês. Os ingressos custam R$ 4,00 (R$ 2,00 para estudantes).
Sobrado José Lourenço
O Sobrado José Lourenço, o antigo sobrado da rua da Palma (atual Major Facundo), é outro equipamento da Secretaria da Cultura do Governo do Estado a oferecer visitas guiadas em inglês. Também conta com educadores capacitados a atender os visitantes em francês.
Além de conhecer a edificação construída na segunda metade do século XXI, tombada pelo Patrimônio Estadual e utilizada desde 2007 como um espaço referencial para as artes visuais no Ceará, os visitantes podem apreciar em junho e julho a exposição “Luminares da Arte Cearense”, com 97 peças, entre esculturas, pinturas, desenhos e fotografias, de autoria de artistas como Aldemir Martins, Babinski, Bosco Lisboa, Dário Gabriel, Descartes Gadelha, Francisco de Almeida, Francisco Graciano, Gentil Barreira, Heloísa Juaçaba, Ise Araújo, Jarbas Oliveira, Jabson Rodrigues, Jorge Luiz, Leonilson, Luiz Hermano, Maria Cândido, Manoel Graciano, Nino, Perpétua, Racar, Sérvulo Esmeraldo, Zanazanan e Zé Tarcísio.
SERVIÇOS
Museu do Ceará. Rua São Paulo, 51, Centro. Visitação de terça a sábado, das 9h às 17h. Visitas guiadas em inglês disponíveis ao longo de todo o horário de funcionamento do museu. Entrada franca. Mais informações: 3101-2610.
Theatro José de Alencar. Rua Liberato Barroso, 525, Centro. Visitas guiadas de terça a sexta-feira (às 11h, 12h, 16h e 17h) e aos sábados, domingos e feriados às 14h, 15h, 16h e 17h. De terça a sexta, nos horários da tarde, e aos domingos, está disponível visita guiada em inglês. Os ingressos custam R$ 4,00 (R$ 2,00 para estudantes). Mais informações: 3101-2583.
Sobrado José Lourenço. Rua Major Facundo, 154, Centro. Aberto de terça a sexta, de 9h às 18h. Sábado, 9h às 17h. Visitas guiadas disponíveis em inglês e francês. Mais informações: 3101.8826 – 3101.8827.
Fifa Fan Fest é intercâmbio cultural na Praia de Iracema
Evento em Fortaleza reúne público do mundo inteiro e shows com artistas cearenses e nacionais; confira a programação completa desta semana
Desde o começo da Copa do Mundo, Fortaleza tem visto um verdadeiro intercâmbio cultural, com um público brasileiro e estrangeiro conferindo shows com artistas nacionais e cearenses na Fifa Fan Fest, que exibe todos os jogos do campeonato de futebol até 13 de julho, no Aterro da Praia de Iracema. Os torcedores, de diversos países, acompanham as partidas em um telão HD de 130 metros quadrados acima do palco, além de se divertirem em outros espaços de lazer. O espaço, que tem entrada monitorada, conta com praça de alimentação, e tem capacidade total de 35 mil pessoas. “As atrações são perfeitas, a segurança está maravilhosa, não tem briga, está sendo perfeito para quem quer curtir os shows”, afirmou Fernando Castro, 26 anos, músico de Itapajé, residente em Fortaleza, que está recebendo alguns amigos estrangeiros em casa.
A segurança dentro e fora do espaço conta com uma delegacia móvel e com o atendimento na Delegacia de Proteção ao Turista. O efetivo, todos os dias, é de 48 homens da Polícia Civil, 250 da Polícia Militar e 85 agentes da guarda municipal, uma equipe que conseguiu evitar as manifestações nos primeiros dias de Fifa Fan Fest. “Acho tudo fantástico na Fifa Fan Fest, uma festa com pessoas do mundo inteiro, mas, ao mesmo tempo, me sinto um pouco culpado, porque tem pessoas aqui, no Rio, em São Paulo, que fazem manifestações, exigindo algo melhor para o seu país. Enquanto alguns são contra a Copa, eu vim aproveitar, curtir, e isso me deixa um pouco preocupado”, afirmou o australiano Stephen Gates, 25 anos, professor de natação, que está em Fortaleza para acompanhar todos os jogos da Copa do Mundo no estádio Arena Castelão. “O Castelão é lindo, não tive que esperar muito para entrar no estádio, foram apenas cinco minutos, acesso muito bem organizado”, elogiou o professor de natação australiano.
O francês Manoel Chavanne, outro estrangeiro que chegou a Fortaleza para a Copa, não assistirá aos jogos no Castelão, mas está indo quase todos os dias na Fifa Fan Fest. “É muito bom ir para a Praia de Iracema, encontro com vários franceses, também tem muitos argentinos e mexicanos, as mulheres daqui são muito bonitas”, disse o professor de línguas. E os shows dos brasileiros? “Eu estou sempre muito “alegre” para me lembrar dos artistas brasileiros, mas adorei todos”, brincou o professor de línguas.
Um cearense que está vibrando com a Fifa Fan Fest é o jornalista Daniel Viana, do programa “Se Liga” da TV Verdes Mares. Escolhido como um dos apresentadores oficiais da Fifa Fan Fest, Dan falou sobre sua alegria em participar do evento: “É uma emoção indescritível. Me arrepio várias vezes com a energia vinda de uma plateia tão mista e animada”, disse. Acostumado a apresentar eventos grandiosos, Daniel disse ao Jornal O Estado que está feliz com a repercussão internacional do seu trabalho. “Amo apresentar eventos, o contato com a platéia ao vivo, estar no palco... me sinto parte da galera. Na hora que o Ronaldo Fenômeno entrou no palco, no primeiro dia de Fan Fest, me senti fazendo parte de um momento histórico. As fotos rodaram o mundo nos sites da FIFA, deixando minha mãe bem orgulhosa”, afirmou Dan.
A capital do Ceará foi escolhida para abrir a série de Fan Fests no país, no último dia 8 de junho, com shows das cantoras Simone e Simaria, do sanfoneiro Dorgival Dantas e do baiano Bell Marques. Na abertura da Copa 2014, 25 mil pessoas assitiram ao jogo Brasil e Croácia no Aterro da Praia de Iracema. Depois de terça, com Michel Teló, onde estiveram 35 mil pessoas, a programação da Fifa Fan Fest Fortaleza continua esta semana com atrações para todos os gostos, de bandas, passando por humoristas e apresentando até grupos de danças folclóricas. A diversidade de público e artistas estão dando o ‘tom’ deste grande encontro.
Na quarta, 18, houveram apresentações do Sana em homenagem ao Dia da Imigração Japonesa, a partir das 15h. O cantor Rhicardo Maia, cover do Tim Maia, também se apresentou na quarta. Na quinta, além dos Djs que tocam diariamente no local, a programação contará com shows das bandas Nigroover (15h) e Arsenic (18h).
A sexta-feira da Fifa Fan Fest Fortaleza terá os humoristas Oscabritto e Zuleika (15h) e o forró da Banda do Pirata (18h). No sábado, sobem ao palco a banda O Verbo (11h) e o sambista Péricles (às 15h e 18h). Encerrando o fim de semana, o domingo terá a Cia Txai de Danças Populares (11h30), a Quadrilha Fulô do Sertão (15h) e a banda Leite de Rosas e os Alfazemas (18h), que transforma clássicos do brega em rock.
“No Ângulo” traz registro fotográfico da Copa das Confederações 2013 em Fortaleza
As lentes dos fotógrafos Jarbas de Oliveira e Luís Carlos Moreira captam os principais momentos do torneio, o clima da cidade dentro e fora do Castelão
Os fotógrafos Jarbas Oliveira e Luís Carlos Moreira lançam “No Ângulo” nesta quarta-feira (18), às 20 horas, no Ideal Clube de Fortaleza. A publicação traz um registro fotográfico da Copa das Confederações de 2013, quando a capital cearense foi uma das sedes do torneio de futebol. Ao todo, são 98 fotografias, apresentadas pelo jornalista esportivo Arthur Ferraz e pela crônica do jornalista e escritor Xico Sá.
Muito além do torneio, de lances e jogadas, os fotógrafos mostram como se deu a competição: a reforma da Arena Castelão, os trabalhadores, a torcida, a cidade se enfeitando para o evento. Nesse cenário, se deu um dos momentos mais importantes, que ganhou destaque na imprensa dentro e fora do Brasil. “O Hino Nacional entoado a plenos pulmões antes de Brasil X México no Castelão passou 40 anos preso na garganta do torcedor cearense”, enfatiza Arthur Ferraz, relembrando toda a história da construção da Arena Castelão e sua relação com a seleção brasileira.
Xico Sá, por sua vez, romantiza: “Nesta partida, meu caro Nelson Rodrigues, o brasileiro deu plena justificativa para o que chamavas de a pátria de (ou em) chuteiras. O mesmo brasileiro, Nelson, que, segundo a tua verve espirituosa, vaia até minuto de silêncio. Neste dia foi diferente e especialíssimo. A brava gente cearense, que em 30 de janeiro de 1942 vaiou até o sol na praça do Ferreira – em queixa irônica com a falta de chuva-, levou euforia da onda de protestos das ruas para as arquibancadas”.
De acordo com Ferraz, “a carga de emoção acumulada explica a corrente de eletricidade transmitida das arquibancadas ao gramado, impulso para a vitória brasileira na campanha do título da Copa das Confederações de 2013”, o que situa o registro fotográfico de Jarbas Oliveira e Luís Carlos Martins na história do futebol nacional.
SERVIÇO
Lançamento “No Ângulo”
Data: 18/06 (quarta-feira)
Local: Ideal Clube de Fortaleza
Horário: 20h
Paulo Diógenes celebra 26 anos de carreira
O humorista, famoso por sua personagem, a Raimundinha, conversou com o blog DIVIRTA-CE, sobre seu trabalho como vereador na defesa dos gays, a ajuda aos dependentes químicos e os próximos projetos na carreira de ator
Ele poderia ter sido um bancário, e ninguém conheceria a escrachada Raimundinha, aquela personagem mais famosa. Paulo Diógenes continua humorista, mas agora gasta mais tempo exercendo sua função de vereador de Fortaleza, e além de continuar a carreira de ator de 26 anos, permanece com seu trabalho social, ajudando dependentes químicos, e lutando pelo fim do preconceito contra gays, lésbicas, LGBT’s.
Paulo Diógenes vive seu momento romântico também: se casou com Tarcísio Rocha, acabou de realizar o primeiro casamento coletivo LGBT, com apoio da Prefeitura, e planeja seu retorno aos palcos. O humorista respondeu as perguntas de Felipe Palhano, do DIVIRTA-CE, e falou sobre o início da carreira, as dificuldades na política e seus próximos projetos.
DIVIRTA-CE - Hoje você é um humorista consagrado, e vereador eleito nas últimas eleições em Fortaleza. Mas muita gente não conhece como foi o seu início de carreira. Como iniciou sua vida na comédia? Teve muitos outros trabalhos antes de se descobrir humorista? São quantos anos de carreira?
PAULO DIÓGENES - Antes de descobrir a Raimundinha, eu trabalhei durante alguns anos no antigo BEC (Bando do Estado do Ceará). Mas eu sentia que algo não estava totalmente certo. Era muito inquieto para trabalhar em um escritório. Então, um belo dia eu resolvi largar essa vida e investir no meu lado artístico. Pouco depois, em 1979, se não me falha a memória, eu já ensaiava algumas peças teatrais. Só em 1986 eu comecei com o humor, em bares de Fortaleza. Foi quando os primeiros traços da Raimundinha começaram a surgir. Esse ano (2014) estou completando 26 anos de carreira.
DIVIRTA-CE -Como surgiu a Raimundinha, sua personagem mais famosa? Você acha que o exagero, o escracho, foram as marcas de humoristas da sua geração no Ceará?
PAULO DIÓGENES - Foi numa peça de teatro em que eu vivia uma mãe, ainda sem nome, que queria fazer da filha crente uma “striper” que a personalidade da Raimundinha me surgiu. Essa mulher sem nome foi o embrião da Raimundinha. Daí em diante foi um processo de amadurecimento. Foram cerca de 10 anos até chegar ao que ela é hoje: essa figura exagerada, emergente que usa tudo de uma vez só para mostrar que tem, sem perder nunca o jeito suburbano. Sem dúvidas esse humor escrachado marcou a nossa geração e se mantém até hoje como uma marca genuinamente cearense. É difícil encontrar humoristas nessa mesma vertente fora do Ceará.
DIVIRTA-CE - Você já fez vários programas de TV e teve alguns programas semanais na TV Diário, inclusive, recentemente, teve uma temporada de um programa novo passando. Quais as maiores dificuldades e diferenças em fazer humor na TV e ao vivo, no teatro? Já sonhou em ter programa em alguma rede nacional?
PAULO DIÓGENES -O grande diferencial da TV é que o trabalho todo é muito coletivo. Eu dependo do câmera, do iluminador, do produtor, de toda uma equipe pra poder iniciar e concluir um trabalho. Vivi isso durante a temporada de dois anos que passei na Record, onde tive um quadro fixo no programa “Tudo É Possível”, com a Ana Hickmann. A equipe era enorme, o que não é comum nas TVs de locais (de Fortaleza). Quando se faz teatro o trabalho depende muito mais de você mesmo, apesar de sempre haver uma equipe por trás. Sobre querer ter um programa só meu, nunca pensei nisso. Os convites para as participações a TV eram constantes e eu me concentrava num projeto de cada vez.
DIVIRTA-CE - Você também sempre apoiou e incentivou o surgimento de novos humoristas e comediantes no Ceará. Quais os artistas consagrados que você admira, e quais comediantes da nova geração você gosta?
PAULO DIÓGENES -Acredito que a ideia de que há espaço para todo mundo em qualquer área. No humor não é diferente. Quem tem talento vai se destacar uma hora ou outra. Admiro o trabalho do grande Chico Anysio, que tornou nosso humor famoso em todo o país e abriu portas para nossos talentos. Sobre os humoristas da nova geração, muitos se destacam nas mais diferentes vertentes do humor. Não conseguiria citar todos sem cometer injustiças. Mas nosso Ceará continua revelando grandes talentos.
DIVIRTA-CE - Por que você decidiu entrar na política? Como foi o convite ou seu interesse de disputar as eleições para vereador?
PAULO DIÓGENES -Eu cresci numa família de forte atuação política. Meu pai, Osmar Diógenes, já foi deputado e até hoje é muito atuante no cenário cearense. Apesar disso eu nunca tive o menor interesse de ingressar na área. O convite para me candidatar surgiu em 2012, por parte da presidência do PSD (Partido Social Democrático). Na época, além das apresentações da Raimundinha, eu administrava uma instituição para recuperação de dependentes químicos num município perto de Fortaleza. Foi a possibilidade de poder fazer algo mais para ajudar pessoas nessa condição de dependência química que me convenceu a sair candidato a Vereador de Fortaleza. Apostei nesse caminho e graças a Deus obtive êxito e hoje batalho fortemente por essa bandeira na Câmara Municipal.
DIVIRTA-CE - O que é mais estressante ou difícil: a vida política ou a vida de artista? Quais as maiores surpresas que você teve quando assumiu seu cargo de vereador de Fortaleza?
PAULO DIÓGENES -As duas áreas possuem suas especificidades. Eu acredito que quando se faz uma coisa com amor não há maiores dificuldades.
DIVIRTA-CE - Quais os projetos que você defende na Câmara de Vereadores, quais você acha mais importantes, quais você pensa ser mais fácil ser aprovado? Mesmo com pouco tempo de carreira política, pensa em se candidatar a algum cargo no Executivo, de prefeito, por exemplo?
PAULO DIÓGENES - Desde o início do mandato, em 2013, eu venho trabalhando fortemente para representar duas bandeiras: a dos dependentes químicos e a da comunidade LGBT. Venho me esforçando para conseguir aprovar projetos que promovam o enfrentamento às drogas através de três importantes pilares: prevenção ao uso, tratamento e reinserção social. Pela comunidade LGBT, entrei com requerimento para realizar o primeiro casamento civil homoafetivo coletivo da cidade, que contou com a participação de 30 casais. Não vejo essa diferença entre mais ou menos importante. Eu tento trabalhar com projetos que façam diferença de verdade para a cidade e para a população. Sobre me candidatar a outro cargo, não penso nisso agora. Adoto uma filosofia de viver um dia de cada vez sem projetar um futuro muito distante. Já houveram convites, mas por enquanto prefiro me concentrar no mandato de vereador.
PAULO DIÓGENES -Sim, muito espaço foi conquistado. Ser gay há 20 anos atrás era muito mais difícil, o preconceito era ainda maior. A medida em que a comunidade LGBT foi se tornando social e politicamente visível, as pessoas passaram a ver com outros olhos. Hoje é possível encontrar gays, lésbicas,bissexuais, transexuais em todos os setores da sociedade. O estranhamento diminuiu, mas o preconceito não. Ainda há muito para se conquistar. Acredito que a educação é a solução para formar pessoas com um caráter mais humano, que respeitam a diversidade existente na nossa sociedade. Preconceito é isso, é a falta de informação.
DIVIRTA-CE - E em relação à adoção de crianças por casais gays? O que pensa sobre o assunto?
PAULO DIÓGENES - Com tantas crianças em abrigos e orfanatos esperando por uma família, essa questão nem deveria ser questionada. Eu acredito que a adoção é um ato de amor, e se casais homoafetivos se propõem a adotar uma criança como filho, como parte da família, isso deve ser louvado. Não deveria importar o formato da família, mas sim o que essa família pode oferecer a uma criança. Se nesse novo lar houver segurança, amor e boa educação, ali será um bom lugar para uma criança viver.
DIVIRTA-CE - Quais os próximos projetos de Paulo Diógenes artista em 2014? Pretende estrear com Raimundinha e seus outros personagens engraçados no cinema quando? Algum novo espetáculo previsto?
PAULO DIÓGENES -Por enquanto a Raimundinha vai continuar desfrutando as férias delas. Como eu costumo falar, ela me sustentou durante todos esses anos. Agora é hora de eu sustentá-la por um tempinho. Eu estou realmente focado no mandato de vereador.
LITERATURA
Escritor Ignácio de Loyola Brandão lança nova edição da Festa Literária de Aquiraz 2014Evento está confirmado para novembro e aposta novamente na relação entre literatura e educação
O escritor Ignácio de Loyola Brandão e a curadora Mona Dorf lançaram neste 16 de junho, segunda-feira, às 11 horas, a edição da FLAQ – Festa Literária de Aquiraz 2014 (www.flaq.com.br). Autor homenageado deste ano, Ignácio de Loyola Brandão comemora quatro décadas da publicação de seu romance Zero. Censurado no Brasil, o livro saiu originalmente em uma edição italiana, em 1974. Uma exposição com cerca de 20 painéis tratando dos livros e dos momentos marcantes do autor de Não Verás País Nenhum será aberta no dia 20 de outubro, com pré-estréia na Biblioteca Mario de Andrade, em São Paulo.
A FLAQ 2014 acontecerá de 20 a 23 de novembro, no Engenhoca Parque Educativo, tendo como aposta o incentivo e a mobilização da rede pública e particular de ensino da cidade cearense e de outros municípios em torno da literatura. Em 2013, a FLAQ recebeu 1,5 mil visitantes em quatro dias de festa, e a expectativa dos organizadores é dobrar o público este ano. Uma grande novidade para 2014 é a inauguração da FLAQ INFANTIL, um festival paralelo dedicado às crianças e jovens, com programação exclusiva e participação de autores consagrados, como Pedro Bandeira, Socorro Acioli, Ilan Brenman, entre outros.
A homenagem à Loyola Brandão tem muitas razões, mas uma delas se prende ao fato do autor ter uma relação afetiva com o Ceará. Seu último livro de crônicas, O Mel de Ocara (Editora Global), refere-se no título a um presente que recebeu de uma senhora na cidade cearense. A obra acaba de ser indicada ao Prêmio Brasil Telecom 2014, na categoria Contos e Crônicas.
Escritor consagrado, ícone de gerações por suas ideias combativas, Loyola Brandão, aos 78 anos, transita entre uma vasta audiência, inclusive o professor, graças ao seu comprometimento com a palavra em sua acepção mais ampla.
A lista de escritores confirmados para o festival inclui a jornalista Miriam Leitão, que começa a se dedicar à ficção, na mesa Do jornalismo à literatura, ao lado Sérgio Abranches; sob o tema Literatura Marginal, se apresentam o mexicano Juan Pablo Villalobos e o brasileiro Ferréz. Pedro Bandeira, Mary Del Priore, Bernardo Kucinsky, Chico César, Luciana Savaget, a chilena Carola Saavedra, entre outros.
O compositor e secretário de Turismo da Paraíba, Chico César, fará uma mesa literária sobre racismo no próprio dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra.“São muitas as surpresas para este ano: está programada a vinda de 16 autores; uma mesa dedicada ao cordel; além de termos decidido homenagear um autor vivo, vamos inaugurar também a FLAQ Infantil, dedicada às crianças, que terá uma programação especialmente formatada para elas, com mesas exclusivas e outras atividades”, afirma Mona Dorf, curadora da FLAQ.
Em 2013, a primeira edição da FLAQ contou com o argentino Mempo Giardinelli, um entusiasta da contação de histórias, que abriu a programação repleta de grandes escritores, como os cearenses Ana Miranda, Xico Sá, Ronaldo Correa de Brito, Sidney Rocha e Tercia Montenegro, e os consagrados Luiz Ruffato e Mário Prata.
BARES
Cervejaria Devassa prepara programação especial com muita música para os jogos da Copa do Mundo
Já consolidada como um dos points preferidos da Cidade, a Cervejaria Devassa está preparando uma programação especial para a transmissão dos jogos de futebol da Copa do Mundo de 2014. Além da atração nos telões, o público vai poder curtir muita música depois do jogo. A casa da Aldeota, localizada na Avenida Júlio Abreu, 175, vai ser animada pela banda Morea. Já a Devassa Sul, no Shopping Reserva Open Mall, contará com duas bandas e começa antes do início da partida entre Brasil x Croácia. Das 16 às 17 horas e das 19h30 às 21h30, Tiago Sullivan Band sobe no palco. Das 21h30 às 24h30, quem comanda o resto da noite é a banda Outdoor. Ainda na casa recém inaugurada, está sendo preparado um bolão surpresa para quem acertar o placar o do jogo.
De estrutura, os torcedores vão contar, na sede da Aldeota, com dois telões estrategicamente posicionados, além de nove TVs grandes, espalhadas por todo o local, com sonorização ambiente.
A segunda unidade, no lado Sul da cidade, segue o mesmo padrão de qualidade, com cinco TVs de cinquenta polegadas e uma de oitenta polegadas. O som ambiente garante que as informações cheguem de forma homogênea a todos os espaços da casa, com um volume adequado.
MENU DA COPA
O público vai poder aproveitar ainda o show de delícias do cardápio e bebidas da casa. Além dos conhecidos petiscos e refeições, o menu vai trazer, especialmente neste período do torneio mundial, o Camarão da Mamãe: porção de seis camarões grandes, empanados com farinha de pão e servido com molho chutney de manga, com toque de pimenta de dedo de moça. Também não podem ser esquecidos os novos pratos com toque regional, tendo como principais ingredientes camarão e caranguejo: casquinha de caranguejo, atolado de caranguejo, patinha à milanesa, camarão à milanesa, camarão alho e óleo, arroz de camarão.
SOBRE A CERVEJARIA DEVASSA
No universo das cervejas, marcado por uma corrida desenfreada pela garota propaganda mais gostosa, de repente, surge uma marca que tira um sarro de tudo isso. Devassa é uma cerveja irreverente. Começa pelo nome: uma cerveja que se autoproclama Devassa deve ser no mínimo espirituosa. Alguém que vale a pena conhecer.
A Devassa, uma cervejaria com alma requintada e irreverente, nasceu em 2002 pela iniciativa de dois empresários cariocas, que perceberam uma lacuna a ser preenchida no mercado: a falta de uma cerveja premium com alma brasileira e qualidade europeia. Um galpão localizado no bairro do Santo Cristo, no Rio, serviu de cenário para a ideia. Mas nada seria possível sem a criação dos bares, que nasceram como plataforma de divulgação da cerveja homônima.
A primeira loja própria foi inaugurada em 2002, no Leblon. Com o sucesso retumbante, não demorou muito para nascer uma segunda unidade no início de 2004. No fim do mesmo ano, iniciou-se o projeto de franquias.
Foi nessa época também que se firmou a parceria entre a Devassa e o Grupo Schincariol - segunda maior cervejaria do Brasil - e o resultado disso foi o aperfeiçoamento dos processos de distribuição e logística, mantendo a qualidade artesanal e a comunicação diferenciada da marca.
A cerveja Devassa é produzida de forma artesanal, o que confere todo um ar de especialidade, até porque toda a matéria-prima é bem selecionada e alguns ingredientes são importados. Depois de pronta, a bebida é mantida numa câmara fria e só sai dali para o copo do cliente, pois em todos os bares há uma espécie de frigorífico que mantém a temperatura ideal da cerveja e do chopp.
Devassa é elaborada com cuidado para manter o diferencial de sabor, sem perder a leveza das cervejas tropicais. Mas o espetáculo fica por conta mesmo da maneira que a marca instituiu para servir o chopp. Logo após a produção, os barris seguem para as cervejarias da rede e permanecem armazenados em câmaras frias. De lá, o chopp é conduzido por uma tubulação subterrânea a 3 graus negativos até chegar ao balcão, em torneiras belgas, para, enfim, ser lentamente despejado na temperatura ideal no copo.
Marca registrada do "pé-limpo", o chope de fabricação própria vem em cinco versões. Destaque para a Sarará, bebida leve e refrescante à base de malte de trigo, que tem como grande diferencial o aroma de banana e cravo e a ruiva, de coloração avermelhada, sabor e aroma encorpados. Fabricada com uma mistura de maltes especiais e lúpulos importados, a ruiva atrai também pela levedura de alta fermentação. Já a loura tem todo o estilo sedutor da Pilsen. É uma cerveja clara, com sabor levemente amargo e refrescante. Completam o time a Negra, extremamente cremosa com sabor e aroma de malte torrado, e a Índia, com elevado teor alcoólico (6%). Logo que chega à cervejaria, a bebida é armazenada em câmaras refrigeradas e passa por serpentinas resfriadas por glicol, substância que garante a tiragem na temperatura ideal.
Na Devassa todos os copos são adequados para aproveitar ao máximo os diferentes tipos de cerveja. Isso porque uma boa cerveja se aprecia não só com o paladar, mas também com a visão e o olfato. No copo certo a cerveja fica mais bonita. O que nos leva a outro fator: o aroma. Com o creme expandindo da maneira correta, a cerveja fica protegida do contato com o ar evitando a oxidação e mantendo-a gelada. Assim, as nuances de cada cerveja ficam mais evidentes, o que, por fim, nos leva ao fator principal: o sabor. Com os aromas se pronunciando, o sabor da cerveja fica ainda melhor, harmonizando com os ingredientes e tornando a experiência da degustação completa.
SERVIÇO
Devassa Fortaleza Aldeota:
Av. Júlio Abreu, 175,
Telefone: (85) 2181.1669
Devassa Fortaleza Sul:
Av. Washington Soares, 3000, Shopping Reserva Open Mall
Telefone: (85)3273.5996
Já consolidada como um dos points preferidos da Cidade, a Cervejaria Devassa está preparando uma programação especial para a transmissão dos jogos de futebol da Copa do Mundo de 2014. Além da atração nos telões, o público vai poder curtir muita música depois do jogo. A casa da Aldeota, localizada na Avenida Júlio Abreu, 175, vai ser animada pela banda Morea. Já a Devassa Sul, no Shopping Reserva Open Mall, contará com duas bandas e começa antes do início da partida entre Brasil x Croácia. Das 16 às 17 horas e das 19h30 às 21h30, Tiago Sullivan Band sobe no palco. Das 21h30 às 24h30, quem comanda o resto da noite é a banda Outdoor. Ainda na casa recém inaugurada, está sendo preparado um bolão surpresa para quem acertar o placar o do jogo.
De estrutura, os torcedores vão contar, na sede da Aldeota, com dois telões estrategicamente posicionados, além de nove TVs grandes, espalhadas por todo o local, com sonorização ambiente.
A segunda unidade, no lado Sul da cidade, segue o mesmo padrão de qualidade, com cinco TVs de cinquenta polegadas e uma de oitenta polegadas. O som ambiente garante que as informações cheguem de forma homogênea a todos os espaços da casa, com um volume adequado.
MENU DA COPA
O público vai poder aproveitar ainda o show de delícias do cardápio e bebidas da casa. Além dos conhecidos petiscos e refeições, o menu vai trazer, especialmente neste período do torneio mundial, o Camarão da Mamãe: porção de seis camarões grandes, empanados com farinha de pão e servido com molho chutney de manga, com toque de pimenta de dedo de moça. Também não podem ser esquecidos os novos pratos com toque regional, tendo como principais ingredientes camarão e caranguejo: casquinha de caranguejo, atolado de caranguejo, patinha à milanesa, camarão à milanesa, camarão alho e óleo, arroz de camarão.
SOBRE A CERVEJARIA DEVASSA
No universo das cervejas, marcado por uma corrida desenfreada pela garota propaganda mais gostosa, de repente, surge uma marca que tira um sarro de tudo isso. Devassa é uma cerveja irreverente. Começa pelo nome: uma cerveja que se autoproclama Devassa deve ser no mínimo espirituosa. Alguém que vale a pena conhecer.
A Devassa, uma cervejaria com alma requintada e irreverente, nasceu em 2002 pela iniciativa de dois empresários cariocas, que perceberam uma lacuna a ser preenchida no mercado: a falta de uma cerveja premium com alma brasileira e qualidade europeia. Um galpão localizado no bairro do Santo Cristo, no Rio, serviu de cenário para a ideia. Mas nada seria possível sem a criação dos bares, que nasceram como plataforma de divulgação da cerveja homônima.
A primeira loja própria foi inaugurada em 2002, no Leblon. Com o sucesso retumbante, não demorou muito para nascer uma segunda unidade no início de 2004. No fim do mesmo ano, iniciou-se o projeto de franquias.
Foi nessa época também que se firmou a parceria entre a Devassa e o Grupo Schincariol - segunda maior cervejaria do Brasil - e o resultado disso foi o aperfeiçoamento dos processos de distribuição e logística, mantendo a qualidade artesanal e a comunicação diferenciada da marca.
A cerveja Devassa é produzida de forma artesanal, o que confere todo um ar de especialidade, até porque toda a matéria-prima é bem selecionada e alguns ingredientes são importados. Depois de pronta, a bebida é mantida numa câmara fria e só sai dali para o copo do cliente, pois em todos os bares há uma espécie de frigorífico que mantém a temperatura ideal da cerveja e do chopp.
Devassa é elaborada com cuidado para manter o diferencial de sabor, sem perder a leveza das cervejas tropicais. Mas o espetáculo fica por conta mesmo da maneira que a marca instituiu para servir o chopp. Logo após a produção, os barris seguem para as cervejarias da rede e permanecem armazenados em câmaras frias. De lá, o chopp é conduzido por uma tubulação subterrânea a 3 graus negativos até chegar ao balcão, em torneiras belgas, para, enfim, ser lentamente despejado na temperatura ideal no copo.
Marca registrada do "pé-limpo", o chope de fabricação própria vem em cinco versões. Destaque para a Sarará, bebida leve e refrescante à base de malte de trigo, que tem como grande diferencial o aroma de banana e cravo e a ruiva, de coloração avermelhada, sabor e aroma encorpados. Fabricada com uma mistura de maltes especiais e lúpulos importados, a ruiva atrai também pela levedura de alta fermentação. Já a loura tem todo o estilo sedutor da Pilsen. É uma cerveja clara, com sabor levemente amargo e refrescante. Completam o time a Negra, extremamente cremosa com sabor e aroma de malte torrado, e a Índia, com elevado teor alcoólico (6%). Logo que chega à cervejaria, a bebida é armazenada em câmaras refrigeradas e passa por serpentinas resfriadas por glicol, substância que garante a tiragem na temperatura ideal.
Na Devassa todos os copos são adequados para aproveitar ao máximo os diferentes tipos de cerveja. Isso porque uma boa cerveja se aprecia não só com o paladar, mas também com a visão e o olfato. No copo certo a cerveja fica mais bonita. O que nos leva a outro fator: o aroma. Com o creme expandindo da maneira correta, a cerveja fica protegida do contato com o ar evitando a oxidação e mantendo-a gelada. Assim, as nuances de cada cerveja ficam mais evidentes, o que, por fim, nos leva ao fator principal: o sabor. Com os aromas se pronunciando, o sabor da cerveja fica ainda melhor, harmonizando com os ingredientes e tornando a experiência da degustação completa.
SERVIÇO
Devassa Fortaleza Aldeota:
Av. Júlio Abreu, 175,
Telefone: (85) 2181.1669
Devassa Fortaleza Sul:
Av. Washington Soares, 3000, Shopping Reserva Open Mall
Telefone: (85)3273.5996
EXPOSIÇÕES
“O Haver – Pinturas e Músicas para Vinícius” chega a Caixa Cultural
Elifas Andreato e craques da música brasileira homenageiam o poeta Vinicius de Moraes
Segue em exposição na Caixa Cultural Fortaleza a mostra O Haver – Pinturas e Músicas para Vinicius. Aberta dia 28 de maio, segue até 27 de julho. Nesta mostra, Chico Buarque, Paulinho da Viola, Toquinho, Antonio Nóbrega, Martinho da Vila e outros grandes nomes da música brasileira se unem ao artista gráfico Elifas Andreato para celebrar a obra de Vinicius de Moraes.
O Haver – Pinturas e Músicas para Vinicius de Moraes foi idealizada pelo artista plástico Elifas Andreato, para homenagear o poeta Vinicius de Moraes. A iniciativa une artes plásticas e música. Por meio deste projeto, 14 músicos convidados criaram individualmente canções inéditas – instrumentais ou letradas – inspiradas no poema O Haver, de Vinicius. Depois, junto com Elifas, cada um desenvolveu uma pintura em homenagem ao poeta. O resultado se materializou em DVD, catálogo e exposição, além de um site que detalha todo o processo de produção (www.ohaver.com.br). Entre os músicos convidados estão: Chico Buarque, Paulinho da Viola, Toquinho, Martinho da Vila, Zeca Baleiro, Carlinhos Vergueiro, Teresa Cristina, Edvaldo Santana, Badi Assadi, Celso Viafora, Antonio Nóbrega, Chico Cesar, Gabriel O Pensador, e Renato Teixeira.
A relação de Elifas Andreato com Vinicius se iniciou em 1975, quando o artista gráfico foi convidado a criar a arte da capa do disco Vinicius e Toquinho. Eles se tornaram amigos. Mas não foi a amizade que tornou a realização da exposição imprescindível para Elifas. O artista credita a Vinicius o privilégio de haver tido dois filhos: “Em 1975, eu já era casado, mas não queria ter filhos. Para realizar a capa do disco, ouvi a música O Filho que Eu Quero Ter. Fiquei estupefato com a canção. Na primeira audição, já emocionado, descobri o quão importante seria ter filhos. Não tive como não agradecer pessoalmente a Vinicius por essa descoberta”. Pouco mais de um ano depois nasceria Bento e, em 1978, Laura. “Esse projeto é uma questão de honra para mim. Mesmo que tardio, ele serve para saldar ao menos uma parte da impagável dívida que tenho com Vinicius”.
A exposição inclui um programa com ações educativas que valorizam a relação das obras expostas com o visitante – escolar ou espontâneo –, por intermédio de atividades e produtos que exploram a vida e obra de Vinicius de Moraes e sua relação com os artistas da MPB em exposição. As visitas serão complementadas por atividades lúdicas, cujo objetivo é fazer uma integração entre as reflexões feitas durante a visitação e o fazer artístico. Estas serão similares às oficinas realizadas pelo artista e curador da mostra, Elifas Andreato, junto aos artistas da MPB em exposição, sendo oferecidos aos visitantes materiais similares aos oferecidos aos artistas (lápis aquarela e perfis de Vinicius de Moraes elaborado por Elifas Andreato) para produção de uma obra. O espaço de criação das oficinas estará sempre disponível para que o público espontâneo também possa experimentar as oficinas com ajuda de um educador da exposição.
SERVIÇO
Exposição “O Haver – Pinturas e Músicas para Vinicius”
Visitação: 29 de maio a 27 de julho de 2014 (terça à sábado, das 10h às 20h e aos domingos das 10h às 19h
Local: Caixa Cultural de Fortaleza (Av. Pessoa Anta, 287 – Praia de Iracema)
Entrada: Gratuita
Brothers of Brazil, com Supla e João Suplicy, faz show em Fortaleza
A dupla esteve se apresentando na House of Sensations. Supla deu entrevista para o DIVIRTA-CE, e falou sobre sua formação musical, televisão, política e manifestações da Copa
A banda Brothers of Brazil, projeto dos irmãos Supla e João Suplicy vem arrancando elogios de toda a crítica com o novo disco “On my way” que apresenta uma pegada mais roqueira que o debut “Punkanova”. Supla e João estarão nesta sexta na House of Sensations (H.O.S), na Praia de Iracema. Com passagens pelos maiores festivais do país como Planeta Terra, SWU, Festival da Rádio UOL 89FM, um dos shows de maior destaque no Lollapalooza 2014, além da indicação como “Melhor Banda” no VMB da MTV, a banda com influências de Beatles, Tom Jobim, Sex Pistols, Baden Powell e The Clash vem a cada dia se consolidando como uma dos melhores projetos musicais do Brasil na atualidade.
A banda Leite de Rosas & Os Alfazemas (CE) que se define como “Brega-Romântica-Pós-Pop-Cafona”, faz o show de abertura. A banda faz uma pegada mais rock and roll para aquelas músicas que todo mundo já ouviu alguma vez na vida, incluindo no repertório os maiores clássicos do brega passando por Reginaldo Rossi, Waldick Soriano, Nelson Ned, Odair José, Diana, Roberto Carlos e muitos outros mitos da música popular.
Supla conversou com o DIVIRTA-CE. O filho de Eduardo e Marta Suplicy falou sobre diversos assuntos com o editor Felipe Muniz Palhano: sua formação musical, a criação dos Brothers, política, televisão, as manifestações da Copa e outros temas. Confira a entrevista:
DIVIRTA-CE- Você vive uma fase de sucesso fazendo dupla com seu irmão, João Suplicy. Como surgiu o Brothers of Brazil? Foi no programa da RedeTV?
SUPLA – Surgiu antes do programa. Eu tive a ideia. Muita gente não sabe, mas antes do João (Suplicy, seu irmão) ter virado um grande estudioso da música popular brasileira ele era roqueiro. Eu catequizava, colocava ele para escutar Sex Pistols e outras coisas. Apesar de nascer no Brasil e ter morado nos Estados Unidos de um ano de idade até oito anos, meus pais escutavam muita música brasileira, por causa da saudade. Minha formação era música folk americana com música brasileira, tipo Chico Buarque, Caetano Veloso. Isso foi marcado na minha cabeça, então, seis anos atrás, na mesma época que a RedeTV! me convidou para fazer um programa para a molecada, eu tinha esse projeto com meu irmão. Então decidi chamar o João para o programa, e começamos assim a dupla Brothers of Brazil.
DIVIRTA-CE -Sente falta de fazer televisão? Participaria de algum novo reality-show de confinamento, como a “Casa dos Artistas”? Qual o grande aprendizado que você tirou daquele programa que foi histórico para a TV brasileira?
SUPLA – Eu adorei fazer o “Brothers”, agradeço muito a oportunidade da RedeTV! de fazer esse programa que durou dois anos e oito meses. Só não gostava das meninas dançando sem música. Quer colocar gostosas? Lança uma “mulher-aranha”, algo caracterizado, que era minha treta com o diretor. Já me chamaram vinte vezes para fazer essas m... de reality, eu não faço. Fiz o “Papito in Love” porque eu vendi pra MTV esse projeto. Eu amo televisão. Eu assisto televisão com controle remoto porque é uma bosta. É uma bosta, mas a gente ama. A TV nos deixa débil mental. Você não lê um livro, só fica olhando aquela imagem. A mesma coisa é a internet, outra m... O que falam de besteira na internet! Colocaram que meu pai disse que era bonito cuspir na bandeira. E isso teve três mil “likes” no Facebook, como se isso fosse verdade. Tem muita mentira, por outro lado, tem coisas fantásticas na internet.
DIVIRTA-CE -Misturando diversos ritmos, a dupla Brothers consegue agradar a um público grande, inclusive fazendo hits, tocando nos maiores festivais do Brasil e sendo indicada a prêmio de melhor banda. Quais as maiores dificuldades em trabalhar com o irmão? Tem muita briga? A que você deve esse ótimo reconhecimento do público e da crítica ao seu trabalho atualmente?
SUPLA – Tem muita briga. O sucesso do Brothers é da nossa batalha. Não adianta fazer música boa se você não vai a luta. Muito talento, mas muita correria, não tem para empresário, já trabalhei com vários empresários, e eles são um bando de bunda mole. Nós iríamos fazer vários shows fora do Brasil, para convidar os países da Copa do Mundo. Iria ser shows em Londres, Paris. Eu mandei uma proposta de patrocínio com três críticas de jornais de outras países, com nada a ver com meus pais. O cara do edital disse que iríamos conseguir o patrocínio, mas resolvemos não ir por sermos filhos de pessoas do Governo. As pessoas pensam que ser filho da Marta e Eduardo Suplicy facilita alguma coisa. Estamos há seis anos na estrada, batalhando nosso terceiro disco.
DIVIRTA-CE -A Brothers of Brazil já tocou em diversos países? Pode ser considerada uma “banda exportação”? Quais os shows mais inesquecíveis e as situações mais inusitadas que você tenha passado nessa nova fase? Quais os lugares que ainda gostariam de se apresentar?
SUPLA – Essa banda, a Brothers, é para tocar em qualquer lugar do mundo. Acho que o primeiro show que fizemos com Flogging Molly, e em Las Vegas também, foram inesquecíveis. Vários shows da costa americana foram excelentes também. Também tivemos vários shows em Londres fantásticos!
DIVIRTA-CE-Você é um artista brasileiro desde os anos 70, um dos pioneiros do punk-rock brazuca, chegou a ser comparado com Billy Idol no início de carreira. Como você observa a música brasileira na atualidade, com o fim do império das gravadoras e a expansão de independentes através da internet? Piorou ou melhorou?
SUPLA- Acho que surgiram coisas bem decentes. Tem os Raimundos, que conseguiram voltar com força, Vivendo do Ócio, que eu gosto, tem o pessoal do Selvagens, que é do Nordeste e foi para São Paulo. Meu conselho para essa molecada é pegar todas as influências de músicas que você gosta e misturar no “caldeirão”. Não é querer copiar.
DIVIRTA-CE- Há muito tempo você não faz shows no Ceará. Quais as surpresas que vocês reservarão para o show em Fortaleza? Vai tocar “Garota de Berlim”?
SUPLA - Já peguei onda no Ceará, e todas as vezes que fui por aí, me lembro de ter sido tratado muito bem. No show vamos tocar “Garota de Berlim”, “Japa Girl”... Não posso tocar muita coisa do meu trabalho solo, pois não tem nada a ver. Temos músicas ótimas para mostrar do Brothers.
DIVIRTA-CE -Em ano político e de Copa, fica difícil não perguntar a você, filho de Marta e Eduardo Suplicy, como você está encarando as manifestações contrárias ao campeonato mundial de futebol no Brasil?
SUPLA -Eu acho ótimo as manifestações, mas não gosto de violência. Vi uma foto na Bahia com o exército nas ruas. Isso me deu uma depressão! Sim, porque, ditadura nunca mais!
DIVIRTA-CE -Com um pai senador exemplar no quesito honestidade, nunca sonhou em ver Eduardo Suplicy presidente? Já pensou em entrar na carreira política como seus pais e muitos outros artistas?
SUPLA - Eu acho que eu seria um ótimo político. Eu acho que meu pai seria um ótimo presidente, mas ele foi posto de lado no partido, e todo mundo sabe disso. Já fiz música contra os partidos, sobre o próprio PT, o mensalão, o “trensalão” do PSDB.
DIVIRTA-CE – Mas na questão do mensalão, você acha que o Lula não sabia de nada?
SUPLA – Claro que sabia. Mas ele tinha que ser blindado, afinal, ele é a principal imagem do partido.
DIVIRTA-CE -Vai apoiar o PT nas próximas eleições? O que acha do Governo Dilma?
SUPLA – Nunca fui do PT, sempre fiz campanha para o meu pai e a minha mãe. Qualquer presidente que estivesse no lugar da Dilma estaria tomando porrada da mesma forma. Muita gente critica, mas tem que apresentar soluções. A proposta do senador, meu pai, o plano de renda mínima, é uma das soluções.
VI Festival de Camarão da Costa Negra prepara disputa de chefs
A
VI edição do Festival Internacional de Camarão da Costa Negra já tem
data marcada para o seu pré-lançamento. Para celebrar o momento, a
Associação dos Carcinicultores da Costa Negra (ACCN) e o Restaurante
Arte Nova realizou um jantar para convidados no dia 9 de junho. Neste
ano, o evento, que conta com a presença de chefs consagrados no cenário
nacional e internacional, traz um diferencial. O tradicional concurso
será entre os chefes campeões das cinco edições anteriores. O festival
sempre é uma oportunidade para a descoberta de talentos da gastronomia
cearense.
Participarão da disputa em 2014 os chefs: José Faustino, campeão de 2009; Eduardo Sissi, de 2010; Lilliane Perreira, de 2011; Luciano Ferreira, de 2012; e Cícero Disney, vencedor de 2013.
Um grupo de grandes chefs se unem para compor uma festa recheada de surpresas, novas receitas, alta gastronomia e regionalismo. Com tudo isso, o VI Festival Internacional do Camarão promete ser um sucesso.
Há cinco anos, o Festival atrai milhares de turistas para a região de Acaraú e divulga o camarão de cativeiro como opção gastronômica. O evento, no entanto, vai além e prioriza, também, o reconhecimento dos chefs que trabalham com a alta gastronomia no Ceará.
Participarão da disputa em 2014 os chefs: José Faustino, campeão de 2009; Eduardo Sissi, de 2010; Lilliane Perreira, de 2011; Luciano Ferreira, de 2012; e Cícero Disney, vencedor de 2013.
Um grupo de grandes chefs se unem para compor uma festa recheada de surpresas, novas receitas, alta gastronomia e regionalismo. Com tudo isso, o VI Festival Internacional do Camarão promete ser um sucesso.
Há cinco anos, o Festival atrai milhares de turistas para a região de Acaraú e divulga o camarão de cativeiro como opção gastronômica. O evento, no entanto, vai além e prioriza, também, o reconhecimento dos chefs que trabalham com a alta gastronomia no Ceará.
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