quarta-feira, 15 de setembro de 2010

CINEMA

Tecnologia de "Avatar" volta com o novo filme da série "Resident Evil"

Semana reserva também estreias do infantil "Nanny McPhee e As Lições", da comédia "Coincidências Do Amor" e do romântico "Quando me apaixono"

Cena do filme "Resident Evil 4: O Recomeço"Capturado com a tecnologia de "Avatar", "Resident Evil 4: O Recomeço" chega aos cinemas ao lado do infantil "Nanny Mcphee e As Lições"; da comédia romântica "Coincidênicas Do Amor", com Jennifer Aniston.


Quarto filme da franquia inspirada no famoso game, "Resident Evil 4: O Recomeço" chega aos cinemas em 3D. Ao contrário de outros filmes que deixaram as duas dimensões, como "Fúria de Titãs", o lançamento foi filmado com a tecnologia desenvolvida para o filme "Avatar", não sendo simplesmente adaptado ao formato em pós-produção.

Ainda mais focado na ação que seus antecessores, a obra deixa de lado alguns efeitos adotados no terceiro episódio para valorizar as coreografias de lutas. Outra diferença da sequência é a maior proximidade com o jogo, principalmente com o quinto título. Apesar disso, a protagonista ainda é Alice (Milla Jovovich), personagem que não existe no mundo dos consoles.

A direção é de Paul W. S. Anderson, responsável pela estreia da narrativa na sétima arte. Sua história começa lembrando o que aconteceu nos outros episódios da série, desde o início da contaminação em Tóquio até a disseminação da doença que transformou parte da humanidade em zumbis.

Agora, Alice procura por sobreviventes enquanto vaga por paisagens devastadas pelo contágio dos mortos-vivos. Em sua busca, ela acaba em Los Angeles, onde decide resgatar humanos presos em uma antiga cadeia. Do lado de fora, uma multidão de infectados tentam invadir o local.

"Nanny Mcphee e As Lições" entra em cartaz em diversos cinemas do Brasil, mas não chega essa semana a Fortaleza. Emma Thompson está de volta como a babá mágica Nanny McPhee, cinco anos após o primeiro filme da série. Na obra, que ainda conta com Ewan McGregor e Maggie Gyllenhaal, a protagonista é chamada para a área rural da Inglaterra, onde Isabel Green se desdobra para educar os três filhos hiperativos, Norman, Megsie e Vincent, enquanto o marido está na guerra. Para piorar a situação, a moça ainda recebe a visita de seus dois sobrinhos aristocratas e mimados.




Apesar de concebido como uma comédia romântica, "Coincidências do Amor" deixa por grande parte do tempo as piadas para mergulhar no drama. Com destaque para a atuação de Jason Bateman, o filme tem conseguido boas críticas, apesar da história água com açucar.

No roteiro, baseado no conto "Baster", publicado na década de 1990, na revista "New Yorker", e escrito pelo norte-americano Jeffrey Eugenides, autor de "As Virgens Suicidas", relata a história de Kassie, uma mulher de 40 anos, bem sucedida e que sempre sonhou em ser mãe, mas nunca engatou um relacionamento duradouro. Enfim, ela decide fazer inseminação artificial. Seu melhor amigo, Wally, não concorda com a escolha de Kassie, mas opta por não atrapalhar seus planos.



Bêbado, no entanto, ele acaba trocando o esperma do doador escolhido por Kassie pelo seu, sem que ela saiba. Sete anos depois, as semelhanças começam a surgir. Confira horários dos filmes na seção PROGRAMAÇÃO DE CINEMA do blog DIVIRTA-CE.







"Quando me apaixono" entra em cartaz no Brasil três anos depois

Filme que marca a estreia de Helen Hunt na direção é uma das novidades do Espaço Unibanco Dragão do Mar

A vida de April não está fácil. Em poucos dias ela perdeu a mãe adotiva e foi abandonada pelo marido. Aos 39 anos de idade, resta-lhe pouco tempo para realizar o sonho da maternidade. Para complicar ainda mais a situação, sua mãe biológica quer fazer contato.


Como se percebe pela sinopse, Quando Me Apaixono (Then She Found Me) traz uma protagonista com numerosos problemas em sua vida. Ela tem de conciliar muitas coisas ao mesmo tempo e, com isso, o espectador lhe dá algum crédito para cometer erros.

April vai cair no gosto de quem procura personagens com profundidade e complexidade acima da média. Por outro lado, com conflitos válidos e um objetivo nobre – ser mãe –, não é necessário fazer muita força para torcer por ela.

O tema central do filme é a adoção, mas a distribuidora brasileira resolveu apelar na escolha do título nacional (originalmente, pode ser traduzido como “Então Ela Me Encontrou”). Com isso, a fita parece um romance açucarado. Quando Me Apaixono é um filme feminino, mas antes de tudo trata-se de um drama. Enganar o cliente nunca é bacana.

Essa produção é a estreia da atriz Helen Hunt (Bobby) na direção – ela também interpreta April. Helen não ousa demais nos enquadramentos e há uma preocupação de amenizar a fita com alguns respiros no andamento.



Canções leves fazem parte da trilha. Essa seleção sonora é mais uma tática para que a grande quantidade de problemas da personagem principal não acabe se colocando à frente da mensagem a ser transmitida.








"Não dá para 'fingir' em filmagem 3D", conta a atriz Milla Jovovich

Heroína de 'Resident evil: O Recomeço' fala da tecnologia usada no quarto longa da saga. Com mais zumbis, filme estreia nesta semana

A franquia "Resident Evil", baseada em um dos títulos de maior sucesso dos videogames, chega mais realista a seu quarto episódio no cinema. Filmada em 3D com câmeras da mesma tecnologia usada por James Cameron em "Avatar", a quarta parte da história estreia nesta sexta-feira (17) no Brasil.

Segundo a protagonista Milla Jovovich, "vai ser uma experiência bem mais imersiva do que os outros filmes". "[O filme] não será intenso apenas para os espectadores. Para nós, atores, também foi diferente filmá-lo", avisa a atriz

A "diferença" citada por Milla está justamente no fato de o filme ter sido rodado em 3D - quando grande parte dos títulos que chegam aos cinemas alardeando a tecnologia passa apenas por conversão das imagens 2D para 3D, na etapa de finalização. O uso da tecnologia nas filmagems fez com que as cenas de luta, por exemplo, ganhassem atenção especial do elenco. "Não dá para 'fingir' tanto quanto no 2D. A câmera fica mais próxima nas cenas de luta e você acaba apanhando, esbarrando e batendo nos outros sem querer", explica, bem-humorada. "É impossível não cometer erros, sou uma atriz, não uma lutadora!"

A personagem de Milla, a exterminadora de zumbis Alice, volta menos poderosa e sobrenatural e mais próxima da realidade no novo filme. Os superpoderes vistos no terceiro episódio da franquia saem de cena e dão lugar a sequências de ação menos mirabolantes. "Eu não queria que os poderes dela sumissem, mas fui convencida de que tinha de lutar de novo, como uma pessoa normal", diz a atriz, para quem mesmo menos poderosa a personagem sempre será "durona". "Resident evil: recomeço" inicia lembrando o que aconteceu nos outros episódios da série. Ou seja: reconta, em uma violenta sequência ambientada nas ruas de Tóquio, como um vírus escapou dos laboratórios da corporação Umbrella e desencadeou a transmissão de uma doença que transforma seres humanos em mortos-vivos sedentos por sangue.

No longa, Alice tenta encontrar sobreviventes em paisagens futuristas e devastadas pelo contágio zumbi. Termina por voltar a Los Angeles, onde acha outros humanos presos em uma antiga cadeia e planeja o resgate do grupo. Do lado de fora, hordas de infectados tentam invadir o local. Entre os sobreviventes estão os irmãos Claire e Chris Redfield (vividos por Ali Larter, da série “Heroes”, e Wentworth Miller, de “Prison break”), personagens de passado ambíguo e índole duvidosa.

O uso do 3D pelo diretor Paul W. S. Anderson torna o filme mais dinâmico e dá um verniz mais bem acabado à produção. Mergulhos nos cenários da história e estilhaços de vidro, tiros e explosões que "saltam" da tela impressionam, mas não escondem as fragilidades do roteiro, numa trama que tem um vilão caricato e jeitão de videoclipe de música eletrônica.



O quarto episódio da franquia estreia com a missão de manter o bom faturamento da série. A cifra só cresce: saltou de cerca de US$ 100 milhões com o primeiro filme para US$ 147 milhões na terceira versão da trama. Mas o sucesso de bilheteria não salva o filme de críticas dos que conheceram a série através dos videogames. Segundo Milla, há uma parcela de fãs dos jogos que considera inadmissível o fato de Alice existir apenas nos filmes.

"Ela não foi mesmo baseada nos games. É uma personagem criada para a franquia. Quando conheci Paul [que é marido da atriz], no primeiro 'Resident evil', ele explicou que apesar de o jogo ser bem popular, o público que o veria nos cinemas seria muito maior. Gente que conheceria o game pelas telas. E que se tivéssemos de parar para explicar tudo, ficaria cansativo." Para a atriz, devem existir "15 pessoas no mundo que perdem suas vidas" a odiando na internet". "Elas estão sempre escrevendo, perguntando por que não criamos uma nova história e simplesmente partimos de uma já existente. Tem um monte de fãs de 'Resident evil' que ama Alice, ama a franquia, que entende que o filme é diferente do game. Não dá para agradar a todo mundo", finaliza Milla, que volta a trabalhar com Anderson em adaptação de "Os três mosqueteiros" com data de estreia prevista para 2011.









Uma boa comédia romântica

A comédia romântica “Amor à Distância”, que Drew Barrymore protagoniza junto do namorado Justin Long, é o que a esmagadora maioria dos filmes do gênero não consegue ser: engraçada e afetuosa. O mais espantoso é que atinge esse resultado mandando à merda toda as frescuras e o politicamente correto que estamos habituados a encontrar nos filmes desse tipo.

O humor é desbocado até aonde dá e mais um pouco, as piadas pegam o público desprevenido, e apesar da essência feminina, o tom do longa é tão masculino que fica a dúvida se será melhor aproveitado pelas mulheres ou pelos namorados que as acompanham ao cinema.

Talvez por não ser uma comédia romântica típica tenha resultado em fracasso nas bilheterias ianques – aliás, a crítica americana veio com quatro pedras na mão para cima do filme, sem razão ou justificativa.



Barrymore e Long são carismáticos, possuem boa química e a capacidade de prender o espectador, e os coadjuvantes que lhe fazem companhia são sumidades em comédia (Christina Applegate é um destaque como a irmã de Drew, e Charlie Day, como os fãs da cultuada série “It’s Always Sunny in Philadelphia” sabem muito bem, é um dos caras mais engraçados do planeta). A trama é batida – casal se apaixona em Nova York, mas ela tem que retornar à San Francisco, sua cidade natal, e eles tentam manter um relacionamento à distância -, mas bem oportuna para os dias atuais (em função da crise econômica, não há emprego em nenhum lugar dos Estados Unidos, de modo que eles não tem a opção de deslocar as carreiras para onde está seu amor). Um bom trabalho da diretora Nanette Burstein (“American Teen”), que mesmo se atendo ao lugar comum, conseguiu ousar e entregar uma opção diferente e interessante. Para ver com a mente aberta.





Aventura do mesmo autor de ‘Conan’


Filme 'Solomon Kane' traz vingador contra forças malignas

O escritor Robert Ervin Howard (1906-1936) criou, quatro anos antes de se matar, um personagem muito conhecido, imortalizado nas histórias em quadrinhos e no cinema: Conan, o Bárbaro. Agora, outro personagem criado pelo escritor texano chegou aos cinemas. Também aproveitado em gibis nos anos 1970, “Solomon Kane- O Caçador de Demônios”, em cartaz no Multiplex UCI Ribeiro Iguatemi, é uma espécie de vingador de espada que, um dia, viveu sob a ameaça de perder sua alma para o diabo.
Kane, personagem de diversos contos fantásticos publicados em revistas populares norte-americanas, as chamadas pulp fiction, é até mais interessante que o musculoso guerreiro, interpretado no cinema por Arnold Schwarzenegger. Nobre deserdado pelo pai, Solomon Kane (James Purefoy) é um homem cruel e vingativo, saqueador de castelos, que, depois de escapar de um encontro com um intermediário do diabo, decidiu que era hora de mudar de vida. Acolhido por padres, recolhe-se à meditação e abandona as armas.
Mas tudo mudará quando os religiosos lhe pedirem para abandonar o local e reiniciar sua vida longe dali.



Os campos ingleses do século 17 são uma terra violenta e arrasada. Os camponeses são perseguidos e escravizados por hordas de bandidos, comandados por um bruxo com poderes demoníacos. O cenário se assemelha aos filmes futuristas depois da destruição nuclear: pessoas famintas e criaturas monstruosas vagueiam por estradas desertas e sombrias.
Nesse caminho, Kane se junta a uma família que pretende imigrar para a América. Não demora para que o grupo seja atacado e Meredith (Rachel Hurd-Wood), a filha adolescente do casal, sequestrada. Kane não vê alternativa a não ser abandonar sua vida espiritual e desembainhar novamente a espada para resgatar a garota. Ele sabe que, ao final da busca, terá de acertar contas com o demônio.
Perseguições, lutas, desmembramentos e decaptações temperam a quase totalidade do filme, dirigido por Michael Basset. Em alguns momentos não há como não lembrar das batalhas e cenas épicas da trilogia O Senhor dos Aneis. Mas, o que transborda no filme de Peter Jackson, uma história intrigante e bem conduzida, falta em Solomon Kane. Aqui, o roteiro é raso e não exige nenhuma superação dos atores. É um filme com vocação para passar na sessão da tarde da TV, como acabam as fitas de ação, principalmente as que possuem poucas qualidades.





O humor da década de 1980


A década de 1980 parece ser uma ferida aberta no universo da cultura pop. Vez por outra, o cinema a revisita e mostra que o século 21 - com e-mails, iPods, twitters e celulares - ainda deve muito ao passado. “A Ressaca”, filme que estreou no Multiplex UCI Ribeiro Iguatemi, é mais uma viagem no tempo. Desta vez, porém, com resultados bem decepcionantes, especialmente por conta de um humor rasteiro e uma história que não tem quase nada de original.
Embora A Ressaca deva ter sido filmada antes de Se Beber, Não Case, o longa mais parece uma mistura dessa comédia com a série De Volta para o Futuro. Por conta de um acidente em uma banheira, um grupo de três amigos, mais o sobrinho nerd de um deles, são transportados para o passado. Eles percebem que continuam os mesmos, mas vivendo sua realidade de meados da década de 1980.
Adam (John Cusack, de 2012) acaba de levar um fora da namorada. Lou (Rob Corddry, de Jogo de Amor em Las Vegas) é festeiro, mas anda deprimido. Nick (Craig Robinson, da série The Office) vive controlado pela esposa. Por fim, Jacob (Clark Duke, de Sex Drive - Rumo ao Sexo) tem pouco mais de 20 anos e não sai de casa, onde mergulha em videogames. Esse é o perfil dos protagonistas que viajam para uma pousada no campo, onde passaram uma noitada em 1986. A nova ida ao local promete outra noite histórica.



Mero engano, pois quando chegam descobrem que a tal pousada se tornou um local decadente e vazio. Ainda assim, alugam o mesmo quarto que usaram da outra vez e entram todos na banheira para se divertir. Ocorre novo acidente e eles voltam mais 20 anos no passado.
Daí em diante, o filme dirigido por Steve Pink - corroteirista de Matador em Conflito, Alta Fidelidade - segue a cartilha de personagens que tentam se acertar com o passado, para melhorar o futuro. No entanto, Lou lembra-se do filme Efeito Borboleta e alerta seus amigos de que não devem mudar nada do passado, o que alteraria o futuro - ou seja, o presente deles.
Há também um personagem misterioso, interpretado pelo ícone de comédias dos anos de 1980, Chevy Chase, talvez a única boa sacada do filme. Ele entra e sai de cena sem ninguém perceber e sempre tem um comentário cínico para fazer.

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