sexta-feira, 4 de junho de 2010

DESTAQUES

Final do Grande Prêmio de Quadrilha do Ceará será hoje no Ginásio Paulo Sarasate

O Vila São João realizará a grande final do concurso de quadrilhas neste final de semana, entre os dias 2 e 4 de julho, no Ginásio Paulo Sarasate. No domingo (4) será distribuído o prêmio de R$ 10 mil entre os três primeiros colocados. As 12 quadrilhas finalistas foram selecionadas durante o mês de junho, nos festivais Arraiá Pagode Sertanejo (Conjunto Ceará), Arraiá do Cumpadre Rogério (Parque Araxá), Arraiá do Panamericano (Panamericano) e Arraiá do Cumpadre Edmar (Messejana). Durante os três dias de festa, a abertura será feita com apresentações especiais das quadrilhas infantis do Vila São João, compostas por crianças de 6 a 12 anos.

O Ginásio Paulo Sarasate terá uma decoração à rigor, com cidade cenográfica usada nas praças com direito a igreja, casas, barbearia, bodega, barracas de comidas típicas, pescaria e tiro ao alvo para o público se sentir numa verdadeira festa junina interiorana. Durante 22 dias, o Vila São João levou cerca de 250 mil pessoas para as praças do Conjunto Ceará, do Parque Araxá, do Panamericano e de Messejana, além do Arraiá do Colher de Pau.






TEATRO

Espetáculo"Guerra Cega" faz um convite a reflexão

Guerra Cega Simplex é um convite a reflexão. O espetáculo é a primeira adaptação do texto escrito em 2003 pelo dramaturgo e encenador alemão Armin Petras, que é também o diretor-geral do Maxim Gorki Theater, de Berlim, que ao chegar a São Paulo, deparou-se com a triste condição que vivia os portadores de deficiência visual e começou a refletir sobre dois temas: a cegueira e a guerra. E é a esse fechar os olhos e voar que o Coletivo Bruto convida a todos.
O Coletivo Bruto é como o próprio nome diz: um coletivo de artistas que se uniram pela necessidade de criar intervenções poéticas de caráter polifônico, por meio da junção de diversas linguagens artísticas e/ou diferentes históricos de criação. Buscando novas formas de criação, organização, produção e em constante desenvolvimento das pesquisas artísticas, em um misto de teatro, dança, música, áudio visual e uma extensa pesquisa filosófica, o que era bruto ganha novas formas, para mais uma vez tornar-se bruto.

Contemplados pelo prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, o Coletivo Bruto apresenta “Guerra Cega Simplex Feche os Olhos e Voe ou Guerra Malvada” por quatro (4) capitais brasileiras e mais uma vez Fortaleza se beneficia com espetáculos grandiosos, assim como com os intercâmbios que possibilitam maturação da classe artística do estado do Ceará. O Coletivo, além das apresentações, está realizando trocas de experiências com um grupo de cada uma das capitais escolhidas, como parte de sua nova pesquisa além do desdobramento de Simplex. No Rio de Janeiro, a parceria aconteceu com Armazém Companhia de Teatro, em Natal com Clowns de Shakespeare, em Belo Horizonte, a troca acontece no Galpão Cine Horto e em Fortaleza o intercâmbio será feito com o premiado e conhecido Grupo Bagaceira de Teatro. A produção em Fortaleza é da Ato Produção de Marketing Cultural, que vem estimulando a vinda de bons grupos ao Ceará.

O espetáculo baseado no texto de Armin Petras (assinado por seu pseudônimo Fritz Kater) estabelece uma metáfora que une cegueira e guerra. Usando-se da fábula da novela picaresca barroca alemã “Simplicissimus Simples, O Aventuroso”, de Hans Jakob Christof fel von Grimmelshausen – narrativa sobre a Guerra dos 30 Anos contada pela perspectiva de um soldado ordinário – induzindo o público com sua poética ácida a questionamentos a despeito do estado de guerra, como um estado de equilíbrio para ordem mundial. Usando-se de um emaranhado de histórias, a princípio díspares, a obra de Kater/Petras, assim como a encenação do Coletivo Bruto, reflete sobre a desapropriação de nossas próprias identidades no mundo contemporâneo globalizado, estimulando uma nova postura crítica, sensorial e intelectual, que nos permita ao menos sobreviver. O que vemos de fato? O que os olhos enxergam por detrás dos véus de mentiras e tamanhas informações descartáveis? Feche os olhos e voe. Dessa forma, a cegueira remete, ao mesmo tempo, ao não conhecimento de nossa condição, imposta pelo mercantilismo, assim como, à fantasia libertária solidificada em técnicas de exercício conjunto da sensibilidade e da sabedoria.


SERVIÇO:
Dias 02, 03 e 04 de Julho
19h - Theatro José de Alencar

Gratuito (Vagas limitadas - Retirar ingresso na bilheteria)

Programação Paralela
Aula "A Tragédia, o Capital" - Dia 05/07
Estação Bagaceira
Rua João Lobo Filho, 62 - Bairro de Fátima (Atrás do hospital Antônio Prudente)
19h - GRATUITO










Nova temporada de “O Abajur Lilás”


Nestes meses de junho e julho, em todos os sábados a partir das 20h, o Grupo Imagens de Teatro traz para o bar Bexiga, localizado no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, o espetáculo “O Abajur Lilás”, obra do polêmico dramaturgo Plínio Marcos.

O ambiente é um bordel, tendo à frente um bar, o “O Leite da Mulher Amada”, salpicado de luzes vermelhas. Há música de cabaré, cantada ao vivo. Ao fundo, o quarto na penumbra, onde ocorrem os programas e as tramas. O cheiro de bebida, misturado com as brasas de cigarro e com as palavras sujas saídas das bocas de mulheres mal amadas, são elementos que compõem essa poesia marginal.

O público, logo ao entrar terá o contato direto e real com o elenco, pois a plateia será composta por mesas e cadeiras do próprio Chopp do Bixiga, onde vez ou outra será servida uma cachacinha. O universo abordado é o que sempre determina o espaço cênico e não há qualquer distância entre personagens e espectadores.

>Nova temporada de “O Abajur Lilás”, do Grupo Imagens de Teatro
Sábados de junho e julho, sempre às 20h
Chopp do Bixiga (Rua Dragão do Mar, 108 - Praia de Iracema – Fortaleza/CE)
Entrada: r$10 e r$20
Info: (85)3219-7690 (bar) e (85)8897-2730 (Grupo Imagens de Teatro).Censura 18 anos
Elenco: Mara Alcântara, Lana Gurgel, Kátia Camila, Gilson Tenório, Fábio Frota, Beto Meneis, Eveliny Melo e Clara Luz.
Núcleo de Intervenção: Cintia Dayse, Renata Cavalcante, Solon Nogueira, Júnior Martins, Aluisio Barbosa, Tom Jones e Gaby.
Direção: Edson Cândido.
Produção: Aluísio Barbosa Filho.









100 anos de historia

2010 é o ano do centenário do Teatro José de Alencar, símbolo da cultura cearense


O Teatro José de Alencar foi inaugurado oficialmente em 17 de junho de 1910 e apresenta arquitetura eclética, sala de espetáculo em estilo art noveau, auditório de 120 lugares, foyer, espaço cênico a céu aberto e o prédio anexo, com dois mil metros quadrados, que sedia o Centro de Artes Cênicas (CENA), o Teatro Morro do Ouro, a praça Mestre Pedro Boca Rica, com palco ao ar livre, Biblioteca Carlos Câmara, Galeria Ramos Cotôco, quatro salas de estudos e ensaios, oficinas de cenotécnica, de figurino e de iluminação, o Colégio de Dança do Ceará e o Colégio de Direção Teatral, do Instituto Dragão do Mar, a Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho, e o Curso Princípios Básicos de Teatro.
Importante instituição cultural que faz parte da historia do Ceará, pedra fundamental do TJA foi lançada em 1896, no centro da praça Marquês do Herval, hoje praça José de Alencar, mas o projeto original não foi concretizado. Em 1904 é que foi oficialmente autorizada a construção do Theatro José de Alencar, através da lei 768, de 20 de agosto. Em 6 de junho de 1908 as obras oficialmente tiveram início, e as peças de ferro fundido que compõem a estrutura do teatro foram importadas de Glasgow, na Escócia.

No início do século, ao fazer o projeto arquitetônico do Theatro José de Alencar, o capitão Bernardo José de Mello imaginou um teatro-jardim. Mas, o jardim mesmo, só foi construído anos depois da festa de inauguração, na reforma que durou de 1974 a abril de 1975. O jardim ocupa todo o espaço vizinho ao teatro, pelo lado leste. O novo prédio, conhecido como anexo, foi incorporado ao Teatro José de Alencar na reforma realizada de 1989 a 1990.

Meio esquecido por sua praça repleta de lixo, camelôs, falta de iluminação e policiamento, o Teatro José de Alencar comemora este mês seu centenário tentando reverter uma situação difícil.

Muitos dos seus espectadores não gostam de ir ao Teatro pela dificuldade de estacionamento ou por medo de assaltos. “A praça José de Alencar está abandonada. Temos medo de parar o carro aqui e descer. Os flanelinhas parecem uns drogados que fumam crack. A polícia deveria fazer alguma coisa com esses flanelinhas mas o Ronda só faz rondar”, afirma rodando seu dedo a funcionaria pública Fátima Araújo, moradora da Aldeota.
A peça que Fátima estava assistindo e que o DIVIRTA-CE fez cobertura foi “Cândida”, com Bia Seidl, na sexta a noite, com Teatro José de Alencar completamente vazio. “Há muito tempo o TJA não lota porque há muitas atrações na cidade, e o centro está meio esquecido pelas autoridades”, disse o arquiteto Juvenal Pinheiro, na mesma apresentação.





EXPOSIÇÃO

Abertura da mostra “De Picasso a Gary Hill" é adiada

O Governo do Estado do Ceará, por meio Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, informa que a abertura da exposição “De Picasso a Gary Hill” foi adiada para o dia 12 de julho, em consequência do atraso na chegada de algumas obras. A exposição “De Picasso a Gary Hill” exige uma logística especial, onde algumas obras saem da Europa e precisam passar primeiro por São Paulo para depois serem transportadas para o Ceará.

O encerramento da exposição, previsto inicialmente para 15 de agosto, também sofre alteração. Os visitantes poderão ter acesso gratuito a obras de artistas como Picasso, Matisse, Klee, Chagall, Tapies, Saura, Calder, Antônio Bandeira e Aldemir Martins até 29 de agosto.

Gerada e produzida no Ceará, com curadoria de José Guedes e Roberto Galvão, “De Picasso a Gary Hill” é uma ação estratégica em apoio ao desenvolvimento da cultura e do turismo, fortalecendo Museu de Arte Contemporânea do Dragão do Mar (MAC Dragão do Mar) como um centro gerador de grandes eventos.

Serviço – Abertura da mostra “De Picasso a Gary Hill”, dia 12 de julho, às 20h, no Museu de Arte Contemporânea do Dragão do Mar (Rua Dragão do Mar, 81, Praia de Iracema). Informações no (85) 3488.8625















PELO INTERIOR

Noite de prêmios no I Festival de Jericoacoara

Na noite de encerramento do I Festival de Jericoacoara Cinema Digital, os vencedores em várias categorias receberam o Troféu Pedra Furada. O escritor cearense Moacir Lopes, autor do livro A Ostra e o Vento, e o argentino Esteban Inácio foram os homenageados da noite.

A Tenda Jeri estava lotada. Moradores e visitantes da paradisíaca vila fizeram questão de comparecer ontem, dia 13, ao encerramento do I Festival de Jericoacoara Cinema Digital. A noite estava reservada para duas homenagens e para o anúncio dos vencedores.

O filme Áurea, de Zeca Ferreira, foi escolhido o melhor do festival, além de levar também o prêmio de melhor fotografia. Destaque também para o filme 300 dias, do baiano Felipe Wenceslau, premiado com o melhor roteiro, ator e atriz. O filme 3.33, de Sabrina Greve (foto), levou para casa o prêmio de melhor direção, enquanto Retratos, de Leo Tabosa, foi escolhido como o melhor documentário. O troféu de melhor animação foi para

Bailarina e o Bonde, de Rogério Nunes. O prêmio de melhor curta do eixo Ceará, Piauí e Maranhão foi dividido para duas produções, Circo Dallas, de Bruno Monteiro, e, Céu limpo, de Marcley de Aquino e Duarte Dias. As produções, além do Troféu Pedra Furada, receberam um prêmio no valor de cinco mil reais.

Além destes, o Festival distribuiu prêmios em outras quatro categorias: Melhor edição, para Sinal Fechado, de Isaac Chuke; Melhor Direção de Arte, para Doido Lelé, de Ceci Alvez; Melhor trilha, para Quando as cores somem, de Luciano Lagares; e, Prêmio especial do júri, para Leonel Matos - A 24 quadros Por segundo, de Tuna Espinheira.

O júri do Festival de Jericoacoara foi composto por personalidades de destaque do cinema nacional. Entre eles, os cineastas cearenses Jefferson Albuquerque e Marcos Moura. Além deles, a realizadora de vídeos Carolina Aires e, representando a Associação Brasileira de Documentaristas, Saskia Sá, presidente do Júri. A lista completa dos vencedores está disponível no site www.jericinemadigital.com.br.

Iniciando a programação, foi exibido o vídeo “Desmonte das Dunas”, resultado da oficina de introdução à linguagem audiovisual realizada com os jovens de Jeri durante os dias do Festival. O vídeo aborda a preocupação dos jovens da cidade com o desmonte de um de seus principais pontos turístico, a duna do pôr-do-sol, sendo o tema uma escolha dos alunos da oficina. Todos receberam certificados de participação, entregues pelo grupo de professores: Clesley Tavares, Rui Ferreira, Alex Meira e Arnaldo Formiga.

Em seguida, as homenagens. O primeiro homenageado da noite foi Esteban Inácio, um apaixonado por cinema. Argentino de nascimento, ele adotou Jericoacoara como seu lar, dando continuidade ao seu trabalho de divulgar a sétima arte. Em Jeri há vinte anos, montou uma sala de exibição em janeiro de 2005, dedicada aos filmes de arte e infantis. Depois de quase um ano de funcionamento cobrando ingresso, Esteban decidiu realizar as sessões gratuitamente. Sempre com filmes de arte e infantis, as exibições na praça de Jericoacoara continuam disponíveis para toda a população.

O outro homenageado pelo Festival foi o escritor cearense Moacir Lopes, que recebeu o Troféu Pedra Furada, criado pelo artista plástico José Tarcísio, das mãos do diretor geral e idealizador do Festival, Francis Vale. Nascido em Quixadá, Moacir é autor de novelas, contos, narrativas infanto-juvenis e compôs o ensaio A situação do escritor e do livro no Brasil. O cearense foi ainda presidente do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro.

Moacir é autor do livro “A Ostra e o Vento”, que originou o filme homônimo de Walter Lima Júnior, cujas locações foram feitas em Jericoacoara, em 1997. No elenco, astros como Leandra Leal, Lima Duarte e Fernando Torres, entre outros. O livro, publicado em 1964, é considerado difícil pelo próprio autor, chamando atenção para o fato o leitor ser o co-autor do livro. “Por isso, o filme é tenso e requer muita atenção, lembrou o autor que ainda no início da carreira, foi considerado por Jorge Amado o “mestre consumado do romance”.

Nas palavras de Francis Vale, a presença do escritor era fundamental para que a população o conhecesse, afinal, o filme é baseado em um de seus livros. “Além da presença do Moacir Lopes, fico satisfeito pelas 40 produções aqui apresentadas, mostrando o que está sendo feito em várias partes do país”, comemorou Francis. O idealizador destacou ainda o manifesto Carta de Jericoacoara, resultante do seminário Tecnologia Digital e o Futuro do Cinema, realizado nos dias 11 e 12, com a presença do cineasta Silvio Tendler, que abordou os problemas do cinema nacional, como a escassez das salas de exibição e a dificuldade de filmes brasileiros chegarem à população. Além disso, o número de dias em que os cinemas são obrigados a exibirem produções brasileiras, falhas na legislação e fiscalização, entre outros, bem como possíveis alternativas. Após sua revisão final, ainda esta semana, o manifesto estará disponível no site do Festival.

O Festival de Jericoacoara Cinema Digital Festival é uma realização do Clan do Cinema e da Anhamum Produções, com apoio da Prefeitura de Jijoca, Acartes, ACVQ, Pousadas da Renata, Serrote e Maxitália. apoio do Governo do Estado do Ceará, através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura e do Ministério da Cultura através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). O patrocínio é do Banco do Nordeste e Coelce. Co-produção da produtora Mugango e Jerimoon Tour.





O circo do cinema digital

Confira entrevista com Francis Vale, um dos ícones da cultura e do cinema cearense
, diretor do novo Festival de Jericoacoara - Cinema Digital, além de ser idealizador do Cine Ceará e Curta Canoa

Cerca de duas mil pessoas acompanharam os filmes do Festival de Jericoacoara - Cinema Digital, que levou a sétima arte para a paradisíaca praia de Jijoca, no interior cearense, de 8 a 13 de junho. Iniciativa da produtora CLAN, e do compositor, escritor, advogado e cineasta Francis Vale, esse novo festival conseguiu apresentar aos moradores e turistas um panorama do cinema moderno contemporâneo, com produções de diversos estados e presença de vários diretores convidados. As exibições aconteceram no Núcleo de Arte e Cultura de Jijoca e numa lona de circo montada na rua principal de Jericoacoara. Com filmes de alta qualidade e organização impecável, o Festival de Jericoacoara teve em sua primeira edição uma estrutura nunca vista em outras mostras de cinema no Ceará e no Brasil. Francis é um visionário: realizou filmes, idealizou festivais de cinema, mas não se apegou a nenhuma de suas criações e nem se apropriou financeiramente de suas realizações. Confira entrevista deste importante ícone de nossa cultura e conheça um pouco mais do trabalho de Francis Vale.

DIVIRTA-CE - Como surgiu a ideia e concepção do Festival de Jericoacoarra, com essa temática do Cinema Digital?
FRANCIS VALE - A ideia surgiu em 2007, quando estive em Jeri com um amigo, o Dadinho da JerimoonTur, que faz eventos, já trabalhou comigo lá no Crato. Ele me provocou, perguntando quando eu iria fazer um festival de cinema em Jijoca. Depois, conversando com Luís Carlos Antero e Pedro Alvares, montamos uma equipe, nos organizamos e já decidimos logo colocar como diferencial da mostra o cinema digital, que é mais fácil de produzir, exibir e é o cinema da nova geração. E também é complicado e ultrapassado trazermos um equipamento analógico.

DIVIRTA-CE - O senhor já teve alguns problemas com a criação de festivais. Quando foi um dos idealizadores do Curta Canoa em 2005, uma disputa pelo recebimento dos recursos de patrocínio e realização envolvendo o senhor e Adriano Lima, atual diretor desse festival de cinema de Aracati, foi parar nas páginas de jornais. Como está essa situação atualmente? Já foi superada ou está em processo judicial?
FRANCIS VALE - Em 2002, quando estava filmando "A Sentença do Pau-Brasil", em Aracati, eu, o cineasta Wolney Oliveira e o produtor argentino Tito Almeijeiras começamos a articular o Curta Canoa com o prefeito e o secretário de turismo daquele município. Na época eu era presidente da Associação dos Amigos da Casa Amarela e o Tito elaborou o projeto do Curta Canoa em nome dessa Associação, e em 2003 enviou para o Ministerio da Cultura, em Brasília. Eu me afastei da Associação em 2004 e fui finalizar meu filme no Rio de Janeiro. O Adriano Lima, que era contador, havia assumido a presidencia da Associação. O projeto foi aprovado para a Associação dos Amigos da Casa Amarela e com os recursos captados através da Lei Rouanet, o primeiro evento foi realizado em 2005 estando eu à frente da direção de arte e programação do festival. No ano seguinte o Adriano registra no INPI o Curta Canoa em nome da sua empresa, J.A. Lima Serviços, roubando o festival da Associação. Não é justo ele se apropriar de uma marca e um conceito que não foi criado por ele. Não existe processo judicial ainda e sim um recolhimento de provas. Vamos esperar o desenrolar dos acontecimentos.

> Na foto, Francis Vale, entre os apresentadores do Festival de Jericoacoara, Ricardo Black e Téti

DIVIRTA-CE - Você já tem uma historia na cultura cearense, sendo escritor, compositor, cineasta e diretor de festivais, inclusive um dos idealizadores do Cine Ceará.
O que mais te completa, qual sua maior paixão? O Cine Ceará também saiu das suas mãos e é coordenado pelo filho de seu sócio e parceiro Eusélio, o Wolney Oliveira. Você também se considera usurpado no Cine Ceará? Como você vê o principal festival de cinema do estado hoje em dia?
FRANCIS VALE - Minha maior paixão é o cinema. O cinema ligado a nossa cultura, nossa historia, literatura. Não me considero roubado na questão do Cine Ceará. Mas do Curta Canoa houve uma "privatização" em nome de uma pessoa, um roubo mesmo. Eu fiz a articulação do primeiro Cine Ceará, que foi bancado pela Fundação Cultural de Fortaleza, com o secretario Claudio Pereira. Na segunda edição, após a morte do Eusélio, quem foi o diretor do Cine Ceará foi o Marcus Moura, e eu continuava acompanhando, fazendo parte do Júri. Depois o Wolney Oliveira tomou a frente do festival e criou a Associação Amigos da Casa Amarela.

> O público de Jijoca que lotou o Núcleo de Arte e Cultura na abertura do Festival do Cinema Digital

DIVIRTA-CE - Você acha que houve também uma "privatização" do Cine Ceará?

FRANCIS VALE - De certa forma sim, mas não tão escancarada como foi com o Curta Canoa. Acho até que o Wolney teria legitimidade para continuar aquilo ali, mas o Adriano privatizou o Curta Canoa e tornou o festival uma coisa dele. Fui um dos idealizadores mas hoje eu não tenho mais nada a ver com o Cine Ceará.

DIVIRTA-CE - O Festival de Jericoacoara está preparando um manifesto a favor do cinema nacional. A idéia surgiu no seminário realizado no Festival com o cineasta carioca Sílvio Tendler. O que irá propor esse documento e para quem será enviado?
FRANCIS VALE - Nós analisamos a distância que existe entre o cinema brasileiro atual e o público e sentimos a necessidade desse manifesto. O público brasileiro quando assiste a um filme nacional, gosta. Vimos isso no Festival de Jericoacoara, com a exibição do "Couro de Gato", um curta do Joaquim Pedro de Andrade feito há cinquenta anos, considerado um dos melhores do mundo, onde todos ficaram impressionados. Nós exibimos filmes sobre os anos JK, sobre futebol, trouxemos o escritor Moacyr Lopes, autor de "A Ostra e o Vento", que deu origem ao longa filmado em Jericoacoara. Para conhecermos o Brasil, precisamos aproximar o cinema brasileiro do público. Poucos filmes nacionais chegam ao "circuitão". Precisamos aumentar a cota de produçõs brasileiras em cartaz, e esta é uma das principais propostas de nosso manifesto e será enviado esse documento para diversas instituições importantes e representativas da nossa cultura, mas não sabemos ainda quais serão essas instituições.

DIVIRTA-CE - Francis Vale está produzindo algum filme atualmente? Quais são seus próximos projetos e como você analisa esta primeira edição do Festival de Jericoacoara?
FRANCIS VALE - Estou terminando um documentario sobre Dom Fragoso, o bispo de Crateús durante o tempo da ditadura, e quero lançar no final do ano. Acho que o Festival de Jericoacoara conseguiu 90% dos objetivos que nós gostaríamos: exibir filmes de ótima qualidade, novos, que ninguém encontra em locadora, na TV ou em salas exibidoras comerciais, discutir cinema com diversos diretorres de vários estados, além demostrar nossas reinvindicações.

DIVIRTA-CE - O senhor é advogado, mas sua paixão sempre foi por cinema e pela cultura. Como nasceu essa paixão?
FRANCIS VALE - Essa paixão é de infância, meu pai foi exibidor em Crateús, em 1949, e eu, com quatro, cinco anos de idade, ia no cinema quase toda noite. Fui fazendo cursos, lendo, até que nos anos 70 comecei a brincar com a câmera super 8, a fazer umas experiências, a tentar realizar uns filmes, escolas de cinema - mais tentando que fazendo (risos). Queríamos construir mecanismos que viabilizassem nossas historias. Eu sempre acreditei que nós cresceríamos se muita gente estivesse realizando, participando da construção desse sonho.

DIVIRTA-CE - Como você analisa a produção cinematográfica cearense na atualidade?
FRANCIS VALE - A produção atual é muito diversificada: tem o pessoal do cinema experimental, a turma da animação fazendo um bom trabalho, da ficção, da literatura. Esse viés de adaptações de contos, histórias curtas, episódios da nossa historia, é muito interessante. Temos várias TVs que não são privadas - são públicas -, e poderiam exibir os filmes que o próprio governo do Ceará patrocina e produz, que o povo financia e não tem o direito de ver. Eles fazem isso de forma muito pequena e tímida.

DIVIRTA-CE - Qual será o futuro da sétima arte, na sua opinião, com o cinema digital, o 3D e outras novidades que estão surgindo?
FRANCIS VALE - Toda vez que o cinema entra em crise aparece uma novidade. Isso foi desde os primórdios do cinema mudo, com o som, com a cor, e agora a onda é o 3D. Hoje em dia, o dono da sala de cinema está mais preocupado em ganhar dinheiro do que exibir bons filmes, e eles têm mais lucro com a pipoca do que com o ingresso. Eu até gosto do 3D, mas minha praia é outra.





Conheça os vencedores da primeira edição do Festival de Jericoacoara - Cinema Digital


Melhor Filme:

"Áurea" (Zeca Ferreira)

Melhor direção:
"3.33" (Sabrina Greve)

Melhor fotografia:
"Áurea" Pedro Urano

Melhor edição:
"Sinal Fechado" (Isaac Chuke)

Melhor roteiro:
"300 dias" (Felipe Wenceslau)

Melhor ator:
"300 dias" (Thor Vaz)

Melhor atriz:
"300 dias" (Luisa Proserpio)

Melhor Direção de Arte:
"Doido Lelé"

Melhor documentário:
"Retratos" (Leo Tabosa)

Melhor trilha:
"Quando as cores somem" (Samil El-Shaar e Luciano Lagares)

Melhor animação:
"Bailarina e o Bonde" (Rogério Nunes)

Melhor curta do eixo Ceará, Piauí e Maranhão:
"Circo Dallas" (Bruno Monteiro) e "Céu limpo" (Markley de Aquino e Duarte Dias)

Prêmio especial do júri:
"A 24 quadros" (Leonel Matos)
"Por segundo" (Tuna Espinheira)



TV DIVIRTA-CE


Confira pela TV Divirta-CE trecho do curta "Couro de Gato", de Joaquim Pedro de Andrade, curta considerado um dos melhores do mundo e filmado há 50 anos, uma das atrações do Festival de Jericoacoara - Cinema Digital






X Festejo Maranguape Junino será nos dias 1º e 2 de julho

O clima lúdico dos “arraiás”, com as quadrilhas, jogos, comidas típicas e a tradicional decoração de bandeirolas e balões, vai marcar o X Festejo Maranguape Junino, nos dias 1º e 02 de julho. O local será a Praça Capistrano de Abreu, que a partir das 20 horas vai ser receber moradores e visitantes com festival de quadrilhas, shows de forró pé de serra e barracas de comidas típicas.

Na primeira noite (01/07) vão se apresentar as quadrilhas tradicionais. Na sexta-feira (02/07), será a vez das quadrilhas estilizadas, proporcionando um colorido especial à festa. Para as crianças, a organização do X Festejo Maranguape Junino preparou uma estrutura com brincadeiras tradicionais do período.

Para receber quadrilhas e todo o público, o X Festejo Maranguape Junino contará com uma decoração especial. Uma cidade cenográfica será montada, com reproduções de casas típicas do interior, além de balões e bandeirolas, tudo preparado pela equipe da Fundação Viva Maranguape de Turismo, Esporte e Cultura - FITEC.
Com a décima edição, o Festejo Maranguape Junino consolida-se como um dos maiores eventos culturais do município, atraindo pessoas e visitantes de todas as idades para esta festa, que transforma a cidade em um grande “arraiá”, com muito forró, quadrilhas, casamento matuto e todas as delícias da culinária típica dos festejos juninos.

O X Festejo Maranguape Junino é uma realização da Prefeitura Municipal, através da FITEC, com apoio cultural da Associação dos Agentes do Patrimônio Natural e Cultural de Maranguape – APAMA e Paulinho Grill. Informações: 85-3369.9186.





VI São João de Maracanaú terá 13 shows, cidade cenográfica e festivais de quadrilhas


O VI São João de Maracanaú, que será realizado de 8 a 27 de junho, terá 13 shows com bandas de renome regional e nacional. No dia 8, a abertura do evento será com a banda Aviões do Forró. No dia 11, a animação ficará por conta de Solteirões, e, no dia 16, o público poderá conferir o Forró do Muído. No dia 17, haverá a apresentação da banda Harmonia do Samba e, no dia 18, do Araketu. Outras atrações musicais já confirmadas são Limão com Mel, Reginaldo Rossi, Lagosta Bronzeada, Forró Real, Novo Balancear, Oz Bambaz e Taty Girl. Os shows começarão às 22 horas e acontecerão de 8 a 18 de junho. O São João de Maracanaú, a exemplo das edições anteriores, será realizado na Cidade Junina montada na Avenida I, na entrada do Jereissati, entre o IFCE Maracanaú, antigo Cefet, e o Feira Center.

O evento contará com três festivais de quadrilhas juninas. A novidade deste ano é que o evento sediará a etapa cearense do Festival de Quadrilhas da Rede Globo Nordeste, por meio da TV Verdes Mares. De 14 a 18 de junho, o Município receberá 25 quadrilhas de todo Estado que disputarão essa competição. O vencedor se credenciará para participar no Festival Regional da Rede Globo Nordeste, no próximo dia 2 de julho, na capital de Pernambuco, em Recife. Haverá ainda I Mostra de Quadrilhas Infantis de Maracanaú, com 14 concorrentes, que será realizada de 8 a 12 de junho, a partir das 18 horas. Também será promovido o XXIV Festival de Quadrilhas Juninas de Maracanaú, com 25 grupos, de 8 a 13 de junho, a partir das 19h45min.

O VI São João de Maracanaú terá a realização da Prefeitura com recursos do Ministério do Turismo e da iniciativa privada, via Lei Rouanet. A entrada é gratuita e é esperado um público de pelo menos 600 mil pessoas. A programação completa do evento pode ser encontrada no Portal da Prefeitura – www.maracanau.ce.gov.br, a partir do dia 4 de junho.

Infraestrutura – A Cidade Junina terá uma ampla infraestrutura para receber o público, com dois palcos, camarotes, barracas com comidas típicas, Parque de Diversões, Quadrilhódromo e a Cidade Cenográfica, que foi um grande sucesso em 2009. Essa última, que será aberta ao público a partir das 16 horas, resgatará o clima de Interior, com 27 réplicas de casas do sertão, fazendinha com animais de pequeno porte, Igreja, Casas da Farinha e da Tapioca, Engenho e uma fogueira ecológica. Os visitantes poderão ainda conferir apresentações de teatro e dança no local.

Segurança e prestação de serviços - Policiais militares e profissionais particulares garantirão a segurança do VI São João de Maracanaú, reforçada por câmeras que integram o sistema de vídeo monitoramento. Nas portarias, serão feitas revistas e busca de armas, além de ser proibida a entrada de qualquer produto em embalagem de vidro ou pontiagudo. O trânsito nas imediações da Cidade Junina também receberá atenção especial. Agentes do Demutran atuarão orientando a circulação de veículos e distribuindo material educativo sobre os cuidados para evitar acidentes. Ao lado dos palcos, estandes de apoio serão montados com posto médico, ambulâncias com socorristas, Corpo de Bombeiro, Polícia Militar, Conselho Tutelar, entre outros serviços.

Emprego e renda - O VI São João de Maracanaú deve repetir, em 2010, o sucesso obtido nos anos anteriores no quesito geração de emprego e renda. A expectativa é que haja 20% de aumento nas vendas em relação ao ano interior. Em 2009, foram gerados cerca de R$ 900 mil em renda. Para trabalhar dentro do evento, a Prefeitura cadastrou 80 barracas e 30 ambulantes. Ao, todos serão abertos 400 postos de trabalho temporários. No lado externo, também foram cadastradas 80 barracas, que receberão orientações dos fiscais da Secretaria de Infraestrutura e Controle Urbano para uma utilização legal dos espaços públicos, bem como capacitação sobre o correto manuseio dos alimentos pela Vigilância Sanitária. No total, cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos serão gerados durante o evento. Esse quantitativo é, praticamente, igual do ano passado.

Programação do VI São João de Maracanaú

Shows, de 8 a 18 de junho, a partir das 22 horas - 8/6 – Aviões do Forró; 9/6 – Reginaldo Rossi; 10/6 – Limão com Mel; 11/06 - Solteirões; 12/6 – Oz Bambaz; 13/6 – Novo Balancear; 14/6 – Luizinho de Irauçuba; 15/6 – Forró Real e Lagosta Bronzeada; 16/6 – Forró do Muído; 17/6 – Harmonia do Samba; 18/6 - Araketu e Taty Girl.

Mostra Infantil de Quadrilhas, de 8 a 12 de junho, a partir das 11 horas - 8/6 – Flor do Sertão, Tia Valdênia, Boa Esperancinha; 9/6 – Balão na Roça, Cumpade Elias; 10/6 – Filhos de Jatobá, Haja Paixão,Tesouro Nordestino; 11/6 – Junina Flor do Sertão, Filhos do Cumpade, Arraiá da Cumade Rita; 12/6 – Unidos do JB, Chão de Estrelinhas e Cumpade Calú.

XXIV Festival de Quadrilhas Juninas de Maracanaú, de 8 a 13 de junho, a partir das 19h45min - 8/6 – Cumpade Manoel, Pisando em Brasa, Arrastapé Caipira, Cumpade Antônio e Sossêgo do Sertão; 9/6 – Arraiá Juventude, Cumpade Justino, Brilho da Lua, Chão de Estrelas e Rebuliço; 10/6 – Raio de Luz, São João na Roça, Rala Bucho, Liberdade Nordestina e Luar do Sertão; 11/6 – Sedução Junina, Sensação Junina, Fulô do Mamulengo, Mulher Rendeira e Pé Quente; 12/6 – Chapéu de Couro, Boa Esperança, Arraiá do Jatobá, Alternativa e Rego Fundo; 13/6 – Final.





LIVROS - NÃO FICÇÃO

Cia Editora Nacional lança biografia ilustrada de Michael Jackson

No dia 25 de junho de 2009 o mundo perdia o cantor Michael Jackson, o rei do pop. Em junho, a Companhia Editora Nacional vai lançar o livro Michael Jackson, o rei do pop 1958-2009. O livro foi lançado mundialmente dois meses depois da morte do cantor e, finalmente agora, chega ao Brasil. Os diferenciais da obra são muitos e começam pelo escritor. Chris Roberts é jornalista especializado em música, já biografou Lou Reed, Abba, Scarlett Johansson e escreveu para a revista Melody Maker. É colaborador atual dos jornais The Telegraph e The Guardian e as revistas Elle e Ikon. O livro também contém imagens inéditas da carreira do artista como os bastidores do videoclipe Thriller e as poucas fotos com sua ex-mulher Debbie Rowe e filhos. Os fãs terão acesso a mais de 140 fotos, inclusive as do fuderal-show do cantor.

Em Michael Jackson, o Rei do Pop - 1958-2009, o autor, Chris Roberts, apresenta a carreira do músico e não fica preso à excentridades e polêmicas nas quais o artista se envolveu. A obra começa com os Jackson Brothers (depois Jackson Five), passa pelo primeiro álbum solo Off The Wall, o lendário Thriller, maior recordista de vendas de todos os tempos, Bad e outros grandes sucessos como Dangerous - histórias bem conhecida, mas Chris Roberts a enriquece com diversos episodios de bastidores.

A questão racial também não fica de fora. Roberts mostra que, no início da carreira do artista, na Motown, após os grandes embates pelos direitos civis da década de 1960, havia um anseio difuso por integração racial em todo o país. E a Motown soube aproveitar, como nenhuma outra gravadora, os novos tempos, tendo sido pioneira em popularizar seus artistas afro-americanos para fora do gueto. Assim, os Jackson Five figuraram nas capas dos maiores veículos da imprensa dos EUA. Mas essa não é uma história cor-de-rosa: em meio ao grande sucesso de Off the Wall, às vésperas da década de 1980, o já superastro Michael Jackson ainda se queixava do que considerava discriminação racial da mídia em relação a ele.



Michael Jackson, o Reio do Pop - 1958-2009 resume toda a vida e a obra do cantor, resultando em um livro que certamente agradará a todos os seus fãs - escrito não somente por um fã, mas por um exímio biógrafo e crítico musical acurado. A obra foi considerada pelo jornal inglês The Guardian um tributo "perspicaz" sobre o artista, em meio à enxurrada de publicações que surgiram após sua morte. *















Casa Cor Ceará 2010

Evento acontece na antiga sede da Coelce

Esse ano, a versão cearense da mais importante mostra de arquitetura, decoração e paisagismo da América Latina, a Casa Cor, acontece na antiga sede da Companhia Energética do Ceará (Coelce). Um acordo foi firmado entre a empresa e a organização do evento, selando a realização da Casa Cor Ceará 2010 no terreno de 6200 metros localizado à av. Barão de Studart, 2917.
A Casa Cor Ceará 2010 se realiza de 20 de outubro a 30 de novembro com o tema “Sua casa, sua vida, mais sustentável e feliz”, privilegiando espaços voltados para a qualidade de vida. A mostra reúne esse ano mais de 80 profissionais assinando cerca de 60 ambientes. O diferencial fica por conta de áreas diferenciadas de Morar - com condomínios de estúdios/flats e apartamentos - Comercial, Social e Gastronomia. A moda produzida no Estado também ganha espaço especial, com mais de 300m², onde se situam lojas, acontecem desfiles e exposições.
De acordo com as organizadoras da Casa Cor Ceará, Neusa Oliveira e Neuma Figueiredo, o evento prossegue promovendo a conscientização sobre duas temáticas bem atuais: acessibilidade e sustentabilidade. Com tantas novidades e devido à localização privilegiada, a 12ª edição do evento deve superar o recorde de visitações de 2009, projetando público de 35 mil pessoas.
Serviço
Casa Cor Ceará 2010
Av. Barão de Studart, 2917 – Fortaleza (CE)
(85) 3261.3533
www.casacorceara.com.br







TV DIVIRTA-CE

Confira o clipe hilario da cantora P!nk, com sua música "Please dont leave me"













Domingo é dia de piquenique no PASSEIO PÚBLICO

Um lanche fora de casa com ares bucólicos. A toalha xadrez vermelha no chão, bolos, sucos, frutas, sanduíches e a família reunida. Gostou da ideia? Que tal reunir a família e os amigos para um programa que, cada dia mais, é esquecido? O piquenique é uma atividade tão fácil de preparar quanto de se apreciar. E ainda mais de for no Passeio Público, praça mais antiga e arborizada da Cidade que agora abre seus portões todos os domingos a partir de 9h para mais esta novidade.

O prazer de preparar esse tipo de encontro começa muito antes de estender a toalha xadrez. Da escolha dos ingredientes dos pratos à seleção do local, tudo tem gostinho de celebração e merece atenção. Comer ao ar livre guarda, além de muita poesia, um grau de praticidade: cada um leva sua própria comida e compartilha com os demais e não há muita preocupação com a bagunça em casa ou a sujeira dos pratos - o piquenique é a prova viva de que é possível comer fora do ambiente diário e bem acompanhado, gastando pouco e sem ter muito trabalho.

Desde a Grécia Antiga que os espaços públicos eram usados para banquetes. À época, os cidadãos aproveitavam a oportunidade para encontra-se e discutir a polis. Na era dos suntuosos banquetes gregos e romanos, os mais pobres não dispunham de espaço em suas casas nem do equipamento culinário e criadagem doméstica necessários a esse tipo de ocasião. Por isso, não só a refeição como o preparo da comida extrapolou os limites dos lares e ganhou parques, bosques, praças e jardins.

Mas o espaço perfeito é cada um quem cria. Aliás, essa é uma das partes mais saborosas do piquenique: juntar a família e os amigos num lugar belo e acolhedor. É de abrir o apetite. E o Passeio Público, com suas árvores centenárias, quiosque, bancos e chafariz, está aberto a mais essa troca afetiva e simbólica. Aproveite a dica e organize um saboroso encontro, regado a brisa, mar e cantos dos passarinhos.



PROGRAMAÇÃO DE JULHO

DIA 4

Espetáculo “Um tiquinho de Nada” – Clown Nada (Sâmia Bittencourt)



DIA 11

Contação de histórias por Joanita



DIA 18

Palhaço Baratinha e o Besourinho (Mirtes Circo)



DIA 25

Linda Wagner – a boneca contorcionista (Circo Tropical)



Sobre o espetáculo “Um tiquinho de Nada”, da Clown Nada (Sâmia Bittencourt)

A clown Nada perambula pelas ruas em mais um dia de labuta, arrancando sorrisos dos rostos e moedas dos bolsos das pessoas que estão em seu caminho. De repente, vislumbra o espaço ideal para mais um de seus shows de artes de rua, de variedades comandadas pelo improviso inspirado no espírito da gente que a cerca. No entanto, algo a está incomodando... Bem, é que naquele dia, o amigo que a acompanha nas artimanhas da arte ambulante estava faltante. E ela começa? Espera? Vai arrumando seu espaço numa trapalhada daquelas. Ele não chegou... Alguém do povo aí, por favor, seja o amigo dela! De vera, uns tentam, mas é difícil agradá-la. E a espera vai entre dramática e hilária, o dia passa. E atenção, luzes, ação! No derradeiro tempo, no rush do centro, no desmonte da banca do feirante, no recolher da tralha ambulante, no avexo das sacolas pendulando pelos joelhos, tudo pára para que finalmente Nada faça seu espetáculo! Terminado, Nada vê a noite vindo, e ela brinca, não mais entre as sacolas operárias do dia – as portas-muamba: restos, alegrias – mas agora com as sacolas vadias, reluzentes ao luar, abandonadas ao vento, a dançar.



Serviço

Piquenique no Passeio Público (rua Dr. João Moreira, s/n, Centro - ao lado da Santa Casa de Misericórdia). Todos os domingos, a partir das 9h. Informações: 8766-5633.

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