MAL DO SÉCULO 21
Estudo inédito analisa os males causados pela solidão
Psicólogo John T. Cacioppo investiga a crescente falta de vínculos sociais entre as pessoas e revela: “dor social” pode ser tão maléfica quanto a obesidade, tabagismo ou sedentarismo.
O livro “Solidão”, de John T. Cacioppo em parceria com William Patrick, lançamento da Editora Record, é um estudo pioneiro que revela os males físicos e psicológicos causados pelo isolamento. A análise multidisciplinar de Cacioppo, criador da neurociência social, mostra as consequências da individualidade exacerbada nas sociedades do século XXI, cada vez mais distantes da necessidade vital de convívio de nossos ancestrais primitivos.
Ao unir ferramentas como escaneamentos cerebrais e respostas imunológicas com análises comportamentais e genéticas, o autor demonstra que o escasso convívio social ou a falta dele são tão nocivos à saúde quanto o tabagismo ou a obesidade. “Nossa pesquisa sugere que ‘sem-solidão’ – não há termo melhor ou específico para isso – é algo como ‘sem-sede’ e ‘sem-dor’, algo que faz parte do estado normal das coisas. A saúde e o bem-estar para um membro de nossa espécie requerem, entre outras coisas, estar satisfeito e seguro em seus laços com outras pessoas, uma condição de ‘não se sentir só’ (...)”, explica o autor.
O incentivo à competição e ao individualismo inerentes à organização da sociedade ocidental são as principais causas da “dor social”. Este sentimento de não pertencimento compartilha com a dor física o mesmo lugar no cérebro humano. O estudo mostra que a persistência desta sensação pode prejudicar a transcrição do DNA nas células imunológicas e comprometer a reflexão, a disposição das pessoas, assim como o exercício da sociabilidade e a regulagem das emoções. O resultado deste círculo vicioso é a fixação em comportamentos autodestrutivos, responsáveis pelo aumento da sensação de isolamento.
A pesquisa revela que os seres humanos são muito mais entrelaçados e interdependentes – em termos fisiológicos e psicológicos – do que se supõe e destaca o poder terapêutico dos vínculos sociais. O estudo inédito comandado por Cacioppo mostra caminhos para superar o chamado círculo de comportamentos defensivos e assim alcançar o bem-estar.
Estudo inédito analisa os males causados pela solidão
Psicólogo John T. Cacioppo investiga a crescente falta de vínculos sociais entre as pessoas e revela: “dor social” pode ser tão maléfica quanto a obesidade, tabagismo ou sedentarismo.
O livro “Solidão”, de John T. Cacioppo em parceria com William Patrick, lançamento da Editora Record, é um estudo pioneiro que revela os males físicos e psicológicos causados pelo isolamento. A análise multidisciplinar de Cacioppo, criador da neurociência social, mostra as consequências da individualidade exacerbada nas sociedades do século XXI, cada vez mais distantes da necessidade vital de convívio de nossos ancestrais primitivos.
Ao unir ferramentas como escaneamentos cerebrais e respostas imunológicas com análises comportamentais e genéticas, o autor demonstra que o escasso convívio social ou a falta dele são tão nocivos à saúde quanto o tabagismo ou a obesidade. “Nossa pesquisa sugere que ‘sem-solidão’ – não há termo melhor ou específico para isso – é algo como ‘sem-sede’ e ‘sem-dor’, algo que faz parte do estado normal das coisas. A saúde e o bem-estar para um membro de nossa espécie requerem, entre outras coisas, estar satisfeito e seguro em seus laços com outras pessoas, uma condição de ‘não se sentir só’ (...)”, explica o autor.
O incentivo à competição e ao individualismo inerentes à organização da sociedade ocidental são as principais causas da “dor social”. Este sentimento de não pertencimento compartilha com a dor física o mesmo lugar no cérebro humano. O estudo mostra que a persistência desta sensação pode prejudicar a transcrição do DNA nas células imunológicas e comprometer a reflexão, a disposição das pessoas, assim como o exercício da sociabilidade e a regulagem das emoções. O resultado deste círculo vicioso é a fixação em comportamentos autodestrutivos, responsáveis pelo aumento da sensação de isolamento.
A pesquisa revela que os seres humanos são muito mais entrelaçados e interdependentes – em termos fisiológicos e psicológicos – do que se supõe e destaca o poder terapêutico dos vínculos sociais. O estudo inédito comandado por Cacioppo mostra caminhos para superar o chamado círculo de comportamentos defensivos e assim alcançar o bem-estar.
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