terça-feira, 14 de setembro de 2010

LITERATURA

Feira do Livro Infantil começa hoje

Evento na Praça do Ferreira terá show de Bia Bedran

Cultura, diversão e aprendizado estão na ‘Feira do Livro Infantil de Fortaleza’, que será realizada entre os dias 15 e 18 de setembro, na Praça do Ferreira, no Centro. A abertura do evento será no dia 15 de setembro, quarta-feira, às 17h. Às 19h, a contadora de histórias Bia Bedran irá se apresentar. A ‘Feira do Livro Infantil de Fortaleza’ é um evento de cunho cultural que tem o objetivo de promover a literatura infanto-juvenil, com a participação de editoras de todo país. Entre as atividades desenvolvidas durante os quatro dias da Feira estão oficinas de artes, de desenho e de contação literária, além de palestras e debates com autores e ilustradores de livros infanto-juvenis.

Todas as atrações foram pensadas para atrair a atenção do público infanto-juvenil, que poderá participar também de saraus literários e assistir à espetáculos de música e teatro. As atividades propostas incentivam o lúdico e levam as crianças a viajarem pelo mundo das palavras. Para os fãs de carteirinha da literatura infantil brasileira, haverá sessões de autógrafos com vários autores de livros lançados durante o evento.

Um dos destaques do evento será o show da contadora de histórias Bia Bedran, no dia 15, às 19h. Também irá participar da apresentação o Instituto Conta Brasil, com Benita Prieto e Zé Bocca. A Feira conta com uma programação desenvolvida especialmente para os deficientes visuais. Além de diversas rodas de leitura, serão disponibilizadas tendas de áudio book e publicações em braile, como a programação do evento.

Organizada pela Casa da Prosa, editora de Fortaleza especializada em publicações infanto-juvenis, a ‘Feira do Livro Infantil de Fortaleza’ é patrocinada pela Endesa Fortaleza, pela distribuidora de energia Coelce, pela Prefeitura Municipal de Fortaleza, pelo Banco do Nordeste e pelo Ministério da Cultura do Governo Federal. O evento conta também com o apoio da ONG Conta Brasil, organização que reúne contadores de histórias de todo o país e desenvolve ações de fomento à preservação da tradição oral literária.

A Praça do Ferreira, onde será realizada a Feira, dispõe de rampas de acesso para deficientes físicos, lanchonetes, espaço para banheiros públicos, galeria e auditório. Além da estrutura principal, ginásios em outras partes da cidade também terão atividades durante a realização da Feira para incluir outras áreas da cidade, inclusive a periferia, no fomento à cultura.

Serviço:
Feira do Livro Infantil de Fortaleza
Praça do Ferreira, Centro de Fortaleza - 15 a 18 de Setembro de 2010 de 8h às 21h







Escritores e contadores de histórias na programação do Centro Cultural BNB

O Centro Cultural Banco do Nordeste integra-se à programação da Feira do Livro Infantil de Fortaleza, que acontecerá na Praça do Ferreira, no coração da cidade, no período de 15 a 18 deste mês (quarta-feira a sábado).

Contando com a presença de escritores de livros infantis e juvenis e contadores de histórias de renome nacional, o elenco de oito atividades gratuitas realizadas pelo CCBNB na Feira consta de quatro contações de histórias, duas oficinas, uma palestra e uma entrevista aberta ao público com o escritor Ricardo Azevedo, autor de mais de 100 títulos de livros infantis e juvenis, dentro do programa Literato.

A programação do CCBNB na Feira do Livro Infantil de Fortaleza tem início na quarta-feira, 15, às 09h30, com a contação “Boca cheia de histórias”, apresentada pelos paulistas José Bocca e Marcos Boi.

Mostrando histórias para crianças de zero a 100 anos, os dois contadores conduzem o público a uma viagem lúdica, despertando no espectador parte de sua infância. As histórias apresentadas são dos mais distintos universos: há desde nomes consagrados da literatura, como também contos, causos e lendas, que os contadores colhem nas suas andanças. Na sexta-feira, 17, às 18h, José Bocca e Marcos Boi reprisam a contação.

Na quarta-feira, 15, às 14h, a contadora de histórias mineira Rosana Mont’Alverne – reconhecida por seu trabalho de formação de narradores no Instituto Cultural Aletria, em Belo Horizonte (MG) – realiza uma oficina com técnicas de narrativas e sua abordagem no processo pedagógico de sala de aula.

No dia seguinte (quinta-feira, 16), às 18h, Rosana apresenta “Causos Mineiros”, uma contação cheia de humor, muito “uai, sô!” e com um trem pra lá de bom. E no sábado, 18, às 09h, a narradora mineira apresenta a palestra “O contador de histórias na escola”, focando principalmente na promoção da leitura, através de boas histórias, e fazendo um apanhado das melhores experiências em escolas de Minas Gerais.

A escritora e contadora de histórias pernambucana Lenice Gomes, por sua vez, apresentará “Uma história puxa outra”, na quarta-feira, 15, às 17h30, Contos populares e de escritores contemporâneos de literatura infantil e juvenil brasileira fazem parte da apresentação. As histórias serão participativas e com algumas brincadeiras, para recrear e divertir.

No dia seguinte (quinta-feira, 16), às 14h, Lenice Gomes ministrará a oficina “Contar histórias: um exercício para muitas vozes”. A oficina tem por objetivos despertar o interesse pela leitura, desenvolver o olhar crítico para a Literatura e mostrar a importância do ato de contar histórias como atividade lúdica, educativa e artística. Na oficina, a palavra será destacada como peça fundamental, além dos gestos, memória, voz e outros recursos que compõem o acervo pessoal e material de cada um.

O carioca Glauter Barros (foto acima) apresentará a contação “Corujinha e outras histórias” em duas sessões: quinta-feira, 16, às 16h; e sexta-feira, 17, às 09h20. Um dos fundadores do Grupo Tororomba em 1996 – primeiro grupo de contadores de histórias de Angra dos Reis (RJ) –, Glauter apresenta um espetáculo com narrativas cheias de encantamento e sutileza.

A programação do CCBNB na Feira do Livro Infantil de Fortaleza se encerra com o programa Literato, no sábado, 18, às 19h, quando o escritor Ricardo Azevedo falará sobre sua trajetória artística e história de vida. Ele é autor de mais de 100 títulos de livros infantis e juvenis, distribuídos em várias editoras.





Preço médio do livro diminuiu, indica o Setor Editorial Brasileiro


O preço médio do livro vendido pelo setor produtivo ao mercado brasileiro recuou 3,56% em 2009, na comparação com o valor apurado no ano anterior, caindo de R$ 11,52 para R$ 11,11. É o que mostra a Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro 2009, realizada pela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo) a pedido da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livro (SNEL). Esta redução de preços reflete o crescimento do número de exemplares vendidos ao mercado, segundo a FIPE.

O estudo aponta que a produção total de livros do mercado editorial brasileiro teve um crescimento expressivo no ano passado, de 13,55% (com 386,4 milhões de exemplares) na comparação ao resultado de 2008 (340,3 milhões de unidades). Vale destacar que o número de unidades produzidas de livros em primeira edição - os lançamentos do mercado - cresceu bem acima da média (18,72%) no ano passado, ante o resultado de 2008. Do total de unidades produzidas, 154,5 milhões foram de livros em lançamento, contra 130,1 milhões no ano anterior. Já as reedições representaram 231,9 milhões de exemplares, avanço de 10,34% sobre o número de 2008 (210,2 milhões). Ao longo do ano passado, o setor editorial produtivo vendeu efetivamente 370,9 milhões de exemplares aos canais de comercialização do mercado (livrarias, distribuidores, venda porta a porta, etc.), aumento de 11,30% ante 2008 (333,3 milhões).



Em relação à quantidade de novos títulos publicados pelo mercado (lançamentos), o avanço percentual também chegou aos dois dígitos: foram 22.027 em 2009, resultado 14,88% maior que o do ano anterior (19.174). Já o número de títulos em reedição teve um pequeno recuo (-4,61%) em 2009 (30.483 títulos) diante do número de 2008 (31.955). No total, entre lançamentos e reedições, foram 52.509 títulos editados no ano passado, crescimento de 2,70% ante 2008 (51.129).

O faturamento total do segmento produtivo do mercado editorial brasileiro cresceu 2,13% em 2009, na comparação aos números de 2008. No ano passado, o setor faturou R$ 3,376 bilhões, ante os R$ 3,306 bilhões do período anterior.
Entre os canais de comercialização (vendas ao mercado) dos livros produzidos no Brasil, as livrarias continuam à frente, mas perderam participação (market share) no ano passado. Em 2009, estes estabelecimentos receberam 97,1 milhões de unidades, o equivalente a 42,44% do total de 228,7 milhões de livros vendidos pelo setor editorial produtivo ao mercado (ficam de fora deste cálculo as unidades vendidas às instâncias governamentais). No ano anterior, as livrarias eram responsáveis por 45,64% do total. O segundo maior canal de comercialização, as distribuidoras, também registrou perda de participação, com 54,4 milhões de unidades, 23,78% do total (percentual 1,54 ponto percentual menor que o de 2008: 25,32%). Já a venda porta a porta avançou em sua participação de mercado, passando de 13,66% em 2008 para 16,64% no ano passado (com 38,1 milhões de unidades).

Confira, a seguir, os principais dados da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro:

Ø Preço médio do livro vendido pelo setor produtivo ao mercado (valor nominal, sem aplicação de índice de deflação)
2008: R$ 11,52
2009: R$ 11,11
Variação: -3,56%

Ø Produção total de livros
2008: 340.274.195 unidades
2008: 386.367.136 unidades
Variação: +13,55%

Ø Produção de títulos em primeira edição (lançamentos)
2008: 130.109.195 unidades
2009: 154.471.507 unidades
Variação: +18,72%

Ø Produção de títulos em reedição
2008: 210.165.000 unidades
2009: 231.895.629 unidades
Variação: +10,34%

Ø Número de títulos em primeira edição (lançamentos)
2008: 19.174
2009: 22.027
Variação: +14,88%

Ø Número de títulos em reedição
2008: 31.955
2009: 30.483
Variação: -4,61%

Ø Total de títulos editados
2008: 51.129
2009: 52.509
Variação: +2,70%

Ø Faturamento total do setor
2008: R$ 3.305.957.488,24
2009: R$ 3.376.240.854,19
Variação: +2,13%








Leis de mercado favorecem os leitores

Rosely Boschini*

Uma das fórmulas mais eficazes para se aumentar o consumo de qualquer bem, produto ou serviço é a maior oferta e redução do preço. Óbvio! A boa notícia é que esta regra pétrea das leis de mercado aplica-se, na prática, à meta de ampliar o número de leitores no Brasil, em meio à informação de que os livros ficaram, em média, 3,52% mais baratos em 2009, em relação ao ano anterior. Os valores médios caíram de 11,52 para 11,11 reais.

A feliz constatação é da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro 2009, que acabamos de divulgar. Trata-se de trabalho da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo), realizado para a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato Nacional dos Editores de Livro (SNEL). É importante lembrar que os dados de edições anteriores do estudo já apontavam, no período de 2004 a 2008, quedas de preços de 24,5% no segmento de didáticos, 22,4% no de obras gerais, 38% no de religiosos e 23,3% no de científicos, técnicos e profissionais.

O novo relatório indica que a produção total de livros no País cresceu 13,55%, passando de 340,3 milhões de exemplares, em 2008, para 386,4 milhões, em 2009. Quanto às vendas das editoras aos canais de comercialização (livrarias, distribuidores e porta a porta etc), verificou-se expansão de 11,30% (370,9 milhões de unidades, contra 333,3 milhões). O faturamento total do setor cresceu 2,13%, alcançando R$ 3,37 bilhões, ante os R$ 3,30 bilhões do período anterior. Cruzando-se os percentuais relativos ao volume e ao valor das vendas, também se percebe, de modo muito evidente, a redução de preços. Detalhe importante: os números referem-se ao exercício de 2009, marcado pela grave crise econômica mundial. Isto nos permite aludir que a performance do setor em 2010 possa ser ainda mais positiva.

Outro indicador relevante é o crescimento de 14,88% na quantidade de novos títulos publicados (22.027, em 2009, ante 19.174, em 2008). Esta tendência do mercado editorial amplia a diversidade temática à disposição do público e, por outro lado, oferece oportunidade a mais autores, suscitando o surgimento de novos talentos na literatura nacional. A redução do preço e o maior volume de produção e edição de novos títulos integram o esforço do mercado no sentido de contribuir para a meta de multiplicar a base de leitores. Tal empenho soma-se às políticas públicas de fomento do livro, empreendidas pelo Governo Federal, vários estados e numerosas prefeituras.

Os resultados dessa mobilização aparecem de modo claro na pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, que, em sua última edição, identificou a existência de 95 milhões de leitores no País. Este público passou a ler, em sete anos, 4,7 títulos por habitante/ano, contra 1,8, apontado no estudo anterior. Contudo, o mais expressivo e gratificante resultado é o incremento ocorrido entre os jovens com mais de 15 anos e um mínimo de três anos de escolaridade: estes leitores saíram de um índice inferior a duas obras/ano per capita, para 3,7. É inegável que o brasileiro só pôde incluir o livro de modo mais regular em seu orçamento devido à queda dos preços médios.

O processo de evolução do mercado editorial é muito perceptível na 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, promovida pela CBL, de 12 a 22 de agosto, no Pavilhão de Exposições do Anhembi. O próprio evento, que representa o grande momento do livro no País, reflete esse avanço, pois foi idealizado para se constituir na maior dentre todas as edições, respondendo ao crescente interesse dos brasileiros pela leitura, ao bom momento da economia nacional e, sobretudo, à prioritária meta de ampliar o direito de todos os cidadãos ao conhecimento, à cultura e à informação.

Nesse contexto, para os empresários do livro, que vêm promovendo a profissionalização do setor, melhoria da qualidade e aumento da eficiência produtiva, seu trabalho transcende ao universo dos negócios. Trata-se, também, de um compromisso com os brasileiros, que dependem da democratização da leitura para seu pleno desenvolvimento e afirmação como um dos povos vencedores do terceiro milênio.

*Rosely Boschini, empresária do setor editorial, é a presidente da Câmara Brasileira do Livro
(CBL).







“O último trem de Hiroshima” retrata os horrores da bomba atômica


Lançamento da Editora leya revive o ataque que Pôs fim à 2ª GRANDE Guerra e mudou a história mundial

“O último trem de Hiroshima”, de Charles Pellegrino, chega às livrarias, editado pela LeYa. Os acontecimentos de agosto de 1945, quando as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki foram atingidas por bombas atômicas, em ofensiva ordenada pelos Estados Unidos, são minuciosamente revisitados, assim como os dias subsequentes.

A narrativa de Pellegrino combina depoimentos, documentos oficiais e técnicas modernas de arqueologia e reconstrói toda a atmosfera em torno dos acontecimentos. Contextualiza politicamente as ações, revelando em detalhes as estratégias militares utilizadas. A partir da memória dos sobreviventes, narra com o cenário aterrador vivido pelas vítimas das bombas atômicas.

As histórias são, como não poderia deixar de ser, comoventes. Entre elas está a do grupo de 30 pessoas que tentou escapar de Hiroshima e chegou à Nagasaki de trem (citado no título), a tempo de presenciar a segunda explosão. Neste grupo esteve Tsutomu Yamaguchi (que morreu em janeiro, aos 93 anos) tido como a única pessoa que sobreviveu a duas bombas atômicas.

Charles Pellegrino não poupa detalhes para descrever as consequências de uma arma capaz de produzir uma temperatura mais alta que a do núcleo solar. Entre a desintegração imediata e a sobrevivência precária, carregada de sequelas de envenenamento, o autor dá voz aos habitantes que viveram o maior ataque com vítimas civis até aquele momento. Não há como determinar um número preciso, mas há consenso que cerca de cem mil pessoas morreram devido às explosões – que até então só haviam sido testadas em locais desabitados. Experiente escritor e também cientista, Pellegrino enriquece seu relato com dados arqueológicos - alguns inéditos –, que aproximam o leitor ainda mais do terrível cenário em que se transformaram as duas cidades.

“O último trem de Hiroshima” cumpre o doloroso e necessário papel de manter viva a lembrança do horror, na tentativa de evitar que ele se repita. Em um mundo dominado pelo fascínio audiovisual, em que as tragédias são transmitidas ao vivo, esse vigoroso relato é também um manifesto antibelicista e um alerta sobre os perigos das armas atômicas.

Ficha Técnica
Título: O último trem de Hiroshima
Autor: Charles Pellegrino
Nº de páginas: 432
Preço: R$ 39,90







Livro dos Mortos do Rock

Obra da Editora Aleph traz um relato surpreendente e revelador da vida e da morte das sete lendas do rock


Conhecidos como ícones culturais e lendas do rock'n'roll, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, Elvis Presley, John Lennon, Kurt Cobain e Jerry Garcia têm mais em comum do que se possa imaginar. Cheios de atitude e genialidade quando o assunto é música, eles também eram figuras problemáticas e autodestrutivas. O Livro dos Mortos do Rock, de David Comfort, desconstrói esses mitos ao revelar particularidades e detalhes da vida de cada um, especialmente no período que antecedeu sua morte.
Da infância solitária, arruinada por perdas irreparáveis, às músicas e atitudes que falavam de amor e revolução, essas lendas encontraram um fim precoce, trágico e coberto de mistérios e especulações. Com a exceção de Lennon, todos tentaram o suicídio ou ameaçaram cometê-lo. Quatro morreram aos 27 anos – vale lembrar que 2010 marca 40 anos da morte de Jimi Hendrix (18 de setembro) e Janis Joplin (4 de outubro), e 30 anos do assassinato de John Lennon (8 de dezembro).
Os capítulos foram organizados em ordem cronológica, seguindo a sequência de suas mortes, ocorridas ao longo daquela que foi a era de ouro do rock. Diferente de outros livros que se concentram pontualmente em minúcias biográficas, O Livro dos Mortos do Rock é o primeiro estudo sobre o lado sombrio desses músicos. Com uma linguagem leve e muitas vezes sarcástica, David Comfort revela com precisão os medos, fraquezas e excessos que levaram esses astros à condição de imortais.










Fotógrafo e motociclista JOSÉ ALBANO lança o MANUAL DO VIAJANTE SOLITÁRIO

O lançamento aconteceu em Fortaleza, no Centro Cultural Banco do Nordeste, e na Bienal Internacional do Livro de São Paulo

“Tudo começou em 1983 com um desses telefonemas chatos de telemarketing, um cara tentando me vender um consórcio de automóvel. (...) eu resolvi encerrar o papo dizendo que, na verdade, eu já estava farto de carros e, se fosse comprar um veículo novo, seria uma moto. (...) O engraçado é que eu tinha falado aquilo pro vendedor só pra cortar o papo pois, na verdade, eu detestava motos!”
A semente plantada há 27 anos na cabeça de José Albano, um dos maiores nomes da fotografia no Ceará, deu frutos. No ano seguinte comprou uma Honda 125cc, com a qual viaja até hoje pelas estradas do país. O mais novo fruto daquela conversa de telemarketing é MANUAL DO VIAJANTE SOLITÁRIO (Terra da Luz Editorial, 2010. 112p), patrocinado pelo Banco do Nordeste, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultural.


O autor procura desmistificar as viagens de moto, o perigo que a ela é atribuída e, assim, reduzir o medo e a ansiedade ligada ao uso da moto nas estradas. “É mais perigoso usar a motocicleta na cidade do que na estrada”, comenta. “Quero dar a boa notícia de como tenho me dado bem com o meu estilo despojado de viajar”, diz o autor no prefácio intitulado “Moto de viagem?”.
Outro mito que José Albano põe na mesa é a moto ideal. “A melhor moto para viajar é a pequena, a comum, pois ela é mais barata, mais econômica, mais leve e tem mecânico e peça em qualquer lugar”, justifica. “E tem outra vantagem, a moto pequena corre pouco, então é menos perigosa”, continua.

MANUAL DO VIAJANTE SOLITÁRIO não é uma narrativa de viagens. O autor não visa contar nada, mas dá dicas para motoqueiros e, para isso, cita fatos que aconteceram em mais de 20 anos nas estradas sobre duas rodas. É um manual prático, onde instiga o motociclista a viajar.

O livro é dividido em capítulos que proporcionam uma espécie de diálogo com o leitor. São questões, como “Por que uma 125cc?”, “E as viagens?”, “E o desconforto?”, “E o medo?”, “E a manutenção?”, “E os perigos?”, entre outras perguntas que levam o leitor às linhas seguintes, para saber as resposta de José Albano, que são apresentadas em uma linguagem coloquial, como uma boa conversa entre motociclistas.

Alguns bons exemplos:
...muita gente me pergunta quantos quilômetros eu faço por dia. Respondo: “Eu sei lá!... Depende!...” “Mas, em média, quantos quilômetros por dia?”, insistem. Respondo: “Só no fim de uma viagem, posso tirar uma média.” Mas confesso que não estou muito preocupado com esses números, não. O que posso dizer é que depende da viagem, da estrada, do clima, depende da minha disposição, da minha pressa, ou não, de chegar... Mesmo assim, depois de tantas viagens, posso dizer que rodo entre 350 e 450 km por dia, se você insiste em saber... Você acha pouco? Eu, não!

Aprendi a dar uma resposta às inúmeras pessoas que me abordam com a frase: “Mas que coragem!”. A minha resposta é: “Coragem é a sua de ver a vida passar dentro de casa! Como é que você tem coragem de gastar a vida desse jeito?”

O livro é dedicado a J.E.R.M.L. Quem é? Nem José Albano sabe. Mas estava em um monumento erguido a esse motoqueiro falecido na estrada, nas proximidades de Icó, no Ceará. Como José Albano sabia que era motoqueiro? Tinha uma moto vermelha desenhada.

Entre os vivos, o autor dedica o livro a Amarílio Rebouças, o “Bigode”, o mecânico da moto desde seus primeiros quilômetros até hoje. Foi ele quem deu o estalo para que o fotógrafo José Albano registrasse suas viagens quando disse: “Não se esqueça de tirar fotos quando cruzar uma divisa. É a prova que você tem de que esteve lá”. Conselho dado, conselho seguido. A primeira foto da primeira viagem está na página 37. Ela data de 1988 e foi feita na BR-222, na descida de Tianguá, no Maciço da Ibiapaba, Ceará.



QUEM É JOSÉ ALBANO

Nascido em Fortaleza, Ceará, em 1944, José Albano é fotógrafo desde 1967, quando cursava Letras na Universidade Federal do Ceará.Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou na Manchete Press Agency, agência de notícias da Editora Bloch (1969-1970). Com bolsa da Comissão Fulbright, estudou nos Estados Unidos, onde obteve o mestrado em Fotografia para os Meios de Comunicação na Syracuse University, em Nova York. Exerceu o fotojornalismo percorrendo os Estados Unidos, o Canadá e 12 países da Europa.

De volta ao Ceará, trabalhou na Escala Publicidade durante cinco anos, até abrir seu próprio estúdio, onde passou a fazer fotografia profissional para o comércio e indústria cearense, ilustração fotográfica de livros, restauração e reprodução de fotos antigas, retratos, documentação da paisagem, ecologia e turismo no estado do Ceará.

Faz fotografia de expressão pessoal documentando o movimento alternativo em todo o Brasil, as viagens de motocicleta e os meninos do Projeto Albanitos. Seu trabalho autoral foi publicado no livro “José Albano 40 Anos de Fotografia” (Terra da Luz Editorial, 2009). Foi contemplado com dois prêmios pelo conjunto da sua obra. Faz documentação fotográfica, junto ao seu irmão Maurício Albano, para o projeto “Comida Ceará” do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. “E continuo fotografando tudo o que me interessa na vida... e não é pouco!”



TV DIVIRTA-CE

Confira videos sobre o livro de Jose Albano

















Retrato da falência do sistema carcerário

‘Voo para a escuridão’ conta o drama de um comissário de bordo nos porões d
e uma prisão brasileira

Cruel, arrasadora, atual. E, ainda por cima, verdadeira. Essa é a história do comissário de bordo colombiano Jak Mohamed Harb, de 48 anos. Rico, bonito e gay, ele vê de uma hora preso em uma masmorra brasileira, num processo kafkiano.
É da história de Jak e sua passagem por uma prisão no estado de São Paulo que o publicitário e especialista em marketing político Marcelo Simões – ex-parceiro de Duda Mendonça e hoje fazendo a campanha de Aloísio Mercadante para o governo de São Paulo – tirou o tema para seu primeiro livro. “Vôo para a escuridão” conta, com lances de romance de suspense, a dramática história de um personagem injustiçado, mas também – de forma nunca vista – a falência do sistema carcerário paulista e o amplo domínio de uma facção criminosa – o PCC – dentro dos presídios.
“A liderança do PCC dentro dos presídios, inclusive do presídio estrangeiro é inequívoca”, diz Marcelo Simões. “Isso revela a falência do sistema penitenciário em São Paulo e, acredito, em todo o Brasil, onde outras organizações criminosas agem como o PCC. As regras do PCC são seguidas à risca, tanto para a boa convivência lá dentro, como para o desenvolvimento de ações fora do presídio”.
História de erros e horror
Jak, o comissário de bordo, é preso num hotel de São Paulo no momento em que entregava, a pedido de uma colega de trabalho, uma encomenda para um suposto amigo dela. O pacote continha dólares e o tal amigo era um traficante.
Foi preso junto com outro colega também comissário de bordo, Gilberto, numa das espetaculares e midiáticas ações da Polícia Federal, com acompanhamento de jornalistas principalmente da televisão. Nestor, a pessoa para quem Jak devia entregar a encomenda, era nada menos que o colombiano Nestor Alonso Castañeda Arevelo, que estava sendo seguido há sete meses pelos federais. O telefone dele estava grampeado.
Outras 10 pessoas foram indiciadas no final da operação, inclusive criminosos internacionais, como o italiano Roberto Pedrani, procurado em outros países e que vivia no Brasil com documento falso, passando-se por diplomata. A PF também aprendeu carros importados blindados e 125 quilos de cocaína.
Jak tinha uma explicação para a confusão, mas a polícia não quis ouvir. Aí começa o drama. A primeira passagem de Jak pelo inferno foi na Penitenciária de Guarulhos II, de onde foi transferido para um presídio na cidade de Itaí, no interior paulista, onde ficou um ano preso, de julho de 2008 a agosto de 2009. Foi libertado após 400 dias no cárcere, sem culpa.
O que restou desse período dramático na vida desse filho de libaneses foram as memórias destes 400 dias no cárcere brasileiro, afinal relatadas no livro (“Voo para a Escuridão – o drama de um comissário de bordo nos porões de uma prisão brasileira”, de Marcelo Simões, Geração Editorial, 240 páginas, R$ 34,90).
O livro conta como Jak Harb viveu na prisão em péssimas condições de higiene, no meio de extrema violência e a cada dia tendo que lutar para sobreviver. Viu presos se cortando com estiletes para serem atendidos no ambulatório e outros morrendo, por atendimento precário. Uma vida nada normal para quem frequentava os melhores hotéis do mundo e é dono de pousada boutique na paradisíaca ilha caribenha de San Andres, diante de um mar azul-turquesa e sol durante quase todo o ano. A tarefa diária de dividir espaço com homicidas, assaltantes e líderes da maior facção criminosa do estado de São Paulo, o PCC (Primeiro Comando da Capital), não era as das mais tranquilas, para quem poderia em um dia acordar na Europa, tomar café nos melhores bistrôs e dormir após uma festa em alguma capital latina.
O que ele menos entendia era a acusação – fazer parte de uma quadrilha internacional de traficantes de drogas. Ele afirma que não conseguia ser ouvido nem pela polícia nem pelos magistrados brasileiros, para os quais qualquer colombiano só poderia ser mesmo traficante. No hostil ambiente carcerário, ainda teve que ocultar sua opção sexual, pois logo percebeu que os homossexuais levavam vida ainda pior que os demais.
Passado o trauma da prisão, agora em liberdade e de passagem pelo Brasil, Jak faz planos para seguir a vida, mantendo a pousada em San Andrés e viajando para a Índia, para uma tournée mística. Está acionando na Justiça a companhia aérea na qual trabalhava – e que não lhe deu assistência jurídica – e pensa ainda se processa ou não o Estado brasileiro, que o tratou tão mal na prisão.






Transcendência e liberdade nos clássicos da poesia


Livro analisa a influência do gnosticismo na escrita poética

Em "Um obscuro encanto" Claudio Willer relaciona mito, religiões, esoterismo e poesia em uma análise da literatura à luz da gnose e do gnosticismo. O livro apresenta uma estimulante reflexão sobre a produção poética de uma série de escritores influenciados por estas duas premissas filosóficas, como William Blake, Goethe e Baudalaire.

“Além de constituir uma lúcida análise do gnosticismo e suas imbricações na poesia do Romantismo até a atualidade, abre-se à discussão das relações entre heterodoxia e criatividade poética”, avalia o professor Benjamin Abdala Junior, autor da orelha do livro. Antes de ser considerado herético pela Igreja Católica, o Gnosticismo caminhava ao lado do Cristianismo nos primeiros anos da religião. Mesmo após o seu repúdio, esta corrente filosófica-esotérica continuou a influenciar artistas e pensadores de vários campos do conhecimento com a sua doutrina de caráter intuitivo e transcendental.

Mas foi no século XVIII que o Gnosticismo voltou à cena com grande força e influenciou a filosofia e as escolas literárias a partir do Romantismo passando pelos simbolistas, modernos e alcançando os contemporâneos. Desde então, sua influência pode ser considerada como uma “rebelião contra a sociedade burguesa e industrial, a massificação, a ideologia do progresso; e, em literatura e artes, contra o realismo e o naturalismo”, afirma Claudio Willer.

Ao abordar temas da tradição do pensamento gnóstico e suas confluências na literatura, o autor releva inclinações de poetas inovadores que se valeram de perspectivas sincréticas e heterodoxas na construção de poéticas abertas. Claudio Willer destaca o caráter libertário das obras de grandes nomes da literatura mundial e brasileira, entre eles, Rimbaud, Mallarmé, Victor Hugo e Hilda Hilst.

Claudio Willer (São Paulo, 1940) é poeta, ensaísta e tradutor. Seus vínculos são com a criação literária mais rebelde e transgressiva, como aquela representada pelo surrealismo e geração beat. Antes de lançar Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e poesia moderna, ensaio (Civilização Brasileira, 2010), publicou Geração Beat (L&PM Pocket, coleção Encyclopaedia, 2009), Estranhas Experiências, poesia (Lamparina, 2004); Volta, narrativa (terceira edição em 2004); Lautréamont - Os Cantos de Maldoror, Poesias e Cartas (Iluminuras, nova edição em 2008) e Uivo e outros poemas de Allen Ginsberg (L&PM, edição pocket em 2005, nova edição em 2010).



Teve publicados, também, Poemas para leer en voz alta (Andrómeda, Costa Rica, 2007) e ensaios na coletânea Surrealismo (Perspectiva, 2008). É autor de outros livros de poesia – Anotações para um Apocalipse, Dias Circulares e Jardins da Provocação – e da coletânea Escritos de Antonin Artaud, esgotados. Presidiu por vários mandatos a UBE, União Brasileira de Escritores. Doutor em Letras na USP com Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e a poesia moderna, faz pós-doutorado na USP sobre Religiões Estranhas, Hermetismo e Poesia. Coordena oficinas literárias; ministra cursos e palestras sobre poesia e criação literária. Prepara um livro sobre surrealismo e uma coletânea de ensaios sobre misticismo e poesia.





Obra analisa os transtornos mentais por meio do estudo do cinema


Artmed editora lança livro inédito no mercado nacional, voltado para estudantes de saúde mental e interessados em cinema ou psicopatologias

Em tarefa pioneira, J. Landeira-Fernandez e Elie Cheniaux escreveram "Cinema e Loucura", novo livro da Artmed Editora. Os autores estudaram os personagens do cinema clássico e moderno para auxiliar o leitor a compreender os mecanismos dos transtornos mentais retratados nos mais diversos filmes. "O cinema já vem sendo utilizado com certa frequência em várias universidades do Brasil e do exterior como um importante recurso acadêmico. Filmes podem motivar o aluno, aumentando seu entusiasmo para a compreensão de conteúdos complexos na área da psicopatologia, tornando o aprendizado mais agradável", contam Landeira e Cheniaux.

A ideia para a obra surgiu após os autores notarem o pouco acesso que os estudantes de psicopatologia, psicodiagnóstico e de outras disciplinas da área de saúde mental têm aos exemplos clínicos representativos dos sintomas de transtornos mentais. No entanto, o livro é de interesse não apenas dos estudantes acadêmicos, mas também de todos aqueles que se interessam por cinema e saúde mental e, por isso mesmo, foi escrito com uma linguagem simples e acessível. Segundo os autores, "mesmo pessoas que já possuam um alto nível de conhecimento sobre os transtornos mentais podem se interessar pelo livro, pois este traz um panorama de como a sétima arte tem retratado o adoecimento mental. Acreditamos ainda que o livro possa interessar ao leigo que tenha curiosidade sobre o assunto ou queira adquirir algum conhecimento sobre psicopatologia".

Para que pudessem ter como resultado uma obra que envolvesse a grande maioria dos transtornos mentais ligada aos personagens do cinema, Landeira e Cheniaux gastaram aproximadamente três anos vendo e revendo filmes que já conheciam e indicados por colegas e alunos, ou que foram sendo descobertos por meio de contínuas pesquisas sobre o assunto. "Vários filmes foram interrompidos várias vezes para que anotações fossem feitas ou para que uma mesma cena fosse revistas com mais detalhe. Em seguida, as anotações sobre os filmes se transformavam em textos que abordavam especificamente a questão dos transtornos mentais", explicam eles.

Todo o processo foi feito de forma a criar um livro com o maior embasamento teórico e clínico possível, sem perder a clareza e a objetividade da leitura de textos necessárias para o público geral.

Um dos aspectos mais interessantes de "Cinema e Loucura" é a percepção da representação muito ou pouco fidedigna dos transtornos mentais pelas produções cinematográficas. Como exemplo, os autores citam o filme "como se fosse a primeira vez", o qual consideram um exemplo de grosseira distorção de como é de fato um transtorno mental. "A personagem da atriz Drew Barrymore no filme, depois de sofrer um traumatismo craniano num acidente de carro, perde a memória sobre o que acontece a cada dia quando vai dormir. No entanto, nos pacientes reais que sofrem de um transtorno amnéstico, a perda da memória se dá de forma contínua, durante o dia inteiro, minutos após o registro de uma informação nova", afirmam Landeira e Cheniaux. Ainda defendem a existência de filmes que obtiveram um ótimo resultado ao retratar os transtornos.

"O filme Farrapo humano (1945), do diretor Billy Wilder, que deu o Oscar de melhor ator para o Ray Milland, retrata muito bem o alcoolismo, apresentando, inclusive, uma cena com um quadro de delirium tremens, que representa uma grave síndrome de abstinência ao álcool", finalizam os inovadores escritores do título nacional.

Serviços
Livro: "Cinema e Loucura"
Autores: J. Landeira-Fernandez e Elie Cheniaux
Formato: 16 x 23
Páginas: 228

Sobre os autores
J. Landeira-Fernandez: Mestre em Psicologia Experimental pela USP. PhD em Neurociências e Comportamento pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). Pesquisador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Diretor do Núcleo de Neuropsicologia Clínica e Experimental (NNCE). Professor do Curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá (UNESA). Professor da Graduação e do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica da PUC-Rio.

Elie Cheniaux: Médico pela UERJ. Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). Mestre e Doutor pelo IPUB/UFRJ. Pós-doutor pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE) da UFRJ. Professor Adjunto da Faculdade de Ciências Médicas da UERJ. Professor do Programa de Pós-graduação em Psiquiatria e Saúde Mental do IPUB/UFRJ. Membro associado e docente da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro (SPRJ).








Sonhos de Miriam Leitão

Jornalista reúne as melhores crônicas da sua coluna, tratando de temas variados como política, meio-ambiente e, claro, o melhor da análise econômica

Uma das mais respeitadas jornalistas do país, Miriam Leitão reúne, em “Convém Sonhar”, suas crônicas mais marcantes, publicadas ao longo de duas décadas. Dividido de forma temática, este livro, além de ser uma coletânea de textos, é um retrato da história recente do país, com os acontecimentos que marcaram a sociedade, a política e a economia. Colunista de economia, Miriam não se atém ao tema, mas avança por outras áreas: há espaço para o jornalismo, as questões sociais e ambientais e, até mesmo, para textos de viagens e histórias pessoais, como a que dá título ao livro. O livro acaba de sair da gráfica da Editora Record (www.record.com.br) e chegou às livrarias no fim da semana.
Ter uma coluna diária é um exercício inigualável de disciplina. Um desafio que, a princípio, assusta. É assim que Miriam Leitão, uma das mais respeitadas jornalistas do país, define seu ofício de colunista. “A vida tem inesperados; o humor oscila; emergências acontecem. Mas a coluna tem seu prazo inegociável. É também um extraordinário privilégio: um espaço diário reservado para análises, notas, notícias, debates, reflexões”, revela.

Em “Convém Sonhar”, Miriam faz uma seleção desses pequenos privilégios. Insights na vida de milhões de brasileiros. Reunidas, aqui, estão as crônicas marcantes, publicadas ao longo de seus mais de vinte anos de carreira. Colunista de economia, Miriam não se atém ao tema, mas avança por outras áreas: há espaço para o jornalismo, as questões sociais e ambientais, e até mesmo, para textos de viagens — como sua ida ao Parque Grande Sertão Veredas, contada na coluna O senhor tolere.
O livro traz, ainda, histórias pessoais de Miriam. Passagens que a autora julga trazerem algum valor universal, como a que empresta seu nome ao título do livro. Um belo texto onde a jornalista lembra sua relação com o pai e a importância em acreditar nos próprios projetos, ter a ousadia de batalhar pelos sonhos. Algumas das lindas peças incluídas neste livro nasceram no calor da hora. Outras não: tomaram semanas de seu trabalho de apuração dedicado, obstinado, meticuloso.
A maioria dos textos deste livro foi extraída da coluna que começou Panorama Econômico e acabou se transformando na Coluna Miriam Leitão. Um daqueles casos especiais em que o jornalista, pelo seu papel, ganha marca própria.
Miriam Leitão tem coluna diária no jornal O Globo desde 1991, é comentarista de economia da TV Globo, rádio CBN, tem um programa na Globonews. Mineira de Caratinga, começou o jornalismo em Vitória e trabalhou também na Gazeta Mercantil, Veja, Abril Video, Jornal do Brasil e O Estado de São Paulo. Ganhou vários prêmios, entre eles o prestigiado Maria Moors Cabot Prize, conferido pela Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia.








Revelações de um publicitário

“Curto & Grosso” traz as historias de Flávio Corrêa, o Faveco, um dos profissionais de comunicação mais respeitados e premiados do Brasil


“Curto & Grosso – O Brasil de cabo a rabo na visão de um publicitário politicamente incorreto”, publicado pela Geração Editorial (184 páginas, R$ 34,90), traz as historias de Flávio Corrêa, mais conhecido como Faveco, um dos profissionais de comunicação mais respeitados e premiados do Brasil. A sua carreira no mundo é extensa, polêmica e vitoriosa, como jornalista, publicitário e empresário.
Faveco, ainda jovem, foi o escolhido pelo papa da comunicação do século XX, David Ogilvy, sem ao mesmo falar inglês, para trabalhar na nova agência de publicidade que seria montada para atender a América Latina. O resultado final foram 25 anos de convivência com o todo poderoso publicitário e trabalhos para Ogilvy & Mather nos cinco continentes.
“Talvez o que tenha cimentado nossa amizade tão especial tenham sido alguns traços comuns de personalidade: a irreverência, e iconoclastia beirando o anarquismo, o inconformismo, o amor pelo bom texto, pela elegância, pela ética na publicidade e a compulsiva busca da perfeição. E o cigarro...”, conta Faveco, no texto “Meu amigo David”.
Em “Curto & Grosso”, o autor mostra o seu espírito crítico aguçado para comentar os novos caminhos do mercado publicitário, da economia brasileira e da política, e não poderia deixar de lado lembranças do seu passado vencedor. O livro interessa não apenas aos profissionais de negócios, mas a publicitários, jornalistas e cidadãos dispostos a saber o que pensa um homem que, com as suas críticas, defende um melhor caminho para o futuro do país, sem partidarismo ou ambições políticas.
Os textos estão divididos em quatro áreas: Comunicação, Brasil, Gestão e Memórias. Os artigos são sempre “curtos e grossos” e carregam uma análise contemporânea profunda e, às vezes, agressiva contra a postura de políticos, empresários e do mercado em geral.









Uma ferida aberta há 25 anos

Livro reconstitui a morte de Tancredo Neves, primeiro presidente civil eleito após a ditadura militar. Autor questiona procedimentos médicos após pesquisa de 10 anos e entrevistas com profissionais responsáveis pelas quatro cirurgias

Um diagnóstico equivocado, uma técnica de cirurgia ultrapassada e uma briga “brutal de egos” para uma cirurgia de emergência — sem necessidade de urgência — levaram à morte Tancredo Neves, o primeiro presidente civil eleito depois de 21 anos de ditadura militar. A conclusão está no livro ‘O Paciente — Caso Tancredo Neves’, do pesquisador médico Luis Mir. Com documentos e prontuários inéditos, ele questiona, 25 anos depois, o procedimento que matou Tancredo poucos dias antes de assumir à Presidência da República.

“Tancredo foi operado em condições catastróficas. O procedimento operatório foi desatroso, houve um erro técnico clamoroso, primário. Era para ele ter tomado posse no dia 15 de março de 1985”, afirma Mir, que é professor da USP e pesquisou por 10 anos o tema, com entrevistas com a equipe médica responsável pelas intervenções no presidente.

“Não era um caso grave, ele não corria risco de vida. Era uma cirurgia que poderia ter sido programada melhor. Os médicos atenderam magnificamente bem o presidente da República, mas muito mal o paciente”, diz Mir.

HEMORRAGIA

Segundo o autor, a causa da morte de Tancredo foi uma hemorragia em consequência da técnica de sutura (de fechamento dos pontos) utilizada pela equipe do cirurgião Francisco Pereira Rocha. O presidente tinha um tumor benigno no abdômen, que primeiramente foi confundido com uma apendicite. “Já era um procedimento fora de uso, inadequado para 1985. Essa é a principal crítica que colhi da equipe paulista no livro”, conta o pesquisador, referindo-se aos médicos comandados por Henrique Pinotti, o terceiro médico que operou o presidente. Os dois cirurgiões são inimigos até hoje e se processaram após o conturbado processo que culminou com a posse do vice-presidente José Sarney. Mir é enfático ao apontar a principal razão do erro de médicos renomados, que convivem “e sofrem muito com isso”.

“Com o procedimento ideal, ele teria saído do hospital cinco dias depois da cirurgia andando para assumir o cargo. Mas era uma operação para salvar o presidente, houve modelos e várias soluções diferentes. Não podia dar certo. Foi um desastre médico, político, cirúrgico...”, critica.

Autor nega mitos e lendas sobre a morte de Tancredo

Entre as motivações de Luis Mir para escrever o livro, que chega amanhã às livrarias pela Editora Cultura, o autor diz que pretende desfazer lendas, mentiras e “outras bobagens” sobre a morte de Tancredo Neves. Há versões que apontavam até mesmo envenenamento, além de responsabilizar de certa forma ao próprio presidente, que seria um paciente rebelde. “É mentira, ele foi um excelente paciente. Faltou, digamos, sensibilidade com ele por parte dos médicos. Não defendo o presidente, mas o paciente. O que ele dizia apenas é que queria tomar posse para depois ir direto para o hospital”, lembra Mir, que teve contato com a neta de Tancredo (Andrea Neves) e o filho (Tancredo Augusto). Com eles, o autor acredita que vai desfazer um dos “boatos históricos” que cercam a morte de Tancredo: que ele teria sido mantido vivo artificialmente até o dia 21 de abril para morrer no mesmo dia que Tiradentes.






Literatura e arte moderna

Crítico Antonio Arnoni Prado lança “Itinerário de uma falsa vanguarda”


Reconhecido por estudos de primeira grandeza sobre Lima Barreto, o teatro e a cultura anarquistas no Brasil, e o percurso intelectual de Sérgio Buarque de Holanda, entre outros temas, o historiador e crítico de literatura Antonio Arnoni Prado realiza com o livro “Itinerário de uma falsa vanguarda - Os dissidentes, a Semana de 22 e o Integralismo” uma proeza admirável.
Ao focar sua atenção sobre uma linhagem de obras e autores pouco analisados pela crítica — com destaque para a produção excêntrica e contraditória de Elísio de Carvalho (1880-1925) —, o autor amplia a compreensão dos nexos entre literatura e política no período crucial que se estende da proclamação da República à maturação do Modernismo.
História cultural densa e crítica literária das mais finas, “Itinerário de uma falsa vanguarda”, lançamento da Editora 34, mapeia, sem nenhum esquematismo as várias vertentes estéticas que confluiriam para os acontecimentos da Semana de Arte Moderna de 1922, bem como para as tomadas de posição ideológica que viriam à tona na década de 1930.








Emocionante história de superação

O grande bailarino Li Cunxin volta a ser notícia, após sua autobiografia virar filme


“Adeus, China”, lançado no Brasil pela Editora Fundamento, conta a emocionante história de superação de um dos mais importantes bailarinos do mundo: o chinês Li Cunxin. A obra virou bestseller na Austrália, onde foi eleito o livro do ano pela Associação Australiana de Livreiros (a Nielson BookScan, em 2004) e recebeu o Book of the Year Award. Nos Estados Unidos recebeu o prêmio Christopher Award for Literature e foi um dos finalistas do National Biography Award. Publicado em mais de 20 países, está em listas de mais vendidos em vários lugares do mundo. No ano passado se tornou filme e foi lançado no Festival de Toronto.
Sucesso de público e de crítica, a história de Li Cunxin é admirável e envolvente. Um dos dançarinos mais importantes do mundo da dança, Li já se apresentou com algumas das maiores companhias da atualidade e é reverenciado por milhares de bailarinos. Mas todos concordam que ainda mais impressionante que a leveza de seus movimentos é sua história. O caminho que ele teve de percorrer da infância miserável na China comunista até a glória é narrado em sua autobiografia.
Amigo de presidentes americanos e estrelas de cinema, o bailarino escreveu suas memórias em linguagem simples, que agrada até àqueles que não conhecem seu nome e sua reputação como dançarino do Australian Ballet e do Houston Ballet. Nem mesmo a as características da China comunista, ainda pouco conhecidas no ocidente, se tornam obstáculos em uma história escrita com sentimentos intensos.
O livro relata a determinação de um garoto pobre da província de Qingdao que tem a oportunidade de mudar de vida. Unindo histórias de sua infância com o panorama político do país que passava pela Revolução Comunista, sob o comando de Mao Tsé-tung, Li Cunxin descreve seus anos de árduo treinamento e suas impressões do ocidente.
Li Cunxin foi um grande bailarino, mas, desde 1999, após uma lesão, trabalha no mercado de ações. Vive na Austrália com a esposa Mary e três filhos.






Na defesa da comunicação

Jornalista Adísia Sá é homenageada em obra que mostra a trajetória de grandes jornalistas


A Comissão Especial que vai proferir parecer à Proposta de Emenda à Constituição 386/09, conhecida como a PEC dos Jornalistas poderá ser instalada ainda em maio na Câmara dos Deputados. Enquanto parte da categoria se mobiliza pela obrigatoriedade do diploma, os jornalistas José Marques de Melo e Francisco de Assis lançam o livro "Valquirias Midiáticas" (Editora Arte e Ciência), com a luta de sete mulheres ícones na atuação acadêmica do jornalismo.
Entre as homenageadas está a cearense Adísia Sá, que foi a primeira mulher a integrar uma redação de jornal, a Gazeta de Notícias, em 1955. Foi a primeira repórter policial feminina, primeira mulher sindicalizada no estado do Ceará e fundadora do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará.
O livro mostra a trajetória de Adísia Sá, Anamaria Fadul, Cremilda Medina, Lucia Santaella, Maria Immaculada Vassallo de Lopes, Sonia Virgínia Moreira e Zélia Leal Adguirni. O título do livro, Valquírias Midiáticas, remete à primeira revista feminina do Brasil - Walkyrias -, lançada na década de 1930 pela jornalista-empresária Jenny Pimentel de Borba, época da Constituição de 1934, que garantiu o direito de voto à mulher e que a incentivava a tomar consciência de seu papel de cidadã.







Cia Editora Nacional lança livro com fotos inéditas de Michael Jackson

No dia 25 de junho de 2009 o mundo perdia o cantor Michael Jackson, o rei do pop. Em junho, a Companhia Editora Nacional vai lançar o livro Michael Jackson, o rei do pop 1958-2009. O livro foi lançado mundialmente dois meses depois da morte do cantor e, finalmente agora, chega ao Brasil. Os diferenciais da obra são muitos e começam pelo escritor. Chris Roberts é jornalista especializado em música, já biografou Lou Reed, Abba, Scarlett Johansson e escreveu para a revista Melody Maker. É colaborador atual dos jornais The Telegraph e The Guardian e as revistas Elle e Ikon. O livro também contém imagens inéditas da carreira do artista como os bastidores do videoclipe Thriller e as poucas fotos com sua ex-mulher Debbie Rowe e filhos. Os fãs terão acesso a mais de 140 fotos, inclusive as do fuderal-show do cantor.

Em Michael Jackson, o Rei do Pop - 1958-2009, o autor, Chris Roberts, apresenta a carreira do músico e não fica preso à excentridades e polêmicas nas quais o artista se envolveu. A obra começa com os Jackson Brothers (depois Jackson Five), passa pelo primeiro álbum solo Off The Wall, o lendário Thriller, maior recordista de vendas de todos os tempos, Bad e outros grandes sucessos como Dangerous - histórias bem conhecida, mas Chris Roberts a enriquece com diversos episodios de bastidores.

A questão racial também não fica de fora. Roberts mostra que, no início da carreira do artista, na Motown, após os grandes embates pelos direitos civis da década de 1960, havia um anseio difuso por integração racial em todo o país. E a Motown soube aproveitar, como nenhuma outra gravadora, os novos tempos, tendo sido pioneira em popularizar seus artistas afro-americanos para fora do gueto. Assim, os Jackson Five figuraram nas capas dos maiores veículos da imprensa dos EUA. Mas essa não é uma história cor-de-rosa: em meio ao grande sucesso de Off the Wall, às vésperas da década de 1980, o já superastro Michael Jackson ainda se queixava do que considerava discriminação racial da mídia em relação a ele.



Michael Jackson, o Reio do Pop - 1958-2009 resume toda a vida e a obra do cantor, resultando em um livro que certamente agradará a todos os seus fãs - escrito não somente por um fã, mas por um exímio biógrafo e crítico musical acurado. A obra foi considerada pelo jornal inglês The Guardian um tributo "perspicaz" sobre o artista, em meio à enxurrada de publicações que surgiram após sua morte. *

(http://www.guardian.co.uk/books/2009/aug/02/michael-jackson-biography-review).

SOBRE O AUTOR
CHRIS ROBERTS nasceu no País de Gales, no Reino Unido, e mora em Londres. É escritor e jornalista, especializado em música e cinema. Escreveu assiduamente na Melody Maker, a mundialmente famosa revista sobre música, extinta no ano 2000. Tem colaborado com diversos periódicos, como os jornais The Telegraph e The Guardian e as revistas Elle e Ikon, além de participar de programas de TV na rede BBC e outras emissoras. Foi organizador da obra Idol Worship, sobre o estrelato da indústria cultural (Bono Vox, Nick Horbny, Thurston Moore), considerada pelo New York Times o livro mais original desde sempre sobre rock'n'roll. Publicou biografias de Lou Reed, Abba, Scarlett Johansson, entre outras.







Mito, religiões, esoterismo e poesia


Em Um obscuro encanto Claudio Willer relaciona mito, religiões, esoterismo e poesia em uma análise da literatura à luz da gnose e do gnosticismo. O livro apresenta uma estimulante reflexão sobre a produção poética de uma série de escritores influenciados por estas duas premissas filosóficas, como William Blake, Goethe e Baudalaire.

“Além de constituir uma lúcida análise do gnosticismo e suas imbricações na poesia do Romantismo até a atualidade, abre-se à discussão das relações entre heterodoxia e criatividade poética”, avalia o professor Benjamin Abdala Junior, autor da orelha do livro. Antes de ser considerado herético pela Igreja Católica, o Gnosticismo caminhava ao lado do Cristianismo nos primeiros anos da religião. Mesmo após o seu repúdio, esta corrente filosófica-esotérica continuou a influenciar artistas e pensadores de vários campos do conhecimento com a sua doutrina de caráter intuitivo e transcendental.

Mas foi no século XVIII que o Gnosticismo voltou à cena com grande força e influenciou a filosofia e as escolas literárias a partir do Romantismo passando pelos simbolistas, modernos e alcançando os contemporâneos. Desde então, sua influência pode ser considerada como uma “rebelião contra a sociedade burguesa e industrial, a massificação, a ideologia do progresso; e, em literatura e artes, contra o realismo e o naturalismo”, afirma Claudio Willer.

Ao abordar temas da tradição do pensamento gnóstico e suas confluências na literatura, o autor releva inclinações de poetas inovadores que se valeram de perspectivas sincréticas e heterodoxas na construção de poéticas abertas. Claudio Willer destaca o caráter libertário das obras de grandes nomes da literatura mundial e brasileira, entre eles, Rimbaud, Mallarmé, Victor Hugo e Hilda Hilst.

Claudio Willer (São Paulo, 1940) é poeta, ensaísta e tradutor. Seus vínculos são com a criação literária mais rebelde e transgressiva, como aquela representada pelo surrealismo e geração beat. Antes de lançar Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e poesia moderna, ensaio (Civilização Brasileira, 2010), publicou Geração Beat (L&PM Pocket, coleção Encyclopaedia, 2009), Estranhas Experiências, poesia (Lamparina, 2004); Volta, narrativa (terceira edição em 2004); Lautréamont - Os Cantos de Maldoror, Poesias e Cartas (Iluminuras, nova edição em 2008) e Uivo e outros poemas de Allen Ginsberg (L&PM, edição pocket em 2005, nova edição em 2010).

Teve publicados, também, Poemas para leer en voz alta (Andrómeda, Costa Rica, 2007) e ensaios na coletânea Surrealismo (Perspectiva, 2008). É autor de outros livros de poesia – Anotações para um Apocalipse, Dias Circulares e Jardins da Provocação – e da coletânea Escritos de Antonin Artaud, esgotados. Presidiu por vários mandatos a UBE, União Brasileira de Escritores. Doutor em Letras na USP com Um obscuro encanto: gnose, gnosticismo e a poesia moderna, faz pós-doutorado na USP sobre Religiões Estranhas, Hermetismo e Poesia. Coordena oficinas literárias; ministra cursos e palestras sobre poesia e criação literária. Prepara um livro sobre surrealismo e uma coletânea de ensaios sobre misticismo e poesia.










Universo criativo de Agatha Christie

Livro traz dois contos inéditos da escritora


O aguardado “Os diários secretos de Agatha Christie”, de John Curran, será lançado pela editora LeYa. Resultado de uma pesquisa meticulosa nos manuscritos da autora, o livro revela anotações de trabalho de uma das mais famosas escritoras de todos os tempos e ainda brinda os fãs com duas histórias inéditas de um de seus personagens mais carismático: o detetive belga Hercule Poirot.
Grande admirador da obra de Agatha – a ponto de viajar ao Canadá para assistir a estreia de uma peça da autora –, o irlandês John Curran conheceu por lá Mathew Prichard, neto da escritora. A partir de então desenvolveu a amizade que resultou no acesso ao material: 73 cadernos de anotação com desenhos, fotos, ilustrações, rascunhos de mapas, trechos e capítulos excluídos de outros livros que não chegaram a ser publicados. Uma viagem exploratória pelo método de trabalho da escritora, cuja produção intensa gerou 66 novelas policiais, 20 peças teatrais, seis romances e mais de 150 contos, e contabilizando cerca de dois bilhões de exemplares vendidos em todo o mundo. O autor resume assim a produtividade de Agatha: “É possível ler um livro diferente a cada mês durante quase sete anos.”
Curran mostra em “Os diários secretos de Agatha Christie” algumas peculiaridades da vasta obra da autora. O envenenamento é o método mais usado nos assassinatos, enquanto os médicos estão em maior número entre os assassinos. Há revelações especialmente saborosas para leitores familiarizados com os livros, como o que inspirou a autora criar a reviravolta final em “O assassinato de Roger Ackroyd”. Ou a descoberta de qual das histórias de Poirot foi inicialmente elaborada como uma aventura de Miss Marple.
Entretanto, o livro de John Curran pode agradar também àqueles que estreiam nas aventuras de Agatha Christie: grande parte dos capítulos é temática, como o que trata de crimes que aconteceram em meios de transporte, como trens e navios (‘Crimes a bordo’), crimes inspirados em trovas infantis ou mortes no exterior. Assim, o novato conhece as histórias da escritora a partir das recorrências em suas tramas, e pode estreiar lendo os inéditos “A captura do cérebro” e “O incidente da bola de cachorro”.







Memórias e histórias póstumas de Rodrigo de Souza Leão

Livro inédito do escritor, morto há um ano, "Me roubaram uns dias contados", organizado por Ramon Mello, é um misto de romance e autobiografia



Carioca de múltiplos talentos, o escritor, jornalista, músico e pintor Rodrigo de Souza Leão morreu prematuramente em 2 de julho de 2009, aos 43 anos, em uma clínica psiquiátrica. Autor do romance Todos os cachorros são azuis — finalista do prêmio Portugal Telecom 2009 e que ganhará uma adaptação para o teatro — e da reunião de poemas Caga-regras, o escritor conviveu com a esquizofrenia por mais de 20 anos. O que não o impediu — muito pelo contrário — de produzir intensamente, principalmente no mundo virtual: foi coeditor da revista eletrônica Zunái e autor de uma série de e-books e blogs.

ME ROUBARAM UNS DIAS CONTADOS é a última narrativa de fôlego escrita por Rodrigo de Souza Leão, que chega às livrarias pela Editora Record na data em que completa um ano de sua morte. O texto inédito, organizado pelo poeta e jornalista Ramon Mello, curador de sua obra, é um romance que beira a autobiografia, em que Rodrigo é, ao mesmo tempo, autor e personagem de suas próprias histórias. Mas ele ignora com habilidade e extrapola esses limites em que a noção de realidade está o tempo todo em expansão, produzindo uma comunidade de muitos protagonistas.

Em ME ROUBARAM UNS DIAS CONTADOS, a polifonia de vozes tece laços, mais do que afetivos, criados pelos personagens. Não há um único Rodrigo, há muitos e distintos entre si. Mas entre tantos personagens o leitor com certeza localizará semelhanças e serão essas semelhanças que farão o livro — sua vertiginosa história — fluir com a naturalidade, ora de um conto de fadas, ora de um romance policial, como explica o poeta e amigo Leonardo Gandolfi, que assina a apresentação do livro.

Humor, ironia, derrisão fazem as palavras, muitas vezes duras, fruírem espontaneamente em meio a sorrisos amarelos. Como o autor se desdobra em personagens, este livro se desdobra em outros livros – o que só faz sentido se estiverem reunidos dentro do mesmo caos: sexo virtual, gozofones, eletrochoques, perseguições da CIA ou KGB, filmes, músicas, pinturas, poemas e cacos emocionais...

ME ROUBARAM UNS DIAS CONTADOS é um belo mergulho na condição humana; em especial, na dura tarefa de existir de um escritor, que convive não só com seus fantasmas, mas também com seus remédios.

Rodrigo de Souza Leão nasceu no Rio de Janeiro em 4 de novembro de 1965. Publicou o romance Todos os cachorros são azuis e a reunião de poemas Caga-regras. Foi co-editor da revista eletrônica Zunái e autor de uma série de ebooks e blogs. Faleceu em 2 de julho de 2009 numa clínica psiquiátrica. Me roubaram uns dias contados marca o início da publicação de sua obra pela editora Record.






Ficção e realidade no Egito antigo

Christian Jacq narra um período marcante da história egípcia no romance “O Faraó Negro”


Os templos do Norte do Egito estão desertos e os deuses foram esquecidos. Todos têm um único objetivo: a obtenção máxima de lucro. O império, longe da magnificência do passado, parece caminhar rapidamente para a ruína irreparável. E o único que pode evitar essa fatalidade é o núbio Piankhy, o Faraó Negro.
Ao narrar um período marcante da história egípcia, Christian Jacq traz uma trama que mistura ficção e fatos reais. O Faraó Negro é uma aula para os leitores, que aprendem mais sobre a cultura da época e da região, além de conhecerem as divindades, os rituais, os costumes, dentre outros tópicos.

Christian Jacq não é somente um romancista que escreve sobre o Antigo Egito. É egiptólogo, cujas investigações históricas o levaram a ser agraciado pela Academia Francesa. Ele possui também o notável domínio da técnica de ficcionista, que fez dele um dos autores franceses mais apreciados do grande público. É o maior bestseller de língua francesa da atualidade, autor das séries mundialmente conhecidas (Ramsés, A Pedra da Luz, A Rainha Liberdade e Mozart), traduzidas em mais de 30 idiomas e presentes nas mais importantes listas de mais vendidos do planeta.
Enquanto de um lado há o Faraó que só age de acordo com os deuses e acredita que eles ajeitarão tudo no fim dos dias, no outro está o militar líbio ávido pelo poder e completamente descrente de qualquer crença sobrenatural. Mesmo com o apoio de parte da população e de sua esposa com poderes mágicos, será o faraó capaz de reverter o jogo?










Editora LeYa lança o segundo romance de premiado escritor angolano

Chega ao Brasil o romance “Quantas madrugadas tem a noite”, de Ondjaki

O escritor angolano Ondjaki, um dos expoentes da nova geração de escritores africanos, lança agora no Brasil, pela Editora LeYa, “Quantas madrugadas tem a noite”, publicado em 2004 em Angola e Portugal. A obra é o segundo romance de Ondjaki, que também se dedica à poesia, ao teatro, aos contos e à literatura infantil.

O autor, que já afirmou em entrevista que “frequentar livros é frequentar mundos”, conduz o leitor até Luanda, cenário das diversas histórias que constituem o romance. Povoada por personagens como o professor albino Jaí, o anão BurkinaFaçam e o protagonista AdolfoDido, a trama flerta com o fantástico ao mesmo tempo quem que traça um panorama atualizado da Luana pós-independendência.

Com temperadas doses de humor, farsa, drama, lirismo e violência, “Quantas madrugadas tem a noite” mantém o estilo presente em outras obras do autor, em que a oralidade permeia fortemente a narrativa, aproximando o leitor dos acontecimentos como se eles estivessem sendo contados entre amigos e entre muitas birras (cervejas). Um breve glossário ao fim do livro esclarece gírias e expressões regionais, que não atrapalham a fluência da leitura.

Embora alegue certa dificuldade com o conceito de literatura africana – “porque África são muitas, e várias, e tantas” -, Ondjaki ocupa lugar de destaque nesta seara, responsável que é por nos apresentar uma Angola contemporânea e diversa, que aprende a lidar com seu passado recente e sofrido.

“Ainda vais rir, mas prepara também o teu coração pra chorar, a vida é mesmo esse laço apertado, tem dias que lhe conhecemos os segredos — lhe desapertamos, outros dias lutamos só, nossas derrotas e lágrimas, e ficamos a olhar: o pescador se irrita com os nós da rede?”


Sobre o autor

Ondjaki (codinome literário de Ndalu de Almeida) tem diversos livros publicados, entre contos, romances e poesia. O primeiro deles, “Actu Sanguíneu”, foi publicado em 2000, sendo sucedido por “O Assobiador” (2002), “Bom dia camaradas”, “Há Prendisajens com o Xão” (2002), entre outros. “E se Amanhã o Medo” (2005) foi agraciado com Prêmio Antônio Paulouro (Portugal, 2005). Também pintor e roteirista, aos 33 anos Ondjaki é o mais novo membro da União dos Escritores Angolanos; suas obras já foram traduzidas para o italiano, espanhol, inglês, francês, alemão, sérvio, sueco e chinês. Atualmente, Ondjaki mora no Rio de Janeiro.


Sobre a Editora LeYa

A LeYa nasceu em Portugal, em janeiro de 2008, como empresa holding na qual se integram algumas das mais prestigiadas editoras nacionais e duas das mais bem-sucedidas editoras africanas. Compõem a LeYa as seguintes editoras: ASA, Caderno, Caminho, Casa das Letras, Dom Quixote, Estrela Polar, Gailivro, Livros d'Hoje, Lua de Papel, Ndjira (Moçambique), Nova Gaia, Nzila (Angola), Oceanos, Oficina do Livro, Quinta Essência, Sebenta, Teorema e Texto. A força destas marcas e a qualidade do que produzem, aliada aos objetivos ambiciosos e à dinâmica de grupo, fazem da LeYa uma empresa forte e coesa nos seus objetivos gerais e diversa nos seus programas editoriais.

Ficha técnica
Título: Quantas madrugadas tem a noite
Autor: Ondjaki
Nº de páginas: 192
Preço: R$ 39,90





Hormônios à flor da pele

No espirituoso romance de C.D. Payne, Nick Twisp – interpretado por Michael Cera no cinema – é um jovem rebelde com uma causa libidinosa: conquistar a mulher de sua vida e perder a virgindade

Em OS DIÁRIOS DE NICK TWISP, que ganhou uma adaptação para o cinema com Michael Cera (Juno) no papel principal ainda inédita no Brasil (Youth in revolt), seguimos as divertidas e inusitadas aventuras (e desventuras) de um adolescente às voltas com os problemas típicos da juventude: a virgindade e a libido exacerbada, o divórcio dos pais e seus respectivos relacionamentos funcionais, a escola e as atenções de uma garota.

Nick Twisp tem 14 anos e, apesar de intelectualmente avantajado se comparado aos ogros da escola, é virgem (talvez os ogros sejam avantajados de outras formas). E este é, com certeza, o terror de sua existência, como ele próprio descreve em suas memórias (memórias, não diário, como faz questão de frisar), registradas em um “computador velho e patético” em sua casa, em Oakland.

Ao conhecer a bela, inteligente e irônica Sheeni, durante as férias com sua mãe e o namorado caminhoneiro em um trailer de parques religiosos, ele testemunha a derrocada de sua vida de filhinho da mamãe... Além de linda, Sheeni é seu par intelectual – o problema é que ela tem uma fixação incompreensível pelos franceses, e deseja com todo o coração aprender a cultura deles em um colégio particular metido à besta cheio de garotas moderninhas e libertinas e jovens espécimes masculinos musculosos no auge da experimentação sexual.

Para conquistar A Mulher da Sua Vida (e protegê-la dos machos intelectualoides da escola particular), o rapaz cria um alter-ego, chamado François Dillinger, que lembra Nick, mas tem olhos azuis, um bigode, uma voz mais profunda e atitude de bad boy. No caminho, Nick enfrentará um caminhoneiro e um policial nojentos, um poeta afetado, a polícia federal e inúmeros processos na justiça...

Mas, por Sheeni, tudo vale a pena.

C.D. Payne nasceu em Akron, Ohio. Formado em 1971 em Harvard, é casado e mora na baía de São Francisco. Os diários de Nick Twisp é seu primeiro romance.





Mais dois livros da série "Querido Diário Otário" chegam ao mercado editorial


A Editora Fundamento lança no Brasil o nono livro da série Querido Diário Otário – É para isso que não servem os amigos e o Nosso Diário Otário – um diário para dividir com as suas amigas, do escritor e ilustrador norte-americano, Jim Benton. Editado no Brasil desde 2007, essa é a primeira série do autor que chega ao país.

No nono livro da série, Jamie (autora do diário) relata a repentina amizade com sua “inimiga mortal” Angelina. O outro lançamento, Nosso Diário Otário, é um caderno de confidências que as garotas podem escrever seus maiores segredos. Podem compartilhar também das preciosas dicas de Jamie sobre como sobreviver à escola, o que fazer com os inimigos, conhecer a escala da popularidade e até a de “manés”.

Jamie Kelly é uma adolescente que desabafa em seu diário as dificuldades que enfrenta na escola. Não é nada fácil conviver com a inimiga Angelina – que é apenas “a menina mais linda do mundo” –, e o Mário Pinsetti, que coloca apelido em todo mundo. Ao lado de Jamie, estão a melhor amiga Isabella e seu cachorro, o beagle Fedido (que às vezes é muito vingativo).

Engraçado e com uma linguagem própria dos adolescentes, Querido Diário Otário conquista a cada dia mais leitores. Longe de ser um livro de valores morais e de integrar a chamada linha politicamente correta, a série é divertida e agrada à garotada.

Sobre o autor

O ilustrador e escritor norte-americano Jim Benton iniciou sua carreira como designer em uma loja de camisetas, usando suas próprias criações. Enquanto trabalhava, Jim fazia ilustrações para jornais e revistas.

Em 1989 foi considerado pela Revista People, "o Cartonista mais visionário da América". Além da literatura e do jornalismo, em sua lista de trabalhos figuram um sitcom para televisão e desenhos para uma grife de roupas. Entre seus personagens estão Happy Bunny e Just Jimmiy. Os únicos livros do autor lançados no Brasil são os da série Querido Diário Otário, da adolescente Jamie Kelly. Hoje, Jim possui seu próprio estúdio, é casado e pai de dois filhos.




Galera Record publica novo livro infanto-juvenil da série "Sr. Gum"


Os dois volumes já editados da série "Sr. Gum" --"Você é um Homem Mau, Sr. Gum!" É um Homem Mau, Sr. Gum! e "Sr. Gum e o Biscoito Bilionário" fazem um grande sucesso entre a garotada, principalmente por conta das altas doses de humor no texto. O inglês Andy Staton, autor dos livros, provoca boas risadas também em "Sr. Gum e os Goblins", terceiro título da coleção, lançado agora pela Galera Record.

O protagonista dos livrinhos é um velho muito feio, sujo e malvado-- o Sr. Gum não gosta muito de crianças nem de bichinhos. E, por causa de seu mau humor, está sempre metido em situações difíceis e engraçadas: no primeiro livro, ele precisa deixar o jardim intacto, senão pode tomar muitas paneladas na cabeça. De um fada! No segundo, ele e seu companheiro de maldades, o açougueiro Billy William, planejam roubar o dinheiro de um tal de "homem-biscoito-elétrico". Só mesmo Polly, uma garotinha esperta de nove anos, para salvar o dia e o patrimônio da vítima.

No lançamento "Sr. Gum e os Goblins", mesmo com o enorme frio do inverno, Sr. Gum e Billy William elaboram um plano diabólico para infernizar o cotidiano da pequena cidade de Lamonic Biber. Só o bondoso Sexta-Feira O'Leary, que desde a primeira história tem que se desviar da maldade dos vilões, e sua amiga Polly, podem evitar uma grande tragédia!

Traduzidos em 16 países, os livros distraem os pequenos com ilustrações e textos divertidos. Na Inglaterra, o sucesso é absoluto, e as obras já venceram importantes prêmios, como "Red House Children's Award", concedido na páis a partir do voto de crianças.









SONHO DE SER PRINCESA

Livro premiado com o Newberry Honor e best seller do New York Times e da Publisher’s Weekly, ACADEMIA DE PRINCESAS conta a história da jovem Miri... Em um povoado distante, a vida do interior segue tranquila, até que um anúncio chega para modificar a vida de todos: o príncipe está buscando uma moça para ser sua noiva, e todas as meninas do reino deverão ser levadas para uma academia de princesas para aprenderem a se comportar como uma dama. Mas nem todas desejam esse futuro... Miri, sentindo-se integrada pela primeira vez, faz questão de manter as amizades que conquista na academia enquanto se esforça para, enfim, provar seu valor. Shannon Hale transforma um cenário imaginativo em uma história atemporal e universal.
Era uma vez uma menina de 14 anos, baixinha e espevitada, chamada Miri. Ela vivia isolada num minúsculo vilarejo no alto do longínquo Monte Eskel e, além do pai e da irmã, ela tinha apenas um único amigo, Peder. Seu maior sonho era tornar-se grande e forte para poder juntar-se aos demais na principal fonte de sustento da montanha, a pedreira. Aquele era o local onde todos da aldeia, jovens ou adultos, trabalhavam — menos a pequena Miri. Não havia então muita esperança de que sua vida um dia deixasse de se resumir aos tediosos afazeres da casa... Não fosse uma surpreendente ordem real vinda da planície: segundo os padres que aconselham o rei, o príncipe deveria casar-se com uma das meninas do Monte Eskel.

O anúncio afeta de forma drástica a rotina do humilde vilarejo, principalmente a das meninas, que sequer tinham frequentado a escola. Todas as adolescentes do Monte Eskel são, de uma hora para outra, obrigadas a abandonar seus lares para viver na Academia de Princesas, sendo supervisionadas pela implacável tutora Olana. Muito mais do que aulas de Postura e Conversação, essas meninas aprendem valiosas lições enquanto, juntas, ingressam numa realidade completamente nova. Porém, somente uma delas será escolhida pelo príncipe após a dança no Baile da Academia.
Apesar do clima de rivalidade entre as meninas, Miri, sentindo-se integrada pela primeira vez, faz questão de manter as amizades que conquista na academia enquanto se esforça para, enfim, provar seu valor. A cada dia renovam-se os mistérios e as emoções, assim como as disputas e as alianças pelo título de princesa. Mas nada é impossível; afinal, magia e aventura são elementos que invadem a vida de Miri, que descobre ser dona de um dom muitíssimo especial.
SHANNON HALE começou a escrever aos 9 anos de idade e desde então nunca mais parou. Autora bestseller do New York Times, já recebeu seis prêmios por seus livros, incluindo o Newbery Honor por Academia de princesas. Já publicou muitos livros para adultos e jovens, como o aclamado The Goose Girl e O Livro dos Mil Dias, e também é co-autora de uma graphic novel com seu marido. Eles vivem em Salt Lake City com os filhos dois filhos pequenos.









Nova temporada de Gossip Girl

“Sex and the City” para adolescentes: assim é considerada a série que saiu dos livros para a TV


“Gossip Girl” inspirou uma das mais bem sucedidas séries de TV contemporâneas, atualmente em sua terceira temporada no Warner Channel. A editora Record acaba de lançar o novo livro da série “Gossip Girl – Os Carlyle”, pelo selo Galera.
Na história, Baby, Avery e Owen Carlyle são de Nantucket, Massachuttes, e, sim, eles têm pedigree. Netos da recém-falecida Avery Carlyle, que foi uma das mais sofisticadas damas da sociedade nova-iorquina, os trigêmeos se mudam para o apartamento que pertencia a Blair e sua família e estão prontos para fazer de Nova York seu novo playground.
Considerada a “Sex and the City para adolescentes”, Gossip Girl é uma das séries mais lidas pelos jovens americanos, com milhões de exemplares vendidos nos Estados Unidos, que agora também podem se deliciar com a alta dose de drama, romance, intriga e, claro, muita fofoca, na televisão: Gossip Girl ganhou as telinhas em uma produção de Josh Schwartz, criador da série The O.C.
Um dos motivos que torna a série Gossip Girl tão real é que sua autora, Cecily von Ziegesar, foi criada na alta-roda nova-iorquina e foi aluna de um dos mais chiques colégios da cidade, convivendo com pessoas tão requintadas, elegantes, fúteis e divertidas como os personagens que criou. Atualmente, ela escreve outros livros da série enquanto cuida dos filhos.

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