terça-feira, 6 de abril de 2010

LIVROS NÃO FICÇÃO

Livro apresenta uma coletânea de 65 anos de fotografia de Chico Albuquerque


Chico Albuquerque Fotografias será lançado em Fortaleza na próxima semana: dia 13/04, às 19h na Saraiva MegaStore (Shopping Iguatemi) e dia 15/04, às 18h30, no Café Literário da Bienal Internacional do Livro do Ceará (Centro de Convenções)



A obra de uma das lendas da fotografia brasileira é publicada em novo livro com lançamentos em Fortaleza nos dias 13/04, às 19h, na Saraiva MegaStore, no Shopping Iguatemi, e 15/04, às 18h30, no Café Literário da Bienal Internacional do Livro do Ceará, no Centro de Convenções. Chico Albuquerque Fotografias (Terra da Luz Editorial, 2009.138p) é o primeiro livro dedicado exclusivamente à obra do fotógrafo, falecido em 2000, aos 83 anos. Com patrocínio do BICBANCO, trata-se de uma coletânea das principais séries que marcam 65 anos de fotografia.

Ensaios (1930/1960), Mucuripe (1942/1952), Retratos (1940/1960), Publicidade (1950/1980), Frutas (1978), Arquitetura (1950/1970) e Jericoacoara (1985) são as séries presentes na publicação, numa mostra da abrangência de temas e técnicas que marcam sua obra fotográfica.

“Nestas páginas, apresentamos memoráveis imagens executadas ao longo de uma vida dedicada à excelência, à criatividade, à singularidade. A inquestionável marca Chico Albuquerque de expressar-se com maestria na arte da luz. Um legado para a fotografia brasileira”, explica a editora do livro, Patrícia Veloso, em seu texto presente na publicação.

O livro foi elaborado a partir de acervos pertencentes ao ICCA, ao Museu da Imagem e do Som (MIS-SP), ao convênio entre o MIS-SP, o ICCA e o Instituto Moreira Salles, a Imagem Brasil (Ceará), ao acervo do Instituto Lina Bo e Pietro Maria Bardi, e a coleções de Rubens Fernandes Junior, Gentil Barreira, Manuk e German Lorca.

Chico Albuquerque Fotografias apresenta textos de fotógrafos, pesquisadores, artistas plásticos, entre outras personalidades que de alguma forma participaram da vida profissional de Chico Albuquerque, em São Paulo ou no Ceará. A abertura coube a Rubens Fernandes Junior, pesquisador e crítico de fotografia, que faz um relato histórico e cronológico da trajetória profissional de Chico Albuquerque, inserido no contexto da fotografia brasileira.

“Com esta publicação busca-se fazer justiça ao trabalho fotográfico de Francisco Albuquerque, uma referência na história da fotografia moderna do Brasil, diz Rubens Fernandes Junior no texto de abertura no livro. E complementa: “Francisco Albuquerque, por todas as razões expostas ao longo deste texto, pela sua incrível trajetória no mundo da luz, por sua disponibilidade em compartilhar os seus momentos especiais em magníficas fotografias, por sua fiel amizade com outros artistas e intelectuais, pela sua ousadia e competência, está entre os grandes nomes da fotografia do século XX produzida no Brasil”.



Outras personalidades que assinam os textos de Chico Albuquerque Fotografias são: Ricardo Albuquerque, Carlos d’Alge (escritor), Angela Magalhães e Nadja Fonseca (curadoras e pesquisadoras associadas de fotografia), Simon Callow (autor do livro Orson Welles, Hello Americans), José Zaragoza (publicitário), Sergio Burgi (coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles), Aldemir Martins (artista plástico, in memoriam), Olga Krell (arquiteta e editora) Luciana Dummar (presidente-executiva do jornal O Povo/CE) e os fotógrafos Thomas Farkas, German Lorca, Dudu Tresca, Sergio Jorge e Gentil Barreira.


O LANÇAMENTO

Chico Albuquerque Fotografias teve lançamento nacional no dia 31 de março, no Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP), com palestras de Rubens Fernandes Junior, pesquisador e crítico, e Sergio Burgi, coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles. O IMS, em convênio com o MIS-SP, é hoje responsável pela conservação e recuperação do acervo do fotógrafo, composto por mais de 60 mil arquivos analógicos, entre negativos e cromos.

Em Fortaleza a obra será apresentada por Ricardo Albuquerque, filho do fotógrafo e presidente do Instituto Cultural Chico Albuquerque (ICCA), com mediação da editora Patrícia Veloso. Ambos assinam a curadoria do livro.

O FOTÓGRAFO

Nascido em Fortaleza em 25 de abril de 1917, Chico Albuquerque iniciou sua carreira trabalhando com cinema aos 15 anos e aos 17 já era fotógrafo profissional. Em 1943, aos 25, fez still do filme It’s All True, de Orson Welles. Mudou-se para São Paulo em 1947, onde permaneceu até 1975. Nos primeiros dez anos já havia conquistado uma posição privilegiada no mercado, antes exclusivo de retratos. Fez portraits de Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, Burle Marx, Aldemir Martins, Cacilda Becker, Odete Lara e outras tantas personalidades do mundo político, artístico e social do país.

Chico Albuquerque inovou a publicidade brasileira fotografando modelo e produto em uma campanha da Johnson & Johnson, da agência J.W Thompson. Deixou sua assinatura em temas como indústria automobilística, moda, culinária, retrato, arquitetura e, paralelamente, produziu ensaios autorais que se tornaram célebres, como Mucuripe.

Em Fortaleza, onde voltou a morar a partir de 1975, foi responsável por uma transformação no mercado fotográfico cearense, tornando-se mestre de toda uma geração de fotógrafos, alguns dos quais hoje renomados nacionalmente, tornando o estado uma referência na fotografia em todo o Norte e Nordeste.

Com seus ensaios, Chico Albuquerque participou de mostras nacionais e internacionais, colecionando grande número de premiações, como Prêmio Foto Cine Brasileiro (Rio de Janeiro/1950), Salone Internationale de la Tecnica (Itália/1952-1953), Salão Internacional de Frankfurt (Alemanha/1953), Focus, Salon Amsternan (Holanda/1954), e o Prêmio Nacional de Fotografia – Funarte (1998). Foi diretor fotográfico do Foto Cine Clube Bandeirante entre 1949 e 1950, ano em que participou do júri de Seleção do Salão Internacional de Arte Fotográfica de São Paulo.

Sua última individual em vida foi em 1999, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, com uma retrospectiva que marcou os 65 anos de carreira profissional. Só parou de fotografar aos 83 anos, em 2000, quando ainda assinou campanha publicitária nacional, vindo a falecer em 26 de dezembro do mesmo ano.

AS SÉRIES PRESENTES no LIVRO

Ensaios (1930/1960) – “A luz é tudo na fotografia”. A frase de Chico Albuquerque lembrada por Patrícia Veloso resume o segredo de sua obra ter se tornado referência no país.

Mucuripe (1942/1952) – Tem jangada no mar, pescador, mar, areia. Tem a Praia do Mucuripe, um dos cartões postais de Fortaleza. Este ensaio é um dos ícones da fotografia de Chico Albuquerque. Impossível lembrar seu nome sem associá-lo às célebres fotografias deste ensaio.

Retratos (1940/1960) – O fotógrafo, a luz e o retratado. Bastava isso para que saíssem da câmera de Chico Albuquerque os mais perfeitos retratos, em preto e branco, que marcaram época e fizeram – e ainda fazem – escola.

Publicidade (1950/1980) – Antes da fotografia, apenas ilustrações eram utilizadas em anúncios publicitários. “Tive a sorte de conhecer o melhor fotógrafo da época: Chico Albuquerque. Muitos dos meus melhores trabalhos, diversos premiados, foram fotografados por ele”. Frases do publicitário José Zaragoza. Juntos assinaram campanhas memoráveis da agência J.W Thompson e DPZ.

Frutas (1978) – Frutas tropicais e regionais, fotografadas em estúdio por Chico Albuquerque. “Considero as melhores fotografias de frutas brasileiras que existem no Brasil”. A declaração é do artista plástico Aldemir Martins. Sobre o tema, fizeram juntos o livro Água na Boca (Chico Albuquerque, Rubem Braga e Aldemir Martins).

Arquitetura (1950/1970) – Nesta série algumas fotografias são inéditas em publicações. Destaque para registros de sua habilidade em lidar com a arquitetura, fosse como autor dos projetos e ambientações que desenvolveu de suas próprias residências, ou documentando obras de profissionais com quem conviveu também em São Paulo, como Vilanova Artigas, Lina Bo Bardi, Aflalo e Oswaldo Brakte.

Jericoacoara (1985) – “Mais uma vez Chico Albuquerque mostrou-se um visionário, antecipou-se, fotografou Jericoacoara como se soubesse que aquela pequena vila de pescadores um dia se tornaria um paraíso turístico”, comenta Patrícia Veloso. Em 1999, o fotógrafo insistiu para que o ensaio entrasse na exposição retrospectiva dos 65 anos, embora os negativos originais color já estivessem desgastados. O que está no livro são reproduções em cromo a partir de cópias coloridas desta série, dada a importância do ensaio no contexto da obra do autor.


INSTITUTO CHICO ALBUQUERQUE



Em 2003 foi criado o Instituto Cultural Chico Albuquerque (ICCA), com o propósito de preservar e difundir a obra de Chico Albuquerque e de seu pai, Adhemar Bezerra de Albuquerque. O ICCA foi responsável por projetos como o restauro da iconografia do cangaço, publicação de livros e exposições no Brasil e na França, ambos com o tema Cangaceiros. Também por meio do Instituto foi firmado um convênio entre o Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP) e o Instituto Moreira Salles para restaurar, preservar, catalogar e difundir a obra de Chico Albuquerque. Na França e no Brasil o ICCA realizou exposições com o tema Mucuripe, uma de suas mais importantes séries, e Retrospectiva Chico Albuquerque.


SERVIÇO

Chico Albuquerque Fotografias. Terra da Luz Editorial, Fortaleza, 2009. 138p. Lançamentos em Fortaleza: Dia 13/04, às 19h na Saraiva MegaStore Fortaleza (Av. Washington Soares, 85, loja 420/440 – Shopping Iguatemi); Dia 15/04, às 18h30, no Café Literário da Bienal Internacional do Livro do Ceará, no Centro de Convenções (Av. Washington Soares, 1141 - Bairro Edson Queiroz). Informações: 85-3261.0525.










Psicóloga encontra na biologia resposta para disputas no mercado de trabalho

Depois de décadas de movimentos feministas, mudanças nas leis trabalhistas e crescente ocupação de cargos de liderança por mulheres, por que os homens continuam ganhando salários mais altos e têm os melhores empregos. Quais as principais diferenças de comportamento entre os gêneros no mercado de trabalho, suas consequências diretas e indiretas e, principalmente, o que explica que homens e mulheres tenham prioridades, atitudes e raciocínio tão distintos?

Durante anos de pesquisa e clinica, a psicóloga canadense Susan Pinker, colunista do jornal Globe and Mail, buscou uma resposta para as questões que norteiam especificamente os sexos masculino e feminino, no campo profissional, e suas consequências. “As pessoas são programadas” conclui Pinker, que durante 25 anos lecionou no departamento de psicologia educacional e de aconselhamento da McGill University. “As mulheres nasceram para o conforto e não para a velocidade. A testosterona faz com que os homens sejam extremamente vulneráveis, mas, ao mesmo tempo, arriscam-se mais.” Para a psicóloga a explicação para tais peculiaridades é objetiva e científica.
Em O paradoxo sexual, Susan Pinker acrescenta um novo e importante elemento à polêmica discussão sobre a diferença entre os sexos: a biologia. Segundo a autora, os homens são mais propensos a ficar doentes, a se machucar e a apresentar disfunções de desenvolvimento e problemas psicológicos. As mulheres são mais saudáveis e demonstram maior capacidade de estabelecer vínculos afetivos, o que lhes confere benefícios cognitivos. Essas características explicam por que, durante o período escolar, as meninas saem na frente. Porém, essa “vantagem” não perdura, pois novos fatores entram em ação na idade adulta. Frequentemente, mulheres competentes e talentosas optam por assumir cargos de menor responsabilidade ou preferem trabalhar durante meio expediente para dar atenção aos filhos e à família. Os homens, por outro lado, são competitivos e preocupam-se com a carreira.
Nesta obra esclarecedora, Pinker associa perfis biográficos à ciência e revela como certas diferenças influenciam a ambição e as escolhas profissionais de homens e mulheres, conferindo um novo sentido à expressão “sexo oposto”.








Umberto Eco: "Eletrônicos duram 10 anos, livros resistem 5 séculos"

Um dos mais célebres filósofos e escritores do mundo, Umberto Eco, aceitou o convite de um colega francês, Jean-Phillippe de Tonac, para, ao lado de outro incorrigível bibliófilo, o escritor e roteirista Jean-Claude Carrière, discutir a perenidade do livro tradicional. Foram esses encontros (“muito informais, à beira da piscina e regados com bons uísques”, informou Umberto Eco) que resultaram em “Não Contem Com o Fim do Livro”, que a editora Record lança na segunda quinzena de abril.

A conclusão é que tal qual a roda, o livro é uma invenção consolidada, a ponto de as revoluções tecnológicas, anunciadas ou temidas, não terem como detê-lo. Em entrevista, Eco chegou a defender sua biblioteca particular de 50 mil livros: “Eletrônicos duram 10 anos, livros resistem 5 séculos”, defendeu.

Uma outra obra do escritor acaba de ficar disponível nas livrarias em nova edição - em “Arte e Beleza na Estética medieval” Umberto Eco convida o leitor a captar melhor a mentalidade e o gosto do homem medieval. E mostra que as ideias que o homem moderno tem da “escassa” criatividade medieval são falsas: debaixo da aparência de repetição, há muita inovação na Idade Média, enquanto em nossa era finge-se inovar até mesmo quando se repete. Para o homem medieval a originalidade de pensamento não se coloca e, ao contrário, é considerada um pecado de orgulho. No entanto, captar debaixo dessa aparente repetição o novo, é precisamente a tarefa a qual Eco se propõe. O livro foi publicado originalmente em 1959.

Em Arte e beleza na estética medieval, Eco mostra que houve, sim, criatividade e renovação naquele período

Idade Média, idade de trevas? Segundo Umberto Eco, um dos mais importantes intelectuais contemporâneos, a resposta é simples: uma era de contrastes. De um lado, crises políticas, religiosas, demográficas e até lingüísticas. De outro, os séculos de renascença, quando nascem as nações modernas, se revolucionam os transportes marítimos, as técnicas agrícolas, os procedimentos artesanais. Uma época sedutora por seus ideais sociológicos, filosóficos, religiosos e psicológicos.

É desse trampolim do qual mergulha Eco. Ponto de partida de uma reflexão sobre a estética por trás de todo um milênio — do século VI ao século XV. Não apenas no mundo das artes, como no âmbito da ciência e da teologia. Com a perspicácia e erudição de sempre, mais a ajuda de textos filosóficos e literários, Eco analisa como o mundo medieval respondia às interrogações sobre os fenômenos estéticos, no âmbito da própria cultura e visão de mundo. Como os medievais convertiam o belo em um valor: a beleza devia coincidir com a bondade e o divino.

Eco corrige, ainda, a falsa noção de ausência de sensibilidade estética no universo medieval e traça o retrato de uma época. A beleza, a arte, as relações entre arte e moral, a função do artista, as noções do agradável, de ornamentos, de estilos, os juízos de gosto. Nada escapa ao olhar arguto de Eco. De Boécio a Eckhart, de sutis distinções conceituais a sínteses sociológicas e históricas, aqui estão as considerações de Eco sobre as ideias estéticas medievais. As diferentes formas de entender arte, beleza, apreciação da obra de arte e moral.

Publicado originalmente em 1959, como parte de uma tetralogia sobre a história da estética, ainda se mantém atual e uma das únicas obras a conectar noções metafísicas de beleza a técnicas artísticas. Denso e elegante, nos remete a um mundo e uma civilização muito próximos e, ao mesmo tempo, muito longínquos: vários dos conceitos fundamentais elaborados pela estética medieval chegaram até nossos dias. Reafirmados, travestidos, ainda que inseridos em outros contextos e alterados. E Eco — guia envolvente e inspirado — passeia por eles, sem querer defini-los ou engessa-los.

UMBERTO ECO nasceu em Alexandria, Itália, em 1932. É semiólogo, professor, escritor. Entre suas obras ensaísticas destacam-se: Obra aberta (1962), A estrutura ausente (1968), Tratado geral de semiótica (1975), Lector in fabula (1979), Semiótica e filosofia da linguagem (1984), Os limites da interpretação (1990), A busca da língua perfeita (1993), Seis passeios pelos bosques da ficção (1994), Kant e o ornitorrinco (1997), Sobre a literatura (2002). Entre suas coletâneas, ressaltam-se: Diário mínimo (1963), O segundo diário mínimo (1990), com uma primeira antologia de textos publicados na seção La Bustina di Minerva da revista L’Espresso, Cinco escritos morais (1997) e La Bustina di Minerva (2000). Em 1980 estreou na ficção com O nome da rosa (Prêmio Strega 1981), seguido por O pêndulo de Foucault (1988); A ilha do dia anterior (1994); Baudolino (2000) e A misteriosa chama da rainha Loana (2004). Também é autor de História da beleza (2004) e História da feiúra (2007).










Para entender os assassinos

“Serial Killers made in Brasil”, da autora Ilana Casoy sai em versão revista e ampliada

A escritora paulista Ilana Casoy revela ao público em rigorosa pesquisa, seis casos de assassinos em série com aspectos gerais e psicológicos numa seqüência de tirar o fôlego. Ilana Casoy entrevistou pessoalmente dois deles: Marcelo Costa de Andrade, o vampiro de Niterói e Francisco Costa Rocha, o Chico picadinho. Foram seis anos de pesquisas, visitas a arquivos públicos, a manicômios e a penitenciárias para compor um inquietante roteiro com rigor investigativo de como, por que razão e com que métodos matam os serial killers. O resultado é uma obra que pode ajudar na resolução de crimes, servindo como ferramenta para investigadores e que alerta as instituições que trabalham com jovens infratores.

“Serial killers made in Brasil” é um livro para quem quer entender a mente humana, vista através de suas páginas em alguns momentos obscuros, perturbados, longe daquilo que chamamos de realidade - mas muitas vezes, como mostram os fatos e sua seqüência lógica, momentos de consciência que permitiram que o assassino tivesse pleno domínio de suas ações. O livro foi prefaciado por Roberto Tardelli, promotor de justiça e tem apresentação de Adelaide Caíres, psicóloga clínica e forense e comentário de Marcelo Tas, ator e diretor de TV.
Em sua primeira coletânea Serial Killer – louco ou cruel? Ilana Casoy reuniu a história dos mais famosos casos internacionais que nos levou por caminhos e histórias quase inacreditáveis, algumas das quais, nem o cinema e a literatura conseguiram reproduzir, mostrando aspectos da mente distorcida dos maiores assassinos que o mundo já conheceu. A versão brasileira percorre o mesmo caminho.

Serial killer: indivíduo que comete uma série de homicídios com intervalo entre eles (pode ser meses ou anos), até que seja preso ou morto. As vítimas costumam ter o mesmo perfil (prostitutas, mochileiros, crianças, idosos) e mesma faixa etária, sexo e raça. As vítimas são escolhidas ao acaso dentro do perfil e mortas sem razão aparente; ela é objeto da fantasia do serial killer.
Ilana Casoy se dedica há dez anos ao estudo de crimes violentos e assassinatos em série. Formada em Administração pela FGV é membro Consultivo da Comissão de Política Criminal e Penitenciária da OAB SP e membro do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (NUFOR).
SERVIÇO
Livro: Serial Killers - Made in Brasil
Autor: Ilana Casoy
Nº de páginas: 396
Preço sugerido: R$ 44,









Livro mostra os bastidores do filme “Chico Xavier”

Os bastidores e as emoções, que aconteceram durante a produção do longa-metragem de Daniel Filho, ganham edição escrita por Marcel Souto Maior, biógrafo do médium, com fotos e depoimentos de toda a equipe de filmagem. “Chico Xavier: A história do filme de Daniel Filho” foi lançado na sexta-feira (9), na Saraiva MegaStore, no Iguatemi. No livro, o autor faz um relato sobre as oito semanas de filmagem, que foram marcadas por situações curiosas como crises de choro, coincidências inexplicáveis, rodas de oração, distribuição de flores e o aroma de jasmim do perfume preferido de Chico Xavier.

Marcel Souto contou com a ajuda da equipe técnica e do elenco do filme, que trouxeram importantes depoimentos para a construção do livro. “Busquei contar histórias fortes sobre Chico e sobre as emoções provocadas por ele em todos os envolvidos na produção de “Chico Xavier” durante as filmagens. O que me guiou foi o interesse em descobrir qual seria o impacto dessa convivência intensa com Chico para todos no set: ateus, judeus, católicos, umbandistas, espíritas. Do eletricista ao Tony Ramos, como cada um viveu essas oito semanas de filmagem”, afirma o escritor.

O ator Nelson Xavier, que interpreta o Chico maduro, revela no final nas filmagens: “Senti desde o começo uma força poderosa: a presença de Chico”. Já o ator Ângelo Antonio, interprete do Chico mais jovem, conta: “Quando encerrei a participação no filme, tive a sensação de ter melhorado um pouco, de ter me transformado”. É esta a transformação de que fala o livro, recheado de fotos, que ilustram passo a passo as filmagens em 288 páginas de histórias, reflexões, depoimentos e lições.

Sobre Marcel Souto Maior

Marcel Souto Maior é jornalista e diretor do programa Profissão Repórter, da TV Globo. Autor da biografia As vidas de Chico Xavier, base do filme de Daniel Filho, escreveu outros dois livros sobre o médium mineiro: Por trás do véu de Ísis e As lições de Chico Xavier. Uma curiosidade: Marcel, que não é espírita, nasceu no mesmo dia que seu biografado – 2 de abril.

Nenhum comentário: