sexta-feira, 4 de junho de 2010

QUADRINHOS



Os pecados da igreja

Com ilustrações de Milo Manara, volume inédito de “Borgia” expõe a decadência da igreja católica


Borgia 3, as chamas da fogueira (Conrad Editora) - Violência, luxúria, manipulação e conspiração no Vaticano compõem a trama deste terceiro volume da série que narra a saga dos Bórgia, família que ficou famosa no século XV por dar ao mundo dois papas de reputação duvidosa. Rodrigo Bórgia, que viria se tornar o papa Alexandre VI foi acusado de envenenamento, fratricídio e incesto se tornaria símbolo da decadência da Igreja no fim da Idade Média.

A série, escrita pelo espanhol Alejandro Jodorowsky com ilustrações do italiano Milo Manara, mestre dos quadrinhos eróticos, é uma espécie de biografia não autorizada da família que é tida como precursora dos Corleone e que expôs os "pecados" da igreja católica do final século XV. Uma época que o Vaticano certamente gostaria de apagar dos livros de história.
Lucrécia e César Bórgia (filhos de Rodrigo) também deixam suas marcas na história, sempre em meio a escândalos, orgias e negócios escusos. Cesar foi imortalizado por Maquiavel em sua obra prima O Príncipe. Lucrécia Bórgia foi exaustivamente utilizada como moeda de troca na política da família. Ficou conhecida como "o veneno dos Bórgia". A santíssima trindade de Lucrécia e de sua família tinha outros elementos: o ouro, o poder e a luxúria.
Nascido em Luson, Itália, em 12 de setembro de 1945, Milo Manara, estreou nos quadrinhos em 1969 com Genius, uma HQ erótico-policial, e publicou sua primeira história como escritor em 1983, com HP e Giuseppe Bergman. Seus trabalhos mais famosos são Clic (1983), sobre um aparelho que deixa a mulher incontrolavelmente excitada, e O Perfume Invisível (1986), sobre uma tinta capaz de deixar o corpo humano invisível.

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