sexta-feira, 10 de maio de 2019

EM AGOSTO

Bienal Internacional do Livro do Ceará anuncia novos nomes 
 
Destaque para participação de escritores e escritoras da África, a realização do encontros de oralidades e a parceria com a Unilab

A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) anuncia, com alegria, novos nomes que irão compor a programação da XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará que acontece de 16 a 25 de agosto de 2019: destaque para parceria com a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) para a realização do Encontro de Oralidades e escritas em língua portuguesa - que garante a participação de escritores e escritoras de África.  Uma marca forte e presente da diversidade, da multiplicidade de sujeitos, de vozes, olhares e leituras sobre o mundo, as cidades e os livros. No dia de 10 abril, a Secult fez o primeiro anúncio de nomes, seguindo, a cada mês, com novidades e novas apresentações de projetos, programas, espaços.

A Secretaria, em ação conjunta com os coordenadores, está em diálogo com diversos setores da sociedade – mulheres, negros e negras, povos tradicionais, indígenas, afro, ciganos, infância e LGBT, além de diálogos constantes que estão sendo realizados com os Comitês de Expressões Culturais Afro-brasileiras e de Políticas Culturais Indígenas no Ceará. O Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) e a Rede Cuca, por exemplo, compõem essas parcerias e são territórios da Bienal.

UNILAB

Nesta nova edição, Secult e Unilab repetem o evento, Encontro de Oralidades e Escritas em língua Portuguesa cuja programação, que acontece no Centro de Eventos é levada também ao Maciço de Baturité e à outros espaços de Fortaleza. A curadoria do encontro é da Professora Andrea Muraro. Confiram nomes e apresentações culturais já confirmadas:

Autores(as) confirmados(as) no Encontro de Oralidades e Escritas em língua Portuguesa:

Abdulai Sila
(Guiné-Bissau)
um economista, investigador social e engenheiro eletrônico formado pela Universidade de Dresden, na Alemanha. Abdulai Sila é também uma das mais destacadas vozes da literatura guineense contemporânea e iniciador de uma corrente ficcional original, sendo autor do que é considerado o primeiro romance guineense, Eterna Paixão.

Depois deste romance inaugural, a importância desta obra cuja temática se centra principalmente na transformação pós-colonial da sociedade guineense, tem sido confirmada nos seus romances. Foi co-fundador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas; co-fundador da primeira editora privada, a Ku Si Mon Editora e co-fundador da revista cultural Tcholona.

Aldino Muianga
(Maputo, Moçambique)
nasceu no dia 1º de maio de 1950, no bairro da Munhuana, nos arredores da cidade de Maputo, em Moçambique. Começou a escrever desde a adolescência, como colaborador no jornal de parede no liceu que frequentava. Nesse jornal publicou alguns poemas, de uma vasta obra que se perdeu na totalidade. A sua primeira publicação oficial foi o conto A vingança de Macandza, no semanário Tempo, em 1986, sob o pseudônimo Khambira Khambiray.

Tem contos incluídos em antologias publicadas em Portugal, no Brasil, na Suíça e na França, em várias páginas e revistas literárias em Moçambique. Foi coordenador da página literária da revista SAPES, editada no Zimbábue em 1991 e 1992, onde publicou ensaios sobre literatura em língua portuguesa nos países africanos.

Foi colaborador de primeira linha da revista Charrua, editada pela Associação dos Escritores Moçambicanos, e da revista ECO, editada pela Universidade Eduardo Mondlane. É membro da AEMO (Associação dos Escritores Moçambicanos) e é membro fundador da AMEAM (Associação de Médicos Escritores e Artistas de Moçambique). Atualmente, reside na África do Sul onde exerce a profissão de Médico-Cirurgião e docente na Faculdade de Medicina da Universidade de Pretória.

Andrea Muraro
(Redenção, Brasil)
Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo, na área de Estudos Comparados de Literaturas de língua portuguesa (2012), Mestre em Literatura e Crítica literária pela PUC/SP (2006). Licenciada em Letras (Português e Inglês/1995). Entre 2005 e 2008, ministrou cursos de curta duração, em Instituições Privadas de Ensino Superior, para graduação em Letras e Pedagogia, em consonância com as Leis 10.639/03 e 11.645/08, para professores da rede pública e privada. Em 2013, atuou como Professora Doutora Contratada na FFLCH/ USP, ministrando a disciplina Literaturas Africanas de L. Portuguesa II (Moçambique). Redatora de material didático na área de Ciências Humanas, bem como na coordenação de EAD (UNIA/Angola). Linhas de Pesquisa: Literatura e Sociedade; Literatura e História, com ênfase em Literatura, atuando nos seguintes temas: literaturas de língua portuguesa, principalmente literatura angolana.Co-editou a Revista Crioula entre 2009-2010 (Revista eletrônica dos alunos de pós-graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, USP). Atualmente, desenvolve pesquisa de pós-doutorado pela Universidade de São Paulo. É professora adjunta das disciplinas Literaturas em Língua Portuguesa, na UNILAB, Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Campus Ceará), coordenadora do projeto de extensão: Contracena: Praça de teatro e leituras dramáticas (PIBEAC).

André Telles do Rosário
(Redenção, Brasil)
Professor de Teoria da Literatura no IHL, poeta e escritor. Tem como principais áreas de interesse e pesquisa: poéticas de expressão corporal atual e ancestral; culturas e práticas de publicação alternativa; relações entre literatura e geografia; narrativas de viagem e tradução cultural. Fez pós-doutorado na UFRJ, mestrado e doutorado na UFPE, com estágio de doutorado (sanduíche) na NYU. Para mais informações: www.dorosario.com.br

Jo A-mi
(Baturité, Brasil)
é artista visual e professora-pesquisadora do Instituto de Humanidades (Unilab-CE) e do Programa de Pós-Graduação em Artes, da UFC. Trabalha com pesquisas e projetos de extensão nas áreas de Arte Contemporânea e Literaturas contemporâneas de Língua Portuguesa com discussões que passam por Arte Urbana/Cidade/Urbanidade,
Gênero/Corpo/Erotismo, Escrita/Escritura/Poética.

Coordenadora do ATELIÊ (Grupo de pesquisas e estudos interartes/UNILAB). Tem participado de exposições/instalações artísticas e experimentado incursões com videoarte e documentário. Enquanto escritora, publicou os livros Pela Impermanência (2018) e Cor Adormecida (2012). Mantém um blog sobre as vivências em Arte Contemporânea na disciplina Expressões Artísticas e Estéticas Contemporâneas (Unilab-CE).

Júlio Machado
(Brasil)

é poeta mineiro de Pouso Alegre, e já viveu em muitos lugares em seus quarenta anos. De Paris a Benjamin Constant, no interior do Amazonas, de São Paulo a Belo Horizonte e Salvador, até fixar-se em Niterói no Rio de Janeiro, onde atualmente é professor de Literaturas Africanas na Universidade Federal Fluminense. Formado em Letras, é Mestre e Doutor em Literatura Comparada. Premiado em várias ocasiões, recebeu, entre outros, os prêmios Xerox/Livro Aberto e Nascente (USP/Editora Abril), ambos de poesia. Como dramaturgo, escreveu peças encenadas por trupes teatrais. Em sua obra poética transparece a experiência múltipla como escritor, sempre em um intenso trabalho de depuração criativa.

Mariana Fujisawa
(Brasil, São Paulo)

É artista plástica, escritora, ilustradora de livros e pesquisadora de Literaturas de Angola e Moçambique. É formada em Letras pela Universidade de São Paulo (USP) e fez intercâmbio na Universidade Eduardo Mondlane, em Maputo, Moçambique, em 2014. Bastante criativa, trabalha com técnicas diferentes para ilustrar cada história que cai em suas mãos: desenha com carvão, pinta com nanquim, fotografa e usa muitas cores. A sua imaginação é solta e rápida, voa longe, aonde só quem consegue sonhar como criança sabe ir.

Rodrigo Ordine Graça
(Redenção, Brasil)

Possui Graduação em Letras pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ-2002) e Mestrado em Letras (Estudos de Literatura) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio-2005), quando pesquisou intersecções literárias entre Brasil e África, tendo como pano de fundo teorias da pós-colonialidade e processos de construção de identidades. No ano de 2004, frequentou a Brown University (Providence, RI – EUA) como Visiting Researcher Scholar, onde desenvolveu pesquisas ligadas à sua dissertação de Mestrado. Obteve Doutorado em Letras (Estudos de Literatura) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio-2012), propondo uma reflexão inter-relacional entre literatura, estudos da memória, estudos culturais e construtivismo social. Desde 2012, como professor adjunto da UNILAB (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira), desenvolve pesquisas nas áreas de estudos de literatura (com ênfase em literaturas africanas e da diáspora), estudos culturais, construtivismo social e teorias da memória e autobiografia. Obteve o Estágio Pós-Doutoral (PNPD-CAPES) pela Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT) em 2017.

Ondjaki
(Angola)

Ondjaki nasceu em 5 de julho de 1977 em Luanda, em 1977 e é um escritor angolano. Prosador e poeta, também escreve para cinema e teatro.

Estudou em Luanda onde se licenciou em sociologia, continuando os seus estudos em Lisboa. Fez o doutoramento em estudos africanos em Itália em 2010. Obteve o segundo lugar no prémio António Jacinto realizado em Angola, e publica o primeiro livro, “Actu Sanguíneu”. Foi laureado pelo Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco em 2007, pelo seu livro “Os da Minha Rua”. Recebeu, na Etiópia, o prémio Grinzane por melhor escritor africano de 2008. Em Outubro de 2010 ganhou, no Brasil, o Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria Juvenil, com o romance “AvóDezanove” e o “Segredo do Soviético”. O Jabuti é um dos mais importantes prêmios literários brasileiros atribuídos em 21 categorias. Em 2013, recebeu o Prémio Literário José Saramago por seu romance “Os Transparentes”. As suas obras foram traduzidas para diversas línguas, entre elas francês, inglês, alemão, italiano, espanhol e chinês, como por exemplo o livro “A Bicicleta que Tinha Bigodes”. Atualmente, mora no Brasil, no Rio de Janeiro.

Apresentações Culturais confirmadas no Encontro de Oralidades e Escritas em língua Portuguesa:

Banda Cabaçal Palmares
(Brasil, Redenção)

A Banda Cabaçal Palmares é formada por estudantes da Unilab, fruto de um projeto, e tem como objetivo a divulgação da música tradicional nordestina. O projeto de extensão “Cria do mundo” tem como um dos objetivos juntar aprendizado musical com difusão da cultura tradicional, buscando desenvolver habilidades e percepção musical em estudantes da universidade internacional da lusofonia afro-brasileira (UNILAB) e membros da comunidade, especialmente estudantes de escolas públicas, assim como entendimento sobre formas de fabricação de instrumentos musicais folclóricos e compreensão de elementos das tradições musicais nordestinas, sobretudo as ligadas à ancestralidade indígena e africana. A tradição mantida pelos irmãos Aniceto inspira o projeto, os irmãos Aniceto envolvem produção de instrumentos artesanais, performance corporal, dramatização teatral e valorização da ancestralidade indígena e africana no nordeste. A ideia do projeto é partir do tipo de prática cultural mantido por eles, executar um trabalho voltado a estudantes, que une um aprendizado básico de pífano, formação de banda cabaçal, performance corporal de matriz folclórico e fabricação de instrumentos.

GEPI/Unilab
(Grupo de Estudos com Povos Indígenas)
(Brasil, Redenção)

O projeto tem por objetivo promover formação básica de contadores de história para fortalecer a literatura oral e popular dos países parceiros presentes na Unilab.

Grupo Firkidta Di No Kampada
(Vozes d’Africa)

O projeto é compostos de jovens escritores de várias nacionalidades e que estão prestes a lançar seu primeiro livro de poesia. São estudantes da Unilab.

Grupo Vozes D’África
(Brasil, Redenção)

é uma iniciativa que visa a promoção e fortalecimento da integração acadêmica e cultural entre os países da cooperação, articulando a investigação, circulação e produção de linguagens artísticas múltiplas e entrelaçadas, mas com prioridade para a música e literatura como veículos do debate e da reflexão sobre a tensão entre a unidade cultural nacional e a diversidade cultural, especialmente os seus significados identitários, envolvendo todos os países da integração.

Nixon Araújo
(Fortaleza, Brasil)

Exposição e oficinas de colagens baseados no livro Terra Sonâmbula


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