segunda-feira, 4 de março de 2013

LIVROS NÃO-FICÇÃO

A nova genealogia dos direitos humanos   

Esta é primeira obra do alemão Hans Joas, um dos autores mais influentes da atualidade na área de Filosofia, traduzida para o português. Escrito em 2011 o livro "ASacralidade da Pessoa", lançamento da editora Unesp, aborda o candente tema dos direitos humanos, a partir de um estudo inovador e surpreendente sobre sua fundamentação histórica. Onde residem as raízes dos direitos humanos? Teria se originado na tradição judaico-cristã? Ou teriam surgido no bojo do iluminismo?
O autor rejeita ambas as hipóteses, rompe com interpretações usuais e constrói uma narrativa pouco convencional, sustentando que a noção universal de dignidade humana resultou de um profundo e complexo processo de sacralização da pessoa. Ao longo do tempo, cada ser humano passou a ser considerado “sagrado”, a ponto de essa compreensão institucionalizar-se no direito.
Não se trata, porém, de atribuir um sentido exclusivamente religioso à ideia de “sacralização”. Para Joas, esse conceito engloba conteúdos seculares: “Os direitos humanos são fruto, principalmente, de resistência contra a aliança de poder entre Estado e Igreja (católica) ou contra o cristianismo como um todo”.
O pensador demonstra que a história da “sacralização” da pessoa não pode ser descrita a partir de uma história das ideias ou apenas com base em registros documentais. Para contá-la, é preciso recorrer a levar em conta a forma como as diversas tradições culturais foram articuladas, codificadas legalmente e assimiladas em práticas da vida cotidiana. Direitos humanos, como o autor aqui demonstra, não espelham simplesmente consensos sobre princípios universais: eles derivam, sobretudo, de uma prática e de um discurso cultural e interdisciplinar sobre valores. Sua história consiste, portanto de várias histórias.





 

História real sobre o maior roubo de diamantes de todos os tempos
 

Em 15 de fevereiro de 2003, um grupo de ladrões arrombaram um cofre supostamente hermético na capital internacional de diamantes, na Antuérpia, Bélgica, e saíram com mais de US $108 milhões em diamantes e outros objetos de valor. O roubo foi consumado sem que os bandidos usassem nenhuma violência e sem tropeçar em um único alarme. Embora tenha sido um crime perfeito, a fuga não foi. Os cinco assaltantes eram italianos e foram pegos depois que a polícia rastreou o lixo deixado pelo bando em um terreno próximo à cidade. O grupo foi preso sob a liderança de Leonardo Nortarbartolo, membro de uma gangue conhecida como Escola de Turim. Ele pegou apenas dez anos está perto de sair da cadeia, mas muitas dúvidas sobre o caso ainda persistem. Afinal, como eles conseguiram invadir o prédio mais seguro do mundo? Como eles foram capturados? Onde estão escondidos os diamantes roubados? Para essas perguntas, somente Nortarbartolo tem as respostas.
O livro que conta a história desse, que foi o maior roubo de diamantes da história chega agora ao Brasil. Um roubo brilhante (Editora Nacional / 320 páginas / R$ 37,00) foi escrito pelo jornalista investigativo Greg Campbell, o mesmo autor de Diamante de Sangue, e o advogado Scott Andrew Selby, que tem mestrado no assunto. Os dois relatam no livro a investigação que levou à prisão dos criminosos, depois de um plano quase perfeito, que foi estragado por um erro tão infantil quanto inacreditável. O trabalho investigativo dos autores apurou que a quadrilha tinha em cada integrante uma especialidade, e o plano precisou de dois anos para ser elaborado.
Segundo os autores, a história desse livro foi montada e acordo com informações vindas de fontes de vários países. “Documentos importantes foram descobertos em uma série de lugares, como se estivéssemos em uma caça ao tesouro”, contam eles na apresentação do livro. Além disso, as entrevistas foram feitas em vários lugares e a montagem da história foi como um quebra-cabeça, com partes espalhadas por toda a Europa. A maioria dos fatos desse crime é evidente e intestável. Outros, nem tanto. Muitos detetives ainda discordam sobre o curso preciso dos acontecimentos. Os autores apresentam nesse livro a versão mais fidedigna possível do crime, através da dedução lógica, senso comum e a triangulação dos fatos. Onde existe a dúvida, somente um grupo pequeno de homens saberá explicar o que realmente aconteceu.





Aroldo Araújo lança livro sobre música no BNB Clube Aldeota

O instrumentista, compositor e arranjador Aroldo Araújo vai revelar nesta quinta (21), no BNB Clube Aldeota, mais um de seus talentos, dessa vez como escritor. Além das músicas que compõe, Aroldo apresenta ao público o lançamento do livro “Música - Prática de Conjunto”.  O evento tem entrada gratuita com início a partir das 20h e conta com a participação especial do cantor cearense Melquíades.

O livro contém um conjunto de partituras e tem como proposta auxiliar graduandos do bacharelado e da licenciatura do curso de música, já que, segundo o autor, a prática de conjunto é uma disciplina importante na faculdade e auxilia os alunos a fazer música com unidade e sentido.

Para o professor Heriberto Porto, que assina a apresentação do livro, a publicação é muito bem vinda. “Ter um livro de partituras no Brasil ainda é raro e consequentemente é bem aceito nas universidades. Muitas vezes os professores recorrem a publicações estrangeiras para conseguir um repertório adequado”, pontua.

A publicação conta com o apoio do Ministério da Cultura por meio da Lei Rouanet e com o patrocínio do Banco do Nordeste.

Licenciado em Música pela Universidade Estadual do Ceará (UECE),
Aroldo Araujo é um dos mais conceituados músicos do cenário artístico cearense. Foi arranjador de alguns festivais como “Canta Nordeste”, da Rede Globo e Festival Camocim. Tocou com artistas como Antônio José Forte, Oswaldinho do Acordeom, Danilo Caymmi, Mauro Senise, Altamiro Carrilho, Fausto Nilo e Fagner. No ano em que completa 30 anos de carreira lança também seu novo disco intitulado “Contrabaixo”.





Uma verdade mais assustadora do que o terrorismo e a guerra

Um romance que vai além da grande falácia do 11 de Setembro e das fictícias “armas de destruição em massa” de Saddam Hussein

Após perder a esposa no atentado do 11 de Setembro, o tenente norte-americano Jack Parsons jura se vingar do terrorismo islâmico. Participa então da subsequente invasão dos Estados Unidos ao Iraque, onde descobrirá os horrores de uma guerra que, à medida que avança rumo a Bagdá, vai se revelando cada vez mais ilógica e desnecessária. A crueldade dos soldados norte-americanos para com as vítimas, as violações constantes de direitos humanos, bem como a farsa por trás desse confronto, cuja verdadeira motivação parece ser o controle do petróleo, fazem Jack suspeitar que está sendo manipulado como um marionete por homens sem escrúpulos.
Pouco antes de ser ferido em combate, Jack testemunha a venda de informação confidencial por parte de um arqueólogo iraquiano a um jornalista inglês. Os documentos falam de uma conspiração na qual o governo dos EUA estaria diretamente envolvido nos atentados da Al Qaeda contra o World Trade Center em 2001.
A terrível revelação leva o tenente Parsons a retornar ao campo de batalha, com a intenção de se apoderar do Projeto Brainwashing (“lavagem cerebral”), um plano de dominação mundial engendrado por pessoas influentes e poderosas próximas a Washington DC, e que justifica quaisquer atrocidades. Assim que conhecer a verdade sobre as sinistras intenções da Casa Branca, Jack moverá céus e terra para levar a cabo o seu plano de vingança pessoal, só que desta vez contra a sua própria bandeira e contra o governo do seu próprio país.
De leitura instigante e envolvente, este formidável romance de temática muito atual é povoado não só de personagens reais, como George W. Bush, Bin Laden, Barack Obama e a primeira-ministra do Paquistão Benazir Bhutto, mas também de criações plausíveis, como os jornalistas que arriscam a vida na guerra e o casal de arqueólogos que esconde relíquias artísticas do Museu de Bagdá para não serem destruídas pelos bombardeios.
Sobre o autor

Patrick Ericson (pseudônimo de José María Fernández-Luna Martinez) nasceu em Alhama de Murcia, Espanha, em 1962. Eclético e autodidata, estreou em 2000 com o romance Baile de dríadas. Já publicou sete livros, entre eles o de poesia De profundis. Em 2010, a Geração lançou seu best-seller O símbolo secreto, romance sobre a maçonaria.

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