sexta-feira, 16 de novembro de 2012

LIVROS - FICÇÃO

Escritor paulista Celso Abrahão lança “Sementes da Razão”
 

Romance do autor brasileiro é ambientado em Reims, a cidade das coroações, onde cristãos, judeus e muçulmanos convivem

O século XIII foi o período mais brilhante da Idade Média e, em nenhuma outra época, a influência da Igreja foi tão vasta, tão profunda e tão eficaz. A história registrou tiranias e vinganças, aponta crimes e atrocidades, que seria pueril querer ocultar ou justificar, mas, qual século não os praticou? Que montam estas sombras diante das luzes de uma grande civilização feita mais de grandeza moral e de elevação das almas do que de progresso material? É também o auge do Feudalismo, o início do renascimento comercial, onde a sociedade era dividida entre senhores donos da terra e servos, aprisionados à sua condição, a trabalhar a terra e a pagar vários tipos de corvéia. É a época de entusiasmos generosos por tudo o que é belo e grande na ordem intelectual, moral, literária e artística. Na Arquitetura, é o século das grandes catedrais de Colônia, Chartres, Reims, Auxerre, Amiens, Salisbury e Westminster, nas quais o gênio, sublime na humildade obscura e anônima, elevou monumentos dignos da grandeza daquelas almas e simbolicamente expressivos, a representar o esguio das flechas, o aprumado das torres, a esbelta elegância das colunas que simetricamente se elevam quais orações ao alto, mãos postas nos arcos ogivais.

É nessa sociedade de lutas e atribulações, de crises e de fé, que na cidade real de Reims, um grupo de artesãos e artistas livres, libertos do estado de pobreza e serventia, tem que lutar para manter acesa a chama viva de seus ideais e de suas conquistas. É em Reims, a cidade das coroações, onde cristãos, judeus e muçulmanos convivem, que nasce um dos maiores templos da Cristandade e onde o livro de Celso Abrahão “Sementes da Razão” é ambientado.

Para descobri-lo inteiramente é necessário decifrá-lo, deixando-se envolver por todo o fascínio, os mistérios e os segredos contidos na arte de construir  uma catedral gótica, representante máxima do esplendor da arquitetura e da religiosidade medievais.

No cenário histórico da França do século XIII, personagens reais e fictícios têm suas vidas entrelaçadas na difícil tarefa de tentarem edificar um templo para o sagrado, um templo para ser digno da morada de Deus na terra. Uma trama envolvente, uma aventura inusitada, enfatizando as virtudes, os vícios, as incertezas, os medos e a esperança sempre renovada de pessoas irremediavelmente aprisionadas ao absolutismo político e teocrático da Idade Média. Um romance sobre uma época de compromissos e fidelidade, sobre antigas tradições e sobre  os pedreiros-livres que nos faz viajar no tempo e surpreendentemente constatar que os costumes e os valores orientados pelo ideário e pelo imaginário medievais, aparentemente tão remotos, ainda persistem arraigados em nossos corações e mentes.

O autor Celso Abrahão é escritor, palestrante e dramaturgo brasileiro, natural de Jacareí (SP), onde reside e trabalha.






Uma novela da vida real

Novo romance de Eduardo França mostra que mentira pode ocultar a dor mas não traz a felicidade plena

Muitas pessoas passam a vida acreditando que está tudo bem à sua volta, têm as rédeas da situação em suas mãos e conhecem perfeitamente as pessoas que as cercam. Mas nem sempre isso é possível. Atitudes e comportamentos de outras pessoas, movidas pelos mais diferentes motivos, interferem diretamente nos relacionamentos humanos e no significado da própria vida. O pior é que os fatos podem estar sob seus narizes, mas elas não conseguem perceber. E pensam que são felizes, nesse cenário de mentiras que apenas camuflam a dor. É essa a situação de Beth, protagonista do novo romance de Eduardo França, “Enfim a felicidade”, lançamento da Editora Vida & Consciência.
Beth é o porto seguro de sua família. Atenciosa, dedicada e muito prestativa, faz o possível para ver seus parentes felizes e em harmonia. Mas ela não enxerga muitas coisas, como a ganância de sua mãe, Donária, que quer sempre mais dinheiro para esnobar suas amigas. Ou o vício de seu irmão, Dênis, que desperdiça todas as suas economias em jogos e apostas. Não percebe quem é na verdade o seu próprio filho Gabriel, um jovem rebelde e cínico, que não mede as consequências de seus atos. Nem que sua filha Alessandra está cada vez mais distante do amor materno. E muito menos desconfia de seu marido Edson, que a trai e põe fim a um casamento de 25 anos.
Depois de entender que só foi tirado de seu caminho aquilo que a infelicitava para ela aprender a se colocar em primeiro lugar, Beth percebe que a vida pode ser maravilhosa e que a felicidade é um estado que só ela pode criar, cultivando os valores da alma, superando esses obstáculos para encontrar, enfim, a verdadeira felicidade. Com uma trama bem elaborada e de leitura envolvente, Eduardo França narra os fatos a partir de perspectivas distintas, dando a oportunidade ao leitor de perceber a verdadeira índole de cada um dos personagens desse emocionante enredo.
Eduardo França nasceu em 1974 em São Paulo, é graduado em informática e trabalha em uma companhia de seguros. De formação católica praticante, teve seu primeiro contato com o espiritismo quando criança, mas apenas mais tarde, com o falecimento de sua mãe, iniciou seus estudos no assunto. Aficionado por livros, tomou conhecimento da obra espírita por indicação dos colegas da faculdade, e não tardou para que desenvolvesse suas primeiras histórias. É autor do romance A Escolha, publicado pela Editora Vida & Consciência em 2011.
SERVIÇO
Título: Enfim, a felicidade
Autor: Eduardo França
Número de páginas: 344
Preço: R$ 36,00
** 2 ESTRELAS / Razoável

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