domingo, 3 de outubro de 2010

CIÊNCIA - COMPORTAMENTO - ESOTERISMO

Boa aparência pode ser um fator importante na carreira profissional, revelam especialistas

Pesquisa feita pelas Universidades do Texas e Michigan revelou que pessoas preocupadas com a saúde e com a imagem ganhavam salários cerca de 10% a 15% maiores que as pessoas descuidadas

A primeira impressão é que fica. Quem já não ouviu ao menos uma vez essa frase no trabalho? No mundo corporativo, ter uma aparência ‘saudável e natural’ pode demonstrar confiança, responsabilidade e capacidade de administrar bem as atividades do dia a dia, sem interferir na saúde. É o que afirma a vice-presidente executiva da Catho Consultoria em RH, a headhunter Silvana Case. Para ela, a boa aparência é um ponto favorável nos processos seletivos. “Uma boa imagem mostra o quanto uma pessoa se preocupa com si mesma e, provavelmente, com as atividades profissionais. A aparência bem cuidada transmite o que fazemos. Se pudermos caprichar, porque não fazê-lo?”

Pesquisa anual realizada pela Catho Online mostrou que executivos preocupados com a saúde, bem-estar e cuidados pessoais, além de não fumantes, são preferidos pelos empregadores.

Nos Estados Unidos, a preocupação com a aparência também é levada em consideração. Levantamento feito pelas Universidades de Harvard e Wesleyan revelou que candidatos considerados bonitos e bem cuidados, tiveram melhores propostas salariais pelos entrevistadores.

A boa imagem, atrelada à competência e o tempo de experiência profissional, pode garantir posições de destaque, chances de promoção e oportunidade de recolocação no mercado. No entanto, a headhunter garante que a aparência não é a única determinante nos processos.

“A imagem que o candidato traz não substitui a competência, pelo contrário, poderá até mesmo atrapalhar se a pessoa se utilizar de sua aparência para conquistar a posição. A aparência compõe o profissional, mas por si só, não é fator decisivo”, afirma Silvana.



Homens vaidosos

Pesquisa feita pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês) mostram que, no Brasil, foram realizadas 1,05 milhão de cirurgias plásticas em 2009. No mesmo período, os procedimentos não cirúrgicos somaram 1,42 milhão. O Brasil é o terceiro país em número de cirurgias plásticas realizadas no mundo, atrás somente dos Estados Unidos (1,3 milhões) e China (1,2 milhões).

Dados internacionais mostram um aumento de 8% no número de homens que procuram por tratamentos de beleza, em relação a 2009.

Para a diretora da J&C Consultores, a headhunter Joyce Cerginer, que trabalha há 20 anos identificando talentos, o público masculino vêm se preocupando mais com a aparência do que alguns anos atrás. “Um dos motivos é a competitividade do mercado de trabalho, que exige uma boa apresentação pessoal. Houve uma queda em relação aos preconceitos que os homens tinham contra a beleza”, comenta a profissional.

Segundo o cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Dr. Rafael Nunes, a aparência não é mais uma opção, é sim, uma necessidade profissional. “Diversos pacientes procuram os tratamentos estéticos com este objetivo. De uma forma geral, jovens empreendedores, profissionais que lidam com público e pacientes com mais de 40 anos optam por um ‘new look’ para enfrentar os desafios na carreira”, assinala o especialista.

Para ele, a manutenção de uma aparência mais jovem e saudável por parte dos homens é reflexo deste aumento. “A aposta dos pacientes do sexo masculino é, na verdade, uma aposta também no seu sucesso profissional. Afinal de contas sucesso e boa aparência cada vez andam mais próximos”, finaliza.

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