sexta-feira, 4 de junho de 2010

CINEMA CEARÁ

20º Cine Ceará divulga lista de vencedores e consagra "O Último Verão de La Boyita"

O 20º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema anunciou na noite de quinta-feira, 1 de julho, durante solenidade de encerramento no Centro Cultural Sesc Luiz Severiano Ribeiro, os vencedores das Mostras Competitivas do Festival. Na categoria longa-metragem, o filme O Último Verão de La Boyita, de Julia Solomonoff (co-produção Argentina/França/Espanha), venceu as categorias de Melhor Filme, Melhor Edição e Melhor Som. Além do Troféu Mucuripe, o filme ganhou um prêmio no valor de US$ 10 mil (dez mil dólares). Já na categoria curta-metragem, o Troféu Mucuripe de melhor produção foi para Ensaio de Cinema, de Allan Ribeiro (RJ).

O Júri da Mostra Competitiva de longa-metragem foi presidido por Roberto Farias e composto por Silvie Debs, José Vargas, Luis Reneses e Miguel Mato. O Júri da Mostra Competitiva de curta-metragem foi presidido por Tetê Moraes e composto por Alexandre Jardim, Douglas Duarte, Marcus Vilar e Michelline Helena.

O júri ainda atribuiu o Prêmio de Melhor Produção Cearense, que além do Troféu Mucuripe, recebe o Prêmio BNB no valor de R$ 5.000,00 (Cinco Mil Reais) ao filme “Amiga Americana”, de Ivo Lopes Araújo e Ricardo Pretti; e o premio BNB para Melhor Produção com Temática Nordestina no valor de R$ 10.000,00 (Dez Mil Reais) para o filme “Azul”, de Eric Laurence (PE).

O júri de curtas do Cine Ceará decidiu ainda conceder um Prêmio Especial ao curta-metragem "Fractais sertanejos", de Heraldo Cavalcanti (CE), pelo encontro feliz de dois artistas – cineasta e escultor – determinados a buscar o que há de novo dentro da cultura nordestina, nunca confundindo o ancestral com o folclórico. Ambos artistas representam em seus campos o compromisso da arte em ver o mundo de uma maneira nova e arejada.


- Prêmio Especial do Júri

Considerando da maior importância o resgate das imagens e dos fatos narrados, sobretudo para que as novas gerações conheçam a historia registrada e analisada por aqueles que ajudaram a construí-la, os jurados do
20º Cine Ceará Festival Ibero-Americano de Cinema concederam o Prêmio Especial do Júri ao filme “Memória Cubana”, de Alice Andrade e Iván Napoles.


- Prêmio Olhar do Ceará

Um júri formado por cinco alunos do Curso de Audiovisual da Universidade Federal do Ceará elegeu o Melhor Curta da Mostra Olhar do Ceará. O eleito foi “Corujas”, de Fred Benevides, pela qualidade na adaptação do Conto de Moreira Campos para o cinema. Segundo o júri, “o roteiro soube aproveitar o que o conto tem de bom, que não é tão concreto, mas soube também criar muita coisa nova e que se adequasse a atmosfera fantástica que o autor trazia em seus contos”.

Premiação do 20º Cine Ceará – Resultado Final

- Mostra Competitiva de Longa-Metragem

Melhor longa-metragem para “O Último Verão de La Boyita” (Argentina/França/Espanha);
Melhor Direção para Javier Rebollo, por “A Mulher Sem Piano” (Espanha/França);
Melhor Fotografia para Santiago Racaj, por “A Mulher Sem Piano” (Espanha/França);
Melhor Edição para Rosario Suárez e Andrés Tambornino, por “O Último Verão de La Boyita” (Argentina/França/Espanha);
Melhor Roteiro para Lola Mayo e Javier Rebollo, por “A Mulher Sem Piano” (Espanha/França);
Melhor Trilha Original para Luiz Pretti e Uirá dos Reis, por Estrada para Ithaka (Brasil);
Melhor Som para Lena Esquenazi, por “A Mulher Sem Piano” (Espanha/França);
Melhor Direção de Arte para Juan Carlos Acevedo,por Do Amor e Outros Demônios” (Costa Rica/ Colômbia);
Melhor Ator Prêmio “ex aequo” para Damián Alcázar e Alfredo Catania, por “El Último Comandante” (Brasil/ Costa Rica);
Melhor Atriz para Miriel Cejas, por “Lisanka” (Cuba/Venezuela/Rússia);


- Mostra Competitiva de Curta-Metragem

Melhor Curta-metragem para “Ensaio de Cinema”, de Allan Ribeiro (RJ);
Melhor Direção para Camilo Cavalcante, por “Ave Maria ou Mãe dos Sertanejos” (PE);
Melhor Fotografia para Antonio Luis Mendes, por “Azul” (PE);
Melhor Edição para Caio Zatti, por “Ave Maria ou Mãe dos Sertanejos” (PE);
Melhor Roteiro para Allan Ribeiro e Gatto Larsen, por “Ensaio de Cinema” (RJ);
Melhor Som para a equipe de som direto, trilha sonora, edição de som e mixagem do filme “Ouija” (SP);
Melhor Direção de Arte para Flávio Takahashi, por “Vento” (SP);
Melhor Ator para Gatto Larsen, por “Jardim Beleléu” (SP);
Melhor Atriz para Zezita Matos, por “Azul” (PE);










NOVAS PRODUÇÕES CEARENSES SÃO APRESENTADAS NO 20º CINE CEARÁ

“Me apaixonei por Chico”. Essa foi apenas uma das declarações marcantes que o ator Nelson Xavier fez na coletiva de imprensa realizada dia 26, no Hotel Gran Marquise para apresentar dois filmes; “As Mães de Chico Xavier”, de Glauber Filho e Halder Gomes e “Área Q”, de Gerson Sanginitto, ambos em processo de finalização pela Estação Luz Filmes.



As Mães... conta a história de três mulheres que recebem cartas psicografadas pelo médium após a morte de seus filhos. “Não é uma continuação do filme do Daniel Filho. Essa nova produção tem um enfoque diferente. Queremos descobrir e entender de onde vem esse amor e essa admiração das pessoas que acompanharam Chico Xavier de perto”, explica Glauber. O diretor também disse que foi feita uma pesquisa com várias cartas psicografadas por Chico Xavier para a seleção. “Fizemos a leitura e a avaliação de muitas delas, mas escolhemos apenas três para desenvolvermos o roteiro. Portanto, elas são reais sim”, concluiu.

Nelson Xavier, que interpretou o médium na produção de Daniel Filho, aceitou o desafio mais uma vez. “Minha primeira reação ao convite foi de recusa. Fiquei cheio de escrúpulos para vestir o personagem novamente, mas como é outra abordagem, em idade mais avançada, acabei aceitando. Eu não fiz o Chico. Ele é quem me fez. Senti-lo numa outra idade, mais madura, foi um prolongamento do que vivi no primeiro filme. Existe uma emoção específica que é arrebatadora no Chico e que me absorve por inteiro. É a energia dele”. Quando questionado se o personagem inferiu em sua crença, Nelson disse, usando a terceira pessoa:“o Nelson não tinha religiosidade nenhuma. Mas fui invadido por uma emoção tão forte que eu sabia que era coisa do Chico. Hoje não sou religioso e nem espiritualizado, mas estou muito mais dedicado ao lado oculto da vida”. O Longa metragem deve estrear em todo o Brasil entre dezembro deste ano e abril de 2011.

Já a ficção “Área Q”, de Gerson Sanginitto mostra um jornalista norte-americano, interpretado por Isaiah Washington, do seriado “Grey’s Anatomy”, que ao passar por uma crise profissional é pautado para fazer uma matéria em Quixadá, interior do Ceará. A região é muito conhecida, desde a década de 60, por ser uma área sujeita a aparição de objetos voadores não identificados, muitas atestadas por moradores da área. “O filme é uma alusão à Área 51 (provavelmente uma das bases de testes aéreos mais sigilosas do mundo, localizada no deserto de Nevada, nos EUA, que o governo norte-americano só admitiu sua existência oficial em 1994) e no Nordeste é muito comum ouvir histórias sobre OVNIs e matérias sobre ufologia, principalmente nessa região dos municípios de Quixadá e Quixeramobim. Por isso, decidimos nomear o filme como Área Q”, explica o cineasta cearense Halder Gomes, produtor executivo do longa.

Além de Isaiah Washington, o filme tem: Murilo Rosa, Thânia Kalil, Caio Blat e os atores cearenses Karla Karenina, Leuda Bandeira e Rodger Rogério, no elenco. “Queremos, com esse filme, provar que o Ceará é a (potencial) Califórnia brasileira. Só não somos ainda porque algumas questões políticas não nos deixam avançar”, concluiu Glauber Filho, co-produtor executivo.

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