terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

CINEMA



'O Besouro Verde' atualiza seriado que tinha Bruce Lee

Filme está em cartaz no Multiplex UCI Ribeiro Iguatemi


"Não foi uma estrada tranquila", diz Michel Gondry, num suspiro, sobre seu primeiro blockbuster em Hollywood, "O Besouro Verde", que estreou no Brasil, com cópias em 3D. O diretor francês, mais conhecido por filmes independentes como "Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças" (2004), dirige o longa de super-herói estrelado por Seth Rogen, que também coescreveu o roteiro e coproduziu com seu colega de longa data, Evan Goldberg.
"O filme é dele [Rogen]", diz Gondry, 47. "Venho de um lugar onde o diretor tem mais palavra nas decisões finais. Mas com Seth foi diferente." "O Besouro Verde" é baseado no personagem mascarado dos anos 30 que primeiro surgiu na rádio e migrou para os quadrinhos. Rogen faz o playboy Britt Reid, que herda do pai um jornal. Ele fica amigo de Kato, um habilidoso lutador de artes marciais, designer de carros turbinados e fazedor de café. Os dois se juntam para combater o crime na cidade e fazer manchetes na empresa que agora ele comanda.
"Na maioria das vezes, Rogen tomava as decisões. Numa época, fiquei mais afastado, achei que não confiavam em mim. Depois percebi que todos se sentiram assim ao menos uma vez nas filmagens", diz. "No final, tudo convergiu para algo que todos concordaram."



Gondry já trabalhou com outros artistas de personalidades fortes, como a cantora islandesa Björk e o roteirista americano Charlie Kaufman, de "Natureza Quase Humana" (2001). "Björk costuma trazer muitas ideias, mas sempre confia no diretor. Charlie é uma pessoa extremamente exigente, escuta muito antes de escrever, mas, quando escreve, quer estar sozinho." "Já Rogen me respeita como pessoa, mas não vê o diretor como o autor. É normal. Ele vem de comédia, de ser humorista, de fazer TV. O diretor, para ele, não é bem um executor, mas um parceiro." Seu longa anterior, "Rebobine, Por Favor" (2008), foi feito com US$ 20 milhões (R$ 33,4 milhões), contra os US$ 120 milhões (R$ 200,4 milhões) de "Besouro Verde". "Tivemos mais dinheiro agora, mas queria manter o mesmo espírito dos filmes populares americanos."












Os filmes de heróis mais aguardados no cinema em 2011

> James Franco fará a nova versão de "Capitão América

TV DIVIRTA-CE mostra seis trailers dos filmes de heróis mais aguardados do cinema em 2011. São eles: "Batman: Asilo Arkhan","Capitão América", com James Franco (fotos ao lado), 'Thor", "Transformers 3"e adaptações inéditas como o novo "Lanterna Verde" e a versão com atores do desenhos "Thundercats". Clique abaixo e veja os trailers dos filmes citados.






















Framboesa de Ouro e azarão do Oscar

“Burlesque”, musical com Cher e Christina Aguilera, e “Bravura Indômita”, uma homenagem ao gênero faroeste, chegam aos cinemas


Em mais uma semana de contagem regressiva do Oscar 2011, estreiam nesse fim de semana nos cinemas o filme “Bravura Indômita”, novo filme dos Irmãos Coen, uma homenagem ao gênero faroeste, grande azarão do Oscar esse ano, e o musical “Burlesque”, musical com Cher e Christina Aguilera, líder em indicações ao Framboesa de Ouro 2011- a premiação que elege todos os anos os piores filmes.

Uma jovem ingênua do interior dos Estados Unidos vai para a cidade grande tentar a sorte no show business, mas antes de virar estrela tem de engolir muito desaforo, enfrentar competição desleal e perder sua inocência. Não, não se trata de uma nova versão de Showgirls, mas de Burlesque, musical que marca a estréia no cinema da cantora pop Christina Aguilera e a volta de Cher às telas. Sozinha no mundo, a garçonete Ali (Aguilera) junta seus parcos pertences e vai para Los Angeles com o sonho de se tornar cantora. Depois de dar com o nariz em várias portas, descobre um cabaré onde dançarinas em poucos trajes rebolam no palco. A proprietária, Tess (Cher), está prestes a perder o clube endividado e reluta em vendê-lo para um construtor milionário com ar de malvadão (Eric Dane). A pró-ativa Ali descola emprego de garçonete no clube, logo é promovida a bailarina e, na ausência da estrela da casa, consegue mostrar o vozeirão e vira a nova diva. De quebra, conquista o barman bonitão (Cam Gigandet) e o ricaço cafajeste. Os bons números musicais não disfarçam a trama anêmica, cheia de conflitos frouxos. Pior: sobra Aguilera – boa voz, mas pouco talento como atriz – e falta Cher, que fica na sombra e só canta duas canções (uma delas, “You Haven’t Seen The Last of Me” ganhou o Globo de Ouro de melhor canção original). Sim, você já viu esse filme antes (Cabaré, Chicago e até Showgirls) – e ele era melhor.
O filme Burlesque lidera as indicações ao prêmio Framboesa de Ouro, que contempla o pior do cinema a cada ano. Ao todo, foram 5: pior atriz (Christina), pior atriz coadjuvante (Cher e Kristen Bell), pior ator coadjuvante (Cam Gigandet), pior diretor e pior roteiro. Pelo menos, o longa se livrou da indicação a pior filme. De acordo com a lista divulgada pelo jornal Los Angeles Times, são eles: Caçador de Recompensas, Os Mercenários, Gente Grande, Jonah Hex, Par Perfeito, O Último Mestre do Ar, Entrando Numa Fria Maior Ainda Com a Família, Sex and the City 2, Eclipse, Vampiros que se Mordam e Zé Colmeia. Outra famosa que não se livrou da indicação a pior atriz foi Angelina Jolie, por O Turista. Detalhe: o mesmo filme lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro na categoria de melhor atriz.



Fotografia em contraluz, corte de cena em demoradas fusões e panorâmicas do cenário árido de um Oeste ainda desbravado por homens que passavam a vida inteira vestindo uma só roupa para os invernos mais cruéis e os verões mais escaldantes. Tudo isso sob uma trilha sonora instrumental de pianos e violinos que preenchem lugares ermos tal como o uísque que distrai um homem de sua solidão. O Bravura Indômita dos irmãos Coen é o faroeste respeitando todas as premissas clássicas do gênero que deu identidade à América conquistadora. E é por seguir à risca essas regras sendo, no entanto, dirigido por uma dupla acostumada a dar várias camadas emocionais e plásticas à violência, que este filme se engrandece e ganha corpo de um dos títulos mais nobres desta temporada.
Produção com o segundo maior número de indicações ao Oscar este ano - 10 no total, incluindo Melhor Filme, Direção, Ator e Roteiro Adaptado -, Bravura Indômita vem sendo vendido pelas esquinas como um remake do filme homônimo de 1969, com John Wayne no papel que hoje é de Jeff Bridges. Mas ainda que apresente cenas bem parecidas, quando não idênticas, à versão de 69, o filme dos Coen tem identidade própria e parece ser mais uma adaptação do livro de 1968 escrito pelo Best-seller Charles Portis do que um decalque da primeira leitura cinematográfica.
A nova versão, por tudo que ela apresenta em sua ficha técnica, é daquele tipo difícil de errar: elenco magistral, roteiro de diálogos sagazes e quase líricos em suas mensagens diretas, fotografia com cor de sol se pondo, montagem à moda antiga e dois diretores que souberam tirar o chapéu para o conceito que existe por trás de um filme de faroeste, dos tempos em que eles eram feitos para homens do porte de John Wayne e Clint Eastwood. Mas no topo de tudo isso temos ela, a história a ser contada, aqui representada pela incrível fábula de uma menina que decide, na omissão de justiça superior, vingar a morte de seu pai, dando o troco ao assassino na mesma moeda.



Jeff Bridges, nosso novo macho de respeito, é o homem que ela escolhe e contrata para prestar esse serviço sujo. As decisões que o roteiro dos Coen tomam parecem ser bastante ponderadas para que o filme não perca sua identidade maior do faroeste, o gênero que deu sentido, corpo e poesia ao ser destemido, selvagem e árido do Oeste. O desfecho, distinto do final do título de 1969, é corajoso e verdadeiro. Dignifica ainda mais os personagens dessa história cheia de mensagens pouco subliminares. Mas Bravura indômita é apontado também como o grande azarão do Oscar esse ano, podendo ser um grande vencedor, ou levar apenas prêmios técnicos. Deve agradar mais aos amantes do gênero faroeste.












Surpresas do Oscar

Um espanhol, um francês e um brasileiro!


> Cena da animação francesa "The Illusionist"



>"Lixo Extraordinário", sobre o artista plástico brasileiro Vik Muniz, indicado a melhor documentário

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou nesta terça-feira (25), por volta das 11h30, a lista dos indicados à 83ª edição do Oscar.

A produção britânica "O discurso do rei" lidera a competição, com indicações em 12 categorias, incluindo melhor filme, diretor e ator. Também saíram como favoritos "Bravura indômita", com dez indicações, "A rede social" e "A origem", ambos com oito indicações. Em seguida vêm "O vencedor", que disputa o prêmio em sete categorias, "127 horas", em seis, e "Cisne negro" e "Toy story 3", em cinco.

Na principal categoria do Oscar, melhor filme, competem “A rede social", “O discurso do rei”, “Cisne negro”, “O vencedor”, “A origem”, “Toy Story 3", “Bravura indômita”, “Minhas mães e meu pai”, “127 horas” e “Inverno da alma”.

Muita gente ficou chateada porque a Academia ignorou mais uma vez Christopher Nolan na categoria melhor direção. Já tinha acontecido com "Batman - O Cavaleiro das Trevas" (2008) e agora com "A Origem", indicado a oito prêmios. Outros se surpreenderam com a força dos irmãos Coen, que arremataram 10 indicações ao Oscar pelo faroeste "Bravura Indômita", duas a mais do que "A Rede Social" e duas a menos do que o líder "O Discurso do Rei", filme inglês sobre a monarquia. Mas, para nós, que somos gringos na festa mais disputada do cinema, vale destacar outras três boas surpresas. O filme de animação francês "The Illusionist" conseguiu pegar uma das três vagas da categoria, deixando "Meu Malvado Favorito" de fora. Vai competir com "Toy Story 3" e com "Como Treinar Seu Dragão".
O mexicano "Biutiful" foi outro que surpreendeu. Surgiu na lista dos longas estrangeiros e também na de melhor ator, para o espanhol Javier Bardem. Ele já tem um Oscar, pelo papel de assassino em "Onde os Fracos Não Têm Vez", e ficou de fora dos indicados da premiação da associação dos atores, que costuma ser um bom parâmetro dos adivinhadores da Academia. Apenas cinco artistas já ganharam um Oscar por atuações em que usaram outras línguas que não o inglês: Sophia Loren, Robert De Niro, Roberto Benigni, Benicio Del Toro e Marion Cotillard.



E, por fim, o brasileiro. Na verdade, é um documentário inglês, "Lixo Extraordinário", mas que tem como estrela o artista plástico paulistano Vik Muniz (ainda que ele fale em inglês no filme) e seu trabalho feito com restos coletados no maior aterro sanitário da América Latina, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. "Lixo Extraordinário" tem concorrentes grandes pela frente, incluindo outro bastante elogiado que também fala de arte. É o "Exit Through the Gift Shop", dirigido pelo misterioso artista urbano Banksy, sobre os meandros do mercado.
Como Banksy não revela sua identidade, fica a pergunta de quem subiria ao palco para receber o Oscar em caso de vitória.


OUTRAS SURPRESAS
Apesar dos gringos, outras minorias não tiveram a mesma sorte. Ao contrário do ano passado, quando o Oscar de melhor direção foi para uma diretora pela primeira vez na história do prêmio (Kathryn Bigelow, por "Guerra ao Terror"), este ano não há mulheres entre os indicados da categoria. E, pela primeira vez desde 2001, nenhum negro foi selecionado para as 20 vagas das quatro categorias de atuação. Dois filmes pequenos, bem independentes, também trouxeram surpresas, boas e negativas: "Inverno da Alma", que teve míseros US$ 6 milhões arrecadados em menos de 150 cinemas, conseguiu quatro indicações, incluindo melhor filme e melhor atriz para a jovem Jennifer Lawrence, 20.
O filme, que estreia no Brasil na próxima sexta, narra a história de uma jovem que precisa cuidar dos irmãos mais novos e da mãe doente, enquanto sai em busca do pai desaparecido, numa região remota dos EUA.
Já o drama "Get Low" era esperado para ao menos dar uma indicação a Robert Duvall, mas ficou sem nada. Duvall, que completou 80 anos neste mês, foi indicado seis vezes e tem um Oscar.



Lista completa - INDICADOS AO OSCAR 2011

Melhor filme

Cisne Negro
O Vencedor
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Minhas Mães e meu Pai
Toy Story 3
127 Horas
Bravura Indômita
Inverno da Alma


Melhor diretor

Darren Aronovsky – Cisne Negro
David Fincher – A Rede Social
Tom Hooper – O Discurso do Rei
David O. Russell – O Vencedor
Joel e Ethan Coen – Bravura Indômita


Melhor ator

Jesse Eisenberg – A Rede Social
Colin Firth – O Discurso do Rei
James Franco – 127 Horas
Jeff Bridges – Bravura Indômita
Javier Bardem – Biutiful


Melhor atriz
Nicole Kidman – Reencontrando a Felicidade
Jennifer Lawrence – Inverno da Alma
Natalie Portman – Cisne Negro
Michelle Williams – Blue Valentine
Annette Bening – Minhas Mães e meu Pai


Melhor ator coadjuvante
Christian Bale – O Vencedor
Jeremy Renner – Atração Perigosa
Geoffrey Rush – O Discurso do Rei
John Hawkes – Inverno da Alma
Mark Ruffalo – Minhas Mães e meu Pai


Melhor atriz coadjuvante
Amy Adams – O Vencedor
Helena Bonham Carter – O Discurso do Rei
Jacki Weaver – Animal Kingdom
Melissa Leo – O Vencedor
Hailee Steinfeld – Bravura Indômita


Melhor longa animado
Como Treinar o Seu Dragão
O Mágico
Toy Story 3


Melhor filme em lingua estrangeira
Biutiful
Fora-da-Lei
Dente Canino
Incendies
Em um Mundo Melhor


Melhor direção de arte
Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
A Origem
O Discurso do Rei
Bravura Indômita


Melhor fotografia
Cisne Negro
A Origem
O Discurso do Rei
A Rede Social
Bravura Indômita


Melhor figurino
Alice no País das Maravilhas
I am Love
O Discurso do Rei
The Tempest
Bravura Indômita


Melhor montagem
Cisne Negro
O Vencedor
O Discurso do Rei
A Rede Social
127 Horas


Melhor documentário
Lixo Extraordinário
Exit Through the Gift Shop
Trabalho Interno
Gasland
Restrepo


Melhor documentário em curta-metragem
Killing in the Name
Poster Girl
Strangers no More
Sun Come Up
The Warriors of Qiugang


Melhor trilha sonora

Alexandre Desplat – O Discurso do Rei
John Powell – Como Treinar o seu Dragão
A.R. Rahman – 127 Horas
Trent Reznor e Atticus Ross – A Rede Social
Hans Zimmer – A Origem


Melhor canção original

“Coming Home” – Country Strong
“I See the Light” – Enrolados
“If I Rise” – 127 Horas
We Belong Together – Toy Story 3


Melhor Maquiagem
O Lobisomem
Caminho da Liberdade
Minha Versão para o Amor


Melhor Curta-metragem de animação
Day & Night
The Gruffalo
Let’s Pollute
The Lost Thing
Madagascar, Carnet de Voyage


Melhor Curta-metragem
The Confession
The Crush
God of Love
Na Wewe
Wish 143


Melhor Edição de som
A Origem
Toy Story 3
Tron – O Legado
Bravura Indômita
Incontrolável


Melhor Mixagem de som

A Origem
Bravura Indômita
O Discurso do Rei
A Rede Social
Salt


Melhor Efeitos especiais
Alice no País das Maravilhas
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte I
Além da Vida
A Origem
Homem de Ferro 2


Melhor Roteiro adaptado

A Rede Social
127 Horas
Toy Story 3
Bravura Indômita
Inverno da Alma


Melhor Roteiro original

Minhas Mães e meu Pai
A Origem
O Discurso do Rei
O Vencedor
Another Year



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