domingo, 9 de agosto de 2009

EXPOSIÇÃO

Exposição no Memorial da Cultura Cearense comemora trajetória do fotógrafo José Albano

A exposição e o livro José Albano 40 anos de Fotografia relembram vários momentos da trajetória do artista, com obras de diferentes fases de seu trabalho. A mostra abre em 19 de agosto, dia do lançamento do livro

Fotografar é a arte de mostrar aos outros uma maneira particular de ver a vida. Há quatro décadas, o cearense José Albano tem compartilhado suas experiências de forma brilhante através das lentes das câmeras. Em sua nova exposição, José Albano 40 Anos de Fotografia, ele faz um resgate de suas aventuras pela Europa, Estados Unidos e Brasil através de uma seleção de imagens que inclui, entre outras obras, algumas premiadas e expostas em galerias nacionais e internacionais.

Na abertura da exposição também será lançado um livro com o mesmo título. A publicação inaugura a série Obra em Revista, um projeto coordenado pela Terra da Luz Editorial que publica livros de personalidades da arte contemporânea cearense.

Sendo a obra um recorte da vida do artista, a fotografia de José Albano nos deixa variadas sensações, que vão da alegria das brincadeiras infantis à melancolia das antigas construções européias. O espírito aventureiro do fotógrafo é incorporado pelo público, que se torna companheiro de viagem nas suas idas e vindas como mochileiro ou percorrendo centenas de quilômetros em sua motocicleta.

Segundo a Diretora de Museus do Dragão do Mar, Valéria Laena, poucas vezes o espaço do Memorial foi aberto para exposições fotográficas como essa, o que mostra a importância da obra e o talento de José Albano. Ela também destaca a nova fase do artista que está trabalhando com fotografia digital, em parceria com o CDMAC, no projeto Comida Ceará.

Serviço: Abertura da exposição e lançamento do livro José Albano 40 Anos de Fotografia, no Memorial da Cultura Cearense do Centro Dragão do Mar, dia 19 de agosto às 19h. Acesso livre. Visitas de terça a quinta, das 9h às 19h (acesso até 18h30). De sexta a domingo, das 14h às 21h (acesso até 20h30). Outras informações: 85. 3488.8621.




Exposição no Sesc Centro apresenta xilogravuras em cores

Até 31 de agosto o Sesc apresenta a exposição "Raízes da Tradição", do artista João Pedro de Juazeiro. A mostra apresenta obras que revelam novas possibilidades para a arte da xilogravura.

O modo de fazer é o mesmo: madeira, goiva, faquinha e, claro, habilidades manuais. Esses atributos João Pedro de Juazeiro sempre teve, mas, para ele, ainda faltava algo. Foi então que renovou o estilo barroco de fazer xilogravura e atribuiu cor a sua arte. Segundo Gilmar de Carvalho, na medida certa. “A cor ressalta a dramaticidade dessa forma de expressão. Funciona como um toque da retórica da imagem”, complementa Carvalho.

A exposição está montada no Espaço das Artes do Sesc Centro, com visitação gratuita. Uma ótima oportunidade para conhecer as técnicas e os resultados desta expressão artística centenária, tão característica do Nordeste.

O Artista
Nasceu João Pedro de Carvalho Neto, em Ipaumirim (CE), no ano de 1964. Cresceu em Juazeiro do Norte, onde passou a ser João Pedro de Juazeiro e onde trabalhou como vendedor ambulante até descobrir seu dom de fazer xilogravura. Fez exposição individual na Alemanha e recebeu o Prêmio de Gravura no Salão Norman Rockwell, em Fortaleza, em 1999. Hoje mora com a família em Fortaleza, onde produz diariamente. Já publicou mais de 30 álbuns.

Raízes da Tradição, por Gilmar Mendes
João Pedro do Juazeiro nos provoca uma imensa emoção. Os cortes e sulcos que consegue nas pranchas da madeira nos levam a uma dimensão do sonho, da fruição de sua grande arte.
Nunca o real se fez tão presente. Nunca o maravilhoso se fez tão sedutor.
Ele se equilibra entre o trabalho, a natureza, a fé e a festa. Faz disso o ponto de partida de suas xilogravuras, com a intensidade própria dos artistas de verdade.
João Pedro do Juazeiro extrai da superfície da madeira seus santos, seus heróis e expressa, por meio da arte, suas dores, suas inquietações e seus sonhos.
Teve a coragem de quebrar o claro/escuro barroco da xilogravura com a inserção da cor. E o faz com a dose exata dos pigmentos.

A cor ressalta a dramaticidade dessa forma de expressão. Funciona como um toque da retórica da imagem.
Há mais de dez anos ele vem fazendo disso a crônica de sua própria vida.
Vale a pena vê-lo de goiva e faquinha à mão escavando os sulcos da madeira. Entintando a matriz e tirando a cópia.
Ele nos convida para esta celebração de uma arte que nos encanta e nos faz pensar.
Nunca a tradição foi tão necessária para sinalizar os rumos que a arte pode tomar na contemporaneidade.

Serviço:
Exposição "Raízes da Tradição", de João Pedro de Juazeiro
Local: Espaço das Artes do SESC Centro (Rua 24 de maio, 692 – Centro - Próximo ao anexo do Theatro José de Alencar)
Entrada Franca



Exposição “Zanazanan – Obras Premiadas”...

...será aberta dia 13 no Espaço Cultural Correios

O Espaço Cultural Correios apresenta a exposição Zanazanan – Obras Premiadas, que será inaugurada na próxima quinta-feira, dia 13 de agosto, às 19 horas, e ficará aberta para visitação até 26 de setembro. O público terá acesso a uma seleção de 13 obras de Francisco Zanazanan, sendo 12 delas premiadas em salões e mostras oficiais de arte em Fortaleza, Sobral, Salvador (BA) e Londres, na Inglaterra. A exposição é uma realização do Núcleo Artz, juntamente com o Espaço Cultural Correios, e tem o patrocínio dos Correios e Governo Federal.

Zanazanan – Obras Premiadas é uma exposição inédita, apenas com trabalhos premiados, que nunca foram reunidos numa única mostra. O público terá oportunidade de apreciar obras que há dez anos não são expostas. “Acho essa exposição bastante relevante, sobretudo por reunir parte significante de minha produção artística. E é também a possibilidade de o público local ver ao vivo obras que foram expostas em outros lugares, ou mesmo de ver o trabalho se reinventar”, afirma o artista.

Uma das obras da exposição é “aqui”, de 2007. O sentido se desloca quando o núcleo central da palavra é atingido pelo observador. Aqui vira Ali, num passe de mágica, como ressalta Dodora Guimarães.

A exposição também representa a conclusão de um capítulo da pesquisa do artista sobre a óptica – fenômeno físico da luz. Uma das obras é feita para pessoas cegas, pois não explora imediatamente o sentido da visão, mas, sobretudo o tato e a sensibilidade que envolvem a imaginação, por meio da manipulação de objetos magnéticos. “É um trabalho feito para os que não vêem, porém ‘enxergam’. Mas, é claro, as demais pessoas podem fechar os olhos e imaginar. Está tudo na cabeça”, diz Francisco Zanazanan (37 anos).

São luvas que, ao serem manipuladas pelos que não vêem, dão a sensação de que existem formas. As pessoas colocam as luvas e começam a deslizar uma na outra. Pela força invisível, elas sentem uma presença. “Quando eu percebi que estava trabalhando com um fenômeno físico invisível, que era o magnetismo e a gravidade, senti como se estivesse concluindo um capítulo da minha pesquisa sobre óptica, pois é fato que a luz e seus fenômenos foram um ponto de partida nessa pesquisa. Ao trabalhar com outro fenômeno natural, porém invisível como é o magnetismo, e abrir mão da visibilidade para a construção de uma obra, eu de fato concluo um tema. Agora é esperar pra ver o que virá”, destaca.

Francisco Zanazanan é considerado hoje um dos maiores representantes da arte contemporânea do Ceará. É autodidata e tornou-se conhecido no meio artístico cearense ao receber prêmio no Salão dos Novos, em Fortaleza, em 1992, à época com 17 anos. Mas neste mesmo ano, já havia sido premiado pelo Instituto Equatorial, no concurso “Juventude Ecológica”, vinculado a ECO’92, e no ano anterior Pela Fundação Bradesco, quando era estudante naquela instituição.


SERVIÇO:
Zanazanan – Obras Premiadas
Abertura: Quinta, 13 de agosto, às 19 horas
Visitação: 14 de agosto a 26 de setembro
Segunda a Sexta, das 8h às 17h, e, aos sábados, das 8h às 12h
Local: Espaço Cultural Correios
Rua Senador Alencar, 38 – Centro – Fortaleza – CE



Vando Figueirêdo abre temporada de exposição da galeria do Moana Gastronomia & Arte

O artista plástico cearense Vando Figueirêdo é o primeiro a expor suas obras no Moana Gastronomia & Arte. Até o dia 30 de setembro a mostra “Caminhar ao Sol”, composta por 15 obras, homenageia as mulheres. As peças, criadas a partir de técnica mista, expressam diferentes olhares sobre a figura feminina, reinventada por ele através de experimentos pictóricos, compostos por colagens de tecido, madeira, além de reciclagem artística. Para a composição, Vando Figueirêdo buscou inspiração em técnicas e temas recorrentes entre as décadas de 1960 e 1970. Desenhista, pintor, gravurista e escultor, o artista tem no seu currículo várias exposições individuais e coletivas, além de participações nos mais importantes salões de arte nacionais e internacionais.

O Moana Gastronomia & Arte possibilita aos seus freqüentadores a oportunidade de degustar os saborosos pratos da casa e apreciar, ao mesmo tempo, as obras de arte que ambientam o espaço. A primeira exposição teve início dia 31 de julho e vai até o dia 30 de setembro.

Serviço
Exposição de Vando FIgueirêdo no Moana Gastronomia & Arte
De 31 de julho a 30 de setembro
Avenida Beira Mar, 4260 – no Golden Flat Fortaleza
* Restaurante (buffet de café da manhã, além de almoço e jantar a la carte). Funciona das 6h às 1h.
* Galeria (visitação sem consumo). Funciona das 9h às 11h e das 14h às 19h. Entrada grátis.
Mais informações: (85) 3263.4887




Canteiro das obras de Cláudio Tozzi

Depois de ter passado por Juazeiro do Norte, o projeto Arte SESC traz a Fortaleza a exposição Canteiro de Obras, do artista plástico Claudio Tozzi. Amanhã, 14, um coquetel de abertura dará início a visitação das 37 obras do artista que estarão expostas no Sesc Senac Iracema.
A exposição apresenta uma visão panorâmica dos trabalhos de Tozzi, desde a década de 60 até obras mais recentes, permitindo ao espectador realizar conexões e sínteses das imagens produzidas durante este período. O público poderá ter contato direto com 33 gravuras (serigrafias e litogravura), 03 pinturas (acrílica sobretela) e 01 objeto (múltiplo).

O acervo visitará diversas cidades do Brasil com a curadoria de Fábio Magalhães e realização do Departamento Nacional do Sesc.

Claudio Tozzi é paulista, artista plástico e arquiteto. Foi um dos expoentes da Geração de 60 juntamente com Antonio Dias, Gerchman, Helio Oiticica, Lygia Clark dentre outros que se destacaram do movimento de vanguarda que o físico e crítico de arte Mario Chenberg denominou de Novo Realismo. Esse grupo provocou uma ruptura de comportamento contrapondo os artistas que participavam dos circuitos oficiais.

Tozzi produziu constantemente, acompanhando as ealizações de cada década. Atualmente continua pintando, mas sua pintura apresenta espaços organizados, diferente do caos existente numa grande cidade como São Paulo.

Serviço:
Horário: 19h
Local: Sesc Senac Iracema (Rua Boris, 90 C, Centro - próximo ao Dragão do Mar)
Exposição Canteiro de Obras
Data: de 14 de julho a 20 de agosto (terça a domingo)
Horário: 8h às 22h
Local: Sesc Senac Iracema (Rua Boris, 90 C, Centro - próximo ao Dragão do Mar)
Entrada gratuita



Cenas históricas em exposição na Galeria Antônio Bandeira

Coleções propõem diálogo crítico entre retratos, autoretratos e poéticas biográficas


Museus são espaços dedicados ao ensinar e ao aprender através da memória. São lugares que vêm deixando de ser “depósitos de relíquias” para se tornarem locais de discussão da guarda e da construção da capacidade humana de criar, expandir e transformar universos simbólicos; locais de gosto pelo saber e de descoberta. Mesmo em silêncio, querem provocar o visitante a recontar sua própria história e entender os seus territórios e localidades, instigar a pesquisa, alimentar a sua curiosidade e o seu devir.

Foi pensando na necessidade de articular passado e presente, de dar à arte seu lugar como memória da Cidade e dos cidadãos, que a Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), decidiu promover a exposição “Cenas Históricas: da Arte como Memória”, na Galeria Antônio Bandeira, equipamento cultural do município que cada vez mais fortalece a política de democratização e cidadania cultural através das Artes Visuais abraçada pela Prefeitura; ação que cumpre o papel cultural de aproximar a arte da população, franqueando o acesso à produção artística e sugerindo um diálogo mais possível entre arte e público.

Na mostra, os acervos da Secultfor e do Museu do Ceará, coleções que guardam registros da nossa arte e da nossa história, portanto do nosso povo, serão deslocados para a Galeria Antônio Bandeira, propondo um diálogo crítico entre retratos, autoretratos e poéticas biográficas. “Esta edição expositiva está preocupada em explorar os desvios da história da arte, confrontando leituras distintas da cidade de Fortaleza, por meio das paisagens dos nossos lugares de memórias”, explica Carolina Ruoso, diretora da Galeria Antônio Bandeira que divide a curadoria da mostra com Alexandre de Oliveira Gomes.

Serviço:
Exposição Cenas Históricas: da Arte Como Memória. Até 20 de agosto na Galeria Antônio Bandeira – Centro de Referência do Professor (Rua Conde D’Eu, 560 – Centro). Informações: 3105.1358 e 3253.0377.

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