Cine Sobremesa com exibição gratuita de filmes no Sobrado dr. José Lourenço
Alunos e ex-alunos do curso Pontos de Corte promovem nas quartas-feiras de janeiro, dias 7, 14, 21 e 28, o cineclube "Cine Sobremesa", no Sobrado dr. José Lourenço. O projeto é realizado em parceria com a Secretaria da Cultura do Estado, via Sobrado dr. José Lourenço, e a Associação Cearense de Cinema e Vídeo (ACCV). Tendo como público alvo os trabalhadores do Centro de Fortaleza, o projeto exibe gratuitamente no horário do almoço filmes de média e curta-metragem, priorizando a produção cearense.
Iniciando as atividades de 2009 a programação de janeiro será dedicada ao universo dos quadrinhos e animações independentes. No primeiro dia de cineclube, quarta-feira (7), três curtas serão exibidos, sendo duas animações e uma produção sobre Historias em Quadrinhos. O primeiro curta, roBOCÓ niu genérêriox, de Walber Santos, é uma animação em 3D que conta as aventuras de roBOCÓ e suas tentativas de se vingar (por ter levado uma topada) de uma pedra.
Em seguida será exibido Guerra dos Bárbaros, de Júlia Manta, curta metragem 2D, onde uma índia velha cachimbeira conta a seus netos a história de luta de seus antepassados contra invasões dos colonizadores do nordeste do Brasil. Por fim, será exibido uma edição do programa televisivo Liquidificador, apresentado por Karine Alexandrino e dedicado a produção
O Sobrado - Restaurado com o auxílio dos alunos da Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu, do Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC), o Sobrado Dr. José Lourenço funciona como centro cultural aglutinador das artes visuais do Ceará. O prédio abriga salas para exposição, auditório e café, consolidando-se como espaço de convivência e difusão das artes visuais, e possibilitando o acesso gratuito da população.
O Pontos de Corte - Projeto da Vila das Artes, visa a formação de agentes culturais e exibidores independentes.
Mais informações pelo telefone 3101.8827 ou 3101.8826
"Rudo y Cursi" - O filme síntese do México
Imagine a carga de prestígio internacional de uma produção brasileira sobre futebol que fosse produzida hoje por Walter Salles, Fernando Meirelles e José Padilha, dirigida por Vicente Amorim, com Rodrigo Santoro e Alice Braga encabeçando o elenco. Imaginou? Pois ainda não corresponde ao que significa -em capital de prestígio internacional, frise-se- a comédia dramática mexicana "Rudo y Cursi", que estreou em seu país no final de dezembro, chegou na semana passada à Argentina (onde este colunista o viu em sessão lotada no complexo Village Recoleta, com 16 salas, em Buenos Aires) e tem lançamento no Brasil previsto para 20 de março, com distribuição da Universal, que é co-produtora.
O trio dinâmico Alejandro González Iñárritu ("Amores Brutos", "Babel"), Alfonso Cuarón ("E Sua Mãe Também", "Filhos da Esperança") e Guillermo del Toro ("O Labirinto do Fauno") assina a produção. O diretor é Carlos Cuarón, irmão mais novo de Alfonso e roteirista de "E Sua Mãe Também". E o elenco traz Diego Luna ("E Sua Mãe Também", "Milk") e Gael García Bernal ("Diários de Motocicleta", "Ensaio sobre a Cegueira").
Rudo (Luna) e Toto (García Bernal) são irmãos em família de trabalhadores rurais. Ambos defendem um time amador de sua região -o primeiro como goleiro e o segundo, no ataque. Um caçador de talentos (o argentino Guillermo Francella) aparece por lá em dia de jogo e, surpreendido pelo futebol de ambos, mas com a possibilidade de levar apenas um deles para tentar a sorte na capital, deixa que os próprios irmãos decidam qual aproveitará a chance. Começa ali a aventura de Rudo e Cursi (sobrenome da família, que sapecam em Toto) pelos bastidores do futebol mexicano.
Não é, evidentemente, o filme de ficção definitivo que os fãs de futebol ainda aguardam (e talvez aguardem para todo o sempre, dadas as dificuldades naturais de levar as particularidades desse esporte para o cinema). Seus pontos fortes têm a ver justamente com a despretensão, que o leva a tratar de maneira francamente irônica o mundo da bola, incluindo jogadores desmiolados, agentes picaretas, treinadores movidos a propinas para escalar este ou aquele atleta (por assim dizer), torcedores neonazistas, apostas e subornos, carros, mulheres e, por fim, partidas.
Os times de primeira e segunda divisão utilizados pelo filme são ficcionais, com uniformes genéricos de cores exageradas (nem tão distantes da realidade assim, se o parâmetro forem os clubes mexicanos); as torcidas dividem as arquibancadas irmanamente e se comportam como se estivessem em um desenho animado, sacudindo flâmulas e bandeiras seja lá o que estiver ocorrendo. Em campo, não se vê muita coisa: para escapar ao desafio de encenar jogadas, opta-se pelo uso de elipses e da reação do banco e das arquibancadas aos lances. Mas, quando a câmera desce ao gramado, o faz com desenvoltura: Rudo parece mesmo um goleiro brutamontes (daí o apelido) e Cursi lembra atacantes leves como Lenny, ex-Fluminense e hoje no Palmeiras, que explodem muito cedo e depois não jogam nada.
Em um campeonato de filmes de ficção sobre futebol, "Rudo y Cursi" não disputaria o título, mas também não cairia para a Série B. Ficaria, o que cabe muito bem nesse caso, com uma vaga na Copa Sul-Americana.
A seguir, um teaser do filme, com os dois irmãos no cinema. Não são exatamente espectadores exemplares.
Literatura em Cinema no Cineclube Vila das Artes
Todas as quartas-feiras do mês, às 18h30min, na Vila das Artes. Entrada gratuita.
O cineasta Stanley Kubrick sugeriu certa vez que "tudo que pode ser escrito ou pensado pode ser filmado". Basta um olhar nos títulos de narrativas literárias que foram vertidas para a linguagem audiovisual. Este universo de artefatos literários será o foco do Cineclube Vila das Artes de janeiro com a mostra "Literatura em Cinema". A mostra traz filmes clássicos que sugerem o exercício do pensamento sobre as condições sociais para a produção e circulação dessas linguagens artísticas.
"Como as relações entre cinema e literatura foram quase sempre 'de mão dupla', a escolha dos filmes também teve em vista a reflexão sobre a 'contaminação' da linguagem cinematográfica pela literatura. Esperamos incitar o pensamento não apenas acerca do que pode ser filmado, mas igualmente do que pode ser escrito", explica o curador da mostra Marcelo Magalhães Leitão, pesquisador e doutor em Literatura Brasileira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
A abertura da mostra acontece nesta quarta-feira, dia 7 de janeiro, e terá a presença de Marcelo Leitão para o debate, após o longa Os inconfidentes(1972), direção de Joaquim Pedro de Andrade. O filme relata os eventos que passaram a ser conhecidos historicamente como Inconfidência Mineira. Com diálogos montados a partir de recortes de Cecília Meireles e de poemas dos próprios protagonistas da frustrada insurreição, além de trechos dos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira, o filme se insinua como crítica à cultura política dos anos de 1970. Já o clássico do cinema latino-americano Memórias do subdesenvolvimento (1968), de Tomás Gutiérrez Alea, é um retrato lúcido e poético de Cuba no começo dos anos 60. Alea oferece um olhar ao mesmo tempo carinhoso e crítico sobre os rumos da revolução cubana, narrado pelos olhos de Sérgio, um homem que aos 38 anos se vê subitamente sozinho em Havana, depois que sua mulher e seus pais resolvem migrar para os Estados Unidos. Em Memórias do Cárcere (1984), de Nelson Pereira dos Santos, o escritor Graciliano Ramos, então diretor de instrução pública de Alagoas, foi preso pela polícia política de Getúlio Vargas e enviado, no porão de um navio, para o Rio de Janeiro. Sob a acusação de ter participado da Aliança Nacional Libertadora, a frente ampla de combate ao governo Vargas, passou onze meses na cadeia, parte deles na Colônia Correcional da Ilha Grande. Encerrando a Mostra, no dia 28, o longa Fahrenheit 451(1966), de François Truffaut, que mostra uma sociedade totalitária de um futuro não muito distante, onde bombeiros têm por função queimar todo tipo de material impresso, que é considerado como propagador da infelicidade. Até que o dócil Montag, um dos bombeiros, começa a questionar os motivos que fazem com que ele e seus colegas queimem livros e revistas. Montag então começa a ler. Fahrenheit 451é o título de um livro de Ray Bradbury, e inspirou o diretor François Truffaut a rodar um filme homônimo, único filme seu em inglês. Trata-se de um filme de "ficção científica", com linguagem bastante peculiar.
Todas as quartas-feiras de janeiro, sempre às 18h30min, na Vila das Artes, Rua 24 de Maio, 1221, esquina com Meton de Alencar, Centro. Entrada gratuita.Informações pelo telefone 3252-1444.
Programação
Dia 7 - Os inconfidentes(1972), de Joaquim Pedro de Andrade
Dia 14 - Memórias do subdesenvolvimento(1968), de Tomás Gutiérrez Alea
Dia 21 - Memórias do cárcere(1984), de Nelson Pereira dos Santos
Dia 28 - "Fahrenheit 451(1966), de François Truffaut
Alunos e ex-alunos do curso Pontos de Corte promovem nas quartas-feiras de janeiro, dias 7, 14, 21 e 28, o cineclube "Cine Sobremesa", no Sobrado dr. José Lourenço. O projeto é realizado em parceria com a Secretaria da Cultura do Estado, via Sobrado dr. José Lourenço, e a Associação Cearense de Cinema e Vídeo (ACCV). Tendo como público alvo os trabalhadores do Centro de Fortaleza, o projeto exibe gratuitamente no horário do almoço filmes de média e curta-metragem, priorizando a produção cearense.
Iniciando as atividades de 2009 a programação de janeiro será dedicada ao universo dos quadrinhos e animações independentes. No primeiro dia de cineclube, quarta-feira (7), três curtas serão exibidos, sendo duas animações e uma produção sobre Historias em Quadrinhos. O primeiro curta, roBOCÓ niu genérêriox, de Walber Santos, é uma animação em 3D que conta as aventuras de roBOCÓ e suas tentativas de se vingar (por ter levado uma topada) de uma pedra.
Em seguida será exibido Guerra dos Bárbaros, de Júlia Manta, curta metragem 2D, onde uma índia velha cachimbeira conta a seus netos a história de luta de seus antepassados contra invasões dos colonizadores do nordeste do Brasil. Por fim, será exibido uma edição do programa televisivo Liquidificador, apresentado por Karine Alexandrino e dedicado a produção
O Sobrado - Restaurado com o auxílio dos alunos da Escola de Artes e Ofícios Thomaz Pompeu, do Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC), o Sobrado Dr. José Lourenço funciona como centro cultural aglutinador das artes visuais do Ceará. O prédio abriga salas para exposição, auditório e café, consolidando-se como espaço de convivência e difusão das artes visuais, e possibilitando o acesso gratuito da população.
O Pontos de Corte - Projeto da Vila das Artes, visa a formação de agentes culturais e exibidores independentes.
Mais informações pelo telefone 3101.8827 ou 3101.8826
"Rudo y Cursi" - O filme síntese do México
Imagine a carga de prestígio internacional de uma produção brasileira sobre futebol que fosse produzida hoje por Walter Salles, Fernando Meirelles e José Padilha, dirigida por Vicente Amorim, com Rodrigo Santoro e Alice Braga encabeçando o elenco. Imaginou? Pois ainda não corresponde ao que significa -em capital de prestígio internacional, frise-se- a comédia dramática mexicana "Rudo y Cursi", que estreou em seu país no final de dezembro, chegou na semana passada à Argentina (onde este colunista o viu em sessão lotada no complexo Village Recoleta, com 16 salas, em Buenos Aires) e tem lançamento no Brasil previsto para 20 de março, com distribuição da Universal, que é co-produtora.
O trio dinâmico Alejandro González Iñárritu ("Amores Brutos", "Babel"), Alfonso Cuarón ("E Sua Mãe Também", "Filhos da Esperança") e Guillermo del Toro ("O Labirinto do Fauno") assina a produção. O diretor é Carlos Cuarón, irmão mais novo de Alfonso e roteirista de "E Sua Mãe Também". E o elenco traz Diego Luna ("E Sua Mãe Também", "Milk") e Gael García Bernal ("Diários de Motocicleta", "Ensaio sobre a Cegueira").
Rudo (Luna) e Toto (García Bernal) são irmãos em família de trabalhadores rurais. Ambos defendem um time amador de sua região -o primeiro como goleiro e o segundo, no ataque. Um caçador de talentos (o argentino Guillermo Francella) aparece por lá em dia de jogo e, surpreendido pelo futebol de ambos, mas com a possibilidade de levar apenas um deles para tentar a sorte na capital, deixa que os próprios irmãos decidam qual aproveitará a chance. Começa ali a aventura de Rudo e Cursi (sobrenome da família, que sapecam em Toto) pelos bastidores do futebol mexicano.
Não é, evidentemente, o filme de ficção definitivo que os fãs de futebol ainda aguardam (e talvez aguardem para todo o sempre, dadas as dificuldades naturais de levar as particularidades desse esporte para o cinema). Seus pontos fortes têm a ver justamente com a despretensão, que o leva a tratar de maneira francamente irônica o mundo da bola, incluindo jogadores desmiolados, agentes picaretas, treinadores movidos a propinas para escalar este ou aquele atleta (por assim dizer), torcedores neonazistas, apostas e subornos, carros, mulheres e, por fim, partidas.
Os times de primeira e segunda divisão utilizados pelo filme são ficcionais, com uniformes genéricos de cores exageradas (nem tão distantes da realidade assim, se o parâmetro forem os clubes mexicanos); as torcidas dividem as arquibancadas irmanamente e se comportam como se estivessem em um desenho animado, sacudindo flâmulas e bandeiras seja lá o que estiver ocorrendo. Em campo, não se vê muita coisa: para escapar ao desafio de encenar jogadas, opta-se pelo uso de elipses e da reação do banco e das arquibancadas aos lances. Mas, quando a câmera desce ao gramado, o faz com desenvoltura: Rudo parece mesmo um goleiro brutamontes (daí o apelido) e Cursi lembra atacantes leves como Lenny, ex-Fluminense e hoje no Palmeiras, que explodem muito cedo e depois não jogam nada.
Em um campeonato de filmes de ficção sobre futebol, "Rudo y Cursi" não disputaria o título, mas também não cairia para a Série B. Ficaria, o que cabe muito bem nesse caso, com uma vaga na Copa Sul-Americana.
A seguir, um teaser do filme, com os dois irmãos no cinema. Não são exatamente espectadores exemplares.
Literatura em Cinema no Cineclube Vila das Artes
Todas as quartas-feiras do mês, às 18h30min, na Vila das Artes. Entrada gratuita.
O cineasta Stanley Kubrick sugeriu certa vez que "tudo que pode ser escrito ou pensado pode ser filmado". Basta um olhar nos títulos de narrativas literárias que foram vertidas para a linguagem audiovisual. Este universo de artefatos literários será o foco do Cineclube Vila das Artes de janeiro com a mostra "Literatura em Cinema". A mostra traz filmes clássicos que sugerem o exercício do pensamento sobre as condições sociais para a produção e circulação dessas linguagens artísticas.
"Como as relações entre cinema e literatura foram quase sempre 'de mão dupla', a escolha dos filmes também teve em vista a reflexão sobre a 'contaminação' da linguagem cinematográfica pela literatura. Esperamos incitar o pensamento não apenas acerca do que pode ser filmado, mas igualmente do que pode ser escrito", explica o curador da mostra Marcelo Magalhães Leitão, pesquisador e doutor em Literatura Brasileira pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
A abertura da mostra acontece nesta quarta-feira, dia 7 de janeiro, e terá a presença de Marcelo Leitão para o debate, após o longa Os inconfidentes(1972), direção de Joaquim Pedro de Andrade. O filme relata os eventos que passaram a ser conhecidos historicamente como Inconfidência Mineira. Com diálogos montados a partir de recortes de Cecília Meireles e de poemas dos próprios protagonistas da frustrada insurreição, além de trechos dos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira, o filme se insinua como crítica à cultura política dos anos de 1970. Já o clássico do cinema latino-americano Memórias do subdesenvolvimento (1968), de Tomás Gutiérrez Alea, é um retrato lúcido e poético de Cuba no começo dos anos 60. Alea oferece um olhar ao mesmo tempo carinhoso e crítico sobre os rumos da revolução cubana, narrado pelos olhos de Sérgio, um homem que aos 38 anos se vê subitamente sozinho em Havana, depois que sua mulher e seus pais resolvem migrar para os Estados Unidos. Em Memórias do Cárcere (1984), de Nelson Pereira dos Santos, o escritor Graciliano Ramos, então diretor de instrução pública de Alagoas, foi preso pela polícia política de Getúlio Vargas e enviado, no porão de um navio, para o Rio de Janeiro. Sob a acusação de ter participado da Aliança Nacional Libertadora, a frente ampla de combate ao governo Vargas, passou onze meses na cadeia, parte deles na Colônia Correcional da Ilha Grande. Encerrando a Mostra, no dia 28, o longa Fahrenheit 451(1966), de François Truffaut, que mostra uma sociedade totalitária de um futuro não muito distante, onde bombeiros têm por função queimar todo tipo de material impresso, que é considerado como propagador da infelicidade. Até que o dócil Montag, um dos bombeiros, começa a questionar os motivos que fazem com que ele e seus colegas queimem livros e revistas. Montag então começa a ler. Fahrenheit 451é o título de um livro de Ray Bradbury, e inspirou o diretor François Truffaut a rodar um filme homônimo, único filme seu em inglês. Trata-se de um filme de "ficção científica", com linguagem bastante peculiar.
Todas as quartas-feiras de janeiro, sempre às 18h30min, na Vila das Artes, Rua 24 de Maio, 1221, esquina com Meton de Alencar, Centro. Entrada gratuita.Informações pelo telefone 3252-1444.
Programação
Dia 7 - Os inconfidentes(1972), de Joaquim Pedro de Andrade
Dia 14 - Memórias do subdesenvolvimento(1968), de Tomás Gutiérrez Alea
Dia 21 - Memórias do cárcere(1984), de Nelson Pereira dos Santos
Dia 28 - "Fahrenheit 451(1966), de François Truffaut
Nenhum comentário:
Postar um comentário