Revelação da nova cena paraense, Luê lança seu primeiro disco
Com patrocínio do programa Natura Musical, a cantora lança A Fim de Onda, que traz composições próprias e diversas participações especiais
A obra de um artista genuíno é retrato de sua vida. Não há exceção à regra com a paraense Luê, que lança seu primeiro trabalho, A Fim de Onda, com patrocínio do Programa Natura Musical tanto para o CD como para os shows da turnê. A moça começou no violino clássico – onde passou 12 anos –, bebeu diariamente música boa na casa dos pais e manteve antena apontada para o que acontecia além de sua Belém natal. O resultado é um disco que vai da guitarrada ao carimbó, flertando até com o soul e o universo pop.
Tudo vivo, tudo orgânico. Não há nada eletrônico em A Fim de Onda. Como a trajetória de Luê, que estudou dos 9 aos 21 violino clássico e, durante uma tradicional Marujada em louvor a São Benedito, conheceu e resolveu investir na rabeca (parente popular do violino). Recentemente, descobriu uma incrível voz para acompanhar a mistura e resolveu encarar o microfone. Com a voz e a coragem, tinha a música que abre e batiza o disco pronta, em parceria com o produtor do trabalho, Betão Aguiar, e convidaram Arnaldo Antunes para escrever a letra. A soma é uma canção que tangencia o soul, esbarra na sensualidade do bolero e tem o clima envolvente da rabeca e do trompete. O último leva a assinatura inconfundível de Guizado.
A faixa Bom transporta o álbum para diferentes sonoridades em clima de bem-estar, canção de refrão forte que destaca a suavidade da cantora. E traz mais um convidado especial: Curumin, na bateria. Vale a audição com atenção voltada para a linha de baixo de Zé Nigro e os arranjos de sanfona matadores de Toninho Ferragutti. A canção é de autoria de Quinho e André Carvalho-, o último tem dois grandes hits recentes nas vozes de Maria Gadu e Marisa Monte.
Curumin e Guizado participam também da música seguinte, Cabeça, um afoxé/dub com cumbia, balanço e sensualidade: “O mundo fica mais bonito com você/(...) nunca esqueça, que eu sempre gostei de te querer”. Antes, há referência explícita à cultura local que Luê vivencia desde que consegue se lembrar – sua versão de um dos precursores da lambada, Alípio Martins (e Jesus Couto), Onde Andará Você?, com direito a participação de dois dos mais importantes expoentes da guitarra do Pará hoje, Felix Robatto e Pio Lobato, numa guitarrada que contou ainda com o inventivo cearense da banda Cidadão Instigado, aos cuidados de Régis Damasceno.
O pai de Luê, Júnior Soares, tão influente na carreira da cantora e compositora, marca presença no disco em Nós Dois. A canção que ele assina junto a Ronaldo Silva é um xote levado com malemolência na rabeca e guitarra. Faróis também leva a assinatura da dupla em um zouk conduzido na percussão do baiano Orlando Costa e nos teclados do argentino Didi Gutman (Brazilian Girls). Até chegar a essa, você encontra a guitarrada de Felipe Cordeiro, que assina a autoria, co-produção e toca o instrumento em Sei Lá. As (talvez) mãos mais mágicas do país nas seis cordas, Edgard Scandurra, junto à personalidade única da bateria de Pupillo (Nação Zumbi), conduzem o arranjo da instigante Prática.
Edgard abre os trabalhos em outra composição de Luê junto a Betão Aguiar e Felipe Cordeiro, Se Colar, que trafega entre o pop e os elementos da cultura latina da América Central, rica fonte que tem alimentado bastante essa nova geração de artistas paraenses. E o trabalho fecha com dramaticidade na climática Cavalo Marinho, carregada de violões. Um boi que nos remete à valiosa pesquisa feita pelo grupo Arraial do Pavulagem, importante referência na criação da artista.
Poesia e música fazem parte do projeto “Crianceiras”
Disco que virou espetáculo é inspirado na obra do escritor Manoel de Barros
Aproximar as crianças da literatura, da música, da poesia e das artes em geral. Esse é o objetivo do cantor e compositor sul-matogrossense Márcio de Camillo, idealizador do projeto Crianceiras. O CD, lançando de forma independente, foi inspirado na obra de Manoel de Barros, o mais aclamado poeta brasileiro da contemporaneidade. São 10 poemas musicados por Márcio, que interpreta as canções ao lado de mais de 15 crianças nos vocais. “O Crianceiras é uma homenagem que fiz para todas as crianças, porque eu queria ensinar para minha filha poesia de um jeito diferente”, explica Márcio de Camillo.
O álbum foi indicado como um dos três melhores álbuns infantis de 2012 pelo ‘Prêmio da Música Brasileira’ e estreou em formato de videoclipes no Gloob, o novo canal infantil da Globosat. Com vocação educativa, o CD “Crianceiras” foi concebido para tornar-se uma ferramenta pedagógica para os professores aproximarem seus alunos do universo da obra deste importantíssimo escritor brasileiro, através da música. Em sua primeira tiragem, uma cota foi distribuída gratuitamente para as escolas públicas de Campo Grande, como contrapartida sócio-cultural do projeto de incentivo a novas práticas pedagógicas e ao estímulo a leitura.
“O projeto nasceu do desejo de reverenciar a obra de Manoel de Barros, através de minha música. Ao mergulhar em sua obra, percebi o quanto era lúdico aquele universo de encantamento e descobertas, vividas pelo poeta em sua infância pantaneira”, conta Márcio. “Assim, surgiu a ideia de musicar sua obra para o público infantil, criando uma ponte entre a poesia e a melodia”, completa. O CD foi transformado no espetáculo cênico musical Crianceiras, inspirado nas iluminuras da artista plástica Martha Barros, sob a direção de Luiz André Cherubini, com a estética teatral do Grupo Sobrevento de Teatro de Animação.
Com patrocínio do programa Natura Musical, a cantora lança A Fim de Onda, que traz composições próprias e diversas participações especiais
A obra de um artista genuíno é retrato de sua vida. Não há exceção à regra com a paraense Luê, que lança seu primeiro trabalho, A Fim de Onda, com patrocínio do Programa Natura Musical tanto para o CD como para os shows da turnê. A moça começou no violino clássico – onde passou 12 anos –, bebeu diariamente música boa na casa dos pais e manteve antena apontada para o que acontecia além de sua Belém natal. O resultado é um disco que vai da guitarrada ao carimbó, flertando até com o soul e o universo pop.
Tudo vivo, tudo orgânico. Não há nada eletrônico em A Fim de Onda. Como a trajetória de Luê, que estudou dos 9 aos 21 violino clássico e, durante uma tradicional Marujada em louvor a São Benedito, conheceu e resolveu investir na rabeca (parente popular do violino). Recentemente, descobriu uma incrível voz para acompanhar a mistura e resolveu encarar o microfone. Com a voz e a coragem, tinha a música que abre e batiza o disco pronta, em parceria com o produtor do trabalho, Betão Aguiar, e convidaram Arnaldo Antunes para escrever a letra. A soma é uma canção que tangencia o soul, esbarra na sensualidade do bolero e tem o clima envolvente da rabeca e do trompete. O último leva a assinatura inconfundível de Guizado.
A faixa Bom transporta o álbum para diferentes sonoridades em clima de bem-estar, canção de refrão forte que destaca a suavidade da cantora. E traz mais um convidado especial: Curumin, na bateria. Vale a audição com atenção voltada para a linha de baixo de Zé Nigro e os arranjos de sanfona matadores de Toninho Ferragutti. A canção é de autoria de Quinho e André Carvalho-, o último tem dois grandes hits recentes nas vozes de Maria Gadu e Marisa Monte.
Curumin e Guizado participam também da música seguinte, Cabeça, um afoxé/dub com cumbia, balanço e sensualidade: “O mundo fica mais bonito com você/(...) nunca esqueça, que eu sempre gostei de te querer”. Antes, há referência explícita à cultura local que Luê vivencia desde que consegue se lembrar – sua versão de um dos precursores da lambada, Alípio Martins (e Jesus Couto), Onde Andará Você?, com direito a participação de dois dos mais importantes expoentes da guitarra do Pará hoje, Felix Robatto e Pio Lobato, numa guitarrada que contou ainda com o inventivo cearense da banda Cidadão Instigado, aos cuidados de Régis Damasceno.
O pai de Luê, Júnior Soares, tão influente na carreira da cantora e compositora, marca presença no disco em Nós Dois. A canção que ele assina junto a Ronaldo Silva é um xote levado com malemolência na rabeca e guitarra. Faróis também leva a assinatura da dupla em um zouk conduzido na percussão do baiano Orlando Costa e nos teclados do argentino Didi Gutman (Brazilian Girls). Até chegar a essa, você encontra a guitarrada de Felipe Cordeiro, que assina a autoria, co-produção e toca o instrumento em Sei Lá. As (talvez) mãos mais mágicas do país nas seis cordas, Edgard Scandurra, junto à personalidade única da bateria de Pupillo (Nação Zumbi), conduzem o arranjo da instigante Prática.
Edgard abre os trabalhos em outra composição de Luê junto a Betão Aguiar e Felipe Cordeiro, Se Colar, que trafega entre o pop e os elementos da cultura latina da América Central, rica fonte que tem alimentado bastante essa nova geração de artistas paraenses. E o trabalho fecha com dramaticidade na climática Cavalo Marinho, carregada de violões. Um boi que nos remete à valiosa pesquisa feita pelo grupo Arraial do Pavulagem, importante referência na criação da artista.
Poesia e música fazem parte do projeto “Crianceiras”
Disco que virou espetáculo é inspirado na obra do escritor Manoel de Barros
Aproximar as crianças da literatura, da música, da poesia e das artes em geral. Esse é o objetivo do cantor e compositor sul-matogrossense Márcio de Camillo, idealizador do projeto Crianceiras. O CD, lançando de forma independente, foi inspirado na obra de Manoel de Barros, o mais aclamado poeta brasileiro da contemporaneidade. São 10 poemas musicados por Márcio, que interpreta as canções ao lado de mais de 15 crianças nos vocais. “O Crianceiras é uma homenagem que fiz para todas as crianças, porque eu queria ensinar para minha filha poesia de um jeito diferente”, explica Márcio de Camillo.
O álbum foi indicado como um dos três melhores álbuns infantis de 2012 pelo ‘Prêmio da Música Brasileira’ e estreou em formato de videoclipes no Gloob, o novo canal infantil da Globosat. Com vocação educativa, o CD “Crianceiras” foi concebido para tornar-se uma ferramenta pedagógica para os professores aproximarem seus alunos do universo da obra deste importantíssimo escritor brasileiro, através da música. Em sua primeira tiragem, uma cota foi distribuída gratuitamente para as escolas públicas de Campo Grande, como contrapartida sócio-cultural do projeto de incentivo a novas práticas pedagógicas e ao estímulo a leitura.
“O projeto nasceu do desejo de reverenciar a obra de Manoel de Barros, através de minha música. Ao mergulhar em sua obra, percebi o quanto era lúdico aquele universo de encantamento e descobertas, vividas pelo poeta em sua infância pantaneira”, conta Márcio. “Assim, surgiu a ideia de musicar sua obra para o público infantil, criando uma ponte entre a poesia e a melodia”, completa. O CD foi transformado no espetáculo cênico musical Crianceiras, inspirado nas iluminuras da artista plástica Martha Barros, sob a direção de Luiz André Cherubini, com a estética teatral do Grupo Sobrevento de Teatro de Animação.
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