Livro que traz diálogo sobre as doenças do corpo e da alma é lançado em Fortaleza
O psicanalista e educador Rubem Alves, considerado um dos mais cultuados e respeitados do país, lançará no próximo dia 16 de agosto o livro “Rubem Alves e Moacyr Scliar: conversam sobre o corpo e a alma: uma abordagem médico-literária”. A obra, escrita em parceria com o já falecido médico Moacyr Scliar, aborda de maneira espontânea as doenças do corpo e da alma a partir de uma visão médico e literária. O evento de lançamento acontecerá no Teatro Celina Queiroz, na Universidade de Fortaleza (Unifor), às 19 horas.
Na ocasião, se fará presente o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Luiz Odorico Monteiro de Andrade, que mediou o diálogo entre os dois. Alves prioriza metáforas e as utiliza de modo poético, levando o leitor a profundas reflexões sobre a saúde do corpo e da alma. Já Scliar conduz o leitor a uma viagem pelo tempo, levando-o a descobrir que a medicina por um longo período se preocupou mais com a alma do que com o corpo, sendo este apenas um invólucro para uma alma eterna que teria o céu quando fenecesse.
Na Bíblia, as doenças eram consideradas castigos divinos e a cura, a compaixão de Deus, suas dádivas, seus milagres. Tanto o corpo quanto a alma podem sofrer. Só que as doenças da alma, como a melancolia, nem sempre podem ser diagnosticadas como as doenças físicas. Os médicos então preferem lidar com as doenças que podem ser diagnosticadas, descritas em livros, que possuem fundamento teórico e soluções farmacológicas ou cirúrgicas. E como tratar as doenças da alma? O que fazer com a inveja que corrói, com ciúme, a avareza? Como tratá-las? E como trabalhar a culpa que muitas vezes não permite o indivíduo viver em paz? Poderia a palavra ser um tratamento para as doenças que atingem a nossa alma?
Essas e outras considerações foram brilhantemente elaboradas pelos autores, permitindo ao leitor a reflexão que levará à compreensão e talvez à cura da própria alma. No ato do lançamento, Rubem Alves ainda realizará uma palestra para professores e alunos interessados.
SERVIÇO
Evento: Lançamento do livro “Rubem Alves e Moacyr Scliar: conversam sobre o corpo e a alma: uma abordagem médico-literária”
Data: 16/08/2011
Local: Teatro Celina Queiroz – Universidade de Fortaleza (Unifor)
Endereço: Av. Washington soares, 1321. Edson Queiroz
Informações: Lena Ximenes (9611.6716 / 8897.8592)
JOÃO ALMINO VENCE ZAFFARI & BOURBON COM O ROMANCE "CIDADE LIVRE"
O escritor e diplomata João Almino é o grande vencedor da sétima edição do Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon, da Jornada Literária de Passo Fundo, com o livro Cidade Livre (Record). O anúncio foi feito hoje em Passo Fundo (RS). O Zaffari & Bourbon, criado em 1999, homenageia o melhor romance brasileiro publicado nos últimos dois anos (nesta edição, no período entre junho de 2009 e maio de 2011) e concede um prêmio de 150 mil reais. Na edição anterior, em 2009, o vencedor foi Cristovão Tezza com O filho eterno, também publicado pela Record.
Quinto título de uma série que explora de diferentes formas o mesmo universo – a capital federal brasileira –, Cidade livre remonta ao período de fundação de Brasília e apresenta histórias em que a criação e a construção da cidade assumem dimensões simbólicas e míticas. “Brasília representa o moderno sobre o qual já se pode olhar como se fosse o passado”, diz o autor. Almino explora com sua prosa fina um mosaico social e cultural visto de perspectivas inusitadas.
Candangos, empreiteiros, aproveitadores, idealistas, políticos, místicos de seitas salvacionistas, todos os elementos fundadores da capital encontram-se pelos olhos do autor dentro ou em torno da Cidade Livre, nome de uma cidade real (designação anterior do Núcleo Bandeirante) que deveria ter sido destruída ao término da construção da capital federal. O ajuntamento não apenas não se desfez como proliferou, dando origem às cidades satélites, cuja desorganização e espontaneidade formam um contraponto ao plano piloto da cidade monumental.
SOBRE O AUTOR:
João Almino nasceu em Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 1950. Aclamado pela crítica por seus romances Idéias para Onde Passar o Fim do Mundo (indicado ao Prêmio Jabuti, e ganhador de prêmio do Instituto Nacional do Livro e do Prêmio Candango de Literatura), Samba-Enredo, As Cinco Estações do Amor (Prêmio Casa de las Américas 2003, publicado no México, na Argentina e nos EUA) e O Livro das Emoções (indicado para o 7º Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2009 e o 6º Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura 2009), tem feito de Brasília tema de sua obra de ficção. Seus escritos de história e filosofia política são referência para os estudiosos do autoritarismo e da democracia. É também autor de livros de ensaios literários. Doutorou-se em Paris, orientado pelo filósofo Claude Lefort. Ensinou na UNAM (México), UnB, Instituto Rio Branco, Berkeley e Stanford.
“São as vozes migrantes que o ouvido afinado de João Almino vem surpreendendo. Capta-as com a sua implacável kodak romanesca.”
- Silviano Santiago
“Entre os melhores autores de nosso país. O Brasil está resumido em suas páginas.”
- Moacyr Scliar
“Um escritor que conhece seu ritmo, feito de branda loquacidade nas descrições e de muitas reticências na pontuação de sua veia melancólica.”
- João Gilberto Noll
“A presença de um rigoroso trabalho técnico de estrutura e de linguagem é transparente.”
- Heloísa Buarque de Hollanda, Caderno Idéias, Jornal do Brasil
“Uma poderosa presença no que poderíamos chamar “a veia existencialista” do gênero.”
- Hans Ulrich Gumbrecht
“Um narrador quase único, que sabe transmitir idéias profundas sem que estas tirem vida da substância das histórias que conta.”
- Alberto Ruy-Sanchez
“Ressalta a habilidade de João Almino para a confecção de biografias, como certa vez destacou João Lafetá.”
- Alcir Pécora
“Num trabalho ao mesmo tempo de grande concentração e vasta abrangência, João Almino tem produzido um retrato múltiplo, vividamente detalhado e de ressonância histórica.”
- Michael Palmer
“A Brasília de Almino não é só uma cidade moderna, mas uma metáfora do mundo moderno.”
- José Castello, Estado de S. Paulo
“Quando o leitor cai em si, foi tragado: Brasília erigiu-se em microcosmo e metáfora do país, do universo, da existência, ou desse torvelinho vertiginoso que é a subjetividade.”
- Walnice Nogueira Galvão
O psicanalista e educador Rubem Alves, considerado um dos mais cultuados e respeitados do país, lançará no próximo dia 16 de agosto o livro “Rubem Alves e Moacyr Scliar: conversam sobre o corpo e a alma: uma abordagem médico-literária”. A obra, escrita em parceria com o já falecido médico Moacyr Scliar, aborda de maneira espontânea as doenças do corpo e da alma a partir de uma visão médico e literária. O evento de lançamento acontecerá no Teatro Celina Queiroz, na Universidade de Fortaleza (Unifor), às 19 horas.
Na ocasião, se fará presente o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Luiz Odorico Monteiro de Andrade, que mediou o diálogo entre os dois. Alves prioriza metáforas e as utiliza de modo poético, levando o leitor a profundas reflexões sobre a saúde do corpo e da alma. Já Scliar conduz o leitor a uma viagem pelo tempo, levando-o a descobrir que a medicina por um longo período se preocupou mais com a alma do que com o corpo, sendo este apenas um invólucro para uma alma eterna que teria o céu quando fenecesse.
Na Bíblia, as doenças eram consideradas castigos divinos e a cura, a compaixão de Deus, suas dádivas, seus milagres. Tanto o corpo quanto a alma podem sofrer. Só que as doenças da alma, como a melancolia, nem sempre podem ser diagnosticadas como as doenças físicas. Os médicos então preferem lidar com as doenças que podem ser diagnosticadas, descritas em livros, que possuem fundamento teórico e soluções farmacológicas ou cirúrgicas. E como tratar as doenças da alma? O que fazer com a inveja que corrói, com ciúme, a avareza? Como tratá-las? E como trabalhar a culpa que muitas vezes não permite o indivíduo viver em paz? Poderia a palavra ser um tratamento para as doenças que atingem a nossa alma?
Essas e outras considerações foram brilhantemente elaboradas pelos autores, permitindo ao leitor a reflexão que levará à compreensão e talvez à cura da própria alma. No ato do lançamento, Rubem Alves ainda realizará uma palestra para professores e alunos interessados.
SERVIÇO
Evento: Lançamento do livro “Rubem Alves e Moacyr Scliar: conversam sobre o corpo e a alma: uma abordagem médico-literária”
Data: 16/08/2011
Local: Teatro Celina Queiroz – Universidade de Fortaleza (Unifor)
Endereço: Av. Washington soares, 1321. Edson Queiroz
Informações: Lena Ximenes (9611.6716 / 8897.8592)
JOÃO ALMINO VENCE ZAFFARI & BOURBON COM O ROMANCE "CIDADE LIVRE"
O escritor e diplomata João Almino é o grande vencedor da sétima edição do Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon, da Jornada Literária de Passo Fundo, com o livro Cidade Livre (Record). O anúncio foi feito hoje em Passo Fundo (RS). O Zaffari & Bourbon, criado em 1999, homenageia o melhor romance brasileiro publicado nos últimos dois anos (nesta edição, no período entre junho de 2009 e maio de 2011) e concede um prêmio de 150 mil reais. Na edição anterior, em 2009, o vencedor foi Cristovão Tezza com O filho eterno, também publicado pela Record.
Quinto título de uma série que explora de diferentes formas o mesmo universo – a capital federal brasileira –, Cidade livre remonta ao período de fundação de Brasília e apresenta histórias em que a criação e a construção da cidade assumem dimensões simbólicas e míticas. “Brasília representa o moderno sobre o qual já se pode olhar como se fosse o passado”, diz o autor. Almino explora com sua prosa fina um mosaico social e cultural visto de perspectivas inusitadas.
Candangos, empreiteiros, aproveitadores, idealistas, políticos, místicos de seitas salvacionistas, todos os elementos fundadores da capital encontram-se pelos olhos do autor dentro ou em torno da Cidade Livre, nome de uma cidade real (designação anterior do Núcleo Bandeirante) que deveria ter sido destruída ao término da construção da capital federal. O ajuntamento não apenas não se desfez como proliferou, dando origem às cidades satélites, cuja desorganização e espontaneidade formam um contraponto ao plano piloto da cidade monumental.
SOBRE O AUTOR:
João Almino nasceu em Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 1950. Aclamado pela crítica por seus romances Idéias para Onde Passar o Fim do Mundo (indicado ao Prêmio Jabuti, e ganhador de prêmio do Instituto Nacional do Livro e do Prêmio Candango de Literatura), Samba-Enredo, As Cinco Estações do Amor (Prêmio Casa de las Américas 2003, publicado no México, na Argentina e nos EUA) e O Livro das Emoções (indicado para o 7º Prêmio Portugal Telecom de Literatura 2009 e o 6º Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura 2009), tem feito de Brasília tema de sua obra de ficção. Seus escritos de história e filosofia política são referência para os estudiosos do autoritarismo e da democracia. É também autor de livros de ensaios literários. Doutorou-se em Paris, orientado pelo filósofo Claude Lefort. Ensinou na UNAM (México), UnB, Instituto Rio Branco, Berkeley e Stanford.
“São as vozes migrantes que o ouvido afinado de João Almino vem surpreendendo. Capta-as com a sua implacável kodak romanesca.”
- Silviano Santiago
“Entre os melhores autores de nosso país. O Brasil está resumido em suas páginas.”
- Moacyr Scliar
“Um escritor que conhece seu ritmo, feito de branda loquacidade nas descrições e de muitas reticências na pontuação de sua veia melancólica.”
- João Gilberto Noll
“A presença de um rigoroso trabalho técnico de estrutura e de linguagem é transparente.”
- Heloísa Buarque de Hollanda, Caderno Idéias, Jornal do Brasil
“Uma poderosa presença no que poderíamos chamar “a veia existencialista” do gênero.”
- Hans Ulrich Gumbrecht
“Um narrador quase único, que sabe transmitir idéias profundas sem que estas tirem vida da substância das histórias que conta.”
- Alberto Ruy-Sanchez
“Ressalta a habilidade de João Almino para a confecção de biografias, como certa vez destacou João Lafetá.”
- Alcir Pécora
“Num trabalho ao mesmo tempo de grande concentração e vasta abrangência, João Almino tem produzido um retrato múltiplo, vividamente detalhado e de ressonância histórica.”
- Michael Palmer
“A Brasília de Almino não é só uma cidade moderna, mas uma metáfora do mundo moderno.”
- José Castello, Estado de S. Paulo
“Quando o leitor cai em si, foi tragado: Brasília erigiu-se em microcosmo e metáfora do país, do universo, da existência, ou desse torvelinho vertiginoso que é a subjetividade.”
- Walnice Nogueira Galvão
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