terça-feira, 7 de janeiro de 2014

TEATRO

Miguel Falabella e Marisa Orth protagonizam comédia em Fortaleza

"O que o mordomo viu", famosa peça do escritor inglês Joe Orton, será apresentada de sexta a domingo no Teatro Via Sul
 
>Aparecendo nos comerciais de TV com Arlete Salles, o espetáculo teve uma substituição por causa de problemas de saúde da atriz

Miguel Falabella e Marisa Orth estarão fazendo a estreia nacional, neste fim de semana, em Fortaleza, de uma comédia teatral: trata-se do espetáculo “O que o mordomo viu”, que estreou no Queen´sTheatre em Londres em 1969 e desde então tem sido sucesso absoluto em qualquer lugar do mundo que tenha sido montado. A peça estará em cartaz de sexta a domingo no Teatro do Shopping Via Sul.
 A história gira em torno de Dr. Arnaldo (Miguel Falabella), um psiquiatra tentando seduzir sua atraente secretária, Denise Barcca (Marisa Orth). A peça abre com ela sendo examinada pelo Dr. Arnaldo, durante uma entrevista de emprego. Como parte da entrevista ele a convence a se despir. A situação vai se tornando mais intensa à medida que a entrevista avança, quando a sua esposa Sra. Mirta entra. Neste momento ele tenta encobrir a sua atividade atrás da cortina. Sua esposa, no entanto esta sendo seduzida e chantageada por Nico, a quem prometeu o cargo de secretário, o que aumenta ainda mais a confusão. A clínica do Dr. Arnaldo passa por uma inspeção do governo, que é liderada pelo Dr. Ranço, revelando então o caos na clínica. Situação que o Dr. Ranço usará para desenvolver um novo livro.
O espetáculo tem todos os ingredientes de uma brincadeira muito agradável: manias dos personagens, enredos tortuosos, confusão de identidades, portas batendo, roupas que desaparecem, e, acima de tudo, a sagacidade subversiva de Orton, que foi considerado um dos dramaturgos mais criativos do século XX. E como se não bastasse, a versão brasileira, com direção de Miguel Falabella, que também atua ao lado de Marisa Orth, garante ao público uma dose de humor extra. Quem não vai lembrar de Caco e Magda, do "Sai de Baixo", ao vê-los juntos?
O elenco conta ainda com os atores Marcello Picchi, Alessandra Verney, Ubiraci Brasil e Magno Bandarz. A codireção é de Cininha de Paula.
Segundo a produção da Areia Eventos, durante todos os dias de apresentação o público poderá contar com uma promoção em que 20% dos ingressos da bilheteria do dia terão preço de R$ 50 a inteira e R$ 25 a meia.



Com problemas de saúde, Arlete Salles foi substituída no espetáculo por Marisa Orth

 Por conta de um problema de saúde, Arlete Salles fez única apresentação da peça "O que o mordomo viu", ao lado de Miguel Falabella, na sexta (17), no Teatro Popular Oscar Niemeyer, em Niterói, no Rio. Segundo nota divulgada pela organização do espetáculo no site da Fundação de Arte de Niterói, as sessões de sábado e domingo foram canceladas por motivo de saúde da atriz. A assessoria de imprensa da peça confirmou a informação. Arlete negou que esteja doente e que foi submetida a uma cirurgia para a retirada de um tumor, como foi publicado na imprensa. "Não tem cirurgia nenhuma. Estou estreando hoje o espetáculo. Ficam matando a pessoa, acaba afetando a minha saúde. Já tem várias pessoas me ligando para saber o que aconteceu, meu telefone não para de tocar", desabafou. 

Na estreia nacional de "O que o mordomo viu", neste fim de semana em Fortaleza, a atriz Arlete Salles, que aparece nos comerciais de TV da Globo, chamando para o espetáculo, será substituída por Marisa Orth. Na quarta-feira, 22, o ator e diretor Miguel Falabella anunciou a troca de atrizes no elenco da montagem poucos dias antes da estreia, amanhã, no Teatro Via Sul. 

Em seu Facebook, Miguel declarou que Arlete se recupera bem e que agradece pela disponibilidade de Marisa por aceitar a rotina agitada de ensaios. “A vida quase sempre surpreende e os belos gestos ainda florescem, ainda que o planeta esteja se tornando um ambiente hostil. Arlete Salles é minha musa, sempre disse isso em alto e bom som, porque sem dúvida alguma ela é uma das minhas atrizes favoritas e brasileiríssima. Arlete está bem, agradeço aos abraços e votos de melhoras, mas ela vai precisar de alguns dias para se recuperar. O que fazer? Uma turnê fechada, datas marcadas, elenco e técnicos contratados, fiquei sentado aqui na varanda pedindo uma luz, pensando em quem poderia substituir Arlete em tão curto espaço de tempo, com um espetáculo já montado. E Marisa Orth veio ao nosso socorro. Dispôs-se a ensaiar o que for preciso de amanhã até nossa estreia em Fortaleza e eu tenho certeza (conhecendo-a como eu conheço) que ela vai brindar o público com o seu melhor - e que melhor! Vai transtornar sua agenda e sua vida para ajudar uma produção em risco e guardar o papel da colega, como quem guarda uma joia) até que Arlete possa voltar para o espetáculo. Marisa, você é muito especial e eu me sinto honrado por ter dividido o palco com você em todos os anos do nosso Sai de Baixo. Vai ser uma alegria jogar ao seu lado outra vez no palco”, escreveu ele.


SERVIÇO
"O que o mordomo viu"
Local: Teatro do Shopping Via Sul
Datas: 31 de janeiro, 01 e 02 de fevereiro (sexta a domingo)
Horários: dias 31 e 01, às 21h; dia 02, às 20h
Ingressos:
Sexta-feira – R$ 100 a inteira e R$ 50 a meia
Sábado e Domingo – R$ 120 a inteira e R$ 60 a meia
Diariamente, 20% dos lugares disponíveis no Teatro terão preços promocionais por R$ 50 a inteira e R$ 25 a meia.
Vendas: Bilheteria do Teatro Via Sul, de terça a domingo, das 13hs às 20hs
Realização: Areia Eventos
Mais informações: 3052.8027 e 3052.8026






Temporada de musicais nas férias de Fortaleza
  

“Não verás país nenhum”, com o grupo Em Companhia do Camaleão , “Vitrola Jukebox – Novelas”, com o Grupo Vitrola Nova, e “Prometemos não chorar”, do Grupo Às de Teatro estão em cartaz 

Amenhotep Rodrigues em cena de "Não verás país nenhum": terça no Teatro Dragão do Mar 

A temporada de musicais está aberta! São três espetáculos que estiveram em cartaz neste mês e que ainda podem ser vistos: “Não verás país nenhum” , com o grupo Em Companhia do Camaleão, no Teatro Dragão do Mar, “Vitrola Jukebox – Novelas”, Grupo Vitrola Nova, no mesmo local, e “Prometemos não chorar”, do Grupo Às de Teatro, no Teatro Sesc Emiliano Queiroz.
Baseado na obra homônima de Ignácio Loyola Brandão, o espetáculo “Não verás país nenhum” está em cartaz hoje e é também na terça que vem, sempre às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 4,00 / 2,00. Encenado pela primeira vez em 1987, o musical voltou recentemente aos palcos cearenses, com o objetivo de dar uma nova dimensão ao trabalho artístico dos diretores Júlio Maciel e Acácio de Montes. Assuntos como corrupção, violência, seca e aquecimento global são algumas das temáticas abordadas no espetáculo, sempre em tom apocalíptico e exacerbado.
O apresentador do programa “Destaque VM”, da TV Verdes Mares, Amenhotep Rodrigues, está no espetáculo com o personagem Tadeu, e conversou com o Jornal O Estado. “Como a história se passa no Brasil do futuro, onde a urina é reciclada para ser transformada em água, plantas e animais não existem mais, o Sol queima muito, Tadeu é um cara de espírito revolucionário. Mesmo contra a lei, mantém em segredo uma reserva ecológica secreta com espécies de animais e plantas para que não fossem extintas”, explica Amenhotep, que em 2013 completou 10 anos de teatro. “Comecei nos principios básicos do Teatro José de Alencar. Nesse periodo ja contabilizei mais de 13 peças, como “Catalogo” de Rafael Martins, “Lear, a Rainha”, “Francisco Vive” de Júlio Maciel, “A ficção” de Fernando Lira. A remontagem de “Não verás país nenhum” conta com a inserção de novas cenas, conflitos e outra destinação no enredo de personagens. A peça inova também ao presentear a plateia com músicos tocando e cantando ao vivo ritmos como rock e maracatu cearense.
 

O Grupo Vitrola Nova apresenta mais uma temporada do seu espetáculo interativo Vitrola Jukebox-Novelas, que viaja no tempo através das trilhas sonoras dos folhetins brasileiros que fizeram história nesses 50 anos de exibições diárias. O nome "jukebox" é alusivo ao equipamento - comum nas décadas de 1950 e 1960 - por meio do qual os frequentadores de lanchonetes e restaurantes escolhiam as músicas que eram tocadas no lugar. O formato deste musical inova, principalmente, pela participação do público na escolha das músicas que são executadas durante a apresentação. O coro do Vitrola Nova espera – estático, no palco – a plateia eleger uma canção do repertório e, em seguida, interpreta a eleita na hora.
São aproximadamente 30 músicas à disposição do público, que, ao acionar a "máquina Vitrola", faz com que o grupo execute a música, com pinceladas de teatro e dança. A quarta temporada do "Vitrola Jukebox" levou mais de 3 mil pessoas ao teatro do Dragão do Mar em suas 12 apresentações no ano de 2012 e mais de 1.500 pessoas em seis apresentações no Teatro do IBEU em 2013.
O Vitrola Nova é um coletivo independente de artistas da cidade de Fortaleza que desenvolve pesquisa em canto coral cênico, música instrumental e teoria musical, aliados a técnicas de teatro e dança, propondo uma maneira irreverente e inovadora de fazer arte. O Jukebox-Novelas é o primeiro espetáculo temático do Vitrola. As telenovelas são produtos populares que tiveram seu período mais destacado nas décadas de 1970 e 1980; e que, irremediavelmente, fazem parte da construção histórica da identidade brasileira. Em 2013, os folhetins televisivos comemoraram 50 anos de exibição diária. Durante esse tempo, as músicas das novelas embalaram muitas histórias, de diferentes gerações. As apresentações do Vitrola acontecem todos os sábados e domingos de janeiro, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 20,00 / 10,00.
 

A Temporada de Teatro Adulto do Sesc recebe, no mês de janeiro, o espetáculo “Prometemos não chorar”, do Grupo Às de Teatro. O musical tem última apresentação no próximo dia 26/1, no Teatro Sesc Emiliano Queiroz  (Av. Duque de Caxias, 1701 – Centro), às 20 horas.
O primeiro trabalho autoral do grupo aborda o universo brega, fazendo um levantamento desde a década de 60, até os dias de hoje. Os 12 atores em cena contam uma história de três irmãs: Perfídia, Carol e Diana. Elas perdem o pai misteriosamente e têm sua fortuna roubada pela madrasta e sua filha, vendo-se obrigadas a trabalhar num bar/club local.
Porém, tudo muda quando Carol descobre, acidentalmente, o que realmente aconteceu com seu pai e acaba sendo sequestrada pela madrasta. Começa assim uma corrida contra o tempo para encontrar a irmã perdida. Embalando essa louca história, temos os maiores clássicos da música brega, tocadas e cantadas ao vivo, com cenários e figurinos que remetem ao antigo teatro de revista de Walter Clark. Entrada: R$ 6,00 (inteira); R$ 6,00 (meia). Informações: (85) 3464.9347.







Comemoração dos 40 anos de carreira do dramaturgo José Caldas

Centro Cultural BNB apresenta espetáculo “O Medo Azul”, que é inspirada no famoso conto “O Barba Azul”, de Charles Perraut

Um espetáculo que conduz o público pela sucessão de universos e emoções presentes no famoso conto “O Barba Azul”, de Charles Perraut. A peça “O Medo Azul”, encenada nesta sexta-feira (10), às 12 horas, no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza, encerra a temporada comemorativa de 40 anos de carreira do ator, escritor e dramaturgo, radicado em Portugal, José Caldas. A programação é gratuita e aberta ao público.
A apresentação incorpora intertextos dos irmãos Grimm, que contam igualmente com o personagem, e os contos tradicionais "O Barba Ruiva", da França, e "O Colhereiro", de Portugal, transparecendo a universalidade do mito e dotando o espetáculo de densidade dramática.
A poética da encenação explora as técnicas do José Caldas contador de histórias, ou seja, como um só ator pode dar voz e imagem à multiplicidade de personagens e ao papel central de narrador? Representar, alternativamente, Barba Azul, sua esposa, sua irmã, seus irmãos, e conseguir tornar sensíveis os planos emotivos que se entrecruzam na história.
O “Medo Azul” também será encenado no dia 09, às 18 horas, no auditório do campus da Liberdade da Unilab (Avenida da Abolição, 03, em Redenção-CE), oportunidade em que haverá debate sobre movimentos teatrais no contexto da lusofonia.
A programação em comemoração aos 40 anos da carreira de José Caldas inclui ainda a peça “Acende a noite”, a ser encenada no próximo dia 08, às 14 horas, no miniauditório Iran Raupp do IFCE (Avenida Treze de Maio, 2081 – Benfica). A apresentação será seguida de debate sobre a carreira do artista e sobre o cenário teatral em Portugal.
Nascido no Brasil, Caldas estudou teatro em Londres e Paris, e radicou-se em Portugal em 1974. Nas décadas de 1970 e 1980, conduziu oficinas em terras lusas e dirigiu uma dezena de peças junto ao grupo ‘Os Cômicos’, de Lisboa; ao Centro Dramático de Évora; e ao Teatro Universitário do Porto. Nas décadas de 1990 e 2000, retornou à Portugal, com viagens recorrentes ao Brasil, mais pontualmente à São Luís, Maranhão, onde criou o Projeto “Qual é a nossa?”, com crianças em situação de rua.
Nesse intervalo de 20 anos, criou a sua “Companhia de Teatro Quinta Parede” e encenou mais de 20 peças, tendo sido premiado quatro vezes pela Associação Portuguesa de Críticos Teatrais e participado de importantes eventos internacionais. José também publicou uma série de livros, com destaque para “20 anos de teatro e miscigenação”, “30 anos de teatro e jovem público” e “40 anos de teatro”, além de ter sido crítico de teatro de “O Jornal”, de Lisboa, e “Diário de Notícias”, da cidade do Porto. Foi ainda professor de importantes instituições de ensino como a Universidade de Évora e a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo.

Nenhum comentário: