Uma metáfora de um país à beira da revolução
Editora Bertrand lança "Puro", romance vencedor do Costa Book Prize
Vencedor do Costa Book Prize e considerado pelo The Guardian um dos dez melhores romances históricos de todos os tempos, “Puro”, de Andrew Miller, acaba de chegar nas livrarias do Brasil, lançado pela Editora Bertrand. O livro analisa de maneira inteligente, por meio de fatos, a sociedade francesa quatro anos antes da Revolução. “Miller escreve como um poeta, com uma simplicidade enganosa. Suas frases e imagens são destilações intensas, evocando com clareza os detalhes fugazes da existência”, definiu o jornal inglês The Guardian.
A história se passa em 1785. Jean-Baptiste Baratte, um jovem engenheiro iluminista, tido como amante de Voltaire, recebe uma missão desafiadora do rei Luís XVI: livrar-se da igreja e do cemitério de Les Innocents. No início, o protagonista percebe nessa empreitada uma chance de limpar o fardo da história, a tarefa perfeita para um homem moderno, do futuro, da razão. Ele logo sente, porém, que a igreja e o cemitério são apenas prenúncios de uma queda maior que ainda está por vir. Miller utiliza seu herói, Jean-Baptiste, e a destruição da igreja e do cemitério como formas de dramatizar uma das grandes questões do Iluminismo: qual é a situação do passado? É algo a ser valorizado e preservado ou deveria ser simplesmente esquecido? Esse aniquilamento é utilizado pelo autor como uma metáfora do progresso e da disposição de deixar o passado corrupto e tirânico para trás.
“Sua recriação da Paris pré-Revolução é extremamente vívida e imaginativa, e a história é tão emocionante que você não vai parar de ler”, disse o The Times sobre o livro. “Puro” possui um estilo elegante, é primorosamente escrito e tem um final diferente do que o leitor possa imaginar. Um livro sobre a impureza da sociedade da época, o que o protagonista reconhece como a sujeira do mundo. Uma trama que se resume a favor da bagunça, do enfrentamento. “Poderoso e surpreendente. Ao concentrar-se nos personagens e atalhos da história, Miller evoca de forma estranhamente tangível um mundo que já não existe”, criticou o importante jornal Financial Times.
O autor de “Puro”, Andrew Miller nasceu em Bristol, Inglaterra, em 1960. Seus romances anteriores foram sucesso de crítica e ganharam prêmios literários importantes, como o James Tait Black Memorial Prize, o International IMPAC Dublin Literary Award e o Grinzane Cavour Prize. É considerado um dos escritores mais importantes da língua inglesa. Com Puro, seu livro de estreia no Brasil, além de ganhar o Costa Book Prize, foi finalista do Walter Scott Prize e do South Bank Award. Já viveu na Espanha, no Japão, na França, na Irlanda e, atualmente, vive em Somerset, Inglaterra.
Editora Bertrand lança "Puro", romance vencedor do Costa Book Prize
Vencedor do Costa Book Prize e considerado pelo The Guardian um dos dez melhores romances históricos de todos os tempos, “Puro”, de Andrew Miller, acaba de chegar nas livrarias do Brasil, lançado pela Editora Bertrand. O livro analisa de maneira inteligente, por meio de fatos, a sociedade francesa quatro anos antes da Revolução. “Miller escreve como um poeta, com uma simplicidade enganosa. Suas frases e imagens são destilações intensas, evocando com clareza os detalhes fugazes da existência”, definiu o jornal inglês The Guardian.
A história se passa em 1785. Jean-Baptiste Baratte, um jovem engenheiro iluminista, tido como amante de Voltaire, recebe uma missão desafiadora do rei Luís XVI: livrar-se da igreja e do cemitério de Les Innocents. No início, o protagonista percebe nessa empreitada uma chance de limpar o fardo da história, a tarefa perfeita para um homem moderno, do futuro, da razão. Ele logo sente, porém, que a igreja e o cemitério são apenas prenúncios de uma queda maior que ainda está por vir. Miller utiliza seu herói, Jean-Baptiste, e a destruição da igreja e do cemitério como formas de dramatizar uma das grandes questões do Iluminismo: qual é a situação do passado? É algo a ser valorizado e preservado ou deveria ser simplesmente esquecido? Esse aniquilamento é utilizado pelo autor como uma metáfora do progresso e da disposição de deixar o passado corrupto e tirânico para trás.
“Sua recriação da Paris pré-Revolução é extremamente vívida e imaginativa, e a história é tão emocionante que você não vai parar de ler”, disse o The Times sobre o livro. “Puro” possui um estilo elegante, é primorosamente escrito e tem um final diferente do que o leitor possa imaginar. Um livro sobre a impureza da sociedade da época, o que o protagonista reconhece como a sujeira do mundo. Uma trama que se resume a favor da bagunça, do enfrentamento. “Poderoso e surpreendente. Ao concentrar-se nos personagens e atalhos da história, Miller evoca de forma estranhamente tangível um mundo que já não existe”, criticou o importante jornal Financial Times.
O autor de “Puro”, Andrew Miller nasceu em Bristol, Inglaterra, em 1960. Seus romances anteriores foram sucesso de crítica e ganharam prêmios literários importantes, como o James Tait Black Memorial Prize, o International IMPAC Dublin Literary Award e o Grinzane Cavour Prize. É considerado um dos escritores mais importantes da língua inglesa. Com Puro, seu livro de estreia no Brasil, além de ganhar o Costa Book Prize, foi finalista do Walter Scott Prize e do South Bank Award. Já viveu na Espanha, no Japão, na França, na Irlanda e, atualmente, vive em Somerset, Inglaterra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário