quinta-feira, 11 de maio de 2017

MÚSICA

Daniel Peixoto lança seu segundo CD, "Massa"

“Massa” é o segundo disco solo do cantor e compositor cearense Daniel Peixoto, pioneiro da atual cena queer music brasileira como vocalista da lendária banda de electro punk Montage. Massa como a gíria nordestina que quer dizer cool, excitante, e Massa como as massas que podem ser atingidas pelas tão diversificadas referências desse novo e fresco trabalho de um artista que transcende o conceito de música como plataforma para artes visuais, teatrais, militância,

Em 2013 Daniel Peixoto convidou o produtor paulista Wendel V à produzir algumas faixas para o que hoje resultou no disco “Massa” com lançamento marcado para 8 de maio de 2017. Além de Wendel, que atua como diretor da escola de música eletrônica Beatmasters em São Paulo, o músico cearense fez questão de ter também em seu novo trabalho a banda que o acompanha desde 2010, e que batizou ironicamente de Heteros Cearenses, em alusão a frequente pergunta sobre a sexualidade do seus antigos parceiros da Banda de electropunk Montage,  que projetou Peixoto no cenário artístico nacional em 2005.
Com Wendel, Daniel produziu 7 faixas  (Even If I Blind, Amigo do Tempo, Sertão superstar,  Aura Negra , Till the day is done, Vai dar certo e Viva o louco). Com Os Héteros Cearenses, tendo como produtor seu guitarrista/Baixista Rodrigo Brandão (Leela/Brolies and Apples) foram feitas 4 canções (Permitido, Tua boca, Bodas de Marfim e um cover para Colégio de Aplicação “lado B” da banda Novos Baianos).  Além de Brandão, participam os músicos Carlos Gadelha (O Jardim das Horas) e Xavier Francisco (SoulZe e Aglomerado).  As outras duas faixas que completam álbum foram feitas em forma de featuring, com os produtores João Brasil (Dos Hits Michael Douglas e Moleque Transante) e do multistrumentista  cearense Ivan Timbo, do projeto de Dub Sepassando Records.  As faixas são Crush (manda Nude) e Massa, respectivamente!
Ao todo foram 4 anos de total produção independente, nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. E além do time de músicos, Peixoto contou com participações do icônico cantor Edson Cordeiro, da rapper carioca Bebel du Guetto, da cantora e apresentadora Bianca Jhordão, vocalista do Leela, além dos conterrâneos Nayra Costa e Marcos Lessa, ambos apresentados ao Brasil através do programa The Voice, onde chegaram as semi finais.
Sonoramente o disco reflete a personalidade artística de Daniel, um balaio de misturas que o cantor trás em suas experiências, filhos de pai carioca e mãe cratense, do Cariri do Ceará, Daniel busca em suas raízes fontes de inspiração, aliadas a referencias adquiridas através de imersão por suas viagens pelo Brasil e exterior, tudo aliado a sempre presente sonoridade eletrônica, gênero que Daniel se mantem fiel desde seus primeiros trabalhos profissionais com musica, em 2004.
Esse mix de referências leva o álbum a ser dividido em tres momentos,  O primeiro onde é possível notar os beats eletrônicos mesclados a samba, capoeira e macumba( Even If i´m blind, Amigo do tempo, Crush, Vai dar certo, Till ther day is done) o segundo fortemente inspirado pelo reggae e dancehall atual “obsessão” sonora do músico (Permitido, Massa e Viva o Louco), e por fim o bom e velho rock, em nítida referencia a seu trabalho com a banda Montage (Colegio deAplicação, Aura Negra, Tua boca e Bodas de Marfim).
11 das 13 letras foram escritas por Daniel e são todas autobiográficas, o que torna o álbum um registro absolutamente pessoal.

Nenhum comentário: