domingo, 14 de agosto de 2011

ARTES PLÁSTICAS, ARQUITETURA, DESIGN, FOTOGRAFIA


Dia da Fotografia
- 19 DE AGOSTO

Exposição Postais do Ceará chega ao Centro Cultural Bom Jardim

O Centro Cultural Bom Jardim abriu no sábado, 13, às 16h, a exposição de fotografia Postais do Ceará. A mostra, que é uma realização do IFoto e do Espaço Cultural Correios, fica aberta ao público com horários de visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 16h, e aos sábados e domingos, das 16h às 18h. O acesso é livre.

A mostra apresenta o Ceará sob uma perspectiva diferente. Através dos cliques, há uma transformação do espaço físico em um espetáculo de imagens onde o protagonista é a emoção, criada a partir da memória de determinados lugares e das experiências que neles vivemos.

Nas fotografias expostas, a possibilidade de ver uma cena é também a de fazer parte dela, a partir da releitura de espaços já familiares no cotidiano. Partindo da idéia de que um postal traz uma imagem e uma mensagem, em Postais do Ceará, a mensagem é mutável e varia diante dos olhos do espectador.

Participam da mostra os fotógrafos Alex Costa, Angela Moraes, Bia Fiuza, Carlos Gibaja, Celso Oliveira, Chico Gomes, Clesivaldo Alves, Fátima Perini, Fernanda Oliveira, Fernando Jorge, Henrique Torres, José Albano, José Wagner, Lia de Paula, Marcelo Isola, Marcos Guilherme, Marcus Vale, Mauricio Albano, Otavio Nogueira, Sheila Oliveira; sendo cada um deles responsável por uma obra. O grupo envolve o público, fazendo-o pensar em si como paisagem ou fotógrafo.

A curadoria é assinada por Silas de Paula - professor da Universidade Federal do Ceará e doutor em Comunicação pela Loughborough University of Technology, da Inglaterra - e Tiago Santana - fotógrafo profissional independente e documentarista fotográfico que ganhou destaque na Associação Brasileira de Imprensa, pela arte-reportagem “O Chão de Graciliano”, livro produzido em parceria com o jornalista Audálio Dantas. Acesso Livre.







Linguagem e pensamento da Fotografia Contemporânea serão discutidos no “Encontros de Agosto 2011”


Nesta quarta-feira (17) começam os seminários no CCBNB e na Galeria Mariana Furlani será aberta a exposição Ensaistas, com as mostras “Beira mar de todos os dias” (Sheila Oliveira), “Encante” (Gustavo Pellizzon) e “Down Under” (João Palmeiro).

Este mês o Fórum da Fotografia – Ceará realiza o Encontros de Agosto 2011, em comemoração ao Dia Mundial da Fotografia (19 de agosto). Com o tema "Fotografia Contemporânea – linguagem e pensamento", o evento conta com exposições desde o dia 10, e seminários, palestras e workshop entre os dias 16 e 20 do mesmo mês, na busca de refletir sobre as questões da fotografia e sua inserção no campo das artes.

Esta edição é dedicada à divulgação da fotografia cearense contemporânea para o público local e ressalta a oportunidade de que essa produção seja vista pelos profissionais convidados para o evento, os quais atuam como curadores, galeristas e pesquisadores da fotografia brasileira.



EXPOSIÇÕES

Para as exposições, foi lançada convocatória para fotógrafos cearenses ou residentes no Estado, profissionais ou amadores. As mostras com os trabalhos selecionados ocupam diversos espaços de Fortaleza e permanecerão abertas para visitação até setembro. A programação com os períodos de cada exposição está disponível no www.encontrosdeagosto.net.

No dia 19, às 19 horas no Sobrado Dr. José Lourenço, será aberta da exposição coletiva Tudo é fotografia com trabalhos de fotógrafos cearenses ou residentes no Ceará, profissionais e amadores, selecionados por meio de convocatória, além de projeções em alguns locais da cidade. A seleção foi realizada pela curadora e galerista Isabel Amado (SP) com o apoio de Patrícia Veloso, coordenadora do Encontros de Agosto 2011. Posteriormente será elaborado um livro/catálogo com imagens que circularam nas mostras. A exposição permenecerá aberta a visitação até o dia 2 de outubro.

Os selecionados foram: Alex Hermes; Alex Uchoa; Analice Diniz; Angela Moraes; Aron Rocha; Aziz Ary; Beatriz Pontes; Bia Fiuza; Bia Sabóia; Bruno Macedo; Camila Mangueira; Carolinne Santos; Célio Celestino; Celso Oliveira; Charles Siqueira e Karol Luan (coletivo); Chico Gadelha;Chico Gomes; Clayton Queiroz; Coletivo A.R; Coletivo Vista Boa em Boa Vista; Daniel Pizamiglio; Davi Lázaro; Deivyson Teixeira; Fátima Perini; Felipe Gregório; Fernanda Oliveira; Fernando Jorge Silva; Filipe Acácio; Galba Sandras; Gentil Barreira; Goretti Feitosa; Gustavo Pelizzon; Igor Grazianno; Ingra Rabelo e Camila Pinho (coletivo); Israel Souto; Jarbas Oliveira; João Palmeiro; José Albano; Júlia Braga; Laís Pontes; Leo Andrade; Leo Kaswiner; Márcio Távora; Marcos Montenegro; Nicolas Gondim; Nilton Novaes; Nivia Uchoa; Paulo Marcelo Freitas; Pedro Esdras; Raphael Villar; Rodrigo Patrocínio; Rubens Venancio; Ruth Menezes; Ruth Moreira; Sérgio Carvalho; Sheila Oliveira; Silas de Paula e Iana Soares (coletivo); e Tiago Lopes.
Uma parceria do Encontros de Agosto 2011 com algumas galerias de Fortaleza, entre as quais a Multiarte, Mariana Furlani e Mestre Rosa, resulta em exposições individuais e coletivas.



JÁ FORAM ABERTAS AS SEGUINTES EXPOSIÇÕES:

Encontro de Olhares, desde o dia 10 deste mês na Galeria Multiarte, onde permanecerá até 10 de setembro. Os olhares que se encontram são do homenageado Chico Albuquerque, na mostra Mucuripe 1952, do consagrado José Albano, com os trabalhos da série Europa, e de duas jovens fotógrafas, Beatriz Pontes e Bia Fiuza. Elas expõem obras selecionadas pelo fotógrafo e curador Marcelo Greco. De Beatriz Pontes, a mostra Die Reise, e de Bia Fiuza, Rendez-Vous.

No dia 11 foram abertas as exposições Na Avenida, de Chico Gomes, na Galeria Antônio Bandeira até o dia 17 de setembro, e Do Instante à Imaginação, de Gentil Barreira, até 26 de agosto na Galeria Casa D’Arte.

Henrique Torres abriu no dia 12 a exposição Nas Esquinas, que permanecerá até 17 de setembro na Galeria Antônio Bandeira. No dia 13 o Instituto da Fotografia (Ifoto) abriu a coletiva Postais do Ceará, com trabalhos de 20 fotógrafos cearenses no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ).



AS PRÓXIMAS EXPOSIÇÕES


Além da coletiva Tudo é fotografia, a partir do dia 19 no Sobrado Dr. José Lourenço, em parceria com o Encontros de Agosto 2011 ainda serão abertas as seguntes exposições:

Nesta terça-feira, 16, às 18h, será aberta a exposição Correspondências Visuais, no Centro Cultural do Banco do Nordeste (CCBNB), reunindo os fotógrafos Marcelo Brodsky, Tiago Santana e Cássio Vasconcellos. Na abertura, haverá uma Conversa com os Autores. No dia 17, das 18h às 19h, o público poderá participar de uma visita guiada pelos criadores. A exposição permanecerá aberta até o dia 16 de setembro. Também no CCBNB, dia 16, às 18h o argentino Marcelo Brodsky abre a exposição Buena Memória, que poderá ser visitada até o dia 18 de setembro.
Na quarta, 17, às 10h, na Galeria Mariana Furlani, será aberta a exposição Ensaístas, com os ensaios Beira mar de todos os dias, de Sheila Oliveira, Encante, de Gustavo Pellizzon, e Down Under, de João Palmeiro. No dia 18, também às 10h, a fotógrafa Nely Rosa abre a individual Múltiplos na Galeria Mestre Rosa.
A última exposição a ser aberta em parceria com o Encontros de Agosto 2011 é Um dia qualquer... no mercado, de Silas de Paula, no dia 26 de agosto, às 20 horas, na Travessa da Imagem (Praia de Iracema), onde poderá ser conferida até o dia 30 de setembro.



SEMINÁRIOS, PALESTRAS E WORKSHOP

As palestras e seminários acontecem numa parceria entre o Encontros de Agosto 2011 e o programa Agosto da Arte do Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB), que neste ano se concentra na Fotografia.

Nos seminários, entre os dias 17 e 19 de agosto, os convidados apresentarão os seguintes temas: "O retrato como fonte para um inventário de fotógrafos" (Bertrand Lira - PB), "Chico Albuquerque e a fotografia Moderna no Brasil" (Patricia Veloso - CE), "Fototaxia - em busca do elo perdido" (Miguel Chikaoka - PA), "Belém – Outros circuitos fotográficos. Outro posto de observação" (Mariano Klautau - PA), "Fotografia Contemporânea (O retrato no Ceará)" (Silas de Paula - CE), “Relato de experiências” (Ricardo Peixoto - PB), "EGOSHOT: território do rosto ágrafo" (Flavya Mutran - PA), "Imagem Fotográfica na Academia Brasileira Atual" (Mauro Koury - PB) e “A Fotografia contemporânea e os jovens fotógrafos cearenses" (Cristiana Parente - CE).

Três palestras vão compor a programação. Eduardo Brandão (SP) e Max Perlingeiro (SP) falam sobre "Fotografia - galerias e colecionismo", Rubens Fernandes (SP) fala sobre "Internacionalização da Fotografia Brasileira", ocasião em que será apresentado o livro “Sertão”, de Tiago Santana, lançado pela coleção Photo Poche Société. “Fotografia Contemporânea” é o tema da palestra que encerra a programação no dia 20, proferida por Eder Chiodetto (SP) e Silas de Paula (CE).

Já no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC), no dia 20, pela manhã, a curadora e galerista Isabel Amado (SP) ministra o workshop “Fotografia e o mercado da arte”. O objetivo é orientar fotógrafos como atuar no circuito autoral, como apresentar suas imagens para dialogar com a crítica e as instituições que legitimam esse fazer artístico e outros temas de interesse que mobilizam o segmento.

O Encontros de Agosto 2011 é uma iniciativa do Fórum da Fotografia - Ceará, sob coordenação geral de Patrícia Veloso e coordenação executiva de Glícia Gadelha, tendo como conselheiros os fotógrafos Silas de Paula, Solon Ribeiro e Tiago Santana. O evento tem realização do Instituto Anima Cult, Imagem Brasil e Centro Cultural Banco do Nordeste; em parceria com o Instituto da Fotografia (Ifoto), Rede de Produtores Culturais da Fotografia Brasileira (RPCFB) e Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará; e apoio de Gráfica Santa Marta, Prefeitura de Fortaleza e Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura.



SERVIÇO

Encontros de Agosto 2011 – Seminários, palestras e workshop até 20 de agosto e exposições até 02 de outubro em Fortaleza/CE. Programação completa no site www.encontrosdeagosto.net. Informações: 85-3261.0525. A participação em todas as atividades são gratuitas..






Exposição fotográfica de Marcelo Brodsky sobre ditadura militar na Argentina


A exposição “Buena Memoria”, do fotógrafo argentino Marcelo Brodsky, será apresentada no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108). A abertura da mostra acontecerá na próxima terça-feira, 16, às 18 horas, ficando em cartaz até 18 de setembro, com entrada franca (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 12h às 18h).

Um lugar de ausência? (texto de Diógenes Moura)

O fotógrafo argentino Marcelo Brodsky construiu um ensaio fotográfico a partir de ausências tão próximas quanto ele mesmo, o desaparecimento do seu irmão Fernando, do seu amigo Martín, dos amigos dos seus amigos, dos que ele já tinha ouvido falar, dos que ele nunca ouviu falar e mesmo não conhecendo eram tão próximos de uma mesma dor, de uma fenda que se abriu na vida e nas famílias de cada um dos desaparecidos, dessa amargura de um adeus nunca revelado: “Buena Memoria” é um documento sobre a ditadura militar na Argentina e em todas as outras partes do mundo onde o sistema político atiçou (e ainda atiça) as suas garras.

Com fotografias de família e retratos dos colegas de turma do Colégio Nacional de Buenos Aires, o artista reescreveu uma identidade perdida a partir das imagens dos que estão vivos, para localizaar em algum lugar do passado, a sua própria história e, nesse caso, tratar sobre uma memória universal que não se perdeu e é definitiva para o hoje mundo “democrático” entender que não poderemos seguir adiante sem que todos esses nomes sejam repetidos, repetidos e repetidos como verdadeiramente o são no corpo vivo de “Buena Memoria”. Assim, teremos o retrato de um tempo. É esse tempo que Brodsky perpetua acompanhado pelas suas próprias palavras e pelas palavras de amigos que sabem o que significam até hoje aqueles anos de assassinatos, desaparecimentos, silêncio, mudez e morte anunciada.

Trata-se também de uma exposição sobre a literatura dessa ausência. Sobre a forma verídica de um acontecimento. Chega ao Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza num momento importante, o bicentenário das lutas de resistência na América Latina. “Buena Memoria” é, portanto, um livro aberto que poderá mudar a cada instante: Claudio, Martín, Fernando e todos os outros nomes desaparecidos vistos simbolicamente pelos alunos de hoje nas imagens da série Ponte da Memória. Refletidos nos rostos deles, os outros, nos mesmos, os que aqui ficamos para não esquecer, para nunca esquecer que o terrorismo foi assim: apagou de sua frente nomes e sobrenomes sem se importar com o trauma que apenas encontra sinônimo nos horrores da guerra.

“Buena Memoria” reconstrói Marcelo Brodsky para si mesmo. Traz de volta (sim, sabemos que isso não é possível) o seu amigo Martín quando os dois queriam ser fotógrafos. Traz de volta seu irmão Fernando, numa foto feita por Sara, a mãe dos dois. Uma única fotografia do filho que não voltou, sentado num teatro vazio. Apenas (e tudo) isso. Não será jamais uma fotografia muda. Traz para diante de nós o retrato 3 x 4 de Claudio onde ele olha e pensa que os “fins justificam os meios”, e traz ele mesmo, Brodsky, num navio, ao lado de seu irmão sobre as águas marrons do rio da Prata (“permanecemos em um lugar desconhecido”) onde os corpos eram atirados e onde hoje, em Buenos Aires, está instalado o Parque da Memória. É lá, naquele espaço onde a emoção perde o nome, que justamente estão inscritos os nomes de quase todos os desaparecidos. Ao trazer para os nossos olhos a própria história de Marcelo Brodsky irmanada à história de muitas outras famílias, “Buena Memoria” cruza o espaço da vida com o que a vida, a palavra, a memória e a fotografia têm de mais extraordinário: ir do ontem ao muito além.








Quinta edição do BNB Agosto da Arte quer contribuir no fomento à reflexão sobre a Arte contemporânea

O Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB), dentro da sua programação de Artes Visuais, realiza anualmente no mês de agosto, o evento especial V BNB AGOSTO DA ARTE, que acontece nos CCBNBs-Fortaleza, Cariri (na região sul do Ceará) e Sousa (no alto sertão paraibano).

Para a edição 2011, o V BNB Agosto da Arte tem o tema “Fronteiras Vazadas”, contemplando uma série de eventos nos diversos segmentos das artes visuais: intervenções urbanas, exposições, performances, cursos, oficinas, intercâmbio entre artistas, leitura de portfólios e seminário avançado de arte, com a participação de artistas, curadores e pesquisadores nacionais e internacionais.

Com uma ampla programação, o V BNB Agosto da Arte afirma o compromisso cultural de contribuir no fomento à reflexão de temas relevantes da arte contemporânea, além de estimular o diálogo entre artistas, pesquisadores e a sociedade, criando um fértil fórum de debates.

O objetivo do V BNB Agosto da Arte é criar um ambiente propício para o fomento da produção local. São proposições focadas no processo artístico que possibilitam a interação entre artistas nacionais e internacionais para formação do artista local, através de ações diretas e indiretas, colocando assim a produção local em discussão, numa troca de experiências com curadores e artistas visitantes.



Início da programação

Neste ano, a programação gratuita teve início com a mostra Vídeo-Fotografia, no dia 6 (sábado), às 10h30, que ofereceu um panorama diversificado de vídeos sobre a fotografia. A mostra prossegue nos dias 13 (sábado), e de 17 a 19 (quarta a sexta-feira), sempre às 10h30.

O foco principal da mostra Vídeo-Fotografia é valorizar a diversidade da fotografia e apresentar as possibilidades experimentais da inter-relação das linguagens do vídeo e da fotografia no contexto da produção audiovisual.

A mostra é composta por uma série de documentários realizados por ou sobre fotógrafos, produzida nas cidades de Belém (Mostra Pará), Fortaleza (Mostra Ceará) e João Pessoa (Mostra Paraíba), que traçam um painel da fotografia através da própria história de seus fotógrafos, constituindo um importante espaço para a reflexão sobre o processo criativo dos fotógrafos e sobre a linguagem fotográfica.










CENTRO DRAGÃO DO MAR DE ARTE E CULTURA abre exposição “A Arte e a Cidade”


Individual de esculturas de ERICKSON BRITTO é uma das mostras de agosto

O Centro Dragao do Mar de Arte e Cultura (Rua Dragao do Mar 81 – Praia de Iracema – Fortaleza CE – Cep 60060-390 – Fone (85) 3488 8600) abriu dia 10 de agosto de 2011, às 19 horas, na Sala Multiuso, exposição individual de ERICKSON BRITTO, cujo tema traz A Arte e a Cidade como discussão.

Esta mostra no Centro Dragão do Mar faz parte do trajeto itinerante da mostra, que já passou pelas cidades de Recife-PE (Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco), João Pessoa-PB (Estação Cabo Branco, Ciências, Cultura e Arte), Feira de Santana-BA (Museu Regional de Arte – Universidade Estadual de Feira de Santana), Salvador-BA (Centro Cultural Correios) e Rio de Janeiro-RJ (Centro Cultural Correios). Contatos estão sendo mantidos no sentido de levar esta mostra para Berlim, na Alemanha.

A mostra que reúne 30 trabalhos, traz esculturas, maquetes de obra pública, objetos e jóias, obras de diversos períodos que se complementam nessa mostra para formar uma linguagem única da obra do artista plástico e designer Erickson Britto, que também está completando 30 anos de produção.

A Curadoria da exposição, catálogo e textos, trazem a concepção de Vera Barros. O site www.ericksonbritto.com.br tem a assinatura do web designer Daniel Gularte e permite ao visitante navegar pela produção inicial de Erickson, desde as jóias até a produção contemporânea de objetos, esculturas e obras de grandes dimensões. Erickson recentemente recebeu um prêmio da Prefeitura de João Pessoa, através do Concurso de Obra Pública Jackson Ribeiro, para a construção de uma escultura denominada “Saudação ao Sol”, que está instalada na Av. Beira Mar da Praia de Tambaú, local de grande visibilidade e fluxo turístico em João Pessoa-PB. A maquete da obra também faz parte desta mostra.



e: italic; font-weight: bold;">A ARTE E A CIDADE

A primeira visão aérea de João Pessoa, na infância, criou a identidade conceitual das suas obras de arte: o espaço público.

Vera Barros, que assina a curadoria da mostra, afirma que figuração e abstração em Erickson Britto não são opostos. Sua obra se deriva da influência do seu olhar para a arquitetura e urbanismo de sua cidade natal.
“Quando criança, ao observar a cidade, a partir de uma vista aérea, ao subir no edifício mais alto de João Pessoa, tive uma sensação que me marcou: o traçado da cidade, ruas, casas, praças, edifícios, galpões, ginásios cobertos, placas sinalizadoras e fábricas formavam desenhos em blocos compactos com seus telhados de diversas águas...”

“Eu sempre tenho a sensação, no momento da criação, que todo projeto executado é sempre um protótipo de algo maior, para um espaço mais democrático, para o público que circula nas cidades”, diz o artista.

Composições geométricas agrupadas, com inclinações e arquiteturas diferentes: o colonial, o barroco das igrejas, edificações dos anos 1950 entre outras. Começava aí a sua visão ampla do traçado da cidade. Do alto, a limpeza das formas e o equilíbrio o impressionaram profundamente. Essa experiência de infância potencializou o destino da sua obra e ativou um mecanismo de observação da tridimensionalidade e a percepção da volumetria dos equipamentos urbanos, como, posteriormente, de outras cidades do Brasil e do mundo que conheceu.

“Na série de esculturas bidimensionais, procuro resgatar a história e o urbanismo daquela cidade inicial, na tentativa de reordená-la plasticamente, com o uso do aço polido, na maioria das vezes, do que restou após tantas mudanças nos estilos arquitetônicos das construções originais”.



A OBRA PÚBLICA


Suas obras, que trazem formas abstratas e geométricas, têm um vocabulário próximo da tradição construtivista brasileira, como afirma o crítico de arte Ricardo Resende, que também assina um texto no catálogo da mostra. E um ciclo se fecha no ano de 2009 e início de 2010, quando Erickson Britto participou de um concurso municipal e foi escolhido com mais cinco artistas, para instalar obras de arte de grandes dimensões em espaços públicos na cidade de João Pessoa. Enfim, ambientes que possibilitam o direito à cultura.

“Saudação ao Sol”, obra pública selecionada pelo concurso da Prefeitura de João Pessoa, traz uma linguagem conceitual e figurativa ao mesmo tempo. A obra remete à cidade onde, por sua situação geográfica como ponto mais oriental das Américas, se cultua a poesia de que é lá onde o sol nasce primeiro, bem como a relação do homem com suas divindades representadas pela natureza, pois João Pessoa é a terceira cidade mais verde do mundo. Todos esses conceitos estão inseridos nesta obra selecionada.

O presidente da comissão julgadora do concurso, escritor, artista plástico e dramaturgo, W. J. Solha, que também assina um texto no catálogo da mostra, afirma:

“O projeto Saudação ao Sol, empolgou de imediato a todos da comissão. São seis totens intensamente vermelhos, maciços e densos – evidentemente projetados para encararem o sol onde ele nasce primeiro nas Américas – João Pessoa – e que encheram os olhos e a imaginação de todos, pela força de sua presença, além da clara mensagem de veneração à vida. O coletivo sem especificação de cor, sexo, raça, representado por seis e não apenas um totem, o ambiente e o sol incorporados ao seu conceito. Impossível chegar mais perto da essência do que somos e do que precisamos: a vida e a luz. Impressionou a capacidade de dizer tanto com tão pouco. Tivemos, naquele momento, a certeza de que acabava de surgir um novo poeta da forma”.

Nesse breve percurso de produção de sua obra, pode-se analisar que a observação inicial da volumetria da cidade possibilitou esse olhar critico dos espaços urbanos, que se transformaram em jóias, caixas, objetos, esculturas, e hoje ele devolve esse olhar para a sua cidade natal, através da sua criação, uma obra de grande dimensão, interferindo nos espaços públicos e possibilitando à população uma convivência harmônica entre a arte e a cidade.

Nessa mostra, Erickson convida o visitante a explorar todas as possibilidades de observação de cada obra, possibilitada pelo visão 360°, numa aproximação dos princípios da gestáltica, a partir do deslocamento do ponto de observação, explorando os diversos ângulos como partes, em oposição a soma do todo. Esse deslocamento simbólico do olhar permite uma nova realidade visual, trazendo um diálogo que muitas vezes encontra respaldo conceitual quando levado para as questões pessoais do observador. Aquele olhar inicial dos volumes da cidade ainda está presente na série “Equilíbrio Vazio” e em outras obras recentes, onde ele também pesquisa questões como, por exemplo, o equilíbrio; transparência e opacidade; cheio e vazio, tão presente no percurso de Franz Weismann cujos espaços vazios se tornaram concretos; linhas inflexíveis e maleáveis ao olhar, como nas obras monumentais de Richard Serra que além de se posicionar no percurso natural do transeunte, sugerem ao corpo do observador um novo ponto de equilíbrio, como um pêndulo que busca corrigir suas referências; o campo simbólico em algumas obras em contraposição com a rigidez formal de outras; economia de formas e a simplicidade do minimalismo como proposto por Donald Judd; o corte, recorte e dobras nas questões trazidas pela obra de Amilcar de Castro onde o corte não é adereço, mas estrutural; além do ritmo das linhas que criam espaços, proposto por Fred Sandback.



A mostra e o catálogo trazem ainda comentários do Crítico de Arte Ricardo Resende, museólogo Osvaldo Gouveia, arquiteta e designer Janete Costa e do paisagista e artista plástico Roberto Burle Marx.



SOBRE O ARTISTA


Erickson Britto nasceu em João Pessoa, viveu em Recife por 16 anos e hoje mantém residência em Fortaleza onde tem ateliê. Ele tem um percurso inverso de outros artistas. Começou experimentando as formas através da criação de jóias. Mas ao perceber as facilidades do ouro, fascinante por si mesmo e que invariavelmente toda obra produzida seria denominada de jóia, decide abandonar temporariamente aquele nobre metal, começa a laborar em prata, forçando-se a obter resultados igualmente nobres, através da superação pelo design. As produções desse período podem ser conferidas no site do artista www.ericksonbritto.com.br .

Com graduação em Comunicação, suas pesquisas, experiências e atividades passam também por projetos gráficos, produção e direção de filmes institucionais, participação em Festival de Curtas, restauração de acervos de jóias de Museus, produção e curadoria de exposições, além de cursos nas áreas de design, cinema, gestão da cultura, administração e preservação de reserva técnica, produção e montagem de exposições, entre outros voltados para o aprofundamento da arte contemporânea. Leva agora sua pesquisa para o ambiente acadêmico onde, na UFBA, vai buscar aprofundar sua poética visual. “Todas essas inquietações me levam a necessidade de uma compreensão mais profunda da minha produção, tanto do ponto de vista de embasamento teórico, quanto do conhecimento dos artistas, movimentos e escolas que estão diretamente influenciando essa poética visual”, Afirma Erickson.

A partir de sua observação da cidade, iniciou sua pesquisa como designer de jóias, ampliou sua percepção e aos poucos o corpo, como suporte de sua obra, cedeu lugar ao ambiente e ao espaço público, e a jóia toma definitivamente sua forma escultórica. Nascem as primeiras esculturas sob forma de pequenos troféus em prata, aço e outros materiais, que evoluem em suas formas e dimensões e invadem espaços, ambientes e cidades. O resumo da obra desse artista pode ser conferido no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, no período de 10 de agosto a 02 de outubro de 2011.

Erickson afirma “Essa necessidade de seguir criando, me remete ao poeta Ferreira Gullar:
“A arte existe porque só a vida não basta”.



Serviços:

Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

Rua Dragao do Mar 81 – Praia de Iracema

Fortaleza CE

Fone (85) 3488 8600 – 3488 8596

Inauguração: 10/08/2011 – 19Hs

Período da mostra: 10/08 a 02/10/2011

Horário de visitação: terça, quarta, quinta - 09 às 19:00h / sexta, sábado, domingo e feriado – 14 às 21:00h

Marcação de visitas para grupos escolares (85) 3488 8596

Nenhum comentário: