domingo, 9 de agosto de 2009

CINEMA

'Veronika Decide Morrer' traz Paulo Coelho aos cinemas

Somos introduzidos à personagem de Veronika a partir de versão compilada que a personagem faz de sua vida: ela é uma mulher que sempre dançou conforme a música, mas nunca conseguiu acertar o ritmo. O descompasso entre os sonhos projetados e as realizações pessoais agendadas, tal qual um investimento em fundo de garantia, fazem de Veronika uma mulher bege em um mundo cinza. E para se livrar desse tédio monocromático, ela decide recorrer às coloridas pílulas que deveriam apagar de uma vez por todas qualquer imagem da realidade como ela a enxerga.

» Assista ao trailer

Naturalmente, como esse se trata de um filme sobre redenção, não será desta vez que a protagonista encontrará seu desfecho. Afinal de contas, estamos lidando com a primeira adaptação cinematográfica de um livro do brasileiro best-seller Paulo Coelho e não é preciso ser um exímio conhecedor da obra do autor para entender que lições precisam ser aprendidas no caminho da autoanálise. Veronika Decide Morrer é, claro, um filme com o bônus moral da história incluso no preço do ingresso.

No papel-título está Sarah Michelle Gellar, atriz cujo personagem mais dramático com que ela havia cruzado até hoje era a caçadora de vampiros Buffy, da série homônima. Sarah usa o recurso da maquiagem pálida e dieta anoréxica para dar veracidade à angústia de Veronika. Mas há algo em sua voz de cheerleader que congelou no tempo a imagem de alguém de pouca afinidade com crises existencialistas. Ainda assim, é de reconhecer o esforço da atriz em dar autenticidade ao drama de alguém que precisa sair correndo desse labirinto pré-projetado.

Entra-se então em contato com o cenário maior do filme, uma clínica psiquiátrica onde Veronika é internada com o seguinte diagnóstico: a combinação de remédios que ela tomou foi de tal forma devastador em seu organismo que, a qualquer momento, ela pode sofrer um ataque cardíaco que, sim, irá tirar sua vida. A bomba-relógio interna cria uma sensação de fragilidade maior ainda para a protagonista que passa a andar na corda bamba, segurando de um lado o seu insistente impulso suicida e, do outro, as cínicas sessões de análise com o Dr. Blake (David Thewlis), cuja legitimidade de "doutor" tenta ser extraída de seu sutil sotaque inglês. Nesse universo, Veronika conhece Edward (Jonathan Tucker, de No Vale das Sombras), uma versão menos explosiva de Tarso Cadore (Caminho das Índas). Juntos, eles vão tentar achar uma brecha para salvação de suas almas.



Em razão de algumas soluções de densidade menos espessa e criações estéticas inspiradas na iconografia básica dos sonhos (a imagem da calmaria de um lago do outro lado da vida), a direção do filme termina dando mais consistência dramática a atores mais maduros, que é o caso, por exemplo, da personagem de Melissa Leo, no papel de uma mulher que, assim como Veronika, tinha tudo muito bem estabelecido em sua vida, marido, filhos, emprego, até que algo disparou na hora errada em sua cabeça.

A diretora Emily Young tem no currículo sólidos elogios ao seu primeiro longa-metragem, Kiss of Life (selecionado para a mostra Un Certain Regard, no festival de Cannes de 2004), e em sua primeira produção hollywoodiana balança em um pêndulo entre opções autorais e o diálogo mais imediato das representações de imagem que costumam ter a depressão. De modo geral, sua proa se mantém estável. ** 2 ESTRELAS / Razoável




Origem de Michael Meyers

Filme de terror “Halloween – O início” é uma das opções para fãs do gênero

Os fãs de filmes de terror que aguardavam o dia em que poderiam ver nos cinemas brasileiros a versão de Rob Zombie (A Casa dos 1000 Corpos) sobre o personagem Michael Myers, criado por John Carpenter, pode ficar aliviado. Agora, a distribuidora de Halloween - O Início no Brasil é a Playarte, que garantiu sua estreia. O terror estreou nos EUA em 2007 e, atualmente, uma continuação está sendo filmada, também sob a direção de Zombie, com estreia nos EUA prevista para 28 de agosto deste ano.
A primeira vez que Myers apareceu no cinema foi em Halloween - A Noite Do Terror, de 1978. Halloween - O Início é uma espécie de refilmagem do longa original, mas com alguns novos elementos graças à direção de Zombie. Na história, Michael Myers (vivido por Daeg Faerch quando criança e Tyler Mane na idade adulta) ataca a babá de confiança da família, aos seis anos. Diagnosticado com uma série de transtornos psicológicos, fica trancado num manicômio durante 17 anos. Erroneamente, Myers é solto pelos diretores do hospital e agora volta a perseguir o objeto de sua obsessão, a babá Laurie Strode (Scout Taylor-Compton).

TV DIVIRTA-CE

Confira trailers dos filmes citados nas matérias




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Drama romântico "Tinha que Ser Você", suspense “Trama Internacional” e aventura da Disney “A Montanha Enfeitiçada”

O circuito comercial de cinemas apresenta suas novidades nesta sexta-feira. O drama romântico "Tinha Que Ser Você", uma das opções, é protagonizada por Dustin Hoffman e Emma Thompson - ambos indicados ao Globo de Ouro pelo filme. Hoffman é Harvey, um compositor de jingles nova-iorquino que está prestes a perder o emprego, mas precisa ir a Londres para o casamento de sua filha, Susan (Liane Balaban), que mora na capital de Inglaterra. Emma é Kate, uma mulher solitária, que aspira ser escritora mas trabalha como pesquisadora no aeroporto. Além disso, cuida da mãe (Eileen Atkins), com quem deixou de dividir a casa há muito tempo.




O destino parece conspirar a favor de Harvey e Kate. Ela tenta aplicar um questionário nele, assim que o norte-americano chega na Inglaterra - mas, estressado como está, é grosseiro com ela. Num outro momento, ela entra num táxi do qual ele acabou de sair, mas eles nem se notam. Mais tarde, quando se encontram novamente e travam um diálogo, Harvey já passou por diversas frustrações. No casamento de sua filha, ele descobre que a moça prefere o padrasto (James Brolin) para conduzi-la ao altar. Como Harvey deve voltar aos Estados Unidos logo, ele não pode ficar para a festa. Ao chegar ao aeroporto, recebe um telefonema e descobre que foi demitido de vez. Desnorteado, Harry senta num café quando se depara com Kate, lendo um livro ao seu lado. Se num primeiro momento ela é resistente a ele que, aliás, tenta desculpar-se pela grosseria passada, com o tempo Kate cede ao charme e carisma de Harvey. Os dois iniciam uma amizade que tem tudo para caminhar para algo mais sério. As andanças dos dois personagens por Londres, passando longe dos pontos turísticos mais famosos, fazem lembrar "Antes do Amanhecer" (1995) e "Antes do Pôr-do-Sol" (2004), numa versão com personagens mais maduros. A forma como o diretor e roteirista Jon Hopkins trabalha essa interferência de um na vida do outro e as consequentes mudanças é o que traz charme e verdade a "Tinha que Ser Você". Uma subtrama envolvendo a mãe de Kate e um vizinho que ela desconfia ser um assassino adiciona um pouco de leveza ao filme.

A Disney mais uma vez aposta em trazer aos cinemas novas versões de suas clássicas histórias que fizeram sucesso no passado. Desta vez, o remake é de “A Montanha Enfeitiçada”, do clássico original de 1975, baseado em um livro de mesmo nome (1968), que chega aos cinemas de todo o Brasil numa versão mais caprichada, estrelada pelo astro Dwayne Johnson (The Rock). Dwayne Johnson vive Jack Bruno, um motorista de táxi de Las Vegas que encontra em seu taxi dois adolescentes com poderes sobrenaturais. No começo ele acredita ser mais uma corrida como outra, mas logo descobre que ao prestar seus serviços aos garotos, acaba entrando em uma perigosa corrida, repleta de explosões, adrenalina e simples efeitos especiais, que lembram e muito algumas produções da década de 90.



As crianças Sara e Seth vêm de outro planeta mais evoluído com a missão de salvar a Terra, que corre o risco de ser invadida e ter a vida humana extinta. Para que isso não aconteça, os dois descem ao nosso planeta em busca de um aparelho que salve toda a humanidade. Para atrapalhar a missão, o governo, criminosos e até mesmo um extraterrestre tentam detê-los e Jack Bruno irá ajudar os dois a voltar a salvo ao seu planeta de origem.

O argumento de ”Trama Internacional”, outra novidade nos cinemas, tem algo a ver com a difícil conjuntura atual na medida em que expõe, em termos ficcionais, na linguagem de um thriller, como as instituições financeiras são capazes de exercer enorme influência sobre a política, a economia e a vida das pessoas. O roteiro, do estreante Eric Warren Singer, é inspirado no escândalo do Banco de Crédito e Comércio Internacional - BCCI -, criado no Paquistão, na década de 70, que se tornou o maior operador, no âmbito internacional, de lavagem de dinheiro e de investimentos predatórios, como o do recente caso Madoff. Além disso, administrou lucrativo esquema de tráfico de armas e de apoio ao terrorismo de todas as colorações. Os protagonistas da película são o agente da Interpol Louis Salinger (Clive Owen) e a assistente da promotoria de Manhattan Eleonor Whitman (Naomi Watts), que se dedicam a obter provas incriminadoras contra uma poderosa organização bancária, a IBBC, sediada em Luxemburgo.



Ao ler o roteiro, o cineasta alemão Tykwer (Corra, Lola, Corra) identificou nele condições propícias a realizar um filme como O Ultimato Bourne, o que fica evidente pela linha que impôs à direção semelhante à de Paul Greengrass, especialmente nas longas e, também no caso, bem feitas sequências de ruas em que personagens de ficção se misturam com figuras reais, os transeuntes. Salinger e Eleonor, por se conscientizarem de que uma série de assassínios ocorridos em Berlim, em Milão (este contra um candidato a primeiro ministro da Itália) e em Nova York, foi perpetrada a mando da IBBC, que sabia tudo sobre a vida das suas vítimas, armam um esquema para tentar desbaratar a trama e evitar que outros crimes aconteçam. Na perseguição aos criminosos que, em Nova York, tem por cenário o interior do Museu Gugenheim – uma réplica em miniatura foi construída em estúdio –, Tykwer realiza, graças à precisão das tomadas do fotógrafo Frank Griebe, o melhor e o mais bem inspirado momento do filme. A sequência se inicia quando Salinger encontra numa rua o assassino contratado pela IBBC (Brian F. O´Byrne) e, de repente, uma pista promissora, por ele seguida, se transforma em virada significativa no caso que investiga.

Clique aqui e confira horários e sálas de exibição na seção PROGRAMAÇÃO DE CINEMA


BILHETERIAS

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Brasil

08/08/2009 a 10/08/2009
#FILMESEMANASPúblico*TOTAL*
G. I. Joe - A Origem de Cobra estreia 207,0 207,0
A Era do Gelo 3 6 182,5 8,807,8
Harry Potter e o Enigma do Príncipe** 4 121,1 4,261,6
Marido por Acaso estreia 60,5 60,5
A Proposta 5 59,8 1,212,6
Inimigos Públicos 3 39,7 487,8
O Contador de Histórias estreia 28,3 28,3
A Mulher Invisível 9 18,6 2,213,5
Efeito Borboleta 3 2 11,8 81,5
10º À Deriva 2 9,7 48,7
Fonte: Sindicato dos Distribuidores do Rio de Janeiro*Valores em milhares de pessoas;
** Inclui pré-estreias
O quadro Top 10 Brasil é atualizado às quartas-feiras, exceto em feriados

EUA

14/08/2009 a 16/08/2009
#FILMESEMANAS$*TOTAL*
Distrito 9

estreia 37,00 37,0
G. I. Joe - A Origem de Cobra 2 22,50 98,8
The Time Traveler's Wife


estreia 19,20 19,2
Julie & Julia

2 12,40 43,7
Força G
4 6,90 99,0
The Goods: Live Hard, Sell Hard


estreia 5,35 5,4
Harry Potter e o Enigma do Príncipe 5 5,16 283,9
The Ugly Truth


4 4,50 77,5
Ponyo

estreia 3,50 3,5
10º 500 Dias Com Ela

5 3,03 17,9
Fonte: Nielsen EDI, Inc.*Valores em milhões de dólares
O quadro Top 10 EUA é atualizado às segundas-feiras, exceto em feriados


O futuro de Johnny Depp

Depp em cena de "Inimigos Públicos", no papel do assaltante de bancos John Dillinger

Johnny Depp está com filme novo nos cinemas: em "Inimigos Públicos", e em um dos mais aguardados da temporada, "Alice no País das Maravilhas". Johnny Depp tem seu nome ligado a vários filmes importantes ainda em desenvolvimento, mas enfrenta um cenário sem filmes prontos a entrar em produção. O que há, em lugar disso, é uma quantidade estonteante de possibilidades e permutas, mas nada com grande probabilidade de resultar em um filme produzido para ele no futuro próximo.



Os produtores de "The Incredible Mr. Limpet", da Warner Bros., estão interessados em Depp para o papel-título. O remake da comédia fantástica de 1964 a ser dirigido por Kevin Lima seria mais um papel divertido e bizarro, mas não tão dramático, na carreira do ator. Mas ele ainda não assinou contrato para o filme, que, de qualquer maneira, só entrará em produção em 2010. Enquanto isso, o quarto filme da série "Piratas do Caribe" continua a ser prioridade para a Disney e o produtor Jerry Bruckheimer. Até pouco tempo atrás, seria o próximo filme de Depp no papel do capitão Jack Sparrow. Mas como Gore Verbinski não vai mais dirigir a franquia, o navio vai demorar um pouco mais para deixar o porto.
Em função da demora em produzir o próximo "Piratas", um projeto de Depp que estava previsto para entrar em produção depois dele, "The Lone Ranger", pode acabar sendo adiando ainda mais, embora também seja possível que seja rodado antes da história de piratas. Por enquanto, porém, "Ranger" ainda está parado.
Finalmente, o filme que a Warner pretende fazer a partir do seriado de TV "Dark Shadows" - uma colaboração entre Johnny Depp e Tim Burton que poderia ser rodada ainda este ano ou no início do próximo - também deve ser adiado. Burton ainda tem muito trabalho com "Alice", que estreia em março. Tudo isso significa é que há projetos com muito potencial para os quais Depp ainda não assinou contrato, e projetos com os quais ele já se comprometeu que não estão com muito ímpeto.
Em outras palavras, é um fenômeno muito típico de 2009, provocado, por um lado, pelo fato de o ator escolher seus papéis com cada vez mais cuidado, e, por outro, pela cautela crescente dos estúdios. Pode ser uma tendência nova, já que Will Smith e Leonardo DiCaprio se encontram em situações semelhantes. O resultado é que Depp pode passar um ano ou mais sem ser visto nos cinemas.
Pode não soar como algo tão importante, mas, para o público, será uma mudança. Johnny Depp vem passando por um dos períodos mais férteis de sua carreira. O ator também protagoniza "The Rum Diary", adaptação de um livro de Hunter S. Thompson, e fez um papel coadjuvante em "The Imaginarium of Dr. Parnassus", de Terry Gilliam, que ainda não chegou aos cinemas americanos.



GERARD BUTLER ESTÁ EM GAMER, ASSISTA O TRAILER

Astro escocês estrela este thriller de ação futurista, que estreia dia em 02 de outubro nos cinemas.

Gamer (Gamer) o mais novo trabalho da dupla de diretores Mark Neveldine e Brian Taylor (Adrenalina), traz o astro Gerard Butler (300) no papel principal deste thriller futurista, onde os videogames e a realidade se misturam. Confira as imagens desta produção no trailer legendado do filme.

Sinopse: Num futuro próximo um revolucionário videogame on-line será a mais popular forma de diversão. Semanalmente, milhões de internautas assistirão condenados lutando para sobreviver como se fossem personagens virtuais em um videogame. Kable (Gerard Butler), um prisioneiro, se tornará a grande estrela deste jogo. Para o jogador, Kable é um mero personagem, mas para o grupo de resistência ele é a peça chave para a vitória. No meio dessa batalha, e sob o comando de um adolescente, Kable terá que usar todas suas habilidades extravirtuais para vencer o jogo e derrubar o sistema.

Estreia nos cinemas dia 02 de outubro.



Mostra de cinema e oficinas gratuitas são destaques no CCBB Itinerante de Fortaleza

Um dos destaques da programação é o Festival Latino-Americano de Canoa Quebrada – 5º Curta Canoa

Para os amantes da sétima arte, mostras, oficinas e exibições de vídeos estão na programação do CCBB Itinerante em Fortaleza. Com curadoria de João Juarez Guimarães, Recortes do Cinema Francês celebra o Ano do Brasil na França e conta com a exibição de títulos em três módulos temáticos, todos em DVD. Entre 11 e 16 de agosto, serão exibidos filmes produzidos pela França em parceria com outros países. São longas que tratam da produção atual francesa e filmes que documentam vida e obra de alguns dos principais realizadores do cinema francês. A mostra é realizada com a parceria da Embaixada da França e sua Cinemateca.

O Festival Latino-Americano de Canoa Quebrada – 5º Curta Canoa também integra a lista de eventos do CCBB Itinerante. Nos dias 11 e 12, será oferecida uma oficina teórica e prática que apresentará aos participantes o mundo da animação e do cinema através de vídeos nacionais e internacionais com várias técnicas de artes gráficas e de cinema de animação. No dia 13 acontecerá a mostra com exibição de sete curtas em formato DVD. Logo após, os realizadores do festival participarão de debate com o público.

Confira programação e sinopse dos eventos:


Cinema



"Recortes do Cinema Francês"

De 11 a 16/08/2009.

Local: Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

Entrada: gratuita.

Sinopse: Com curadoria de João Juarez Guimarães, a mostra celebra o Ano da França no Brasil e conta com a exibição de títulos em três módulos temáticos, todos em DVD. Os módulos são: 1-Francofilias: filmes realizados em parcerias da França com outros países; 2-Novos Realizadores Franceses: filmes que tratam da produção atual francesa em parceria com a Cinemateca da Embaixada da França; 3-Três Mestres: filmes que documentam a vida e obra de alguns dos principais realizadores do cinema francês.



Programação:



11/08/2009, terça-feira:

16h – 7 Anos (86 min)

18h – Os Encantos de Paloma (134 min).



12/08/2009, quarta-feira:

16h – A França (102 min)

18h – Heremakono – Esperando a Felicidade (96 min)



13/08/2009, quinta-feira:

15h – Papéis Não Queimam Brasas (86 min)

17h – Os LIP – A Imaginação no Poder (118 min)



14/08/2009, sexta-feira:

16h – François Truffaut: Uma Autobiografia (78 min)

18h – Povoado Número Um (100 min)



15/08/2009, sábado:

16h – O Último dos Loucos (95 min)

18h – Jacquot de Nantes (118 min)



16/08/2009, domingo:

16h – A Cabeça de Mamãe (95 min)

18h – Fábrica do Conto de Verão (90 min)

20h – François Truffaut: Uma Autobiografia (78 min)



Sinopses



Francofilias



Heremakono – Esperando a Felicidade, de Abderramane Sissako (Mauritânia-França, 2002).

Jovem do interior africano instala-se na capital do país enquanto espera o navio que o levará para estudar no exterior. Sissako nasceu na Mauritânia, em 1961, foi criado no Mali, estudou cinema em Moscou e radicou-se na França. Com Heremakono, obra inventiva e poética de tinturas autobiográficas, consolidou-se como um dos mais interessantes cineastas, ainda que pouco conhecido, da atualidade.

Grande Prêmio – Festival de Ougadougou, Melhor Filme – Festival de Cinema Independente de Buenos Aires, Prêmio da Crítica Internacional - Mostra “Um Certain Regard” - Festival de Cannes, Prêmio da Cultura Francesa de 2003, Prêmio Especial do Júri – Festival de Gijón. Classificação indicativa: livre.



Os Encantos de Paloma, de Nadir Moknèche (Argélia-França, 2007).

Madame Argélia é o pseudônimo da cinquentona dona de uma boate onde trabalham belas mulheres. Mas o envolvimento de Paloma, a mais nova colaboradora da casa, com seu filho Ryad, abala as convicções da cafetina. Depois de morar em Londres, Paris e Nova York, Moknèche (Argel, 1965) iniciou carreira em seu país natal e ganhou o apelido de “Almodóvar da Argélia” graças ao humor e colorido – além das cenas de nudez, incomuns para o cinema árabe - com que condimenta seus filmes.

Prêmio Lumière de Melhor Filme Francófono. Classificação indicativa: 16 anos.



Papéis Não Queimam Brasas, de Rithy Pahn (Camboja-França, 2007).

O cambodjano Rithy Pahn é conhecido por seus poderosos documentários que dissecam a tenebrosa herança deixada em seu país pelo Khmer Vermelho.

As causas para essa opção são fáceis de entender: Phan (Phonm Penh ,1964) foi preso em 1975 e posteriormente, com 15 anos de idade, fugiu de um campo de concentração para a Tailândia e conseguiu se instalar na França onde formou-se pelo IDHEC e construiu uma bem sucedida carreira alternando ficções e documentários.

Papel ... acompanha o processo de exclusão social de um grupo de prostitutas, moradoras de um prédio degradado no centro da capital do Camboja, que sentem-se impedidas de voltarem às vilas natal por medo que descubram o que faziam para sobreviver na cidade grande. Classificação indicativa: livre.



Novos Cineastas Franceses



7 Anos, de Jean-Pascal Hattu (França, 2007).

Mulher visita regularmente o marido na prisão que está cumprindo uma pena de sete anos e sempre é seguida por um homem durante o caminho. Após conhecerem-se e iniciarem um relacionamento, ela descobre que seu amante é o carcereiro do marido.

O estreante Jean-Pascal Hattu (Paris, 1962) filma com segurança esse angustiante triângulo amoroso e extrai elogiada interpretação dos atores. Classificação indicativa: 16 anos.



A Cabeça de Mamãe, de Carine Tardieu (França, 2007).

Menina convive com a mãe depressiva até encontrar uma foto antiga em que ela aparece feliz e sorridente ao lado de um homem. A filha então decide encontrar o estranho e trazê-lo de volta na esperança de que a mãe volte a ser feliz. Classificação indicativa: 12 anos.



A França, de Serge Bozon (França, 2007).

Em 1917, durante a Primeira Grande Guerra, mulher junta-se a uma tropa de soldados em busca do marido desaparecido. Paralelamente a uma ativa carreira de ator, Bozon vem se destacando na cena contemporânea como diretor ao introduzir inusitados números musicais na narrativa já estilizada de seus filmes. Prêmio Jean Vigo de Melhor Filme. Classificação indicativa: 16 anos.



Os LIP – A Imaginação no Poder, de Christian Rouad (França/07).

Este filme enfoca a histórica greve de 1973 na usina Lip, no interior francês, célebre por durar vários anos e ter como palavra de ordem – e colocar em prática – o lema de todos os contestadores de 68. Em seu primeiro longa, Rouad (Paris, 1948) realiza um documentário eletrizante que segundo a crítica internacional, revigora o gênero a partir do formato clássico de entrevistas e material de arquivo. Indicado ao César de Melhor Documentário. Classificação indicativa: 14 anos.



O Último dos Loucos, de Laurent Achard (França, 2006).

Laurent Achard conseguiu destacar-se graças à dupla premiação que este seu segundo longa conseguiu no importante festival da cidade suíça de Locarno. O Último dos Loucos tem recebido elogios devido à maestria com que narra a soturna trajetória de um garoto da zona rural francesa que assiste, sem nada poder fazer, a desintegração de sua família afundada na loucura e no álcool. Leopardo de Prata e Prêmio do Júri Ecumênico - Festival de Locarno, Prêmio Jean Vigo de Melhor Filme.

Classificação indicativa: 16 anos.



Povoado Número Um, de Rabah Ameur-Zaïmeche (França-Argélia, 2006).

Imigrante argelino é extraditado pela França para o país natal após cinco anos de detenção por tráfico de drogas. Segundo longa, este filme é uma elaborada meditação sobre as contradições de uma nação dividida entre tradição e modernidade e levou Zaïmeche (Beni Zid, 1966) a firmar-se como um dos mais sofisticados autores de origem magrebina entre os muitos em atividade no cinema francês atual. Prêmio da Juventude - Festival de Cannes. Classificação indicativa: 16 anos.





TRÊS MESTRES



Fábrica do Conto de Verão, de Jean-André Fieschi (França, 2005).

Eric Rohmer é dos mais cultuados cineastas da atualidade e o último dos integrantes da nouvelle vague francesa a ter maior aceitação popular, e hoje reúne uma verdadeira seita de admiradores que defendem intransigentemente seus filmes rigorosos e de recorte clássico, mas banhados por uma finíssima e quase impalpável ironia.

Neste filme, Jean-André Fieschi, antigo colaborador da revista Cahiers du Cinema e autor de documentários sobre Jean Rouch e Pasolini, utiliza material obtido por François Etchegaray, assistente de Rohmer em “Conto de Verão” (1999), para mostrar os bastidores das filmagens de uma obra do mestre francês. Classificação: livre.



François Truffaut: Uma Autobiografia, de Anne Andreau (França, 2004).

A produtora, roteirista e documentarista Anne Andreau (Paris, 1939) tem em seu currículo trabalhos sobre Juliette Binoche e Romy Schneider, a diretora belga Chantal Akerman, o cineasta egípcio Youssef Chahine e o produtor francês Humbert Balsan.

Este filme destaca-se pela constelação que Andreau conseguiu reunir para prestar depoimentos sobre o realizador: estão presentes nesta obra elogiada nomes como Woody Allen e Milos Forman, atrizes que trabalharam com Truffaut (Catherine Deneuve, Jeanne Moreau, Isabelle Adjani), a primeira esposa Madeleine Morgenstern, a viúva Fanny Ardant e o ator fetiche Jean-Pierre Leaud. Legenda em espanhol. Classificação indicativa: livre.



Jacquot de Nantes, de Agnès Varda (França, 2001).

Agnès Varda (Bruxelas, 1928), viúva do realizador francês Jacques Demy (1931-90), considerado um renovador da linguagem dos filmes musicais, reencena a infância do marido e o despertar da paixão pelo cinema, quando criança, na cidade de Nantes. O resultado é um filme terno e comovente onde um dos muitos atrativos são as recriações de cenas dos filmes de Demy que se tornariam célebres, esplendidamente inseridas na narrativa ficcional. A apaixonada Varda ainda revisitaria o legado do marido em três outros aplaudidos longas metragens. Exibição hors concours – Festival de Cannes. Classificação indicativa: 10 anos.

Cinema & Oficinas



"Dia da Família"

Dias 07, 08 e 09/08/2009

Local: Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

Entrada: gratuita.

Sinopse: Programa regular dedicado ao entretenimento de toda a família, o projeto celebra o caráter lúdico da cultura oferecendo várias atividades em torno de um tema sempre divertido. A programação traz a exibição de um filme, precedido por uma cena teatral cômica com o palhaço Koringa e, após a sessão, uma oficina recreativa.Classificação indicativa: livre.



Atividades:

Dia 07/08/2009 – 15h - Tema: Mágicas

Filmes: Curtas da Pixar (65’). Apoio: Disney

Oficina com Hilton Rufino: aprenda um novo truque e faça seu show (capacidade: 40 crianças).



Dia 08/08/2009 – 15h - Tema: Ano da França no Brasil

Filmes: Decididamente Animados - Curtas Franceses de Animação (55’). Apoio: Embaixada da França.

Oficina com Alberto dos Brinquedos (capacidade: 30 crianças).



Dia 09/08/2009 – 15h - Tema: Brincadeiras

Filmes: Seleção de Curtas Metragens Brasileiros (60’). Apoio: Kinoforum

Oficina com Alberto dos Brinquedos (capacidade: 30 crianças).



"Festival Latino-americano de Canoa Quebrada – 5º Curta Canoa"

De 11 a 13/08/2009

Local: Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

Entrada: gratuita.

Sinopse: Parte integrante do Festival, o evento tem como objetivo introduzir o público no mundo do cinema de animação, além de mostrar a sua história, origem e evolução, e a diversidade estética e de técnicas, num infindável universo de temas, conteúdos e abordagens. O projeto aborda, ainda, os fenômenos de persistência visual e o uso da linguagem cinematográfica, através de técnicas específicas da animação e recursos gráficos visuais. Apresenta, ainda, a atual produção da animação cearense e propicia o contato com seus realizadores.


Oficina: Fundamentos do Cinema de Animação

Dias 11 e 12/08/2009, das 9 às 12h (carga horária: 6 horas).

Público-alvo: estudantes de animação, artistas, público interessado em geral, a partir de 12 anos.

Capacidade: 30 pessoas, mediante ordem de chegada e inscrição no local do evento.

A oficina, teórica e prática, apresenta o mundo da animação e do cinema através da sua maravilhosa história, familiarizando o grupo através de vídeos nacionais e internacionais, com as várias técnicas de artes gráficas e de cinema de animação. Também demonstra os diversos estilos de desenho (comics, manga, cartum, etc) assim como a composição de cenários e ambientações, além de exercícios com o uso do zoetrópio.



Mostra: Cinema de Animação Cearense & Debate entre Realizadores

Dia 13/08/2009, às 20h.

Público-alvo: estudantes de animação, artistas, público interessado em geral, a partir de 16 anos.

Capacidade: 108 lugares.

Exibição de curtas em formato DVD:

* Corpo Frio, 2008, André Dias (Vídeo digital)
* Campo Branco, 1997, Telmo Carvalho (35mm)
* Vida Maria, 2005, Márcio Ramos (35mm)
* A lenda Azul, 2002, Ricardo Juliani (Vídeo digital)
* Sopro do Mar, 2003, Josimário Façanha (Vídeo digital)
* Muiriquitã, 2002, Jeane Ramos (Vídeo digital)

Após a exibição dos filmes, haverá debate com os realizadores André Dias, Telmo Carvalho, Júlia Manta, Ricardo Juliani e Neil Armistrong.

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