domingo, 4 de maio de 2008

LIVROS - FICÇÃO



Escritor português conta história inspirada no arquiteto das Torres Gêmeas

Inspirado na vida do arquiteto norte-americano nissei Minoru Yamasaki (1912-1986), lançamento da Martins Editora é uma obra de ficção original e inesperada sobre o fracasso, o sucesso e as conseqüências involuntárias da ação humana



Escrito por Rui Tavares, o livro traz peça de teatro em dois atos inspirada em Minoru Yamasaki, arquiteto que projetou as Torres Gêmeas e teve outra de suas obras destruída por ter se tornado uma calamidade social. O arquiteto conta a história de um homem e de duas de suas obras. Pruitt-Igoe foi o fracasso total: uma mini-cidade inicialmente considerada ideal que acabou implodida. O World Trade Center representou o auge de uma carreira: os dois prédios que chegaram a ser os mais altos do mundo na cidade capital do planeta. Minoru Yamasaki é o autor de ambos. Seus admiradores chamavam-no o "arquiteto do futuro". Seus detratores consideravam-no o derradeiro símbolo da megalomania modernista. Nem uns nem outros seriam capazes de prever o futuro. Tampouco Minoru Yamasaki, artista amaldiçoado pela história, mais célebre pelas obras que foram destruídas do que pelas que construiu.

O arquiteto é o primeiro livro de ficção de Rui Tavares. Para o autor, a arquitetura é a mais política de todas as artes, e cada época pode ser percebida através dos seus edifícios. Ele acredita que a história cruza os grandes acontecimentos com a vida quotidiana, e há "dias que mudam o mundo".

Rui Tavares (Lisboa, 1972) é escritor e historiador, além de colunista na imprensa e comentarista na televisão. É tradutor de clássicos da literatura ocidental, incluindo Molière, Balzac e Sêneca. Recentemente foram muito elogiadas pela crítica as suas traduções de Cândido ou o optimismo, de Voltaire, e Tratado da magia, de Giordano Bruno (a ser publicado em breve pela Martins Editora). O seu O pequeno livro do grande terremoto, sobre o abalo sísmico que destruiu Lisboa em 1755, foi considerado o Melhor Ensaio do ano de 2005, em Portugal. É cronista no jornal diário Público, comentador no programa Choque Ideológico, da tevê portuguesa, cronista da revista Blitz e consultor no programa Câmara Clara (rtp2)





Um esqueleto do bem

Nada de espetacular acontecia com a jovem e inteligente Stephanie, mas ela sempre se perguntou se havia algo mais... De fato tudo muda depois da morte de seu tio. Gordon Edgley era um excêntrico autor de horripilantes livros de terror, mas também um sujeito engraçado e brincalhão. Todos sabiam que Stephanie era sua sobrinha favorita, mas ninguém esperava que ela se tornasse a herdeira de grande parte de seus bens; entre eles, os direitos autorais de seus livros e sua casa, uma enorme mansão com mais mistérios que Stephanie poderia imaginar.
A menina não demora a descobrir que o terror das histórias do tio estava longe da ficção. Depois de sua primeira noite no casarão, pessoas estranhas e perigosas começam a aparecer em busca de uma chave que ela desconhece. Mas Stephanie não está sozinha. O Sr. Ardiloso Cortês, um detetive esperto, irônico e bem-humorado, está pronto para defendê-la. Além do mais, é um esqueleto vivo que anda, fala, faz magia e solta fogo – e isso é algo que Stephanie não pode ignorar.
Uma dupla improvável tendo que enfrentar um antigo mal que pode destruir a raça humana. O fim do mundo? Só por cima do seu cadáver.
Em seu livro de estréia, Derek Landy constrói uma trama repleta de magia e mistérios, espantosas cenas de luta, personagens cheios de estilo (e com nomes incríveis) e vilões perigosos e vingativos. Várias dessas idéias vieram de seus roteiros para filmes de zumbis e assassinos em série, mas ele fez questão de tornar seu herói mais bem vestido, mesmo estando morto. Landy vive em uma cidadezinha perto de Dublin, Irlanda, e a razão pela qual ele escreve sua própria biografia é que assim ele finalmente pode falar de si mesmo na terceira pessoa sem parecer metido ou maluco.








Novas fofocas de Gossip Girl

Em EU NÃO MENTIRIA PARA VOCÊ, o verão está a toda e os jovens mais fabulosos de Nova York fogem do calor da cidade para se refrescar à beira da praia. Nos Hamptons, os ricos, belos e famosos se reúnem, enquanto o estilista Bailey Winter espera suas duas musas inspiradoras — Blair e Serena, é claro. Só mesmo o mundo da moda para unir essas beldades! E, coincidência das coincidências, Nate está só esperando-as na casa ao lado... Isso é que é política de boa vizinhança! Enquanto isso, Dan e Vanessa continuam morando juntos, mas tentando com todas as forças se manterem em quartos separados. Novas sensações e descobertas incríveis esperam os jovens mais interessantes de Nova York – e é claro que a Gossip Girl vai ficar de olho em tudo.
EU NÃO MENTIRIA PARA VOCÊ, de Cecily von Ziegesar, é o décimo volume da série Gossip Girl. Publicada pelo selo Galera Record, a série é presença constante na lista dos mais vendidos do New York Times e uma febre ao redor do mundo. De festas e compras no shopping a namoros relâmpagos, traições e intrigas... Uma série provocante que revela os segredos dos adolescentes ricos, bonitos, chiques e cheios de problemas na Nova York contemporânea.
Um dos motivos que torna a série Gossip Girl tão real é que sua autora, Cecily von Ziegesar, foi criada na alta-roda nova-iorquina e foi aluna de um dos mais chiques colégios da cidade, convivendo com pessoas tão requintadas, elegantes, fúteis e divertidas como os personagens que criou. Atualmente, ela escreve outros livros da série enquanto cuida dos filhos.




ACLAMADO POR CRÍTICOS INTERNACIONAIS,


As Memórias do Livro – romance sobre o manuscrito de Sarajevo, de Geraldine Brooks, vencedora do Pulitzer de Ficção de 2006, chega às livrarias brasileiras no mês de maio. Um megalançamento da Ediouro.

A trama começa numa madrugada de 1996, quando a conservadora de livros australiana, Hanna Heath, recebe um convite das Nações Unidas para restaurar a lendária Hagadá de Sarajevo. Este manuscrito judeu medieval, repleto de iluminuras, que contrariava as restrições judaicas da época em relação às ilustrações, havia desaparecido durante a Guerra Civil e acabara de ser reencontrado na capital da Bósnia.
Este é o ponto de partida de uma história que começa no ano de 1480 em Sevilha, passando por diversas localidades até chegar ao seu destino atual, Sarajevo. Neste período o documento judeu do século XV sobreviveu a momentos históricos como a Inquisição Espanhola, o nazismo, a Guerra Civil e ainda assim continuou intacto para ser exibido ao público no Museu Nacional.
São pequenos detalhes encontrados no livro como uma mancha de vinho, cristais de sal, a asa de um inseto e um pêlo preso em suas páginas que ajudam Hanna a explorar a história do manuscrito e das pessoas que o mantiveram a salvo, enquanto conta um pouco de sua vida.
Partindo de fatos reais, Geraldine Brooks escreve uma ficção de primeira categoria e cativa o leitor com um texto irresistível, seja por sua narrativa, seja por seu caráter de documento histórico, seja por suas revelações. De amor, ódio, traição e afeto. Impossível deixar de virar as páginas.
Geraldine Brooks nasceu em Sydney, Austrália. Trabalhou como repórter e em 1982 ganhou uma bolsa para o programa de mestrado em jornalismo da Columbia University, Estado Unidos. Não deixou mais o país e logo começou a trabalhar para o The Wall Street Journal, onde cobriu conflitos e crises no Oriente Médio, na África e nos Bálcãs.

Em 1994, publicou seu primeiro livro, Parts of Desire, inspirado em sua experiência entre mulheres muçulmanas – sucesso imediato, traduzido para dezessete idiomas. Em 2006, veio a consagração com March, que lhe valeu o Prêmio Pulitzer de ficção.
Atualmente, Geraldine vive com a família entre Martha’s Vineyard, Massachusetts, e Sydney.




Maiores clássicos de Machado são relançados em edição especial


Memórias póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro e Quincas Borba, romances da última fase de Machado de Assis, são consideradas as principais obras do mais importante escritor brasileiro – isto, porém, não esgota a relevância desta edição em particular. A grande e natural presença dessas obras em nosso mercado editorial faz com que existam edições mais ou menos à altura de sua relevância. Por exemplo: como as incontáveis edições não são feitas de maneira fac-similar, ao longo dos mais de cem anos que separam as edições atuais das primeiras acumularam-se alterações e erros – notadamente em textos cujo estilo é feito de sutileza e minúcias, como em Machado. Os diferenciais desta edição cobrem, e nfim, as três variáveis mais importantes da edição de um clássico: a fixação do texto; o aparato crítico; a qualidade gráfica.

OS LIVROS

Memória póstumas de Brás Cubas
O mais importante romance brasileiro de todos os tempos. Moderno avant la lettre, revolucionário na forma fragmentária, no tempo narrativo não-linear, no estilo realista-irônico, é ao mesmo tempo um dos mais agudos retratos das elites brasileiras – além de repositório de algumas das passagens mais famosas da literatura em língua portuguesa. Fixação do texto e notas por Marcelo Módolo (professor do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da USP). Prefácio de Abel Barros Baptista (doutor em estudos portugueses pela Universidade Nova de Lisboa; professor do Departamento de Estudos Portugueses da Universidade Nova de Lisboa). Prólogo da 4ª. edição por Machado de Assis.

Dom Casmurro
Um dos mais famosos romances brasileiros de todos os tempos, tem como protagonista o mais-que-famoso par central Bentinho e Capitu – além de conter o caso narrativo mais discutido de nossa literatura, a traição (ou não) de Capitu. E como outras obras de Machado da última fase, também apresenta um retrato penetrante de aspectos definidores de nossas elites. Fixação do texto e notas por Manoel Mourivaldo Santiago Almeida (professor do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da USP; sócio correspondente da Academia Brasileira de Filologia). Prefácio de John Gledson (mestre em estudos hispânicos pela Universidade St. Andrews; doutor em literatura comparada pela Universidade de Princeton).

Quincas Borba
Se a alienação, em mais de um sentido (por exemplo, o marxista; por outro, o da sociedade do espetáculo), é uma característica moderna, Quincas Borba é um romance moderníssimo (além de modernissimamente satírico). Pois é a história – contada por um terceiro – de como um personagem, Rubião, alienou-se da própria vida, tendo em seu amigo, o alienado de fato Quincas Borba, uma sombra que a perpassa Fixação do texto e notas por Eugênio Vinci de Moraes (Doutor em literatura brasileira pela USP). Prefácio de Willi Bolle (doutor em literatura brasileira pela Universidade de Bochum, Alemanha; professor titular de literatura alemã na USP). Prólogo da 3ª. edição por Machado de Assis.

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