quarta-feira, 15 de setembro de 2010

EXPOSIÇÃO

Casa D´Arte abre mostra"Espelhos D´Alma II”, de Socorro Macedo

“De quantas maneiras a alma pode manifestar os seus sentimentos através do rosto das pessoas?

E ainda, essa manifestação será a expressão da verdade ou a dissimulação engenhosa e maquiavélica do que se processa nos recônditos da mente, exteriorizando-se em traços cuidadosamente criados e trabalhados em expressões faciais que podem confundir ou ludibriar os mais perspicazes psicólogos ou psiquiatras? Nessa exposição a artista plástica Socorro Macedo faz um passeio nesses meandros e labirintos da mente do ser humano, em especial das mulheres, com sua exposição “Espelhos D´Alma II". E quem melhor do que uma mulher para cruzar essa tênue fronteira do imponderável e permear esse tecido sutil que envolve as mentes femininas, sondando-lhes os mais escondidos e secretos sentimentos?”

(César Autran)

Acontece na galeria Casa D´Arte, nesta quinta, dia 16 de Setembro, às 20h, o coquetel de abertura da exposição da artista plástica Socorro Macedo, nominada "Espelhos D´Alma II”, com 25 telas, em formatos variados e 30 pratos de porcelana. O trabalho reflete todo o talento e sensibilidade da artista, através de olhares femininos. A curadoria da exposição é de Roberta Macedo e assessoria de imprensa e relações públicas é de Marisa Quixadá. O coquetel terá a assinatura do La Maison. A exposição ficará em cartaz até o dia 01 de outubro de 2010. Quando criança, desenhar era a brincadeira preferida de Socorro Macedo.
Com lápis e papel na mão ela expressava toda sua sensibilidade. Mas somente se deu conta de que aquilo era uma manifestação artística, anos mais tarde, em 1993, após uma viagem que fez à Europa com o esposo. O contato com artistas europeus lhe encantou mais ainda com as artes e, na volta ao Brasil, definitivamente, a pintura passou a fazer parte de sua vida Natural de Fortaleza, a artista plástica Socorro Macedo trabalha com técnicas distintas como óleo sobre tela, acrílico sobre tela, textura sobre tela, entre outras.
Em sua trajetória, possui um portfólio que reúne telas, esculturas, painéis, porcelanas e tantas outras obras que revelam a abrangência de um trabalho que transita com desenvoltura, tanto pela pintura clássica, quanto pela arte expressionista.

Socorro participou de diversas mostras coletivas em Fortaleza, entre elas na Caixa Econômica Federal, no Denocs, no Estoril, na Receita Federal.

Serviço
Exposição “Espelhos D´Alma II” de Socorro Macedo. De 16 de setembro a 01 de outubro 2010
(segunda a sexta, das 10h00 às 19h00) e sábados (das 10h00 às 13h00)

Casa D´Arte
Rua Barbosa de Freitas, 1035 - Aldeota
Fone : (85) 3224-1903 / 3224-9870
Fortaleza - Ceará
www.casadarte.com.br






Tiago Santana apresenta religiosidade e cultura popular através das fotografias

O Espaço Cultural Porto Freire abre nesta quinta, dia 16, às 20 horas, a exposição Cariri Mágico, do fotógrafo Tiago Santana. A mostra apresenta o olhar poético e sutil das lentes do artista sobre as cenas do cotidiano do Cariri, dando ênfase às expressões e práticas culturais daquela região e sua população. A curadoria é do artista plástico Roberto Galvão. Na abertura da exposição haverá show do instrumentista Manassés de Souza, que fará uma apresentação do seu último trabalho em que empresta, pela primeira vez, a sua voz no disco Perdidas Canções. Além das imagens de Cariri Mágico, já exibidas no Sesc Ipiranga São Paulo, Tiago celebra no Espaço Cultural Porto Freire os dez anos da mostra Benditos, vista em 2000, no Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza.

Na ocasião, relança o livro homônimo e apresentará uma seleção de imagens que marcaram as muitas exposições de Benditos pelo Brasil e mundo. Benditos é o resultado de oito anos dedicados pelo autor ao projeto, que traduz em imagens a força da fé dos romeiros que visitam Juazeiro do Norte. "Aprendi a respeitar e valorizar as manifestações mais profundas da cultura de um povo. Decidi ser fotógrafo pela vontade que tinha de fazer a minha interpretação daquele lugar", diz Tiago, que busca na produção de reportagens fotográficas ou trabalhos documentais algo mais que a simples informação. Ele se propõe a ampliar o olhar dando sua visão pessoal do mundo onde vive. "A fotografia é um instrumento para me conhecer melhor e conhecer o mundo em que vivemos", ressalta. A exposição é aberta ao público e permanecerá até o dia 30 de outubro, das 10 às 18 horas.

SERVIÇO
Exposição Cariri Mágico, de Tiago Santana, com show de Manassés
16 de setembro, às 20 horas
Curadoria – Roberto Galvão
Espaço Cultural Porto Freire
Rua Joãzito Arruda, s/n - Cidade dos Funcionários
Inf: 3459.0061/0062.






Pedras" no Espaço Cultural Unifor

A Unifor abriu ao público a exposição Rio das Pedras, do artista Antônio Rabelo. Em sua arte, Rabelo procura traduzir uma parte em outra parte; transformar em joias as pedras, os espinhos de mandacaru ou o couro de bode. Na exposição, os visitantes poderão conferir o olhar atento e curioso do artista, cujos resultados são apresentados nas 75 peças de oito coleções: Sertão, Homem e Natureza, Sonho, Rio das Pedras, Cactus, Cristais, Majé e Rupestre.

A imaginação desse artista tem como uma das fontes de inspiração a sua terra natal, Quixeramobim, onde se concentra o centro de sua produção e de seu cotidiano, do qual não pensa se afastar. “É a paisagem daquele lugar, o rio de águas verdes e os arredores agrestes que alimentam o repertório de imagens do discurso elaborado em sua produção. Um discurso sobre a natureza, em que os sentidos apurados de um homem simples estão perfeitamente aptos a captar, em meio a uma profusão de seres e coisas, sob novas formas e molduras”, afirma a curadora da exposição, Fernanda Rocha.

Para ela, Rabelo faz de seu ofício um aprendizado constante, no qual o aprimoramento se dá a partir de diferentes fazeres e saberes: o artesanato em pedra-sabão, a fotografia, a serigrafia, a pintura, a escultura, o conserto de máquinas de escrever, o desenho. O acúmulo de vivências não acontece pela avidez frenética, mas na descoberta de novos horizontes em uma mirada em que o ritmo é ditado pelo desenrolar da vida. Como bom sertanejo, nada desperdiça em sua lida, sejam as brincadeiras de criança, a forma de um inseto ou de uma flor, as duras penas de ser adulto. Rabelo faz de suas atribulações oportunidades de redescobertas e recomeços, em um universo onde tudo se soma e se amplia.

Serviço:
Exposição Rio das Pedras
Abertura: 24 de agosto
Visitação: 25 de agosto a 3 de outubro
Local: Espaço Cultural Unifor Anexo – A visitação ao Espaço Cultural Unifor é gratuita. De terça a sexta, das 10h às 20h, e aos sábados e domingos, das 10h às 18h





Artista plástico José Patrício mostra como matemática organiza a vida contemporânea


O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) abrirá na próxima terça-feira, 10, às 19 horas, a exposição individual “O Número”, do artista pernambucano José Patrício, com curadoria de Paulo Herkenhoff. Com entrada franca, a mostra fica em cartaz até 30 de setembro deste ano (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 10h às 18h).

José Patrício, um artista do Número (texto do curador Paulo Herkenhoff)

José Patrício é um artista do Número. Com jogos de dominó e dados, quebra-cabeças ou grandes quantidades de objetos, como botões e contas de colar, ele cria sua linguagem do número. No entanto, é necessário olhar mais adiante. Estamos diante de jogos, de regras, códigos, quantidades, formas, sólidos geométricos, o zero e o ilimitado. A matemática organiza e até dirige a vida contemporânea. Na sociedade moderna, tudo é número: os cálculos de nossa vida, movimentos da sociedade são medidos (como a opinião), na política (o voto), sem falarmos da economia (a produção, o acúmulo etc.) e da ciência.

Esta exposição nos lança algumas questões: em termos da filosofia, qual a relação do número com a verdade? Os números mentem ou são os homens que mentem através da manipulação dos números?

Qual a relação, nos dominós, entre cor e número? Isso é pintura, quando a cor e o número formam um discurso se tornam signo da comunicação? Uma coleção de botões azuis e outra de botões vermelhos se referem ao Pastoril: como a cor pode ser um símbolo? Como percebemos o mundo através de nossos sentidos? Um trabalho com 46.872 pregos nos faz pensar no som ou nos convida ao toque? Como percebemos dominós em algumas obras se ali não existe qualquer pedra de dominó?

O que é o acaso e o controle em nossa experiência cotidiana, o que são jogos com números? O que é o caos dos números? O número nos oferece estabilidade? Quando colecionamos alguma coisa, esse movimento de juntar tem fim? Mesmo que a quantidade de uma coisa tenha fim, o número é infinito? Como experimentamos a ideia de infinitude em nossa existência? Seria isso uma relação com a vida e a morte?

Seria eu o Um, o Outro o Dois e mais um Outro o Três? O que isso significa na vivência do sujeito da linguagem? Onde está o Zero nesses jogos? O que é o Zero? É a ausência? A falta? Vivemos, como seres humanos, sempre uma ideia de falta? Seria a falta o que nos levou a construir a linguagem? É o que nos leva ao Outro? Seria a falta o próprio eu de cada um de nós? Em suma, entregar-se à obra de José Patrício é um convite ao jogo entre o olhar, a sensibilidade e a inteligência.



Breve currículo do artista José Patrício

José Patrício nasceu no Recife, Pernambuco, em 1960. Estudou na Escolinha de Arte do Recife, entre 1976 e 1980, sob a orientação da gravadora Thereza Carmen Diniz. Em 1978 ingressou no curso de Ciências Sociais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), graduando-se em 1982.

No início da década de 80, orientado pelo gravador José de Barros, freqüentou o ateliê livre de gravura em metal do Centro de Artes da UFPE. Em 1983 realizou, em Olinda, na Oficina Guaianases de Gravura, sua primeira exposição individual. Nesta oficina, foi diretor artístico entre 1986 e 1987.

No 38o Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, realizado em 1985, recebeu prêmio aquisitivo e o prêmio de artista mais promissor. Em 1986 expôs no Rio de Janeiro, na Galeria Espaço Alternativo, da Funarte. Recebeu prêmios aquisitivos nos 11o e 12o Salões Nacionais de Artes Plásticas, realizados em 1989 e 1991.

Em 1990, no Recife, realizou exposição individual na galeria Pasárgada Arte Contemporânea. Entre 1994 e 1995 viveu em Paris, onde estagiou no Atelier de Restauration d’Art Graphique do Musée Carnavalet. Participou, em 1994, da 22a Bienal Internacional de São Paulo. Em 1999 recebeu prêmio aquisitivo no VI Salão da Bahia. Participou da III Bienal do Mercosul em 2001 e da 8a Bienal de Havana em 2003. Vive no Recife.

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