sexta-feira, 4 de junho de 2010

CIÊNCIA, COMPORTAMENTO, ESOTERISMO

Dispositivo eletrônico reproduz funcionamento do pulmão humano

Pesquisadores americanos da Universidade de Havard criaram um dispositivo que reproduz o funcionamento do pulmão humano em um microchip. O aparelho, do tamanho de uma borracha escolar, atua como um pulmão em um corpo humano e é feita através de pulmão humano e células do vaso sanguíneo.

O dispositivo é translúcido, o que proporciona uma janela para o funcionamento interno do pulmão humano, sem ter que invadir um corpo vivo. O aparelho tem potencial para ser uma ferramenta valiosa para testar os efeitos das toxinas ambientais, a absorção da terapêutica em aerossol, a segurança e eficácia de novos medicamentos. Essa ferramenta pode ajudar a acelerar o desenvolvimento de medicamentos, reduzindo a dependência de modelos atuais, em que testes de uma única substância pode custar mais de US $ 2 milhões.

“A capacidade do dispositivo de pulmão em um único chip para prever a absorção das nanopartículas no ar e imitar a resposta inflamatória provocada por patógenos microbianos, fornece a prova de princípio para o conceito de que os órgãos-on-chip pode substituir muitos estudos com animais em o futuro “, diz Donald Ingber, autor sênior do estudo e diretor fundador do Harvard Institute Wyss.

Até agora, os microssistemas da engenharia de tecidos têm sido limitados, diz Ingber. Para Judah Folkman, professor de biologia vascular da Harvard Medical School (HMS), “nós realmente não conseguimos entender como funciona a biologia, a menos que colocá-lo no contexto físico real das células vivas, tecidos e órgãos.”

A cada respiração humana, o ar entra nos pulmões, enche os sacos de ar microscópicas chamadas alvéolos e transfere oxigênio através de uma membrana fina, flexível e permeável das células do pulmão para a corrente sanguínea. Além do mais, essa interface sangue-pulmão reconhece invasores, como bactérias ou toxinas inaladas e ativa uma resposta imune.

“Fomos inspirados por obras como a respiração no pulmão humano, através da criação de um vácuo que é criado quando o nosso peito se expande, que suga o ar para o pulmão, e as causas das paredes do saco de ar para esticar”, afirma Dan Huh, um dos autores do projeto. “O uso de vácuo para simular isso em nosso sistema foi baseada em princípios de design da natureza”, completa

O pulmão digital tem uma nova abordagem para a engenharia de tecidos, colocando duas camadas de tecidos vivos, forro de sacos de ar dos pulmões e dos vasos sanguíneos que o cercam, através de uma fronteira porosa, flexível. Fluxos de ar é fornecido para as células de revestimento do pulmão, uma cultura rica médio no canal capilar para imitar sangue e a respiração. O aparelho foi criado usando uma estratégia de microfabricação que usa materiais emborrachados.









Transplante de células-tronco restaura visão em olhos queimados

Células-tronco restauraram a visão de 82 entre 112 pessoas que ficaram cegas por queimaduras químicas ou causadas por fogo.

Nos casos em que a visão foi recuperada, a acuidade visual chegou a 90%, relata Graziella Pellegrini, da Universidade de Modena, na Itália, líder da pesquisa. A visão restabelecida permaneceu estável por até dez anos (tempo em que os pacientes foram acompanhados).
NEJM/Divulgação
Montagem mostra olhos de dois pacientes antes e depois do tratamento com células-tronco.
Montagem mostra olhos de dois pacientes antes e depois do tratamento com células-tronco.

A maioria dos pacientes sofreu queimaduras em apenas um olho. Isso facilitou o trabalho, pois a equipe de Pellegrini pode tratá-los com células-tronco de córnea extraídas do olho saudável.

As células-troncos foram obtidas do limbo, disco próximo à íris, parte colorida do olho. As células restauraram a transparência das córneas, que haviam ficado opacas devido a destruição da reserva de células-tronco nos olhos afetados.

Os resultados, publicados no periódico "The New England Journal of Medicine", são uma boa notícia para pesquisadores de células-tronco. Recentemente, um paciente morreu após receber um tratamento experimental, o que levantou dúvidas sobre a segurança desse tipo de abordagem.








Cientistas americanos criam pulmão de rato em laboratório


Dois estudos publicados nesta quinta-feira nos Estados Unidos revelam grandes avanços na criação de um tecido pulmonar artificial. As descobertas poderão ajudar em futuros transplantes ou em testes de novas drogas.

Em um dos estudos, pesquisadores da Universidade Yale, em Connecticut, implantaram um tecido pulmonar criado em laboratório em ratos que funcionou como tecido natural, permitindo que os animais respirassem e transferissem oxigênio para as células.

No outro, cientistas da Universidade Harvard, de Massachusetts, desenvolveram um pequeno dispositivo pulmonar a partir de tecido humano e de materiais sintéticos, a fim de testar o efeito de toxinas ambientais e o funcionamento de novas drogas.

Os dois estudos salientam os avanços no desenvolvimento de tecidos artificiais, que combinam materiais sintéticos e células humanas para funcionarem como órgãos naturais

"Este é um primeiro passo na regeneração de pulmões inteiros para animais maiores e, eventualmente, para humanos", disse Laura Niklason, pesquisadora da Universidade de Yale, cujo estudo foi publicado na revista "Science".

Já a equipe liderada por Donald Ingber, de Harvard, escolheu uma abordagem totalmente diferente. O dispositivo que o grupo inventou, do tamanho de uma ervilha, funciona como os alvéolos (sacos de ar do pulmão, que transferem oxigênio para o sangue por meio de uma membrana).

O dispositivo tem três partes --células pulmonares, membrana permeável e um pequeno vaso sanguíneo ou células capilares. Tudo fica armazenado em um microchip.

Em um teste, o grupo colocou uma bactéria no alvéolo, e provou que células sanguíneas poderiam invadi-lo para combater a infecção, como numa reação imunológica normal, disse Ingber por telefone.

A equipe ainda não conseguiu promover trocas gasosas, função essencial dos alvéolos e do pulmão como um todo.








Existência de novo elemento químico é confirmada por dois laboratórios

DA NEW SCIENTIST

A tabela periódica deve ficar maior: três laboratórios independentes criaram átomos com 114 prótons em seu núcleo.

Em 1999, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Nuclear em Dubna, Rússia, afirmaram ter criado átomos do elemento 114. Mas não havia confirmação independente. Agora, dois outros laboratórios também conseguiram fabricar o elemento.

Uma equipe foi liderada por Heino Nitsche e Ken Gregorich, no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia; a outra foi liderada por Christoph Düllmann, do Centro de Pesquisa em Íons Pesados, em Darmstadt, Alemanha.

Como o grupo de Dubna, os grupos americano e alemão lançaram átomos de cálcio, contendo 20 prótons em seu núcleo, contra átomos de plutônio, contendo 94 átomos.

Em alguns casos, o núcleo de um átomo de cálcio se fundiu com o de um átomo de plutônio, criando um átomo com 114 prótons.

O laboratório americano detectou dois átomos do elemento 114, enquanto o laboratório alemão detectou 13.

A maioria dos átomos decaiu para átomos mais leves em frações de segundo, embora um deles tenha levado 3,6 segundos para se quebrar.

A cadeia de produtos de decaimento fornece uma assinatura que confirma a existência do elemento 114.

Os resultados foram publicados no periódico "Physical Review Letters".

BATISMO

Com base nesses resultados, a Iupac (União Internacional de Química Pura e Aplicada, na sigla em inglês) redigiu um relatório para adicionar oficialmente o elemento à tabela periódica. O relatório está em processo de revisão.

Se aprovado, além da adição à tabela periódica, o novo elemento deve ganhar um nome. Em fevereiro, um elemento com 112 prótons foi reconhecido pela Iupac e chamado de copernício em homenagem ao astrônomo polonês Nicolau Copérnico.

PROPRIEDADES

As propriedades químicas do elemento 114 ainda são uma incógnita. O elemento pode ser tanto um gás nobre quanto um metal dependendo de seu comportamento.

O experimento alemão permitiu criar e capturar o elemento de uma forma mais eficiente, o que deve permitir a realização de testes mais eficientes.

Se o elemento 114 for capaz de grudar em uma superfície de ouro, por exemplo, ele estaria mais próximo dos metais. Se, por outro lado, o elemento 114 não interagir com ouro, ele seria considerado um gás nobre.








> COMPORTAMENTO

Pesquisa desvenda o que é o luxo para a classe média

O que é luxo para você? A APPM - Análise, Pesquisa e Planejamento de Mercado realizou, no mês de abril de 2010, uma pesquisa com os paulistanos da classe média alta para saber a resposta. Foram dois grupos qualitativos com homens e mulheres de 20 a 28 anos e de 30 a 50 anos de idade e 100 entrevistas quantitativas na Cidade de São Paulo, com pessoas com renda acima de dez salários mínimos.

Diversas possibilidades foram levantadas pelos entrevistados. Pelos resultados, o luxo pode ser analisado sob duas vertentes. Uma delas, mais explícita, mostra que o luxo está diretamente relacionado a gastos, custos altos e altos valores para comprar produtos e serviços. Outra vertente, mais subjetiva e filosófica, aposta em atitudes e escolhas, em estilo de vida. Em ambos os casos, luxo é ter liberdade de fazer o que quiser e ter acesso ao que se almeja. “Pessoalmente, cada participante se referiu a um aspecto que considera seu luxo, variando desde usar um cosmético importado de determinada marca ou gastar com massagens até assistir um show no exterior, ir a um restaurante caro, fazer uma viagem para um lugar exótico ou ter condições de estudar com o apoio dos pais”, afirma Rodrigo de Souza Queiroz, diretor de Comunicação e Marketing da APPM.

O conceito de luxo é variável - o que é luxo para uns não é para outros, e depende de desejos e desígnios, oportunidades e escolhas, o que não impede que ícones e símbolos de luxo sejam reconhecidos por todos. Como representantes inequívocos do que todos consideraram luxo, os participantes citaram carros importados, jóias, roupas, perfumes e algumas viagens.

Carros importados das marcas Ferrari, BMW, Porsche e Mercedes foram consideradas objetos de desejo. Destaque para Mercedes-Benz, que representou 24%, seguida pela Ferrari, com 19%.

Para as mulheres, perfumes e maquiagens são objetos cobiçados; muitas apontaram os gastos com produtos importados como seu luxo, afinal, elas preferem marcas de grife, alto valor e reconhecimento internacional. São cremes Lancôme, maquiagens Mac e Chanel e perfumes Chanel (19%), Giorgio Armani (6%) e Dolce & Gabbana (5%) os mais desejados.

Representantes do luxo, as marcas Louis Vuiton, Prada, Calvin Klein, Armani, Diesel, Dior e Lacoste foram as mais citadas pelos adultos. Já os jovens também citaram Zoomp, Cavaleira, Zara e algumas marcas alternativas da Rua Benedito Calixto, em São Paulo (SP). De maneira geral, entre as marcas mais lembradas pelos entrevistados estão Chanel, com 16%, Giorgio Armani, com 10%, e Prada, com 7%.

Sapatos e tênis foram citados como desejos constantes; especificamente para as mulheres, a quantidade de sapatos e bolsas vale mais do que exibir determinada marca. As etiquetas de sapatos mais luxuosas foram Prada e Gucci, com 5% cada. Já os tênis Nike, com 44%, são considerados os de marca mais luxuosa. Por outro lado, as jóias não despertam o interesse das mulheres, apesar de serem reconhecidas como itens de luxo.

Em relação às compras de roupas de grife, a frase que mais se encaixa no pensamento dos paulistanos é “Não deixo de fazer compras no Brasil, mas aproveito para comprar em maior quantidade quando viajo para o exterior”, pelo menos para 63% dos entrevistados.

As viagens se destacam no Mundo do Luxo. Escolher lugares menos convencionais, fazer passeios diferentes e ter tempo e dinheiro para gastar fora do País são prioridades para os entrevistados. Lugares como Ilhas Fidji, Taiti, Indonésia, Dubai, Riviera Francesa, Ilhas Gregas e Escandinávia são cobiçados. Para todos, o mais importante é a possibilidade de fazer uma viagem interessante e viver novas experiências. Para os mais jovens, viajar no estilo “mochilão” foi considerado tão luxuoso quanto viajar de maneira mais convencional, pois significa uma escolha pela aventura.

Nos últimos 12 meses, 68% dos entrevistados viajaram para o exterior. Os destinos mais escolhidos pelos entrevistados foram Estados Unidos e Buenos Aires, com 13% cada.

A boa gastronomia foi considerada tão simbólica quanto uma viagem. É luxo poder freqüentar bons restaurantes, como Dom, Jun, Antiquárius, Fasano, Sky, Fogo de Chão, Figueira Rubayat, Gero, Alfama e os da Rua Amauri.

Questionados sobre a Cidade de São Paulo, os entrevistados a compararam a Nova York: um lugar onde se encontra tudo, em qualquer horário – uma cidade onde a diversidade é a marca registrada! Para os dois grupos, São Paulo é uma cidade onde o luxo está atrelado ao poder financeiro, tanto quanto às oportunidades existentes quanto às possibilidades advindas da sua diversidade.

Para a pergunta “Na sua opinião, o que São Paulo possui de bom e que é comparável às cidades mais chiques do mundo em primeiro, segundo e terceiro lugar?”, 69% responderam que são os restaurantes/gastronomia gastronomia e 21% o comércio.

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