domingo, 4 de maio de 2008

PELO INTERIOR

Historiadores da Educação realizam evento em Barbalha

"Vitrais da memória: lugares, imagens e práticas culturais" será o tema do VII Encontro Cearense de Historiadores da Educação, a ser realizado de 27 a 31 de maio, no Centro Histórico de Barbalha. Com enfoque na história cultural, o encontro culminará com os festejos da festa popular de Santo Antônio, que movimenta aquela cidade do Cariri até 13 de junho.

A abertura dos trabalhos será às 19h do dia 27, seguindo-se palestra do Prof. Filipe Zau intitulada "'Safaris ideológicos e falsas teorias sociais: os casos do panafricanismo e da negritude; do lusotropicalismo e da crioulidade". O convidado é doutor em Ciências da Educação, mestre em Relações Interculturais e assessor para Assuntos Educacionais do Ministério da Educação de Angola. Serão homenageados historiadores do Cariri durante a programação.

A promoção é da Universidade Federal do Ceará, Secretaria de Educação de Barbalha, Centro Pró-Memória de Barbalha, Universidade Estadual do Ceará (Uece), Universidade Regional do Cariri (Urca) e Universidade do Vale do Acaraú (UVA). O encontro conta com apoio do Ministério da Educação de Angola, Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Escola de Formação Permanente do Magistério de Sobral, Sociedade Brasileira de História da Educação e Laboratório de Pesquisa Multimeios/UFC.

A realização é do Núcleo de História e Memória da Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFC, Grupo de Pesquisa e Estudos em História e Memória da Educação no Cariri/URCA e Grupo de Pesquisa História e Memória Social da Educação e da Cultura/UVA. A programação completa do evento encontra-se no site: www.faced.ufc.br/eche2008




Companhia do Latão com o premiado “Círculo de Giz Caucasiano” na ECOA (Sobral)

Considerado um dos melhores espetáculos de 2007 e já com mais de 115 apresentações, “O Círculo de Giz Caucasiano” espetáculo da Companhia do Latão e artistas convidados, chega ao Ceará para apresentações nos dias 31 de maio e 1º de junho, às 18 horas, na ECOA, em Sobral, com entrada gratuita. No elenco, Helena Albergaria, premiada recentemente como melhor atriz na Mostra Brasileira de Curta-Metragem do 18º Cine Ceará, por sua atuação em “Um Ramo”. A promoção é da Prefeitura Municipal de Sobral, Ecoa (Escola de Cultura, Comunicação, Ofícios e Artes) e Secretaria da Cultura e Turismo do município.

“O Círculo de Giz Caucasiano” foi premiado em Havana como melhor espetáculo estrangeiro em Cuba em 2007. O Prêmio Villanueva foi concedido pela UNEAC, Unión de Escritores y Artistas de Cuba no mês de Janeiro de 2008. No Brasil, o espetáculo foi indicado nas quatro categorias do Prêmio Qualidade Brasil em 2006 e 2007, assim como na categoria de melhor atriz do Prêmio Shell do Rio de Janeiro.

O espetáculo esteve em temporada na unidade provisória do SESC da Avenida Paulista após excelente temporada do CCBB do Rio de Janeiro e realizou a sua terceira temporada no Teatro Tusp entre agosto e outubro de 2007 em São Paulo. No mesmo ano se apresentou nas principais cidades brasileiras e integrado no projeto Palco Giratório do SESC Nacional viajou a Recife e Crato.

O ESPETÁCULO

Escrita por Bertolt Brecht entre 1944 e 1945, durante o exílio nos Estados Unidos, “O Círculo de Giz Caucasiano” (Der Kaukasische Kreidekreis) é uma peça de narrativas concêntricas: um prólogo em que um grupo de camponeses se reúne para discutir o direito à propriedade; uma encenação em tom de fábula sobre Grusha, uma empregada da corte que cuida de uma criança abandonada pela mãe durante uma revolução palaciana e a conduz por regiões variadas; a farsa do beberrão juiz Azdak, cuja desconformidade com a lei o aproxima da justiça. A forma “em fuga” de uma peça feita de peças-dentro-da-peça imprime um sentimento de exílio nesse que é um dos textos mais radicalmente épicos de Brecht. O espetáculo representa uma continuidade da pesquisa em teatro dialético realizada pela Companhia do Latão.

A COMPANHIA DO LATÃO

A Companhia do Latão é um grupo teatral de São Paulo que desenvolve desde julho de 1997 uma pesquisa artística voltado para a reflexão crítica sobre a sociedade atual. Esse trabalho inclui a encenação de espetáculos, a edição da revista Vintém bem como uma série de experimentos cênicos, musicais e teorizantes. A origem do grupo está ligada à ocupação do Teatro de Arena Eugênio Kusnet da Funarte em São Paulo, entre 1997 e 1998, quando se consolida seu estudo da obra de Bertolt Brecht como um modelo para o teatro épico-dialético no Brasil. Desde então, o grupo produz dramaturgia própria, interessada na realidade histórica do país bem como na crítica política das formas estéticas de representação. Suas montagens são "peças-processo" sobre movimentos contraditórios de uma sociedade imersa nas determinações do capitalismo mundial.

A montagem de “O Círculo de Giz Caucasiano” marcou o retorno da paulista Companhia do Latão à obra de Bertolt Brecht, que foi a principal inspiração na origem do grupo de Sérgio de Carvalho. Em 1997, quando foi criada, a companhia encenou “Ensaio sobre o Latão”, escrito a partir da teoria brechtiana e, no ano seguinte, “Santa Joana dos Matadouros”, peça clássica do repertório do teatro crítico moderno. Além de ter homenageado o autor nos 50 anos de sua morte, com a montagem de “O Círculo de Giz Caucasiano” o grupo reavivou seu sentido da pesquisa em teatro dialético, repondo a necessidade de um diálogo com a obra do artista que, dentre todos, mais cultivou o gosto por contradições produtivas e mais longe foi no uso estético do materialismo dialético.

“O Círculo de Giz Caucasiano” abriu um novo ciclo na história da Companhia do Latão. Foi resultado do contato do núcleo formado por Helena Albergaria, Martin Eikmeier, Ney Piacentini e Sérgio de Carvalho com artistas especialmente convidados, provenientes de importantes grupos teatrais do panorama atual. O trabalho do grupo é uma mostra viva da possibilidade de utilização contemporânea do pensamento de Marx e Engels como ferramenta estética.

O DIRETOR

Sérgio de Carvalho é dramaturgo e diretor da Companhia do Latão. É também professor de Dramaturgia e Crítica da Universidade de São Paulo (USP). Foi professor de Teoria do Teatro da Universidade Estadual de Campinas e jornalista colaborador dos mais importantes jornais do Brasil. Dirigiu e escreveu, em parceria com Márcio Marciano, diversas peças, entre as quais O Nome do Sujeito, A Comédia do Trabalho, Auto dos Bons Tratos e Visões Siamesas. É mestre em Artes e doutor em Literatura Brasileira pela USP.

COMENTÁRIOS

“Companhia do Latão demonstra raro domínio da linguagem épica em montagem brilhante de O Círculo de Giz Caucasiano”
(Beth Néspoli, O Estado de S. Paulo, 26.01.2007)

“As soluções cênicas se revelam ao público como um jogo de encaixe em que ele tem a alternativa de combinar as peças. E sem descuidar da poesia da cena, - que se faz presente por meio do épico – numa dialética daquilo que Brecht tem de melhor.”
(Macksen Luiz, Jornal do Brasil, 18.08.2006)

“O que se vê é uma inteligente reflexão sobre a sociedade moderna, sustentada por uma cenografia simples e muito, muito criativa.”
(Mônica Santos, Revista Veja, 20.12.2006)

FICHA TÉCNICA

Texto: Bertolt Brecht (Tradução de Manuel Bandeira); Encenação e Direção: Sérgio de Carvalho; Assistência de Direção: Daniela Riccieri; Direção Musical: Martin Eikmeier; Execução Musical: Mafá Nogueira e Martin Eikmeier; Cenário e Figurinos: Fábio Namatame; Assistência de cenário e figurino: Bruno Anselmo; Iluminação: Fábio Retti / Melissa Guimarães; Preparadora Vocal: Sandra Ximenez; Ilustrações: Fernando Vilela; Diagramação: Pedro Penafiel; Pintura de Arte: Antônio Océlio de Alencar; Adereços e Objetos de cena FCR Produções Artísticas Ltda; Costumização de figurinos: Raquel Oliveira de Azevedo, Suely Gerhardt e Vera Gerhardt; Artesão dos Bonecos: Bartô; Produção e administração: João Pissarra.

Elenco e personagens:

Da Companhia do Latão: Helena Albergaria (Grucha), Ney Piencentini (Azdak, governador, criado, camponês) Deborah Lobo (Natella Abashvíli, camponesa, sobrinho Kazbeki) e Martin Eikmeier (músico do casamento)
Da Companhia São Jorge de Variedades: Carlota Joaquina (cozinheira, senhora, sogra de Grucha, Ludovica, Miguel) e Luis Mármora (Príncipe Kazbeki, caporal, irmão de Grucha, estalajadeiro, proprietário, segundo advogado)
Do Teatro do Pequeno Gesto: Cibele Jácome (ama, senhora mais moça, Aniko, camponesa da taverna, esposa idosa)
Do Núcleo Argonautas: Rodrigo Bolzan (oficial de ordenança, Cabeça-de-pau, Miguel, chefe dos couraceiros, proprietário, primeiro advogado)
Da Companhia A Santa Palavra: Mafá Nogueira (Cavalariço, velho das cabras, couraceiro, Iussup, Schauva)
Artista especialmente convidado: Rogério Bandeira (Simão Chachava, camponês, couraceiro, Irakli)

SERVIÇO:
O Círculo de Giz Caucasiano – espetáculo teatral da Companhia do Latão (SP) e artistas convidados. Texto: Bertolt Brecht (Tradução de Manuel Bandeira). Encenação e Direção: Sérgio de Carvalho. Dias 31 de maio e 1º de junho, às 18 horas, na ECOA (Sobral). Faixa etária: 16 anos. Duração: 3 horas (2 atos com intervalo de 15 minutos). Informações: (88)3611.2956. GRÁTIS.

CONTATOS DO GRUPO

Companhia do Latão: (11)3814.1905
Sérgio de Carvalho, diretor: (11)8516.4323. E-mail vintem@uol.com.br
João Pissarra, produtor: (11)8516.4325. E-mail: latao.teatro@uol.com.br
Outras informações: www.companhiadolatao.com.br





Dihelson Mendonça Trio


Show "Quebrando Tudo" - Dias 27 e 28 de Maio.




O Dihelson Mendonça Trio surgiu como remanescente do quarteto formado em 1986 pelo pianista cratense Dihelson Mendonça, chamado Cariri Samba-Jazz Quarteto, tendo portanto, 22 anos de existência intermitente. Diversos músicos da região do cariri cearense já passaram por este grupo, que foi o primeiro grupo do cariri a se dedicar exclusivamente a tocar Jazz e Bossanova em shows de auditório, diferencialmente dos grupos de baile da época. Desde o início, o Cariri Samba-Jazz Quarteto procurou fazer um trabalho autoral, e causou sensação, sendo convidado para diversas apresentações em inúmeras cidades e estados vizinhos. Diversas matérias foram veiculadas sobre o grupo instrumental na mídia. No início, o CSJQ, era constituído por piano, contrabaixo, bateria e Saxofone. Hoje, com uma nova formação, em trio, tendo ao contrabaixo, João Neto e o baterista Saul Brito, a filosofia do grupo permanece a mesma: realizar um trabalho instrumental inovador, autoral, com composições do grupo, bem como tocar os grandes clássicos do Jazz, da bossanova, e a música brasileira de bom gosto com novos e ousados arranjos.

Formação:

Dihelson Mendonça ( Piano )
Francisco Saul Brito Gouveia – Bateria.
João Ferreira Neto – Contrabaixo.



Quando? Dia 27/28 de maio

Onde? Teatro do SESC Crato

Quanto? 6 inteira e 3 meia

Que Horas? 20h

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