terça-feira, 6 de abril de 2010

LITERATURA

Bienal do Livro

>Erasmo Carlos
O tremendão lançou sua biografia e fez o show na abertura do evento


A Bienal Internacional do Livro do Ceará segue nesta segunda-feira (12) com uma programação que oferece diversas atividades para o público infantil, lançamentos de livros, conversas com autores, atrações culturais e diversos títulos ofertados nos estandes por todo o Centro de Convenções. Pela manhã, as atividades se iniciam na Arena Infantil O Menino Mágico, onde há disponível uma biblioteca com títulos exclusivamente destinados às crianças. Nesse espaço, durante todo o dia, pais e filhos podem participar de contações de histórias, oficinas de origami, fantoches e desenho
A partir das 9 horas, serão iniciadas as atividades do V Encontro do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas, na Sala As Três Marias. A Abertura do encontro será feita pelas autoridades: Auto Filho (Secretaria da Cultura do Estado do Ceará), Sandra Domingues (FBN/MinC), Suzete Nunes/Mais Cultura-MinC (Brasil/DF), dentre outros. O encontro irá discutir políticas culturais de investimento na leitura, abordará experiências em livro e leitura no Estado do Acre, e haverá uma palestra sobre Biblioteca Digital.
No Espaço Café Literário, o poeta Nicolas Behr irá lançar o livro Laranja Seleta (Editora Língua Geral), com mediação da profª Hermínia Lima, às 15 horas, com um momento destinado para sessão de autógrafos ao final. Em seguida prosseguem as discussões do Seminário Cultura, Democracia e Socialismo na América Latina e Caribe, na Sala Caminho de Pedras, Auditório B2, das 16 às 18 horas. Hoje os participantes do Seminário irão abordar assuntos sobre o tema Comunicação.
O quarto dia de Bienal do Livro também terá encontro com escritores. Lira Neto estará na Arena Multicultural Memorial de Maria Moura, das 16h30min às 17h30min, sob mediação da jornalista e escritora Luiza Helena Amorim, para tratar do tema “Biografia: uma fronteira entre Literatura, História e Jornalismo”. Em seguida, o escritor cubano Justo Pereda Rodríguez estará na Arena Multicultural Memorial de Maria Moura, das 18h30min às 20 horas, sob mediação do profº B.C. Neto, para falar do tema “Com Jose Martí: cultivar los sentimientos”. Para finalizar as atividades do dia, no Espaço Café Literário, às 19 horas, haverá o lançamento do livro “Show de Talentos em Prosa e Verso”, da romancista Joyce Cavalcante, com apresentação da jornalista Leda Maria. Este ano, a Bienal do Livro tem como tema “O Livro e a Leitura dos Sentimentos do Mundo” e homenageia a escritora Rachel de Queiroz, que completaria 100 anos em 2010 e cujas obras irão nomear espaços montados no local de realização do evento. O evento foi aberto na sexta passada, com show de Erasmo Carlos e segue até o dia 17.










Solenidade oficial marca a abertura do evento

A IX Bienal Internacional do Livro do Ceará foi aberta oficialmente na noite desta sexta-feira (9), no auditório principal do Centro de Convenções do Ceará. Conduzida pelo jornalista e apresentador Tadeu Schmidt, a solenidade contou com a presença de autoridades estaduais, escritores, representantes de prefeituras e secretarias de cultura e educação dos municípios cearenses, entre outras personalidades.

A noite foi plena de momentos especiais. Inicialmente, as autoridades pautaram seus discursos na valorização da leitura, destacando a importância do livro e ressaltando a preocupação com o aumento do número de leitores no Estado do Ceará. A organização do evento destacou os números da Bienal e algumas das principais atrações dos dez dias de atividades.

Em seguida, foi feita a premiação dos vencedores do Concurso de Redação “A Bienal nas Escolas”, que movimentou alunos de escolas públicas e particulares do Ceará. No total, foram premiados 20 alunos, sendo dez de escolas públicas e outros dez de escolas particulares.

Este ano, a Bienal do Livro tem como homenageada a escritora cearense Rachel de Queiroz, que completaria 100 anos em 2010. Além da homenagem com a nomeação dos espaços do Centro de Convenções com obras de sua autoria, a escritora cearense foi lembrada durante a solenidade de abertura. Daniel Queiroz, neto da escritora, recebeu das mãos do Vice-Governador do Ceará, Francisco Pinheiro, uma placa alusiva ao Centenário de Rachel de Queiroz. Ao ler uma carta de sua mãe, filha de Rachel de Queiroz, e que não pôde comparecer à solenidade, Daniel Queiroz se emocionou e agradeceu à organização da Bienal pela homenagem.

A noite terminou com um empolgante show do cantor e compositor Erasmo Carlos. O “Tremendão” animou a platéia com um show misturando os principais sucessos de sua carreira com as músicas do seu mais recente disco “Rock´n´Roll”. A animação contagiou os presentes em um espetáculo com quase duas horas de duração.

No início da tarde deste sábado, Erasmo Carlos participou de um encontro com os leitores, intermediado pelo jornalista Dellano Rios, onde lançou seu livro de memórias “Minha Fama de Mau” (Editora Objetiva), seguido de uma sessão de autógrafos.

Até o dia 18 de abril, a Bienal do Livro coloca à disposição dos visitantes uma ampla programação com lançamentos de livros, encontros com autores, espetáculos e uma exposição em estandes com mais de 80 mil títulos.








IX Bienal Internacional do Livro do Ceará divulga dados econômicos e estruturais

Durante dez dias, Fortaleza será a capital nacional da literatura. Será aberta nesta sexta-feira (9), a partir das 19 horas, no Centro de Convenções, a IX Bienal Internacional do Livro do Estado do Ceará, com uma ampla programação de atividades que segue até o dia 18 de abril. O jornalista Tadeu Schmidt fará apresentação da solenidade de abertura, com a presença do Governador do Ceará, Cid Gomes, do secretário da Cultura do Estado, Auto Filho, e do presidente do Sindilivros, Sérgio Braga, no auditório O Quinze – nome em alusão às homenagens do evento pelo centenário da ilustre escritora cearense Rachel de Queiroz. A assessoria de imprensa da Bienal divulga dados econômicos, com números da última edição do evento, realizada em 2008, em comparação a 2010; e estruturais, com informações sobre a organização da edição deste ano na perspectiva da movimentação e segurança do entorno do Centro de Convenções.

A Bienal Internacional do Livro do Ceará contabilizou, em 2008, a marca de R$ 5.048.100,00 em vendas de títulos. Segundo a presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Livros do Ceará (Sindilivros), Mileide Flores, a expectativa é que durante a Bienal 2010 haja um aumento de 10 a 15% nesta comercialização. “Temos historicamente um bom apelo de vendas no mês de Abril. Uma tranqüilidade porque não estamos em fim de mês ou no final do ano”, pontua.

Neste ano, são 100 expositores, representando cerca de 420 editoras locais e nacionais. Ainda de acordo com a presidente do Sindilivros, serão 80 mil títulos comercializados entre os estandes da Feira do Livro na Bienal. Através do projeto Visitação Escolar, serão distribuídas 50 mil notinhas legais – no valor de R$ 5,00 cada uma – para estudantes da rede pública estadual, municipal e particular. Com a distribuição, são R$ 250.000,00 em poder de compra voltado ao público estudantil. “Este ano a diferença é que contemplamos a rede particular também”, explica Raquel Lima, coordenadora do projeto.

A nona edição da Bienal receberá em torno de 40 mil visitantes por dia. Um total de 400 mil pessoas em 10 dias de realização do evento. A segurança e a fiscalização da movimentação de tráfego de veículos no entorno do Centro de Convenções ficarão a cargo da Polícia Militar do Ceará (PM-CE), do Corpo de Bombeiros, da Guarda Municipal, da Polícia Civil, da Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (CPRV) e da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC).

Segundo a PM, haverá 36 policiais por turno, dois em cada entrada do Centro de Convenções e um posto de coordenação interna com outros dois policiais. Cinco PMs estarão a postos com a Turminha do Ronda – projeto de prevenção às drogas e à violência. Todo o entorno do Centro de Convenções será liberado para estacionamento, inclusive a rua Desembargador Manuel Sales Andrade – no trecho que começa da esquina com a avenida Washington Soares até a entrada do estacionamento da Universidade de Fortaleza (Unifor). Uma dupla de motos com policiais do efetivo da CPRV ficará circulando entre as vias do entorno, monitorando o estacionamento.

A organização da Bienal propôs um esquema de engenharia de trânsito com a parceria dos órgãos da AMC e CPRV com intuito de prevenir e não autuar. Junto a Autarquia, a Guarda Municipal estará presente com 12 agentes divididos em três turnos, orientando trânsito e organizando estacionamento no entorno. Completando o esquema de segurança, o delegado Jocel Dantas, da Polícia Civil, informa que o 2º e o 26º Distrito Policial estarão disponíveis de plantão com equipes especializadas – reunindo 20 homens - para cobrir roubos e furtos no local, entre outras possíveis ocorrências.








Ingressos para shows na Bienal serão obtidos com troca de livros


A organização da IX Bienal Internacional do Livro do Ceará anuncia que a obtenção dos convites para o acesso aos shows artísticos da programação, realizados no auditório principal do Centro de Convenções, se dará por meio da troca de livros realizadas no dia do show em horário de 9h às 22h respeitando a capacidade do auditório de mil lugares.

Cada ingresso será obtido mediante a troca de três livros, novos ou usados em bom estado de conservação. A cada três livros, o interessado deverá se dirigir a Sala B3 do Centro de Convenções e fazer a troca. Cada pessoa só poderá TROCAR até dois ingressos (ou seja, 6 livros = 2 ingressos). Só será permitido adquirir ingressos das apresentações do dia. A troca poderá ser feita durante todo o horário de funcionamento da Bienal.

Não serão considerados como objeto de troca: livros didáticos; material fotocopiado; periódicos (revistas, jornais etc); almanaques, guias, manuais de informática desatualizados; listas telefônicas. A quantidade total de livros arrecadados será dividida igualmente entre as Bibliotecas Regionais. O acesso ao local dos shows se dará até a lotação do auditório.

A IX Bienal Internacional do Livro do Ceará contará com diversas apresentações artísticas distribuídas por toda a sua programação, voltadas para os mais variados públicos. Destaque para Palavra Cantada (13/4); Orquestra Filarmônica do Ceará com Maestro Gladson Carvalho (14/4); Batucada Elétrica - Hoto Junior e Banda (15/4); e Pequeno Cidadão Com Arnaldo Antunes E Edgard Scandurra (18/4).

IX Bienal Internacional do Livro do Estado do Ceará
Local: Centro de Convenções de Fortaleza
Data: 9 a 18 de abril de 2010







Espaço Natércia Campos promove comercialização de autores cearenses


A IX Bienal Internacional do Livro do Estado do Ceará, que será realizada de 9 a 18 de abril no Centro de Convenções de Fortaleza, será palco para que os escritores cearenses possam expor suas obras para o público. Como tradicionalmente o faz, a Academia Cearense de Letras coordena o Espaço Natércia Campos do Escritor Cearense, dedicado à exposição, comercialização e minilançamentos de obras de autores do Estado.

A ação, que também esteve presente nas edições passadas da Bienal, tem sido de grande importância ao proporcionar visibilidade para os escritores cearenses. O Espaço Natércia Campos do Escritor Cearense ficará localizado no estande da Secretaria da Cultura do Ceará. Para ter seu livro lançado e exposto, o interessado deverá ligar para (85) 3253.0489.





CONCURSOS, PROMOÇÕES, EDITAIS

Prêmio Jabuti 2010

Arquitetura, Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Artes; Ilustração de Livros Infantil ou Juvenil; e Reportagem são algumas categorias da maior premiação literária do País


As inscrições para a 52ª edição do Prêmio Jabuti já estão abertas. As categorias da premiação são as seguintes: Tradução; Arquitetura e Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Artes; Teoria/Crítica Literária; Projeto Gráfico; Ilustração de Livro Infantil ou Juvenil; Ciências Exatas, Tecnologia e Informática; Educação, Psicologia e Psicanálise; Reportagem; Didático e Paradidático; Economia, Administração e Negócios; Direito; Biografia; Capa; Poesia; Ciências Humanas; Ciências Naturais e Ciências da Saúde; Contos e Crônicas; Infantil; Juvenil; Romance; e Tradução de Obra Literária Espanhol-Português.

As inscrições se encerram no dia 31 de maio. Mais informações pelo site www.premiojabuti.org.br

Podem concorrer ao Prêmio Jabuti 2010 apenas obras inéditas, editadas no Brasil, entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2009. A participação é aberta a editores, escritores, autores independentes, tradutores, ilustradores, produtores gráficos e designers.











BRASILEIROS AINDA DESCONHECEM O LIVRO DIGITAL, REVELA PESQUISA


Ainda há muito desconhecimento sobre a existência e o acesso aos livros digitais, mesmo entre os leitores mais jovens, que ainda o associam à internet. Este é um dos resultados da pesquisa Os leitores brasileiros e o livro digital, realizada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Câmara Brasileira do Livro (CBL) e divulgada nesta quarta (31) durante o I Congresso Internacional do Livro Digital. A pesquisa foi feita pela equipe do Observatório do Livro e da Leitura, que utilizou oito grupos de discussão. Entre as opiniões, uma unanimidade: tão cedo o livro impresso não vai acabar.

Apesar da falta de conhecimento, a maior parcela dos entrevistados aposta que a funcionalidade do e-reader será um fator decisivo para vencer a curto prazo a resistência atual da população, porque o leitor poderá levar sua biblioteca - ou parte dela - para a faculdade, o local de trabalho ou em viagens, de forma mais simples.

A pesquisa qualitativa, realizada pela Imprensa Oficial e CBL, apresentada nesta quarta (31) durante o I Congresso do Livro Digital, em São Paulo, mostrou ainda que o consumidor brasileiro não está disposto a pagar pelo livro digital. Nas respostas, o raciocínio utilizado é o mesmo para o download de músicas e que acaba gerando pirataria: se está na internet, deve ser gratuito.

Foram ouvidos oito grupos, em quatro capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife. Desses grupos, todos leitores de livros em papel, dois também eram leitores de livros digitais. O levantamento constatou que o livro impresso tem um valor muito grande no imaginário coletivo da sociedade brasileira. Para os entrevistados, ele representa o saber, o conhecimento. Por sua vez, o livro digital, é visto como mais ecológico, mais barato ou até mesmo gratuito.

Os consumidores não se sentem incomodados por baixar músicas de forma ilegal na Internet. Os entrevistados dizem que música é fugaz e para ser ouvida em grupo. O pensamento muda quando o assunto é livro: para eles, uma obra é para ser lida silenciosa e solitariamente e acrescentam conhecimento. Ainda assim, relutam em pagar para fazer o download.

Outro dado encontrado é que poucas pessoas procuram livros digitais na Internet para ler no computador. Alegam dificuldades para a leitura na tela de PCs e notebooks. Os entrevistados querem baixar os arquivos gratuitamente e dizem que se tiverem de pagar o preço deverá ser menos da metade do atual preço de capa do livro impresso em papel.

A resistência desaba quando são apresentados aos e-readers, embora estranhem não contar ainda com a tecnologia i-touch. A reação das pessoas é deslizar o dedo pela tela esperando que alguma coisa aconteça, o que mostra como o conceito touch screen já faz parte do inconsciente dos consumidores digitais. A pesquisa mostrou, ainda, que o leitor brasileiro não tem pressa porque viveu uma situação semelhante com os telefones celulares e sabe que as primeiras gerações de novos produtos são mais caras.

Para a tradicional pergunta “o livro de papel irá acabar”, as respostas garantem que tão cedo isso não acontecerá. Os mais apegados ao suporte papel têm a certeza que o livro impresso nunca acabará. Outros acreditam que é uma questão de tempo, décadas ou mesmo anos. Por enquanto os brasileiros preferem os livros impressos e a tendência é uma convivência pacífica com a chegada dos e-readers.

A apresentação da pesquisa estará disponível no site do Congresso: www.congressodolivrodigital.com.br.








Oportunidades do livro digital para o mercado

Rosely Boschini*

Na Feira do Livro de Frankfurt 2009, na qual o Brasil esteve presente com 1.640 títulos e 50 editoras, cuja participação foi organizada pela CBL, um dos temas recorrentes foi o advento do e-book. Dentre os 7.373 expositores, 361, ou 5%, o incluíram em seus estandes. A novidade apresentada no maior evento do mercado editorial em todo o mundo referenda uma realidade ascendente do mercado. Em 2008, o livro digital movimentou US$ 100 milhões nos Estados Unidos, onde mais de 80 editoras já atuam no segmento. Na Alemanha, venderam-se 65 mil unidades no primeiro semestre deste ano.

Não há dúvida de que se trata de uma tendência irreversível o surgimento de um consistente mercado de equipamentos de leitores eletrônicos, que cativarão parte dos consumidores. Isto não significa o fim do livro impresso, cujo encanto, praticidade e caráter lúdico continuarão determinando a preferência de bilhões de pessoas em todo o Planeta. Portanto, mais do que uma preocupação, o e-book deve ser visto como oportunidade de ampliar o universo do público leitor e desenvolver uma nova vertente de negócios.

A convivência de distintos processos é uma realidade em todos os setores de atividade. Saber explorar o imenso potencial aberto pela convergência significa multiplicar as possibilidades mercadológicas, criar novas alternativas e atender de maneira mais eficaz à demanda. No tocante ao livro impresso, a mescla de tecnologias já significou um avanço importante. Um exemplo: a impressão digital, viabilizando tiragens pequenas, com qualidade quase idêntica à do offset, possibilita lançar e testar, na realidade do mercado, maior número de títulos, sem onerar de modo demasiado as editoras. O e-book, que reforça a capacidade de atender com precisão cirúrgica à demanda real, também abre novas perspectivas, como agregar imagens e som ao conteúdo.

Cabe ao setor livreiro aproveitar tais possibilidades, desenvolvendo uma vertente mercadológica promissora e capaz de contribuir para o aumento do número de leitores. As editoras, num futuro não muito distante, serão provedoras de conteúdos, disponibilizados para o público consumidor em diferentes mídias, seja a comunicação gráfica ou eletrônica. As livrarias, do mesmo modo que vendem com sucesso CD e DVD, terão espaços para os equipamentos de livro digital, certamente com distintos pacotes de conteúdo.

Obviamente, será necessário um novo ordenamento dos direitos autorais. Sem tal providência, a ser normalizada internacionalmente, ficará difícil desenvolver e consolidar o mercado do e-book. Segurança quanto à autenticidade e legalidade dos conteúdos também será fundamental. Vejam o que acontece no mercado de filmes e música em CD e DVD, muito prejudicado pela pirataria. Não há dúvida de que a digitalização de conteúdos editoriais sob a tutela de direitos legais suscitará facilidades para a falsificação e reprodução ilegal, ampliando a ameaça de falsificação muito além das máquinas copiadoras que enfrentamos hoje.

As dificuldades e problemas a serem superados, contudo, não devem impedir o avanço da tecnologia. É preciso conviver com as transformações, adaptar-se a elas e as converter em real oportunidade. Claro que esse processo de adequação é mais fácil quando o mercado atua de maneira coesa e sinérgica. Nesse sentido, é fundamental o trabalho das entidades de classe, como tem feito a Câmara Brasileira do Livro (CBL), por meio de seu Grupo Digital.

Do mesmo modo que sua atuação ajudou o setor editorial a assimilar e usufruir os benefícios e oportunidades da impressão de títulos sob demanda, a entidade está mobilizada no caso do e-book. O intercâmbio de informações com os mercados mais avançados, promoção de estudos, debates, análise de experiências bem-sucedidas, palestras e a defesa intransigente dos direitos de todos contribuirão para que o livro digital seja mais um meio para o sucesso de nossa meta de converter o Brasil num país de leitores.

*Rosely Boschini é presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL).

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