sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

CARNAVAL DA CULTURA

Programação de 6 a 14 de fevereiro no principal centro cultural de Fortaleza

FUNCIONAMENTO DO DRAGÃO DO MAR NO CARNAVAL


Museus
Sábado (6) e domingo (7): das 14h às 21h (acesso até as 20h30).
Segunda-feira: fechado
Terça (9) e quarta (10): das 14h às 19h (acesso até as 18h30).
Gratuito

Planetário
Sábado (6), domingo (7), terça (9) e quarta (10), com sessões às 18h e às 19h.
Segunda-feira: fechado
Ingressos: R$ 8 e R$ 4 (meia)

Cinema do Dragão (funcionamento normal)
De sábado (6) a domingo (7) e terça (9) e quarta (10), a partir das 14h.
Segunda-feira: fechado
Ingressos: R$ 12 e R$ 6 (meia)



FUNCIONAMENTO NOS DEMAIS DIAS

// Geral: de segunda a quinta, das 8h às 22h; e de sexta a domingo e feriados, das 8h às 23h.
// Bilheterias: de terça a domingo, das 14h às 20h.
// Cinema do Dragão-Fundação Joaquim Nabuco: de terça a domingo, das 14h às 22h.
// Museus e Multigaleria: terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.

// Atenção: às segundas-feiras, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura não abre cinema, cafés, museus, Multigaleria nem bilheterias.

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Kaya no Choro – Homenagem a Pixinguinha
Participação especial de Macaúba do Bandolim

O Projeto Kaya no Choro tem a singularidade de promover o encontro entre os clássicos do choro e a juventude. Com jovens advindos de diversas formações musicais, compõem a banda Clarisse Aires (flauta transversal), Raul Porfírio (guitarras/violão/técnico de áudio), Iury Batista (contrabaixo), Tauí Castro (pandeiro), Fernando Lélis (saxofone) e Tchelmy (percuteria). O grupo se firma, nesse encontro, com uma linguagem musical contemporânea, em que o antigo e o moderno dialogam de forma harmoniosa e competente. Para o show “Pixinguinha a Passeio”, contará com a presença do mestre do chorinho Macaúba do Bandolim (bandolim/guitarra baiana).

// Dia 6 de fevereiro de 2016, às 19h, no Anfiteatro. Gratuito.
Contato: Tauí (85 985266604/ koisaetaoproducoes@gmail.com)




Loucuras de Amor [Temporada Cearense de Comédias]
Cia Cearense de Molecagem

O território inseguro, denso e impreciso dos apaixonados. A complicada engenharia da atração. As fidelidades e infidelidades, encontros e desencontros. A cômica sinfonia dos relacionamentos, sempre ao ritmo do inesperado ou do próprio bater do coração. Homens e mulheres ansiosos por encontrar a outra metade da laranja, o sapato do seu pé, a alma gêmea, nem que para isso tenham que fazer uma Loucura de Amor.

Nessa comédia romântica, a depiladora Alberlênia Tenório tenta definitivamente embarcar na rodoviária com destino à terra natal. A intenção é deixar o passado para trás e, com ele, um relacionamento de 15 anos. O que ela não esperava é que seu ex ou para sempre amor, o mototaxista Quintino Paixão, iria arquitetar maneiras de persuadi-la a mais uma mudança de ideia.
Melodramas à parte, os momentos bons e ruins vividos pelo casal vem à tona e à cena. Situações que podem provocar uma identificação imediata de um público que, na altura do campeonato, já se tornara cúmplice ansioso no aguardo desse alucinado engodo amoroso.
// Dia 6 de fevereiro de 2016, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia). 12 anos.

Contato: Carri Costa (985172301/ 32199493)





Orquestra Filarmônica do Ceará – Carnaval Sinfônico
Além de contar com a participação especial da Big Band Spalla Brassdo maestro Cacá, o Carnaval Sinfônico da Orquestra Filarmônica do Ceará executará marchinhas inesquecíveis de todos os carnavais. Quem não se lembra de “Bandeira Branca”, “Taí”, “Olha a cabeleira do Zézé!”, “Me dá um dinheiro aí” e tantas outras marchinhas que ficaram no consciente coletivo de tantas gerações. Na festa, será escolhido ainda a Rainha e o Rei do Carnaval da Maior idade, pela melhor fantasia e maior alegria.

// Dia 7 de fevereiro de 2016, às 19h30, no Anfiteatro. Ingressos: R$ 30 e R$ 15 (meia)

Contato: Gladson Carvalho (98899-0644)





► As Vizinhas [Temporada Cearense de Comédias]
Cia Cearense de Molecagem

É uma sátira comportamental com a qual a trupe de comediantes promete mais uma embolada de risos, mostrando relacionamentos entre desconhecidos com uma roupagem genuinamente cearense. Uma recém-divorciada e uma funcionária pública de férias vão fazer dessa convivência forçada algo para lá de surpreendente. Cada qual com os seus jeitos e manias, passam a conviver no mesmo condomínio, no mesmo bloco de apartamentos e no mesmo corredor. Mulheres divergentes e alucinadas passam a se tolerar de qualquer jeito. Tudo isso só poderia resultar numa coisa: muitas intrigas, fofocas, inveja, confusão e riso para todos os lados.

// Dia 7 de fevereiro de 2016, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia). 12 anos.

Contato: Carri (985172301/ 32199493)






[Des]prender
Grupo Panelinha de Teatro

Ele veio por um copo de vinho, pelo desejo em meus olhos, pela conversa dentro do carro, pelo cheiro da minha pele que fixou em sua camisa, a fome que bateu e ele estava sem dinheiro, assim como também para passar o tempo, já que não iria fazer nada em casa. Seria realmente uma noite para se guardar na memória.

// Dias 13, 14, 20, 21 de fevereiro de 2016, às 19h, no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia). 12 anos.

Contato: Dyego (grupopanelinhadeteatro@hotmail.com / 99807-9583)






Sax in Cena [Circuito de Música Erudita]
Primeiro quarteto de saxofones profissional do Ceará, o grupo Sax in Cena apresenta obras de compositores franceses e peças de Alberto Nepomuceno.

// Dia 14 de fevereiro de 2016, às 18h, no Auditório. Ingressos: R$ 4 e R$ 2 (meia).
Contato: Rocha (8616-7017 / producao@orquestra-ce.org.br)







// TODA SEMANA NO DRAGÃO


► Feira Dragão Arte
Feira de artesanato fruto da parceria com Sebrae-CE e Siara-CE.
Sempre de sexta a domingo, das 17h às 22h, ao lado do Espelho D'Água. Acesso gratuito.


► Fuxico no Dragão
Atrações artísticas e uma feirinha com vinte expositores de produtos criativos agitam as tardes deste final de semana. A Temporada de Arte Cearense também leva para o projeto dominical performances e atrações musicais. Confira na programação acima.
Todo domingo, das 16h às 20h. Gratuito.

► Pintando no Dragão
Orientadas por monitores, as crianças vão se divertir com as atividades de pintura do Pintando no Dragão.
Todo domingo, das 16h às 20h, na Arena Dragão do Mar. Gratuito.

>> Excepcionalmente no Carnaval, não haverá Planeta Hip Hop.







// PLANETÁRIO RUBENS DE AZEVEDO

Planetário Rubens de Azevedo é um espaço de entretenimento e formação pedagógica através de caráter transdisciplinar em Astronomia.

Ingressos: R$ 8 e R$ 4 (meia).

Funcionamento especial no Carnaval:
Sábado (6), domingo (7), terça (9) e quarta (10), com sessões às 18h e às 19h.
Segunda-feira: fechado


O ABC do Sistema Solar, sempre às 18h
Três crianças estão observando as estrelas quando percebem uma "estrela cadente" e logo uma delas faz um pedido: o desejo de fazer uma viagem até a Lua. De repente, as crianças são teletransportadas para uma nave espacial chamada "Observador". Após superar o medo inicial, elas fazem uma rica viagem pelo Sistema Solar visitando os planetas. Durante a viagem, elas são teletransportadas para Marte e também Vênus, e passam por dentro dos anéis de Saturno. No final, fazem uma perigosa aproximação do Sol.

Origens da Vida, sempre às 19h
Apresenta as recentes descobertas sobre os princípios químicos da origem do Universo através do Big Bang. Trata das questões biológicas da origem da vida na Terra e das pesquisas sobre vida extraterrestre. Com linguagem simples e fantásticas imagens, a sessão apresenta os novos conhecimentos sobre o nascimento, vida e morte das estrelas e dos sistemas planetários. Traz um olhar sobre o início da vida na Terra e a extinção dos dinossauros. "Origens da Vida" é uma viagem fantástica através do tempo, mostrando muitas descobertas feitas no passado recente e faz uma alerta para nossa consciência planetária.







// EXPOSIÇÕES EM CARTAZ


Funcionamento especial dos museus no Carnaval:
Sábado (6) e domingo (7): das 14h às 21h (acesso até as 20h30).
Segunda-feira: fechado
Terça (9) e quarta (10): das 14h às 19h (acesso até as 18h30).



MUSEU DA CULTURA CEARENSE

► Exposição A Palavra e o Traço
Com curadoria da historiadora Valéria Laena, retrata vida e obra do arquiteto, urbanista e compositor cearense Fausto Nilo. Autor de mais de 400 composições interpretadas por grandes nomes da música brasileira – como Moraes Moreira, Gal Costa e Fagner –, Fausto Nilo é também o responsável, junto de Delberg Ponce de Leon, pelo projeto do Centro Dragão do Mar.

No Piso Superior do Museu da Cultura Cearense. Visitação regular: de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.



► Ocupação do Museu da Cultura Cearense [Temporada de Arte Cearense]
Exposição Zona de Litígio

Zona de Litígio é fruto de uma residência artística móvel realizada pelos artistas Adriele Freitas, Filipe Acácio, Júlia Braga, Juliane Peixoto, Patrícia Araujo e Samuel Tomé. Constituída por um conjunto de 16 obras, entre instalações, vídeos, fotografias, desenhos e registros de performances, a exposição entrou em cartaz no dia 17 de dezembro (quinta-feira).

Partindo de Fortaleza, o grupo percorreu quase 900km de estrada rumo a Oiticica, distrito de Crateús, que pertence a uma zona de disputa de terras entre os estados do Ceará e do Piauí. Um inventário poético foi desenvolvido durante a viagem a partir de observações, conversas e ações artísticas in loco. “O resultado é um processo compartilhado e ao mesmo tempo individual. A viagem foi um disparador de processo”, explica Patrícia Araujo. Tanto é que os artistas decidiram não assinar as obras. E para além do lugar em si, a exposição é sobre a potência desse mesmo lugar para gerar outras questões: fronteiras, limites, barreiras invisíveis que existem.

Entre as obras expostas, objetos coletados e dispostos como restos arqueológicos de um passado remoto, fotografias de ermas paisagens e experiências artísticas nascidas ao acaso, como a carne podre atirada ao léu e comida vorazmente por urubus.

Impasse

A faixa de terra entre Ceará e Piauí está em disputa desde 1880, quando Dom Pedro II assinou um decreto no qual o Ceará cedeu uma parte do seu mar para o Piauí. A questão afeta cerca de 13 municípios cearenses e 7 piauienses ao longo de uma faixa de aproximadamente 450 km. São inúmeras as burocracias necessárias para redefinir a divisão das terras, dependendo da aprovação de um projeto de lei federal que ponha fim ao impasse.

Sob o ponto de vista de uma história polifônica e múltipla, é possível a invenção e a ficcionalização da Zona de Litígio como um espaço do entre - que não pertence nem ao Ceará nem ao Piauí. Trata-se de uma região ambígua, de separação, de passagem e de desaparecimento: é aí onde reside seu potencial poético e o desejo de transpor fronteiras.

Com foco na ideia de limite, Zona de litígio busca discutir pontos importantes para a arte contemporânea: quais impasses políticos estão envolvidos na zona litigiosa? Como falar de um corpo exposto à margem? De que margem estamos falando? Como alargar as bordas que separam essas fronteiras? Que outras tensões e contextos esse lugar traz à tona?

Movidos por essas questões, os artistas assumiram o gesto de “permanecer”, de “se demorar”, como fio condutor para observar, fruir, questionar e causar embates, incitando processos artísticos (e, portanto, políticos).

No Piso Intermediário do Museu da Cultura Cearense. Em cartaz até dia 17 de fevereiro de 2016. Visitação regular: de terça a sexta, das 9h às 19h (com acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (com acesso até as 21h30). Gratuito. Livre.




► Vaqueiros [Exposição de Longa Duração]

Em exibição no Museu da Cultura Cearense desde 1998, a Exposição Vaqueiros arrebata o público que nela identifica traços de sua cultura e costumes. A exposição ao longo dos anos enriquece os saberes, instiga reflexões, desperta emoções. Nela revelam-se inúmeros elementos que possibilitam rememorar e reconstruir o que se compreende como o universo sertanejo.

Na exposição, você conhecerá o vaqueiro como profissional, sertanejo, trabalhador, conhecedor de inúmeras funções e do meio em que habita, capaz de inúmeros feitos, viajará pelas humildes manifestações do cotidiano, religiosidade e festividades e testemunhará particularidades como a habilidade com o artesanato do couro, as práticas da derrubada e da cria do gado, dentre outras.

No Piso Inferior do Museu da Cultura Cearense. Visitação regular: de terça a sexta, das 9h às 19h (com acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (com acesso até as 21h30). Gratuito. Livre.






MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO CEARÁ


► Exposição dos Laboratórios de Artes Visuais

O Instituto Dragão do Mar através do Porto Iracema das Artes e do Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE) apresenta o resultado dos projetos de pesquisa desenvolvidos em 2015: “Corpo Móvel”, de Sabyne Cavalcante com colaboração de Ramirez Gurgel, sob a orientação de Mariza Mokarzel; “Degenero”, de Henrique Viudez com colaboração de Ana Claúdia Araujo, sob a orientação de Cauê Alves; “Práticas de Fronteira”, de Flora Paim e Ivana Amorim, sob orientação de Ricardo Basbaum e “Notas para um atravessamento cartográfico”, de Haroldo Saboia com colaboração de Wanessa Malta, sob a orientação de Júlio Martins.


Corpo Móvel
artista Sabyne Cavalcanti
colaborador Ramirez Gurgel
tutora Marisa Mokarzel  
Sabyne Cavalcanti franqueia o lugar onde mora, deixa abertas as portas do Mataquiri Museu para que a “relação com o plural do outro” torne-se plena, e assim estabeleça as trocas, possíveis no campo do afeto e da arte. Artista e mobílias integram-se na imaterialidade da memória, no cotidiano que se tece aberto ao fluxo de pessoas, sabedor da passagem do tempo.


Degenero
artista Luis Henrique Viudez
colaboradora Ana Claudia Araújo
tutor Cauê Alves 
Tendo sexualidade e seus desdobramentos como eixo central, Luis Henrique Viudez desconstrói noções binárias e normativas através de relatos e pinturas. O artista nos apresenta representações, onde gênero e identidade se confundem ou se desfazem.


Práticas de Fronteira
artistas Flora Paim e Ivana Amorim
tutor Ricardo Basbaum
O projeto consiste em uma investigação artística a partir das atividades da Feira na Rua José Avelino que ocorre no Centro da cidade de Fortaleza/CE. As artistas articulam sua pesquisa, enquanto práticas de fronteira, mobilizando a intervenção na produção de passagens entre os dois territórios (Feira e Museu) para aí abrir brechas, curto-circuitos e misturas.


Notas para um atravessamento cartográfico
artista Haroldo Saboia
colaboradora Wanessa Malta
tutor Júlio Martins 
Em “Notas para um atravessamento cartográfico”, o artista Haroldo Saboia elege palavras que nomeiam localidades cearenses e cujas possibilidades de significado irão acompanhar seu olhar pelas travessias e visitas que realiza. As viagens a VENTURA, SOLIDÃO e DESERTO, no interior do Ceará, são tentativas de desbravar os significados das palavras como se fossem geografias desconhecidas.

No Piso Inferior do MAC-CE. Em cartaz até dia 14 de fevereiro. Visitação regular: de terça a sexta, das 9h às 19h (com acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 21h (com acesso até as 21h30). Gratuito. Livre.

Contato: Assessoria de Imprensa do Porto Iracema: Ana Alice Nogueira 3219.5842 // 85 99938.3310.




► Exposição Agricultura da Imagem
De Rodrigo Braga

O conceito cunhado pelo renomado artista canadense Jeff Wall que divide os fotógrafos em duas categorias, caçadores e agricultores, serviu de inspiração para o título da exposição de Rodrigo Braga, Agricultura da Imagem. Idealizada pelo ICCo - Instituto de Cultura Contemporânea e com curadoria de Daniel Rangel, a mostra estará em cartaz de 29 de outubro de 2015 a 24 de janeiro de 2016, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará (MAC-CE), no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

A mostra itinerante foi considerada sucesso de público e de crítica em sua estreia no Sesc Belenzinho, São Paulo, tendo recebido cerca de 200.000 pessoas entre setembro e novembro de 2014, período em que ficou exposta.

“Segundo Wall o fotógrafo caçador captura imagens que encontra no mundo, já o agricultor constrói a imagem antes de fotografa-la. Um processo de trabalho realizado constantemente por Rodrigo que parece estar buscando imagens que já existem em sua cabeça, um eterno deja vu imagético”, destaca o curador.

Rodrigo nasceu no Amazonas em 1976, mudou-se para Pernambuco aos dois anos e vive no Rio de Janeiro desde 2011. O deslocamento entre esses três estados nos últimos quatro anos e sua experiência com os diferentes biomas e culturas de cada um é material para a maior exposição de sua carreira, com 30 fotografias, três vídeos e objetos encontrados nas investigações em campo.

Filho de biólogo, o artista se utiliza de um peculiar método de criação que marca sua trajetória artística: ele mergulha na natureza local mais inóspita em busca de cenários e elementos para compor suas fotos e realizar seus vídeos. A imersão em cada lugar dura geralmente um mês, em solidão, quando, como um bom agricultor de imagens, ele “aduba” as paisagens que vão compor as fotografias com elementos que encontra pelo caminho, como folhas, pedras e flores, e outros que compra em mercados e feiras locais, como carcaças de animais.

“Minhas fotos são fictícias, totalmente produzidas”, explica Braga, vencedor do Prêmio MASP Artista Emergente de 2013. “Exploro a região para encontrar inspiração e faço desenhos em meu caderno de croquis, que no futuro se transformarão no trabalho final”. Esses rascunhos estarão presentes na mostra, numa espécie de gabinete do artista, onde os visitantes descobrirão como funciona o processo criativo do artista.

Para a exposição, o fotógrafo explorou o Rio Negro, o litoral de Pernambuco e os cursos d’água do bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. “Trabalho com o conceito da mimesis, que significa representação em grego”, conta. Durante a concepção das fotografias, ele mistura os elementos e mostra como se complementam e se assemelham. “Um peixe pode se transformar numa folha, assim como uma folha pode se parecer com um peixe”, diz. Para a nova exposição, ele recolheu peixes descartados por pescadores ou encontrados na maré baixa. O uso das carcaças, uma marca em seu trabalho, também o ajuda a retratar o sentido cíclico da morte, de transformação e integração, tão marcante na natureza e presente nas obras de Agricultura da Imagem a partir de outubro.

Além das fotografias e do gabinete do artista, que de certa forma exibem este processo de construção de imagens de Rodrigo, três vídeos fazem parte da mostra. Segundo Rangel, “a relação de Rodrigo com a natureza é ainda mais direta na sua produção audiovisual. Ao fazer suas ações performáticas, que dão origem aos vídeos, ele busca um dialogo direto entre homem e natureza”.  

Sobre Rodrigo Braga

Nascido em Manaus, viveu em Recife, onde se graduou em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE. Possui obras em acervos como o do Museu de Arte Moderna do Rio, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM) de Pernambuco, no Museu de Arte Contemporânea do Paraná e na Maison Européene de la Photographie de Paris.

Seu trabalho transita entre a performance, a fotografia e o vídeo, onde frequentemente se coloca como personagem principal de sua obra, que tem forte relação com a natureza. Braga participou das últimas edições da Bienal Internacional de São Paulo e da Bienal de Cerveira, em Portugal. Em 2012, venceu o prêmio Pipa de Artes Visuais na categoria Voto Popular Exposição. Entre agosto e outubro de 2013, realizou uma residência artística na Residency Unlimited, no bairro do Brooklyn, em Nova York, como prêmio da bolsa ICCo/SP-Arte 2013.

No Piso Superior do MAC-CE. Em cartaz até dia 14 de fevereiro de 2016. Visitação regular: de terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até as 18h30); e aos sábados, domingos e feriados das 14h às 21h (acesso até as 20h30). Gratuito.




// INTERVENÇÃO


► Intervenção em espaços externos – Fotografia [Temporada de Arte Cearense]
Epiceno

“O gênero se converte em inteligível através dos signos que indicam como o mesmo deveria ser lido ou compreendido. Estes indicadores corporais são os meios culturais através dos quais se lê o corpo sexuado". (Judith Butler)

O que é o gênero? Como nós o construímos? Como o identificamos e assumimos? Quais os valores que associamos a ele? Essas perguntas permeiam as imagens produzidas. O projeto constitui um exercício em que cada um é convidado a refletir sobra sua identidade sexual. O resultado são fotografias que pertencem ao nosso imaginário coletivo e conformam uma sátira ao mesmo. Ao isolar o par “masculino/feminino” de cada um em uma única imagem, se evidencia o quão arraigadas estão as condutas tradicionais de gênero.

Na Praça Verde. Gratuito. Visitação aberta.

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