“Massa”
é o segundo disco solo do cantor e compositor cearense Daniel Peixoto,
pioneiro da atual cena queer music brasileira como vocalista da lendária
banda de electro punk Montage. Massa como a gíria nordestina que quer
dizer cool, excitante, e Massa como as massas que podem ser atingidas
pelas tão diversificadas referências desse novo e fresco trabalho de um
artista que transcende o conceito de música como plataforma para artes
visuais, teatrais, militância,
Em 2013 Daniel Peixoto convidou o produtor paulista Wendel V à produzir algumas faixas para o que hoje resultou no disco “Massa” com lançamento marcado para 8 de maio de 2017. Além de Wendel, que atua como diretor da escola de música eletrônica Beatmasters em São Paulo, o músico cearense fez questão de ter também em seu novo trabalho a banda que o acompanha desde 2010, e que batizou ironicamente de Heteros Cearenses, em alusão a frequente pergunta sobre a sexualidade do seus antigos parceiros da Banda de electropunk Montage, que projetou Peixoto no cenário artístico nacional em 2005.
Com Wendel, Daniel produziu 7 faixas (Even If I Blind, Amigo do Tempo, Sertão superstar, Aura
Negra , Till the day is done, Vai dar certo e Viva o louco). Com Os
Héteros Cearenses, tendo como produtor seu guitarrista/Baixista Rodrigo
Brandão (Leela/Brolies and Apples) foram feitas 4 canções (Permitido,
Tua boca, Bodas de Marfim e um cover para Colégio de Aplicação “lado B”
da banda Novos Baianos). Além de Brandão, participam os músicos Carlos Gadelha (O Jardim das Horas) e Xavier Francisco (SoulZe e Aglomerado). As
outras duas faixas que completam álbum foram feitas em forma de
featuring, com os produtores João Brasil (Dos Hits Michael Douglas e
Moleque Transante) e do multistrumentista cearense Ivan Timbo, do projeto de Dub Sepassando Records. As faixas são Crush (manda Nude) e Massa, respectivamente!
Ao
todo foram 4 anos de total produção independente, nas cidades de São
Paulo e Rio de Janeiro. E além do time de músicos, Peixoto contou com
participações do icônico cantor Edson Cordeiro, da rapper carioca Bebel
du Guetto, da cantora e apresentadora Bianca Jhordão, vocalista do
Leela, além dos conterrâneos Nayra Costa e Marcos Lessa, ambos
apresentados ao Brasil através do programa The Voice, onde chegaram as
semi finais.
Sonoramente
o disco reflete a personalidade artística de Daniel, um balaio de
misturas que o cantor trás em suas experiências, filhos de pai carioca e
mãe cratense, do Cariri do Ceará, Daniel busca em suas raízes fontes de
inspiração, aliadas a referencias adquiridas através de imersão por
suas viagens pelo Brasil e exterior, tudo aliado a sempre presente
sonoridade eletrônica, gênero que Daniel se mantem fiel desde seus
primeiros trabalhos profissionais com musica, em 2004.
Esse mix de referências leva o álbum a ser dividido em tres momentos, O
primeiro onde é possível notar os beats eletrônicos mesclados a samba,
capoeira e macumba( Even If i´m blind, Amigo do tempo, Crush, Vai dar
certo, Till ther day is done) o segundo fortemente inspirado pelo reggae
e dancehall atual “obsessão” sonora do músico (Permitido, Massa e Viva o
Louco), e por fim o bom e velho rock, em nítida referencia a seu
trabalho com a banda Montage (Colegio deAplicação, Aura Negra, Tua boca e
Bodas de Marfim).
11 das 13 letras foram escritas por Daniel e são todas autobiográficas, o que torna o álbum um registro absolutamente pessoal.
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