sexta-feira, 5 de julho de 2013

LIVROS - NÃO-FICÇÃO

Diversos lançamentos com o Papa Francisco invadem as livrarias

A Editora Ave-Maria lança obras escritas por Jorge Bergoglio que nos fazem refletir sobre corrupção, pecado e humildade 



Com a Jornada Mundial da Juventude no Brasil, o mercado editorial encheu as livrarias com obras sobre o Papa Francisco. A Editora Ave-Maria lança com exclusividade no Brasil obras escritas por Jorge Bergoglio. Entre os primeiros títulos publicados da série, que serão sete ao todo, estão “Corrupção e Pecado – Algumas Reflexões a Respeito da Corrupção” e “Sobre a Acusação de Si Mesmo”. As obras expressam os pensamentos e reflexões do autor, que é conhecido por sua postura humilde e justa. 

No livro “Corrupção e Pecado” o Papa Francisco esclarece que a corrupção não está ligada somente ao cenário político, conforme é associada normalmente, mas que acontece em toda parte, inclusive dentro de muitos de nós, da nossa própria casa, dentro das nossas comunidades e igreja. Ainda, diz que a corrupção não é pecado e sim fruto dele, como também menciona sobre a importância de estar vigilante nas armadilhas do cotidiano para evitar a corrupção e todo o mal que ela traz. Para ele a corrupção está ligada intensamente ao pecado, mas é distinto dele, especialmente porque o pecado se perdoa, mas a corrupção não. Tal descrição é confirmada pelo fato de que o ato de corromper é associado a um estado pessoal e social no qual o individuo se acostuma a viver por meio de hábitos que deterioram e limitam a sua capacidade de amar. A obra faz refletir sobre nossas ações e a entender as diferenças entre corrupção e pecado para aplicar esses conceitos a fim de que nossas vidas sejam iluminadas com a mensagem profética do Evangelho.

Já em “Sobre a Acusação de Si Mesmo”, o leitor é convidado a exercer um novo papel em sua vida, ao qual pode praticar o ato de não falar mal uns dos outros e se analisar com olhar crítico, evitando a busca de defeitos no exterior e os vendo em seu íntimo. Nesta obra, que traz profunda meditação sobre alguns estudos de São Doroteu de Gaza, o Papa Francisco diz que o falatório nos leva a concentrarmos nas faltas e defeitos dos outros e, desta maneira, acreditamos que nos sentimos melhores, o que é um ledo engano. Acusar a si mesmo implica valentia pouco comum para abrir portas as coisas desconhecidas, e deixar que os outros vejam além da aparência. É renunciar a maquiagem para que se manifeste a verdade e, também, uma oportunidade de praticar o anti-individualismo pela busca do espírito em família e da Igreja que nos conduz a nos assumirmos como bons filhos e bons irmãos, assim como para mais tarde podermos vir a ser bons pais. Esta obra proporciona uma reflexão sobre nossos atos e orienta para o caminho da humildade e do amor. Os pequenos livros tem custo barato: R$ 11,90 (cada) – e podem ser encontrados também nas bancas.
 

Livro tenta explicar a figura simples do Papa Francisco aos jovens - O mundo ficou surpreso com a simplicidade do Papa Francisco na noite de 13 de março de 2013. Mostrando preocupação com os pobres, o primeiro Papa latino-americano que ficou conhecido por andar de ônibus e não ter um carro com motorista era, agora, o Papa do povo. Mas quem é o Papa Francisco? No que ele acredita? O que fará como líder da Igreja? O que tem reservado aos jovens? O livro Rezem Por Mim (Companhia Editora Nacional) escrito pelo editor da revista Inside the Vatican, a mais respeitada e influente publicação sobre o mundo católico, pretende fornecer pontos de partida para responder a essas questões. O jornalista Robert Moynihan escreveu esse livro nas duas semanas que se seguiram à eleição. Ele testemunhou diretamente os primeiros dias de Papado de Jorge Bergoglio e tenta apresentar esse homem aos leitores. Sua vida e essência são baseadas em suas próprias palavras e nas daqueles que lhe são próximos. “Procurei abordar esse material como jornalista, mas também como um fiel”, diz. “Acredito que a maneira clara do material oferecerá aos leitores uma maneira objetiva de entender o Papa, principalmente aos mais jovens”, explica.

Uma breve biografia abre o livro e fornece compreensão de suas origens: da infância em Buenos Aires até assumir a cátedra de São Pedro aos 76 anos. Em outra parte, o jornalista nos mostra suas influências espirituais e um resumo das opiniões do Papa sobre diversos assuntos como liberdade, moralidade, filhos, juventude, justiça, modernidade, religião, cultura, política, paz e outros temas. O Papa também fala da importância de se evangelizar as periferias e sua preocupação com os mais pobres. No título do livro o autor tenta expressar o que mais rico o Papa Francisco nos deixou até agora: de que é um homem ciente de sua fragilidade e humanidade. Ao solicitar preces dirigidas a ele, o Papa nos pede para olharmos para os mais pobres, por aqueles que perderam a esperança e também por ele, para que possa desempenhar sua tarefa com coragem e humildade. Na compra do livro, o leitor leva uma medalha do Papa. Preço: R$ 29,90.
 

Toda a trajetória de Francisco -  Na década de 1960, um grupo de sacerdotes foi morar nas favelas de imigrantes da capital argentina, para apoiá-los nas lutas políticas e sociais, mas acabaram mudados pela devoção simples das pessoas que queriam instruir. Em 2001, quando a economia argentina entrou em colapso, os efeitos sobre a população argentina pobre foram devastadores. O papel daqueles padres e de seus discípulos — entre os quais estava o então arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio, o atual papa Francisco — foi decisivo para consolar e orientar aquelas pessoas. O jornalista Gianni Valente, um dos maiores especialistas em catolicismo do mundo, foi várias vezes à Argentina, desde 2002, e tornou -se amigo do arcebispo que veio a ser cardeal e finalmente papa. O primeiro livro sobre o papa Francisco — seu estilo, suas ideias — é este singelo “Francisco — o papa do fim do mundo”, publicado na Itália 30 dias após a eleição de Francisco e agora lançado no Brasil. Não se trata de uma biografia a, mas de uma boa reportagem que mistura lembranças, situações e — o que mais importa — as ideias desse papa que se revelou, desde o primeiro dia, bem diferente de seus antecessores.

Francisco é apresentado juntamente com aqueles padres que, nas favelas, ouviam o choro escondido — para que os filhos não vissem — dos pais e mães que haviam perdido o emprego e não viam nenhuma perspectiva de futuro. Aqueles padres enfrentavam o desalento, a violência, o tráfico de drogas, mas não abandonavam o seu rebanho. O futuro papa Francisco aparece aqui como o pastor generoso e caridoso daquele rebanho, mas também como o firme defensor dos dogmas católicos e crítico destemido do liberalismo econômico, da especulação financeira, da corrupção política e empresarial. A dilapidação do dinheiro do povo, o liberalismo extremo mediante a tirania do mercado, a evasão fiscal, a falta de respeito à lei, a perda do sentido do trabalho são temas que o futuro papa Francisco enfrenta com firmeza, diante do amigo jornalista que não o poupa de nenhuma pergunta. O culto ao dinheiro fácil, nos diz Francisco, é como se fosse uma idolatria, a homenagem a um bezerro de ouro que a Igreja precisa enfrentar, aliada aos homens de bem. O império do dinheiro acaba com o trabalho, o meio pelo qual se expressa a dignidade do homem.

Assim, ele fala de apostolado, da missão da Igreja desde sempre, das drogas, do trabalho missionário dos padres nas cidades e no campo — sempre, de preferência, junto aos pobres. Homem simples, de hábitos austeros, o papa Francisco a cada dia surpreende o mundo com seu jeito diferente de ser. Este livro rápido e singelo é útil ao mostrar o homem desde o início de seu apostolado, deste lado do mundo — um papa que, mesmo com os trajes de arcebispo, deixava a Cúria em Buenos Aires, tomava o metrô, depois um ônibus  e caminhava firme para as favelas onde abençoava os lares e festejava um santo ou a Virgem, tomando com o povo um pouco da sopa de carne e milho que os portenhos pobres cozinham ao ar livre para si e os amigos.

Gianni é jornalista da agência Fides, colaborador do site Vaticaninsider, do diário La Stampa e da revista de geopolítica Limes. Trabalhou também na revista mensal 30giorni, publicada em vários idiomas, e para a qual fez as reportagens e entrevistas que deram origem a este livro. Valente escreveu dois livros sobre o papa Bento XVI, Ratzinger professore e Ratzinger al Vaticano.







 





Padre tenta incentivar esperança por dias melhores 

Aberio Christe convida o leitor católico e não católico a enveredar por mensagens inspiradas na vida real
 

Lançamento da editora Jardim dos Livros, a obra “Seja Autêntico” oferece histórias e orações para tornar o dia mais sereno e enriquecedor. Padre Aberio Christe, que conquistou o público com a profundidade de suas mensagens de fé, confiança, otimismo e humor, transmitidas de forma singela e agradável em seus programas de rádio, tem o dom de encantar com as palavras.
Em Seja Autêntico (Jardim dos Livros, 152 páginas, R$ 19,90) você não encontrará apenas o Evangelho comentado, passagens da Bíblia ou sermões, mas sim mensagens apropriadas para diversas situações cotidianas. Esse é o mote da obra. Mostrar que é possível falar de Deus de uma forma de fácil compreensão para os católicos e também para os não católicos. Da mesma forma que cativa milhares de ouvintes diariamente através dos seus programas e participações em diversas emissoras.
Todos podem ler os textos de Aberio Christe e ganhar esperança por dias melhores. As 50 mensagens e 10 orações, que compõem esta edição, tornam o livro ideal para o seu dia a dia, seja na mesa de cabeceira, dentro da bolsa, no carro e até no ambiente de trabalho, proporcionando, sempre que consultado, momentos de reflexão e elevação espiritual.
Os textos de padre Aberio têm profundidade para combater os mais diversos males da alma causados pelo mundo moderno, como a ansiedade, a depressão e o estresse, graças à sua abordagem simples, acessível, que fala diretamente aos corações, sem subterfúgios de linguagem. As mensagens de fé somadas às orações constituem doses de ânimo para encarar as provações diárias e combater a falta de valores éticos e morais, a ausência de fé, as tentações, as aflições e a desesperança. Algumas de suas histórias são baseadas  em acontecimentos reais, onde a emoção está presente em cada linha.
 






Dicas de maquiagem de Alice Salazar agora em livro 

Blogueira que conquistou o Brasil e o mundo – e milhões de acessos na internet – lança agora “De bem com o espelho” no Iguatemi, em Fortaleza 

A gaúcha Alice Salazar aprendeu a maquiar com sua mãe, a também maquiadora e designer de sobrancelhas Margarete Salazar. Em 2007, resolveu dedicar-se à carreira de maquiadora e frequentou cursos no Instituto Embelleze e no SENAC. No mesmo ano, interrompeu o curso superior em Design e ingressou em Estética e Cosmética na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Trabalhou como maquiadora do Grupo RBS, emissora afiliada da Rede Globo de Televisão, por quatro anos. Em 2010, foi convidada pelo Grupo RBS a criar um blog sobre maquiagem – o Espelho Meu. Cursou a Escola de Maquiagem Make Up Forever, no Atelier Make-Up Paris, na França, e na Escola da Kryolan, na Argentina. Fenômeno na internet, os vídeos tutoriais de Alice já somam mais de 40 milhões de visualizações no Youtube.
Agora Alice, que ficou mais famosa depois de aparecer dando dicas no programa “Mais Você” de Ana Maria Braga, chega a Fortaleza para o lançamento de seu livro, “De Bem com o Espelho”, hoje a noite na livraria Saraiva do Shopping Iguatemi. 
O espelho mexe diretamente com a autoestima das mulheres. E na maioria das vezes, elas são realmente vaidosas, mas por falta de conhecimento em técnicas simples – como usar o curvex nos cílios – ficam limitadas a maquiagens mal feitas e que acabam por ressaltar aquilo que elas querem tanto esconder, como olheiras e espinhas.
Nesta sua primeira obra, Alice Salazar ensina como ficar com uma pele encantadora e olhos radiantes mesmo depois de um dia de trabalho daqueles – ou até mesmo depois de um fora na balada; ajuda a leitora a identificar qual é o tipo de pele – normal, seca, oleosa, mista –, e a valorizar morenas, loiras, negras, ruivas e orientais de acordo com cada tom de pele e cabelos.
Como ela diz, “depois de ler esse livro, as mulheres deixarão de ser meio bonitas para serem superbonitas!”. Carregar esta bíblia de beleza é sempre estar De bem com o espelho.
 

SERVIÇO
Fortaleza - 29 de Julho, 19h
Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi
Av. Washington Soares, 85 - Fortaleza/CE
Número de páginas: 230
Preço de capa: R$ 39,90
 






Reflexões sobre o mundo que não envelhecem

Editora Unesp realança “Filosofia da civilização”, do ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Albert Schweitzer

Concluída entre 1914 e 1917, portanto em meio à Primeira Guerra Mundial, “Filosofia da civilização” acaba de ser relançado pela Editora Unesp. O livro faz uma crítica à filosofia ocidental por seu fracasso em construir, como se propõe, uma visão duradoura de mundo capaz de fundar uma civilização baseada no otimismo perante a vida e na ética. E sugere um novo caminho, que, porém, não rejeita o antigo Racionalismo, mas procura retomá-lo do século 18, dando-lhe nova conformação: a do Racionalismo incondicional. Esse novo pensamento racionalista proposto por Albert Schweitzer (1875-1965) deixa de lado a obsessão por conhecer o sentido do mundo – que admite como meta intangível – e centra-se no sentimento de “querer viver”.
Para Schweitzer, é no desejo de viver, inerente a cada um, que reside a visão de vida otimista e ética, que necessariamente precede a visão de mundo, em vez de enraizar-se nesta: se reverencia a própria vida, cada ser humano deve considerar sagrada toda e qualquer vida. Ao aprofundar tal interpretação, o Racionalismo incondicional aflui para o misticismo, propondo que, por meio da atitude otimista da vida e do mundo e também da ética, o ser humano satisfaz o desejo universal de querer viver que nele se revela. O filósofo escreve: “Vivo minha vida em Deus, na misteriosa personalidade divina e ética que não reconheço dessa forma no mundo, mas apenas a vivo como um anseio misterioso em mim”.
Contudo, acredita Scheitzer, as ciências e a técnica, uma vez inseridas no cotidiano, prejudicam nas pessoas a capacidade de autorreflexão e concentração, o  que repercute em sua vida familiar e na educação de seus filhos, ensejando “dano material e espiritual”: “Totalmente absorvidos pela mais encarniçada luta pela existência, muitos de nós já não têm condições de pensar em ideais de sentido civilizatório. Não contam mais com a objetividade necessária para tanto”.
A verdadeira civilização, assim, decorreria da ação de pessoas com capacidade para “pensar” de acordo como o Racionalismo incondicional, ou seja, a partir do desejo universal de viver, mesmo que não seja possível explicar o mundo. Tal civilização não sacrificaria nenhum ser humano às circunstâncias, nem faria das massas mero instrumento para sua construção, como, segundo o pensador, propõe certa filosofia.

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