domingo, 4 de maio de 2008

ECOLOGIA

Brasil na vanguarda do plástico verde

O Brasil já tem mais de US$ 1 bilhão em investimentos para produção do plástico verde, à base de etanol de cana-de-açúcar, glicerina, etc. Veja cenário abaixo e pense nesta pauta para seu veículo. A discussão está cada vez mais presente, existe muita desinformação e estamos nos colocando à disposição para melhorar o nível do debate.

A Plastivida - Instituto Sócio-ambiental dos Plásticos, entidade que cuida da parte ambiental dos plásticos, no Brasil, tem interesse em falar deste assunto.

A imprensa está discutindo muito a questão ambiental hoje em dia, sobretudo a questão dos plásticos de do meio ambiente. Entendemos que o plástico, ao contrário do que muitos dizem, não é um inimigo do meio ambiente.

Você já parou para imaginar o quanto o plástico está presente em seu cotidiano gatantindo qualidade de vida sem igual? Desde a hora em que acordamos até o momento em que vamos dormir, o plástico faz parte de itens de nosso consumo diário, protegendo alimentos, no ambiente de trabalho, nos meios de transporte, de comunicação, em nosso lazer, em nossa casa, cozinha, etc.

Uma das principais funções dos plástico e de proteger. Estas proteções auxiliam na produção, estocagem e distribuição de milhaes de toneladas de alimentos, evitando disperdício e perdas por transporte e alteração de clima. As embalagens de plastico também garantem que hortifrutis, carnes, laticínios, bebidas, etc., cheguem è mesa das pessoas em perfeitas condições para o consumo.

Embora todos esses benefícios sejam reconhecidos pela população, a imagem do plástico ainda está associada a poluição, o que não é verdade. Os plásticos impedem contaminações dos solos e lençóis freáticos, canalizam esgotos e preservam a água que consumimos. Sem ele, haveria grandes epidemias.

Nos últimos 20 anos, o peso médio das embalagens e de centenas de utilidades caiu pela metade por terem em sua composição plásticos. O plástico contribui positivamente para o meio ambiente e para qualidade de vida da população. A diminuição de peso reduz emissões de dióxido de carbono, reduz consumo de conbustível com transportes de cargas e barateia os produtos, permitindo acesso da população mais carente ao consumo de itens básicos.


O Uso do plástico nos veículos torna-os mais leves, diminui o consumo de combustível, gerando menos emissão. Um automóvel médio no Brasil contém, em média, 60 quilos de plástico em sua composição.

Muita gente não sabe, mas os plásticos são produtos 100% recicláveis. Entretanto, há muitos mitos em relação aos plásticos. O mais comum é o que diz que eles demiram 500 anos para se decompor na natureza. Isso é mito. Na verdade, ninguém ainda determinou corretamente o real tempo de vida dos plásticos, até por que eles foram descobertos há cerca de 60 anos. Falta conhecimento por parte de muita gente e força de vontade para entender melhor a questão.

Os plásticos possuem um poder energético 20% superior ao da gasolinza. Portanto, se o Brasil tivesse um sistema de reciclagem, uma política de resíduos sólidos ou qualquer esforço entre governo, sociedade e iniciativa privada, os plásticos poderiam contribuir, ainda mais, para a sustentabilidade. Atualmente, o Brasil recicla cerca de 25% dos plásticos (índice superior ao da Alemanha). Porém, essa reciclagem, chamada de reciclagem mecãnica, pega os plásticos e os trasforma em outros produtos.

O principal problema da reciclagem no Brasil, atualmente, é a falta da coleta seletiva. Menos de 10% dos munícipios brasileiros contam com algum sistema de coleta seletiva. Some-se a isso, o comportamento indequado de muitas pessoas, que ainda jogam lixo nas ruas e avenidas como se estivessem na extensão de suas casas. Falta, nesse sentido, mais educação para a população e uma política mais efetiva para coner o aumento do lixo. A indústria de reciclagem de plásticos no Brasil, para se ter uma idéia, opera com 40% de ociosidade. Se tivéssemos coleta seletiva e disponibilidade de material, haveria mais reciclagem.



A liderança do Brasil na produção de energia baseada em fontes renováveis não se restringe ao biocombustível. O país também está na vanguarda da produção do chamado plástico verde, tendo sido o primeiro em todo o mundo a anunciar investimentos em escala para produção a partir de fontes renováveis que reduzam a dependência de nafta e gás na fabricação de resinas, que atualmente é da ordem de 5 milhões de toneladas por ano no país.



* Empresas como Braskem, Dow Brasil, Nova Petroquímica e Solvay desenvolveram tecnologia que permitirá ao país produzir resinas à base fontes renováveis, especialmente o etanol de cana-de-açúcar. Somados, os investimentos já superam a casa do US$ 1 bilhão.



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O pioneirismo coloca a cadeia brasileira de plásticos em posição de destaque internacional como uma indústria que, além de extremamente competitiva e de altíssimo valor agregado, se preocupa com o ciclo completo de vida de seus produtos e a redução de seus impactos ambientais.



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O esforço tecnológico consolida toda a agenda do setor no rumo da sustentabilidade, somando-se aos programas para promover o consumo responsável, ao estímulo à coleta seletiva e às reciclagens mecânica e energética.



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Empresas de alimentos, de automóveis e de artigos pessoais já firmaram acordos com petroquímicas brasileiras ou com suas subsidiárias aqui no Brasil para desenvolvimento e uso do plástico verde em seus produtos. O presidente Lula, na inauguração da fábrica da Braskem em Paulínia, na sexta-feira, dia 25, até já falou sobre carro verde, que será fabricado com plástico de cana.



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No ano passado, a Braskem obteve certificação mundial para o polietileno de etanol de cana-de-açúcar. A petroquímica desenvolveu o produto no seu Centro de Tecnologia e Inovação, com investimentos de US$ 5 milhões. Para produzi-lo em escala industrial, deve investir mais US$ 150 milhões numa nova unidade que deverá ter capacidade de produção de 200 mil toneladas por ano e começar a funcionar no fim de 2009.



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A Dow, maior empresa química dos EUA, também vai usar cana-de-açúcar brasileira como fonte alternativa de matéria-prima para a produção de resinas plásticas. Ela se uniu à brasileira Crystalsev, trading de açúcar e álcool, para construir no país o primeiro pólo alcoolquímico do mundo, em Santa Vitória, no Triângulo Mineiro, que deverá produzir o plástico verde a partir de 2011. A empresa vai investir US$ 1 bilhão no projeto, que prevê a construção de uma usina para processar 8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano e uma nova fábrica de polietileno capaz de produzir 350 mil toneladas anuais.



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A Solvay Indupa também anunciou no ano passado seu projeto de produzir PVC a partir de etanol. Vai investir nisso US$ 135 milhões para fabricar 60 mil toneladas de resina por ano a partir de 2010.



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A Nova Petroquímica (antiga Suzano Petroquímica) está investindo US$ 50 milhões numa fábrica piloto para produzir plástico verde. A empresa deve ser a primeira no mundo a fazer polipropileno a partir da glicerina residual do biodiesel. O projeto foi desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro.

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