Como é de conhecimento de todos, a diabetes é uma doença que prejudica o processo de cicatrização do organismo. Muitos que são acometidos por essa síndrome podem ficar receosos quando pensam em fazer algum procedimento cirúrgico, mesmo quando são cirurgias menos invasivas, como é o caso dos implantes dentários.
O Dr. Ramon Benevides, especialista em reabilitação oral e estética, enfatizou que existem dois tipos de pacientes diabéticos e, consequentemente, dois tipos de tratamento.
Para começar, ele destaca os compensados (com controle na alimentação ou medicação) e os não-compensados (que não fazem nenhum tipo de tratamento, seja alimentar, higiênico ou medicação).
"Para os pacientes com a doença sob controle, o tratamento com implantes ocorre da mesma forma de quem não tem a doença", garantiu. "Já para os pacientes não-compensados é preciso ter alguns cuidados para que a cicatrização ocorra bem".
Segundo o especialista, pode ser feita a verificação do nível de glicose no sangue pontualmente ou um exame de hemoglobina glicada, que, em resumo, exibe o histórico da glicemia durante um período maior.
"Tendo um acompanhamento médico e tomando os cuidados necessários a cirurgia pode ser indicada de forma segura", explicou o profissional. "O paciente diabético descompensado precisa fazer uma cobertura antibiótica antes da realização da cirurgia e ter mais cuidado com a higiene bucal para evitar infecção indesejada na região operada, além de ser prudente aguardar um tempo maior para cicatrização dos implantes", garantiu o Dr Ramon.
"Os pacientes descompensados e que não fazem acompanhamento médico não têm indicação para implantes, pois, como reforcei, não fazem acompanhamento. Além disso, também não é indicado para os que não conseguem manter uma boa higiene oral ou que façam uso de alguma medicação que interfira no processo de cicatrização do organismo", ressalta Dr. Ramon Benevides.
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