segunda-feira, 1 de abril de 2013

TEATRO

Comédia da vida real no Palco Giratório

Baseada em contos de Arthur Azevedo, peça carioca traz, com muito humor, o dilema: “casar ou não casar?”

Nesta quinta-feira (18), dentro do circuito nacional do Palco Giratório, o Sesc apresenta a comédia “Amor Confesso”, da Cia Falácia (RJ). A peça é baseada em oito contos de Arthur Azevedo e conta com a direção de Inez Viana. A apresentação começa às 20h, no Teatro Sesc Emiliano Queiroz.
No enredo, uma dúvida que persegue muitos casais “casar ou não casar?” E com o objetivo de sanar essa questão é que os atores Claudia Ventura e Alexandre Dantas, que estão prestes a fazer os votos do matrimônio, resolvem montar um espetáculo e dividir a angústia com o público.   Através da linguagem narrativa, transitando entre a contação e a vivência da própria história, usando apenas duas cadeiras e sendo acompanhados por um pianista, os atores dão vida a quase trinta personagens de Arthur Azevedo.
Idealizado pelo Departamento Nacional do Sesc, o projeto Palco Giratório chega a sua 16ª edição e se consolida no cenário cultural, levando uma grande variedade de gêneros e linguagens artísticas para um público diversificado de mais de 3 milhões de pessoas. Confira a programação completa de Fortaleza no blog Divirta-CE (www.divirta-ce.blogspot.com). Na capital cearense as apresentações acontecem no Teatro Sesc Emiliano Queiroz, no Teatro Sesc Senac Iracema, na Escola Educar Sesc, no Mercado São Sebastião e no CUCA Che Guevara.

SERVIÇO:
Projeto Palco Giratório em Fortaleza
Período: 1° a 30 de abril
“Amor Confesso” / Cia Falácia (RJ)
Dia: 18/4
Local: Teatro Sesc Emiliano Queiroz (Av. Duque de Caxias, 1701 - Centro)
Horário: 20h
Entrada R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia)
Informações: (85) 3452.9090 ou www.sesc-ce.com.br

PROGRAMAÇÃO PALCO GIRATÓRIO 2013

Lesados / Grupo Bagaceira (CE)Local: Teatro SESC Emiliano Queiroz (Av. Duque de Caxias, 1701 – Centro)
Período: 20/4
Horário: 20h
Entrada: R$10,00 (inteira); R$5,00 (meia)

Casamento e Divórcio da Lagartixa / Grupo Cutubas (CE)
Local: Mercado São Sebastião (R. General Clarindo de Queiroz, 1745 – Centro)
Período: 21/4
Horário: 8h
Entrada: Gratuita

Julia / Grupo de Teatro Cirquinho do Revirado (SC)
Local: Área de Convivência da Unidade Fortaleza do Sesc (R. Clarindo de Queiroz, 1740 – Centro)
Período: 22/4
Horário: 17h
Entrada: Gratuita

O Filho Eterno / Cia. Atores de Laura (RJ)
Local: Teatro Sesc Emiliano Queiroz (Av. Duque de Caxias, 1701 – Centro)
Período: 23/4
Horário: 20h
Entrada: R$10,00 (inteira); R$5,00 (meia)

Os Músicos de Bremem / Bilu Bila Cia.(CE)
Local: Escola Educar Sesc (R. José Jatahy, 813 – Farias Brito)
Período: 24/4
Horário: 9h
Entrada: Gratuita

O Malefício da Mariposa / Ave Lola Espaço de Criação (PR) 
Local: Teatro Sesc Senac Iracema (Rua Boris, 90 – Praia de Iracema)
Período: 25/4
Horário: 20h
Entrada: R$10,00 (inteira); R$5,00 (meia)

O Fantástico Circo-teatro de um homem só / Cia. Rústica (RS)
Local: Teatro Sesc Emiliano Queiroz (Av. Duque de Caxias, 1701 – Centro)
Período: 27/4
Horário: 20h
Entrada: R$10,00 (inteira); R$5,00 (meia)
  
Concerto Ás em 4 / Grupo Ás de Teatro (CE)
Local: Teatro Sesc Senac Iracema (Rua Boris, 90 – Praia de Iracema)
Período: 28/4
Horário: 20h
Entrada: R$10,00 (inteira); R$5,00 (meia)
 

Objeto Gritante / Maurício de Oliveira & Siameses (SP)
Local: Teatro Sesc Emiliano Queiroz (Av. Duque de Caxias, 1701 – Centro)
Período: 29/4
Horário: 20h
Entrada: R$10,00 (inteira); R$5,00 (meia)

Ivanov   / Teatro Máquina (CE)
Local: Teatro Sesc Senac Iracema (Rua Boris, 90 – Praia de Iracema)
Período: 30/4
Horário: 20h
Entrada: R$10,00 (inteira); R$5,00 (meia)









Beth Goulart personifica Clarice Lispector este fim de semana, no Teatro José de Alencar

A atriz estará em cartaz neste fim de semana, com a peça “Simplesmente eu, Clarice Lispector”, neste sábado às 20h e domingo às 19h, no TJA

Com a peça, que já foi apresentada no Festival de Teatro de Guaramiranga, Beth Goulart foi premiada como Melhor Atriz no Prêmio Shell

FOTOS E VÍDEO: FELIPE PALHANO

Neste sábado e domingo, dias 13 e 14 de abril, Beth Goulart apresenta no palco principal do Theatro José de Alencar o espetáculo “Simplesmente eu, Clarice Lispector”. O texto de Clarice Lispector tem adaptação, interpretação e direção de Beth Goulart, com a supervisão de Amir Haddad. No sábado a sessão terá início às 20 horas e no domingo às 19h. 
O espetáculo mostra a trajetória desta mulher em direção ao entendimento do amor, de seu universo, suas dúvidas e contradições. Uma autora e seus personagens dialogando sobre a vida e morte, criação, Deus, cotidiano, palavra, silêncio, solidão, entrega, inspiração, aceitação e entendimento. O texto é extraído de depoimentos, entrevistas, correspondências de Clarice e trechos das obras: "Perto do Coração Selvagem", "Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres" e os contos "Amor" e "Perdoando Deus".
Joana, uma mulher inquieta e criativa foi a primeira personagem de Clarice Lispector que Beth Goulart conheceu. No auge da adolescência, ao ler “Perto do Coração Selvagem”, romance de estreia da autora, sua identificação foi inevitável. "Eu achava que não era compreendida. O que fazer com isso tudo dentro de mim, com esse processo criativo? Só Clarice me entendia.", confessa Beth. Depois de Joana, que representa o impulso criativo selvagem, vieram outras mulheres na escrita de Clarice. Entre elas, está Ana, do conto "Amor", que leva uma vida simples, dedicada ao marido e aos filhos e tem a rotina quebrada ao se impressionar com a magia do Jardim Botânico. Ela representa a fase em que Clarice se dedicou totalmente ao marido e aos filhos.
Lóri, da obra “Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres” é uma professora primária que mora sozinha e se prepara para descobrir o amor. Toda a obra de Clarice é uma ode ao amor. Há ainda outra mulher sem nome, que, no conto "Perdoando Deus", se deixa mergulhar na liberdade enquanto passeia por Copacabana, representando a ironia, a inteligência e o humor na obra de Clarice. Essas quatro mulheres, que, para Beth, "representam algumas facetas da própria Clarice", foram escolhidas para apresentar ao público a obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira. Em “Simplesmente eu, Clarice Lispector”, espetáculo que teve estreia nacional em julho de 2009 em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil, a atriz interpreta, além da escritora e suas personagens, fragmentos que reconhece em si mesma: "Usando as palavras dela, eu também estou falando de mim, eu me revelo através de minhas escolhas".

Beth faz reflexões sobre temas como criação, vida e morte, Deus, cotidiano, solidão, arte, loucura, aceitação e entendimento e trabalha pontos característicos da obra de Lispector, como o vazio, o silêncio e o instante-já, "aquele momento único, que é como um flash, um insight", explica a atriz. Para o monólogo, que ela também dirige, passou dois anos mergulhada em longa pesquisa. A narrativa se constrói a partir de trechos de entrevistas, depoimentos e correspondências. Segundo Beth, toda essa ligação se dá por uma única linha: o amor. "Ela falava sobre o amor maternal, o do relacionamento, o amor a Deus, à natureza, ao próximo. Escolhi esse viés para apresentá-la ao público." Para a atriz, representar Clarice Lispector é realizar um antigo desejo. "Eu sempre acalentei essa vontade de um dia poder dar meu corpo, minha voz, minhas emoções para colocá-la viva em cena."
A caracterização foi feita de forma cuidadosa. Detalhes como a maquiagem ganharam tratamento especial de Beth Goulart, que optou por um caminho neutro para passear livremente pela pele das personagens e da autora. "O espetáculo todo é como se fosse uma grande folha em branco a ser escrita por esses personagens, pelos movimentos, pelas ações, pelos sentimentos, pela luz. O que me levou a fazer Clarice Lispector no teatro foi o mistério do espelho, a identificação que sinto por ela. Além da vontade de trazer mais luz sobre esta mulher que revolucionou a literatura brasileira, redimensionou a linguagem falando do indizível com a delicadeza da música, usando a escrita como uma revelação, buscando o som do silêncio ou fotografar o perfume. “A arte é o vazio que a gente entendeu” diz Clarice. Quero atingir o vazio de mim mesma para refletir a profundidade desta mulher que conhece o segredo das palavras e suas dimensões”, completa Beth Goulart.


Nenhum comentário: