terça-feira, 7 de janeiro de 2014

CINEMA

UCI Ribeiro Iguatemi inaugura primeira sala IMAX de Fortaleza com o filme “Frankenstein”

Nova versão “Entre Anjos e Demônios” é a continuação da clássica história de terror e  traz cenas de ação de tirar o fôlego, bons atores e impressionantes efeitos visuais


O cinema UCI Ribeiro do Shopping Iguatemi inaugurou sexta passada o novo sistema de projeção cinematográfica, inédito em Fortaleza: a tecnologia canadense IMAX. A novidade teve um investimento de R$ 5 milhões e conta com o que há de mais moderno na área. Os espectadores já podem assistir filmes numa tela gigantesca, que vai do teto ao chão e de parede a parede. A nova tecnologia no UCI Ribeiro Iguatemi é digital, o que permite também a exibição de filmes em 3D. 
A IMAX Corporation é uma das líderes mundiais em tecnologia de entretenimento e especializada na tecnologia de imersão em imagem em movimento. A rede de cinemas IMAX está entre as mais importantes e bem sucedidas plataformas de distribuição dos principais filmes de Hollywood em todo o mundo. “Alguns diretores fazem contrato com a IMAX para filmar com câmeras especiais ou transformar o filme para essa plataforma, que é uma nova forma de ver o cinema 3D, com mais qualidade de som, um resolução de imagem maior e melhor”, disse a diretora de marketing da UCI no Brasil, Monica Portella, em entrevista para o DIVIRTA-CE. Segundo ela, a expectativa de aumentar em 5% o público frequentador do cinema do Iguatemi com essa novidade.
As salas IMAX são projetadas para oferecer a mais moderna e envolvente experiência cinematográfica do mundo. O espaço, com geometria personalizada, maximiza o campo de visão, e cria a ilusão de que os limites da tela desaparecem. Sua tela côncava, a projeção e o poderoso sistema de áudio possibilitam a quem está assistindo ser envolvido pelo filme, criando uma sensação de imersão nas cenas. A tecnologia une uma tela superpotente com imagens cristalinas e a melhor definição, além de som digital alinhado a laser para que o espectador tenha a mesma qualidade  em qualquer poltrona. São 24 canais de som espalhados pela sala, com a potência de 12.000 watts. Além disso, dois projetores digitais side by side trabalharão em sincronia, em um terminal de estação de trabalho exclusivo. A tela IMAX para filmes em 3D digital é revestida com pintura prata com alta propriedade de grãos para maximizar a polarização da luz e do brilho e criar uma noção de profundidade muito maior, o que fará com que as imagens parecem saltar da tela diretamente para o colo do público.  Com capacidade para 424 pessoas, a sala 8 já surpreendeu a todos logo em sua inauguração, exibindo o filme “Frankenstein – Entre Anjos e Demônios”.  “O impacto no som, e nos efeitos 3D é impressionante”, disse Carlos Rocha que acompanhou o primeiro dia da sala IMAX. “As cadeiras tremem na hora de alguma explosão, o grave do som realmente funciona”, ressaltou o cinéfilo .

Desde 1931, quando Boris Karloff deu um rosto feioso à criatura feita com partes de cadáveres no filme "Frankenstein", o personagem já passou por dezenas de adaptações, do teatro ao desenho animado. Mas nada tão "revolucionário" quanto o filme que tem enredo baseado na história em quadrinhos "I, Frankenstein". Bons atores, cenas de ação de tirar o fôlego, e que faz lembrar os áureos tempos do cinemão de aventura de Hollywood nos anos 80.
No novo “Frankenstein”, existe uma batalha secular entre os demônios e os gárgulas, seres que defendem os anjos nos quebra-quebras. Até agora sem nenhuma relação com essa briga, o monstro criado pelo doutor Victor Frankenstein perambula há dois séculos pela Terra. O líder dos demônios quer encontrar a criatura, para entender como ela foi concebida e assim formar um exército de cadáveres para destruir os anjos, a humanidade e quem mais estiver por perto. Quem gosta de filmes fantásticos pode pensar em algumas semelhanças com a franquia "Anjos da Noite", que mostra outro embate secular, entre vampiros e lobisomens. Mas este é muito melhor, sem tempo para você ir no banheiro ou assistir diálogos “mela cueca”, com romances forçados.


Quem interpreta a criatura é o ator Aaron Eckhart (o Duas-Caras do "Batman" de Chris Nolan). Ele se veste com roupas estilosas e, com exceção de algumas costuras na pele, não tem nada do monstro com parafuso no pescoço da década de 1930 – o que decepciona – a caracterização do personagem poderia ser bem melhor, a maquiagem não é digna do padrão Hollywood. O novo "Frankie" também não tem aqueles movimentos lentos do original. Ele enfrenta seus inimigos com armas de lâminas variadas e uma agilidade de fazer inveja a Keanu Reeves em "Matrix". Mas esse filme ‘casou’ muito bem com a tecnologia IMAX oferecida pelo cinema do Iguatemi, mostrando todo o potencial da novidade.
O próximo investimento da rede de cinemas UCI no Ceará será assumir os cinemas do Shopping Parangaba, que deverá começar a funcionar em abril. Apesar dos boatos, não existe previsão de lançamento em Fortaleza das salas vips, que conta com número limitado de assentos, poltronas e serviços diferenciados (com serviço de garçom e restaurante). A nova sala com esse conceito será inaugurada pela UCI em Recife no final de março.
Na programação, além dos filmes em IMAX, a rede UCI pretende continuar exibindo a temporada do balé Bolshoi e shows exclusivos. “Para quem não for ao show do Elton John, exibiremos depois a mesma turnê em nosso cinema”, completou a diretora de marketing Mônica Portella.
Os ingressos para conferir a sala IMAX no cinema UCI Ribeiro Iguatemi variam de R$ 24 a R$ 36 (valor de entrada inteira) e já estão à venda nos balcões de atendimento, caixas de autoatendimento ou no site da rede www.ucicinemas.com.br.






HOLLYWOOD

"Trapaça" e "Gravidade" lideram indicações ao Oscar 2014

"Trapaça" e "Gravidade" lideram as indicações a 86ª edição  do Oscar com dez indicações cada um. Os concorrentes foram anunciados pelo ator Chris Hemsworth na quinta-feira (16), às 11h38, ao lado de Cheryl Boones Isaacs, presidente da Academia de Ciências e Artes Cinematográficas. "12 Anos de Escravidão" aparece em seguida, com nove indicações. Os três longas concorrem a melhor filme e melhor diretor. A maior surpresa do anúncio ficou pelo fato do filme "Inside Llewyn Davis", do Joel e Ethan Coen, ter ficado de fora das categorias principais.
O longa sobre um cantor folk concorre apenas a melhor fotografia e melhor mixagem de som.
Protagonista de "Capitão Philips", Tom Hanks também não foi indicado a melhor ator. O longa, no entanto, concorre a melhor filme ao lado de "Ela", "Nebraska", "Filomena", "Trapaça", "Clube de Compras Dallas", "12 Anos de Escravidão" e "O Lobo de Wall Street".
Contrariando as expectativas, Paul Greengrass não apareceu na lista dos indicados a melhor diretor, que será disputado por David O. Russel ("Trapaça"), Afonso Cuarón ("Gravidade"), Alexander Payne ("Nebraska") e Steve McQueen ("12 Anos de Escravidão").

 
Veja lista completa de indicados:


 MELHOR FILME
"Trapaça"
"Capitão Phillips"
"Dallas Buyers Club"
"Gravidade"
"Ela"
"Nebraska"
"Philomena"
"12 Anos de Escravidão"
"O Lobo de Wall Street"

MELHOR DIRETOR
David O. Russell, por "Trapaça"
Alfonso Cuarón, por "Gravidade"
Alexander Payne, por "Nebraska"
Steve McQueen, por "12 Anos de Escravidão"
Martin Scorsese, por "O Lobo de Wall Street"

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Barkhad Abi, por "Capitão Phillips"
Bradley Cooper, por "Trapaça"
Jared Leto, por "Clube de Compras Dallas"
Michael Fassbender, por "12 Anos de Escravidão"
Jonah Hill, por "O Lobo de Wall Street"

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Lupita Nyong'o, por "12 Anos de Escravidão"
Jennifer Lawrence, por "Trapaça"
June Squibb, por "Nebraska"
Julia Roberts, por "Álbum de Família"
Sally Hawkins, por "Blue Jasmine"

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

"12 Anos de Escravidão"
"O Lobo de Wall Street"
"Antes da Meia-Noite"
"Capitão Phillips"
"Philomena"

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

"Trapaça", escrito por Eric Warren Singer e David O. Russell; Columbia Pictures
"Blue Jasmine", escrito por Woody Allen; Sony Pictures Classics
"Clube de Compras Dallas", escrito por Craig Borten & Melisa Wallack; Focus Features
"Ela", escrito por Spike Jonze; Warner Bros.
"Nebraska", escrito por Bob Nelson; Paramount Pictures

MELHOR ANIMAÇÃO
"Os Croods"
"Meu Malvado Favorito 2"
"Ernest et Célestine"
"Frozen: Uma Aventura Congelante"
"Vidas ao Vento"

MELHOR ATRIZ
Cate Blanchett, por "Blue Jasmine"
Meryl Streep, por "Álbum de Família"
Judi Dench, por "Philomena"
Sandra Bullock, por "Gravidade"
Amy Adams, por "Trapaça"

MELHOR ATOR
Matthew McConaughey, por "Clube de Compras Dallas"
Bruce Dern, por "Nebraska"
Chiwetel Ejiofor, por "12 Anos de Escravidão"
Leonardo DiCaprio, por "O Lobo de Wall Street"
Christian Bale, por "Trapaça"

MELHOR DOCUMENTÁRIO

"O Ato de Matar"
"The Square"
"Cutie and the Boxer"
"Dirty Wars"
"A Um Passo do Estrelato"

TRILHA SONORA
John Williams, por "A Menina que Roubava Livros"
Steven Price, por "Gravidade"
William Butler and Owen Pallett, por "Ela"
Alexandre Desplat, por "Philomena"
Thomas Newman, por "Walt nos Bastidores de Mary Poppins"

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
"Alone Yet Not Alone", de "Alone Yet Not Alone" - Música: Bruce Broughton; letra: Dennis Spiegel
"Happy", de "Meu Malvado Favorito 2" - Música e letra de Pharrell Williams
"Let it Go", de "Frozen" - Música e letra de Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez
"The Moon Song", de "Ela" - Música de Karen O; letra de Karen O e Spike Jonze
"Ordinary Love", de "Mandela: Long Walk to Freedom" - Música de Paul Hewson, Dave Evans, Adam Clayton e Larry Mullen; letra de Paul Hewson

FIGURINO
Michael Wilkinson, por "Trapaça"
William Chang Suk Ping, por "O Grande Mestre"
Catherine Martin, por "O Grande Gatsby"
Michael O'Connor, por "The Invisible Woman"
Patricia Norris, por "12 Anos de Escravidão"

MELHOR EDIÇÃO

"Trapaça" -Jay Cassidy, Crispin Struthers e Alan Baumgarten
"Capião Phillips" - Christopher Rouse
"Clube de Compras Dallas" - John Mac McMurphy e Martin Pensa
"Gravidade" - Alfonso Cuarón e Mark Sanger
"12 Anos de Escravidão" - Joe Walker

DOCUMENTÁRIO DE CURTA-METRAGEM

"CaveDigger"
"Facing Fear"
"Karama Has No Walls"
"The Lady in Number 6: Music Saved My Life"
"Prison Terminal: The Last Days of Private Jack Hall"

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

"Alabama Monroe" (Bélgica)
"A Grande Beleza" (Itália)
"A Caça" (Dinamarca)
"The Missing Picture" (Camboja)
"Omar" (Palestina)

DESENHO DE PRODUÇÃO
"American Hustle"
"Gravidade"
"O Grande Gatsby"
"Ela"
"12 Anos de Escravidão"

MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO

"Feral"
"É Hora de Viajar"
"Mr Hublot"
"Possessions"
"Room on the Broom"

EDIÇÃO DE SOM

"Até o Fim"
"Capitão Phillips"
"Gravidade"
"O Hobbit: A Desolação de Smaug"
"O Cavaleiro Solitário"
MIXAGEM de SOM
"Capitão Phillips"
"Gravidade"
"O Hobbit: A Desolação de Smaug"
"Inside Llewyn Davis - Balada de Um Homem Comum"
"O Cavaleiro Solitário"

EFEITOS VISUAIS
"Gravidade"
"O Hobbit: A Desolação de Smaug"
"O Homem de Ferro 3"
"O Cavaleiro Solitário"
"Além da Escuridão: Star Trek"









Um filme feito para ganhar o Oscar...

...só que não. Psicodrama “Álbum de Família” tem elenco de estrelas em atuações inesquecíveis e rendeu indicações para o prêmio de melhor atriz, para Meryl Streep, e de melhor atriz coadjuvante, para Julia Roberts


Difícil não se surpreender ao assistir o filme “Álbum de Família”, com últimos dias em cartaz nos cinemas de Fortaleza. A produção, que chega na telona nesse início do ano com outros fortes candidatos ao Oscar 2014, é baseada em uma peça teatral de um dos mais destacados dramaturgos norte-americanos contemporâneos: Tracy Letts, que já foi adaptado para o cinema por William Friedkin em dois bons filmes do diretor americano — “Possuídos” (2006) e “Killer Joe, Matador de Aluguel” (2011). Letts ganhou o Pulitzer em 2008 com “Álbum de Família”, e o texto primoroso, em que descreve o reencontro de mãe e filhas em meio aos conflitos provocados pelo câncer da matriarca.
O filme, que conta no elenco com feras de Hollywood, tem direção de John Wells, e ganhou um tom soturno e teatral. Mais conhecido pela direção de séries de TV como “ER - Plantão Médico” e “The West Wing”, John Wells, produtor e diretor americano de 54 anos, é uma das principais figuras por trás da televisão americana moderna. "Eu assisti à peça algumas vezes, mas nunca imaginei que fosse dirigir uma adaptação para um filme", disse ele, que trabalhou na elaboração do roteiro por 18 meses antes de finalmente filmá-lo.
A cafonice do interior americano, com seus trejeitos e importâncias descabidas, nos remete muito aos exageros do nosso próprio Ceará – mas os personagens podem ser encontrados em qualquer lugar do mundo. A mãe, Violet (Meryl Streep), tornou-se amarga, sarcástica e irascível, comportamento hostil potencializado pela descoberta de um câncer e pelas pílulas que ela sempre ingeriu em doses monstruosas. Com a situação de sua mãe fora de controle, uma das filhas, Ivy (Julianne Nicholson), que vive na mesma cidade, convoca suas duas irmãs desgarradas, Barbara (Julia) e Karen (Juliette Lewis). A grande lavagem de roupa suja, em meio a brigas corporais e reviravoltas rocambolescas, envolve ainda o marido de Barbara (Ewan McGregor) e a filha adolescente (Abigail Breslin).


Com fotografia bem direcionada, trilha sonora adequada, diálogos que prendem atenção, atuações surpreendentes, que nos fazem rir e depois chorar em questão de segundos, torna a nova produção hollywoodiana uma verdadeira obra de arte, raridade hoje em dia, se tratando do cinema americano.

"Álbum de Família” recebeu duas indicações ao Globo de Ouro e ao Oscar: de Meryl, como melhor atriz de filme musical ou comédia, e de Julia, como melhor atriz coadjuvante. No Globo de Ouro não levaram, mas no Oscar, em fevereiro, tudo pode acontecer.
Em uma época em que os dramas de qualidade foram para a televisão e o principal da ação foi parar no cinema, em grandes blockbusters, levar um drama com orçamento de US$20 milhões para a telona é um luxo raro. "É parte da pressão que os estúdios têm no mercado internacional no momento. O pensamento hoje em dia é fazer filmes com apelo às grandes audiências, mas que distanciam de trabalhos que se focam nos personagens, como este", explicou o diretor.
“Álbum de Família” consegue fazer o contraste entre uma história hilariante e sombria, imagens solares e obscuras, devaneios criativos que farão qualquer espectador se render à qualidade deste novo filme que merece ser visto por qualquer um que ame a sétima arte. Mesmo assim o filme se perde neste drama que se diz "sério", terminando indeciso entre encenações teatrais e personagens pesados e tragicômicos, interpretações carregadas de “más intenções” de atores veteranos em busca do Oscar.











"De Repente Pai" traz Vince Vaughn com 533 filhos 
Estreando esta semana no Brasil, o filme "De Repente Pai" ('Delivery Man") é um remake americano de uma bem-sucedida comédia canadense sobre um doador de esperma que descobre ser pai de 533 filhos e como o fracassado está o ator Vince Vaughn.
O diretor do filme original, intitulado "Starbuck", Ken Scott, dirige esta produção dos estúdios DreamWorks, depois que a primeira versão, em 2011, teve uma recepção calorosa no Festival de Toronto e foi eleita o filme canadense mais popular do ano no Festival de Vancouver.
Além de Vaughn como Wozniak, Chris Pratt interpreta um advogado que é seu melhor amigo, cuja atuação mereceu elogios na revista especializada Variety. "Só vi (Starbuck) uma vez", declarou Pratt. "Fiquei encantado, me pareceu excelente. 'Me surpreendeu, o filme dava guinadas completamente inesperadas. Tinha um ponto de vista verdadeiro".
No entanto, o ator, que saltou à fama graças à serie de televisão americana "Parks and Recreation", prefere se esquecer do filme canadense para se concentrar em seu próprio trabalho e em seu papel no remake. "É a mesma receita, mas com ingredientes diferentes, e eu queria estar certo de servir ao filme que estávamos fazendo, e não de tentar fazer uma réplica do primeiro. O filme também é diferente do primeiro", declarou.











De Niro e Stallone voltam aos ringues em "Ajuste de Contas"
 

Filme que estreia nos cinemas de Fortaleza traz dois astros de Hollywood reinterpretando os personagens boxeadores dos filmes “O Touro Indomável” e “Rocky”

O ator Robert de Niro, que nos anos 1980 fez do boxe um mito com o filme "O Touro Indomável", e Sylvester Stallone, que surgiu para o estrelato com "Rocky", voltam ao ringue mais de 30 anos depois dessas estreias. Lutarão seu último combate em "Ajuste de Contas", que estreou no Natal, nos Estados Unidos, e chegou esta semana ao Brasil. Ao longo do filme os espectadores não poderão evitar comparar e perceber que Stallone e De Niro já não são tão jovens nem fortes como décadas atrás, quando romperam com murros as bilheterias da grande tela; mas verão que agora contam com a experiência dos anos e representam outro tipo de papel. "É como se casar com sua mulher pela sétima vez, é maravilhoso. Já esteve ali, mas ainda tem frescor suficiente, é extraordinário", afirmou Sylvester Stallone.
Dirigido por Pete Segal, a produção mostra dois pugilistas já aposentados. Stallone interpreta Razor, com problemas econômicos e um passado que ainda não conseguiu deixar para trás, enquanto De Niro encarna outro boxeador, o orgulhoso The Kid, que por trás de sua altivez também têm assuntos pendentes. No filme, os dois velhos rivais no boxe se enfrentam em uma série de combates, cada um ganha uma luta, mas, na terceira e definitiva, Razor se retira sem explicar por que abandona sua profissão antes que haja um vencedor.


Passados 30 anos, quase o mesmo tempo que passou desde a estreia no ringue de Stallone e De Niro, os rivais decidem retomar o combate final de suas carreiras profissionais. "Eu sou como sou hoje graças ao que fui e me considero muito afortunado porque após 30 anos ainda seguimos aqui", declarou Robert De Niro, que já tinha atuado com Stallone em "Cop Land" (1997).
Além disso, o diretor Pete Segal ressaltou que "todos os atores do elenco" são os que ele quis "desde o primeiro momento". "Desde o princípio soube que este filme devia ter Sylvester Stallone para que valesse a pena", completou De Niro. Em um tom cômico, com referências constantes aos filmes "O Touro Indomável" e "Rocky", o eixo de "Ajuste de Contas" não se centra nos sucessos ou desgraças de um boxeador no ringue, mas nas frustrações e sonhos de dois pugilistas que já tiveram seu auge. "O objetivo primordial do filme não era o boxe, mas contar uma história que falasse de sentimentos e motivação enquanto se conta uma história interessante de um modo divertido e descontraído", ressaltou o diretor.
Na mesma linha, Stallone avaliou que "Ajuste de Contas" encoraja o público a "não se render nunca" e a "aprender que seu inimigo também é a pessoa que te motiva para converter-se em algo melhor". Completando o elenco, a atriz Kim Basinger interpreta um papel-chave ao reviver as velhas paixões dos pugilistas, enquanto outros atores como Alan Arkin e Kevin Hart são responsáveis pelo alívio cômico.
"Me imaginava como uma 'groupie' que estava com duas estrelas de rock e que no final se apaixonava por um", explicou Kim Basinger, que diz acreditar que a "determinação" de sua personagem é fundamental para abrir o coração e mostrar o lado sensível dos protagonistas. Como concluiu Stallone, a princípio o público pensará em "O Touro Indomável" e "Rocky", mas logo se dará conta que "isto é outra história com fantásticos artistas".


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