Livro “Ilhéu”, de Edson Cruz, é relançado pela editora Patuá
O poeta e editor nascido em Ilhéus, Edson Cruz, lançou seu terceiro livro de poemas no espaço nobre da poesia brasileira, a Casa das Rosas, em São Paulo. O trajeto literário de Edson Cruz compreende diversas variáveis, como a de poeta, editor das revistas eletrônicas Capitu, Cronópios, Mnemozine e, atualmente, da Musa Rara (www.musarara.com.br), ou como coordenador de oficinas literárias e curadorias de vários projetos ligados à literatura. Edson publicou os livros: Sortilégio (2007); O que é poesia (2010); uma adaptação do épico indiano, Mahâbhârata (2011). O livro “Ilhéu” foi contemplado com a Bolsa de Criação da Petrobras Cultural, lançou Sambaqui (2011), lançamento da Editora Patuá (www.editorapatua.com.br).
Obra que se distingue por ser diretamente uma afirmação de suas raízes, mas também por asseverar um diálogo e refração de várias influências contemporâneas, inclusive com uma vertente oriental tributária ao budismo, “Ilhéu” seguramente reafirmará o Edson Cruz naquele seleto, e por isso mesmo raríssimo, grupo de escritores que possuem apurada consciência literária. Como se percebe, aliás, também na sua produção anterior. Tanto é verdadeira esta afirmação que a obra foi digna da apresentação de um dos últimos titãs da poesia nacional, Thiago de Mello, e prefaciação do renomado poeta e ensaísta português E. M. de Melo e Castro.
Para confirmar o que se afirma, nada melhor que um poema do autor.
VASSOURA-DE-BRUXA
Aquelas águas-vivas
envolvidas em algas e sargaços
brilhavam na areia da praia
diamantes não lapidados.
Traziam a memória de um tempo
sem começo.
Uma infância irrealizada
entre as praias e a brisa
de Ilhéus.
Um menino arrancado
de seu berço de sal e sol
atirado sem dó,
sem nota
qualquer
no abraço concreto
das noites frias do sul.
Um cacau tomado
pelo fungo.
O exílio em outras terras
do sem fim.
O poeta e editor nascido em Ilhéus, Edson Cruz, lançou seu terceiro livro de poemas no espaço nobre da poesia brasileira, a Casa das Rosas, em São Paulo. O trajeto literário de Edson Cruz compreende diversas variáveis, como a de poeta, editor das revistas eletrônicas Capitu, Cronópios, Mnemozine e, atualmente, da Musa Rara (www.musarara.com.br), ou como coordenador de oficinas literárias e curadorias de vários projetos ligados à literatura. Edson publicou os livros: Sortilégio (2007); O que é poesia (2010); uma adaptação do épico indiano, Mahâbhârata (2011). O livro “Ilhéu” foi contemplado com a Bolsa de Criação da Petrobras Cultural, lançou Sambaqui (2011), lançamento da Editora Patuá (www.editorapatua.com.br).
Obra que se distingue por ser diretamente uma afirmação de suas raízes, mas também por asseverar um diálogo e refração de várias influências contemporâneas, inclusive com uma vertente oriental tributária ao budismo, “Ilhéu” seguramente reafirmará o Edson Cruz naquele seleto, e por isso mesmo raríssimo, grupo de escritores que possuem apurada consciência literária. Como se percebe, aliás, também na sua produção anterior. Tanto é verdadeira esta afirmação que a obra foi digna da apresentação de um dos últimos titãs da poesia nacional, Thiago de Mello, e prefaciação do renomado poeta e ensaísta português E. M. de Melo e Castro.
Para confirmar o que se afirma, nada melhor que um poema do autor.
VASSOURA-DE-BRUXA
Aquelas águas-vivas
envolvidas em algas e sargaços
brilhavam na areia da praia
diamantes não lapidados.
Traziam a memória de um tempo
sem começo.
Uma infância irrealizada
entre as praias e a brisa
de Ilhéus.
Um menino arrancado
de seu berço de sal e sol
atirado sem dó,
sem nota
qualquer
no abraço concreto
das noites frias do sul.
Um cacau tomado
pelo fungo.
O exílio em outras terras
do sem fim.
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