O ‘efeito-borboleta’ do novo filme de Tom Cruise
Filme “No Limite do Amanhã” se perde num roteiro sem criatividade, direção rasa, mas tem bons efeitos especiais
Você se lembra daquele filme “Efeito Borboleta”, e de tantos outros que exploraram a viagem no tempo para conduzirem seu roteiro? Pois Tom Cruise explora esse novo “formato”, dessa vez contra aliens malvados, nesse "No Limite do Amanhã", que está em cartaz nos cinemas de Fortaleza.
A ficção científica que fala sobre uma invasão alienígena que quer acabar com a raça humana e conquistar a Terra, peca exatamente por não explorar sua história principal – se limitando a ação de “efeito borboleta” do filme, no vai e vém de Tom Cruise entre o presente e o passado. Não é um filme ruim, mas se esperava algo muito melhor do sujeito que fez os filmes do Jason Bourne, o cineasta Doug Liman. O filme peca pela superficialidade na própria direção, mesmo com alguns bons efeitos especiais.
Apesar do roteiro se esforçar em gerar alguma carga emocional, o filme falha em alguns pontos que seriam primordiais para isso. Começa com o ridículo da situação de desejarem mandar o personagem de Cruise para o meio do campo de batalha, sendo que ele é apenas um oficial burocrata que cuida do marketing do exército. Pra que isso? Se ainda houvesse uma justificativa que estivesse ligada à trama, tudo bem. Mas não, é pura barra forçada só para ter um soldado sem qualquer preparo e que depois vai se tornar um "super-ninja".
As cenas de guerra são fracas, picotadas, corridas, mal dá pra gente ver direito o que está acontecendo. O pelotão do qual Cruise acaba fazendo parte tem participação importante no final, mas erraram feio na escolha dos atores e nenhum chega a marcar, impedindo que a gente se importe com o destino deles.
A história da volta no tempo poderia até ser interessante, mas tudo é estragado por explicações didáticas sem sentido – e que acabam não explicando nada! Chegam ao cúmulo de ter uma cena ridícula onde um dos personagens explica tudo que está acontecendo inclusive com desenhos holográficos toscos.
E como é que com um poder daqueles, herdado diretamente dos invasores, não vão direto para o comando? Ah, tá, a heroína avisa que se ele fizer isso vão mandá-lo para um hospício ou para dissecação!
Só que logo depois eles não vão até o general e conseguem convencê-lo a dar um item que precisavam? Obviamente, com Cruise podendo voltar no tempo o tanto quanto queira, seria fácil para eles convencerem as autoridades de que falavam sério.
A melhor coisa do filme acaba sendo justamente a atuação de Tom Cruise que, aos 52 anos, amadureceu bem e perdeu aquela cara de "mauricinho intragável" que usava em tudo quanto era filme. Ficou até carismático, acredite se quiser. A bela Emily Blunt (de "O Diabo Veste Prada") tenta mudar de perfil na pele de uma guerreira poderosa que detona os aliens usando uma clava, mas no final das contas fica parecida demais com a soldado Calhun da animação "Detona Ralph" para ser levada a sério. Até dá para assistir, mas acaba sendo uma decepção.
Filme “No Limite do Amanhã” se perde num roteiro sem criatividade, direção rasa, mas tem bons efeitos especiais
Você se lembra daquele filme “Efeito Borboleta”, e de tantos outros que exploraram a viagem no tempo para conduzirem seu roteiro? Pois Tom Cruise explora esse novo “formato”, dessa vez contra aliens malvados, nesse "No Limite do Amanhã", que está em cartaz nos cinemas de Fortaleza.
A ficção científica que fala sobre uma invasão alienígena que quer acabar com a raça humana e conquistar a Terra, peca exatamente por não explorar sua história principal – se limitando a ação de “efeito borboleta” do filme, no vai e vém de Tom Cruise entre o presente e o passado. Não é um filme ruim, mas se esperava algo muito melhor do sujeito que fez os filmes do Jason Bourne, o cineasta Doug Liman. O filme peca pela superficialidade na própria direção, mesmo com alguns bons efeitos especiais.
Apesar do roteiro se esforçar em gerar alguma carga emocional, o filme falha em alguns pontos que seriam primordiais para isso. Começa com o ridículo da situação de desejarem mandar o personagem de Cruise para o meio do campo de batalha, sendo que ele é apenas um oficial burocrata que cuida do marketing do exército. Pra que isso? Se ainda houvesse uma justificativa que estivesse ligada à trama, tudo bem. Mas não, é pura barra forçada só para ter um soldado sem qualquer preparo e que depois vai se tornar um "super-ninja".
As cenas de guerra são fracas, picotadas, corridas, mal dá pra gente ver direito o que está acontecendo. O pelotão do qual Cruise acaba fazendo parte tem participação importante no final, mas erraram feio na escolha dos atores e nenhum chega a marcar, impedindo que a gente se importe com o destino deles.
A história da volta no tempo poderia até ser interessante, mas tudo é estragado por explicações didáticas sem sentido – e que acabam não explicando nada! Chegam ao cúmulo de ter uma cena ridícula onde um dos personagens explica tudo que está acontecendo inclusive com desenhos holográficos toscos.
E como é que com um poder daqueles, herdado diretamente dos invasores, não vão direto para o comando? Ah, tá, a heroína avisa que se ele fizer isso vão mandá-lo para um hospício ou para dissecação!
Só que logo depois eles não vão até o general e conseguem convencê-lo a dar um item que precisavam? Obviamente, com Cruise podendo voltar no tempo o tanto quanto queira, seria fácil para eles convencerem as autoridades de que falavam sério.
A melhor coisa do filme acaba sendo justamente a atuação de Tom Cruise que, aos 52 anos, amadureceu bem e perdeu aquela cara de "mauricinho intragável" que usava em tudo quanto era filme. Ficou até carismático, acredite se quiser. A bela Emily Blunt (de "O Diabo Veste Prada") tenta mudar de perfil na pele de uma guerreira poderosa que detona os aliens usando uma clava, mas no final das contas fica parecida demais com a soldado Calhun da animação "Detona Ralph" para ser levada a sério. Até dá para assistir, mas acaba sendo uma decepção.
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