TURISMO

Prefeitura de Fortaleza promove seminário sobre Turismo LGBT

A Prefeitura Municipal de Fortaleza realiza o seminário “Turismo LGBT – Qualificação, Mercado, Oportunidades e Investimentos” com o consultor Heitor Ferreira Filho nesta terça-feira (15), às 14h, no auditório do Paço Municipal. A iniciativa é resultado de parceria entre a Coordenadoria de Políticas para a Diversidade Sexual da Secretaria de Cidadania e Direitos Humanos e a Secretaria de Turismo de Fortaleza.
O evento é voltado ao trade turístico (gerente de hotéis, agentes de viagem, Abrasel, Abih, Abav e demais associações) demonstrando que, dos vários setores da economia voltados para o público LGBT, o turismo é um dos mais desenvolvidos e Fortaleza possui todos os requisitos para atrair esse público.
Nas últimas décadas, esse tipo de turismo vem crescendo e movimentando as economias de alguns destinos no Brasil, como Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Recife. Fora do país, são destaques Buenos Aires e Barcelona. Nos Estados Unidos, os turistas gays e lésbicas movimentam US$ 54,1 bilhões por ano. Além disso, o turismo LGBT cresce 20% ao ano em todo mundo. Esse público permanece mais tempo no destino (o dobro do heterossexual), faze de três a quatro viagens durante o ano e gastam 30% a mais.
A Associação Brasileira de Turismo Gls (Abrat GLS) lançou, em 2010, em parceria com a Embratur, um programa nacional denominado “Eu Amo Viajar” que incentiva a expansão de novos destinos LGBT no Brasil e a expansão de outros já consolidados, como Rio de Janeiro, São Paulo e Florianópolis.
O segmento de turismo LGBT pode ser um importante modo de incrementar a atividade turística da cidade, visto a presença desse público durante a Parada pela Diversidade Sexual do Ceará, já considerada a terceira do Brasil em número de pessoas. Entre seus resultados, o turismo LGBT aumenta a ocupação na hotelaria e o número de clientes em restaurantes e similares.
Para preparar Fortaleza para se inserir nesse promissor filão do mercado turístico, a Prefeitura começa a investir na qualificação dos profissionais do setor para saber receber o público LGBT. O esforço existe também para superar o preconceito e a falta de informação que, muitas vezes, geram associações errônias, como ligar o turismo LGBT ao turismo sexual. Para um destino ser considerado LGBT e efetivamente conquistar esse público, precisa, além de ter atrativos turísticos, ser um ambiente 'friendly', ou seja, de respeito à diversidade e ter uma comunidade LGBT ativa com bares, boates e locais que recebem bem a diversidade.