O que é a solidão particular de cada um
Livro “Solidão”, do jornalista José Maria Mayrink, é um relato sobre a angústia e a melancolia, sobre a dor e o desespero
Em 1982, o jornalista José Maria Mayrink, escreveu uma surpreendente série de reportagens sobre a solidão em São Paulo, a maior metrópole brasileira. Mendigos, trabalhadores noturnos, presidiários, padres, freiras reclusas, cidadãos comuns foram surpreendidos em sua frágil intimidade. José Maria lançou agora o livro Solidão, com essas reportagens, publicado pela Geração Editorial.
Eles eram solitários e tristes no meio da multidão. Escrita em estilo literário, como já não se vê na imprensa diária, os relatos comoveram os leitores e tiveram um impacto impressionante. Mais de trinta anos depois, a solidão nas grandes metrópoles não diminuiu. Os solitários continuam sozinhos, agora espalhando suas angústias nas redes sociais. O que era e é ser solitário numa cidade marcada por multidões e ruídos? Quem eram aquelas pessoas que falavam de uma sensação paralisante de abandono?
“Solidão” é um livro absolutamente original e comovente, um relato sobre a angústia e a melancolia, sobre a dor e o desespero — mas também sobre a esperança e o sentido da existência. Este é um livro sobre o amor ao próximo — e sobre a possibilidade de este amor tornar-se real. Porque o que há de espantoso na solidão não é nosso desejo frustrado de ser amado, mas a indiferença de todos nós em relação ao que acontece em nosso íntimo e de como isso se reflete no relacionamento com os demais. Queremos ser amados — mas já nos perguntamos se somos capazes de amar?
O livro fala de seres esquecidos e rejeitados. Estas pessoas foram ouvidas por quem se dispôs a viver com elas alguns momentos que não foram apenas ocasionais, tal a sua intensidade. Mayrink traça neste livro um painel terrível, real e, paradoxalmente, esperançoso sobre os impasses da grande metrópole. Um livro único e quase perfeito em sua unidade: ele fala de pessoas que estão a caminho da morte e que avançam inexoravelmente para o escuro abismo, mas buscando nessa desesperada rota não a previsível escuridão — mas a luz. É esta a inquietante revelação dessas histórias. Existem no mundo pessoas que sofrem. Elas precisam do outro para sobreviver.
A solidão urbana é mais ampla e assustadora do que se imagina. A solidão de que falam é a mesma que se sente hoje, um dos estigmas da atualidade. A identificação é inevitável. Este livro é um convite à reflexão sobre o que é a solidão particular de cada um.
Escritor paranaense lança biografia não-autorizada de Leminski
Livro que provocou polêmica com familiares do poeta curitibano sai pela Geração Editorial, que assumiu o risco de embargo pela Justiça
Depois de enfrentar o veto de familiares de Paulo Leminski e, em protesto, divulgar a obra pela internet, o escritor Domingos Pellegrini, de Londrina, resolveu assumir o risco do embargo. A versão impressa e ampliada foi lançada na II Bienal Brasil do Livro e da Leitura, em Brasília.
Depois da recusa da Editora Record em publicar o livro sem a autorização da família, quem se propôs a correr o risco foi a Geração Editorial. Segundo Pellegrini, a editora confia que haverá um consenso, tanto no Supremo Tribunal Federal quanto no Congresso Nacional, e não será mais necessária a autorização de biografado ou familiares para a publicação de biografias. “Que juiz vai embargar uma publicação sabendo que a lei, ao que tudo indica, está prestes a mudar?”, pondera.
Minhas lembranças de Leminski é, segundo o autor, uma versão melhorada e ampliada daquela disponibilizada gratuitamente pela internet em 2013, sob o título Passeando por Paulo Leminski. “Tem algumas fotos inéditas que recebi de um casal de amigos do Leminski”, revelou.
Mais do que uma quase biografia – já que o próprio Pellegrini considera o livro mais um apanhado de memórias ao lado do poeta – o livro recém-lançado pode se tornar um marco na discussão acerca da publicação de biografias. “Essa pode ser a última biografia a ser embargada por falta de autorização ou pode ser a primeira a não enfrentar mais o temor da proibição”, avalia Pellegrini.
Para o escritor, as histórias de pessoas públicas não podem ser cerceadas nem mesmo pela família. “Essas pessoas não podem ser vistas só como desejam os familiares”, afirmou. À época da finalização da obra, em 2013, as herdeiras de Leminski – a viúva Alice Ruiz e as filhas Áurea e Estrela Leminski – discordaram da publicação por considerar que o livro denigre a imagem do escritor curitibano. Na ocasião, em entrevista, Alice Ruiz afirmou que o livro de Pellegrini serve para construir uma imagem de Leminski muito negativa e distante da realidade.
A viúva disse também, na época, que é absolutamente contra a censura, mas acredita que não se deve permitir, em nome da liberdade de expressão, que sejam produzidas biografias e obras oportunistas que distorçam e ofendam a memória de quem não está mais vivo para se defender. Pellegrini diz não ter recebido nenhum contato da família de Leminski depois da publicação do livro.
Livro “Solidão”, do jornalista José Maria Mayrink, é um relato sobre a angústia e a melancolia, sobre a dor e o desespero
Em 1982, o jornalista José Maria Mayrink, escreveu uma surpreendente série de reportagens sobre a solidão em São Paulo, a maior metrópole brasileira. Mendigos, trabalhadores noturnos, presidiários, padres, freiras reclusas, cidadãos comuns foram surpreendidos em sua frágil intimidade. José Maria lançou agora o livro Solidão, com essas reportagens, publicado pela Geração Editorial.
Eles eram solitários e tristes no meio da multidão. Escrita em estilo literário, como já não se vê na imprensa diária, os relatos comoveram os leitores e tiveram um impacto impressionante. Mais de trinta anos depois, a solidão nas grandes metrópoles não diminuiu. Os solitários continuam sozinhos, agora espalhando suas angústias nas redes sociais. O que era e é ser solitário numa cidade marcada por multidões e ruídos? Quem eram aquelas pessoas que falavam de uma sensação paralisante de abandono?
“Solidão” é um livro absolutamente original e comovente, um relato sobre a angústia e a melancolia, sobre a dor e o desespero — mas também sobre a esperança e o sentido da existência. Este é um livro sobre o amor ao próximo — e sobre a possibilidade de este amor tornar-se real. Porque o que há de espantoso na solidão não é nosso desejo frustrado de ser amado, mas a indiferença de todos nós em relação ao que acontece em nosso íntimo e de como isso se reflete no relacionamento com os demais. Queremos ser amados — mas já nos perguntamos se somos capazes de amar?
O livro fala de seres esquecidos e rejeitados. Estas pessoas foram ouvidas por quem se dispôs a viver com elas alguns momentos que não foram apenas ocasionais, tal a sua intensidade. Mayrink traça neste livro um painel terrível, real e, paradoxalmente, esperançoso sobre os impasses da grande metrópole. Um livro único e quase perfeito em sua unidade: ele fala de pessoas que estão a caminho da morte e que avançam inexoravelmente para o escuro abismo, mas buscando nessa desesperada rota não a previsível escuridão — mas a luz. É esta a inquietante revelação dessas histórias. Existem no mundo pessoas que sofrem. Elas precisam do outro para sobreviver.
A solidão urbana é mais ampla e assustadora do que se imagina. A solidão de que falam é a mesma que se sente hoje, um dos estigmas da atualidade. A identificação é inevitável. Este livro é um convite à reflexão sobre o que é a solidão particular de cada um.
Escritor paranaense lança biografia não-autorizada de Leminski
Livro que provocou polêmica com familiares do poeta curitibano sai pela Geração Editorial, que assumiu o risco de embargo pela Justiça
Depois de enfrentar o veto de familiares de Paulo Leminski e, em protesto, divulgar a obra pela internet, o escritor Domingos Pellegrini, de Londrina, resolveu assumir o risco do embargo. A versão impressa e ampliada foi lançada na II Bienal Brasil do Livro e da Leitura, em Brasília.
Depois da recusa da Editora Record em publicar o livro sem a autorização da família, quem se propôs a correr o risco foi a Geração Editorial. Segundo Pellegrini, a editora confia que haverá um consenso, tanto no Supremo Tribunal Federal quanto no Congresso Nacional, e não será mais necessária a autorização de biografado ou familiares para a publicação de biografias. “Que juiz vai embargar uma publicação sabendo que a lei, ao que tudo indica, está prestes a mudar?”, pondera.
Minhas lembranças de Leminski é, segundo o autor, uma versão melhorada e ampliada daquela disponibilizada gratuitamente pela internet em 2013, sob o título Passeando por Paulo Leminski. “Tem algumas fotos inéditas que recebi de um casal de amigos do Leminski”, revelou.
Mais do que uma quase biografia – já que o próprio Pellegrini considera o livro mais um apanhado de memórias ao lado do poeta – o livro recém-lançado pode se tornar um marco na discussão acerca da publicação de biografias. “Essa pode ser a última biografia a ser embargada por falta de autorização ou pode ser a primeira a não enfrentar mais o temor da proibição”, avalia Pellegrini.
Para o escritor, as histórias de pessoas públicas não podem ser cerceadas nem mesmo pela família. “Essas pessoas não podem ser vistas só como desejam os familiares”, afirmou. À época da finalização da obra, em 2013, as herdeiras de Leminski – a viúva Alice Ruiz e as filhas Áurea e Estrela Leminski – discordaram da publicação por considerar que o livro denigre a imagem do escritor curitibano. Na ocasião, em entrevista, Alice Ruiz afirmou que o livro de Pellegrini serve para construir uma imagem de Leminski muito negativa e distante da realidade.
A viúva disse também, na época, que é absolutamente contra a censura, mas acredita que não se deve permitir, em nome da liberdade de expressão, que sejam produzidas biografias e obras oportunistas que distorçam e ofendam a memória de quem não está mais vivo para se defender. Pellegrini diz não ter recebido nenhum contato da família de Leminski depois da publicação do livro.
Livro de Lira Neto sobre História Urbana e Imobiliária de Fortaleza é lançado
A ascensão da Aldeota, os contornos urbanos da avenida Beira-Mar e o desbravamento rumo ao leste e sudeste da cidade têm relação direta com o trabalho de engenheiros, arquitetos e corretores que conseguiram enxergar além do horizonte imediato do Centro da cidade. O processo de crescimento de capital cearense está descrito com riqueza de detalhes na obra “História Urbana e Imobiliária de Fortaleza – biografia sintética de uma cidade”, escrita por Lira Neto e a jornalista Cláudia Albuquerque. Resultado de um projeto da Luciano Cavalcante Imóveis, o livro foi lançado nesta segunda no edifício LC Corporate Green Tower (Av. Barão de Studart, 300). Na ocasião, o livro será vendido com 50% de desconto no valor de R$ 50 e toda a receita com a venda será doada para a Santa Casa de Misericórdia.
Com um acervo fotográfico de mais de 500 anos e linhas do tempo ao longo dos capítulos, o livro nasceu da reflexão de Luciano Cavalcante Filho, diretor da Luciano Cavalcante Imóveis, em plenas comemorações de 30 anos da imobiliária, comemorado em 2013. “Fizemos parte do processo histórico de crescimento da capital, nós e as demais imobiliárias, incorporadoras e construtoras locais. Este livro exigiu três anos de trabalho intenso e é um presente nosso para a cidade. Espero que a obra nos ajude a conhecer melhor a nossa capital, para que façamos escolhas acertadas no futuro, para deixarmos para nossos netos uma cidade mais justa, sustentável e ainda mais bonita”, comemora Luciano. Após o lançamento, o livro poderá ser encontrado na livraria Cultura com o valor de R$ 100.
O livro, editado pela Editora Braba, é dividido em oito capítulos, divididos pela cronologia dos acontecimentos: o capítulo 1 (1500 - 1654) aborda o início da história da cidade, com o etnocídio dos povos indígenas e a expropriação brutal da terra dos nativos; o capítulo 2 (1654 - 1877) retrata a oportunidade histórica da cidade progredir à custa do “ouro branco”, o algodão, oferecida pela Guerra da Secessão, nos Estados Unidos; o capítulo 3 (1877 - 1900) narra o crescimento de uma cidade de costas para o mar; já no capítulo 4 (1900 - 1929), o texto relata os dias de glória do Centro de Fortaleza, com o aquecimento da vida cultural em teatros, cinemas e praças ajardinadas; o capítulo 5 (1929 - 1950) fala da febre da modernidade, com ônibus e automóveis tomando conta do Centro, que recebe os primeiros “arranha-céus”; no capítulo 6 (1950 - 1970), a construção do Porto do Mucuripe é relatada como promotora de uma alteração no mapa geográfico e social de Fortaleza: surgem a Aldeota e a Beira-Mar; o capítulo 7 (1970 - 1990) é dedicado as muitas “Aldeotas”, relatando como a expansão para o leste gerou loteamentos e novos bairros que tentavam mimetizar a área nobre da cidade; por fim, no capítulo 8 (1990 - 2014), a cidade solar vêm à tona, com o sol se firmando principal ativo econômico de Fortaleza.
Diante dos entraves do crescimento sustentável, os escritores puderam observar a promissora consciência dos empresários em busca da sustentabilidade social e ambiental. Durante a fase de produção do livro, foi ouvido um número expressivo de representantes dos setores da construção e do ramo imobiliário de Fortaleza, parte deles considera a questão como sendo de sobrevivência para o futuro do próprio mercado e, mais que isso, de toda a cidade. Diversas fontes públicas e particulares de pesquisa, entre acervos, documentos e fotos também foram utilizadas e muitas delas estão contempladas no livro.
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