domingo, 3 de fevereiro de 2013

LIVROS NÃO-FICÇÃO

Biografia destaca personalidade de Napoleão Bonaparte 

Em edição ilustrada, a obra de André Maurois faz da vida do imperador francês uma sucessão de aventuras dignas de romancistas como Balzac, Dickens e Dumas
 

Como tratar uma figura histórica que sempre despertou tantas paixões e ódios? Um homem inteligente, curioso e ressentido que apaziguou os ânimos de um país ainda em convulsões por causa da Revolução de 1789, criou leis modernas e ambicionou uma Europa unida sob a bandeira do Império Francês. Em "Napoleão" (Editora Globo), o biógrafo André Maurois apresenta a complexidade do imperador apresentando sua personalidade, seus acertos e erros. “Sem dúvida, deve seu fracasso final a uma imaginação muito viva. Seus planos eram admiráveis, mas ele os fazia em excesso. A arte suprema não é ter sucesso, é saber parar”, sentencia o autor.
O texto de Maurois, mescla de relato jornalístico e narrativa histórico-literária, conduz o leitor a participar dos questionamentos a respeito das mudanças ocorridas a cada fase da vida de Napoleão. O livro revela as lendas e os fatos, as forças e as limitações, os blefes e as certezas, a idealização e o homem real, além de apresentar um caráter de entretenimento por meio de uma série de curiosidades relacionadas ao comportamento do imperador e acontecimentos em seu entorno.
A surpreendente vida de Napoleão é minuciosamente perscrutada também com imagens que representam toda a sua trajetória, da casa em que nasceu até os retratos do final de sua vida, exilado na ilha de Santa Helena. O leitor conhecerá a família de Bonaparte, sua criação, seu talento excepcional já na Escola Militar, sua nomeação como oficial aos dezesseis anos e, posteriormente, como tenente-coronel, seu progresso como estrategista, a nomeação de comandante, suas falhas e fracassos, suas paixões e traições, a formação de seu império, o esforço para se manter no poder, a decadência — “Preciso de solidão e isolamento, a grandeza me aborrece, as emoções secaram, a glória é insípida, aos vinte e nove anos estou saciado” (trecho de carta de Napoleão ao irmão José pouco antes de uma reviravolta fazê-lo assumir o governo em Paris).
O conhecimento que Napoleão traz sobre as razões que influenciaram as decisões de Bonaparte, sobre seus amigos e inimigos no jogo do poder, auxiliam na compreensão das históricas relações políticas e humanas na época do imperador.






Guia apresenta os paraísos mais bonitos e fascinantes do mundo
 

“501 Ilhas Imperdíveis” apresenta um catalógo com fotos e informações essenciais
 

Algumas ilhas são conhecidas por serem paradisíacas ou exóticas. Várias ficaram famosas no mundo inteiro por sua beleza e particularidade, como as magníficas Ilhas Fiji ou a misteriosa Ilha de Páscoa. Outras são repletas de ruínas históricas importantes e ecos de culturas antigas e tem ainda aquelas com praias circundadas por coqueiros majestosos. No livro “501 Ilhas Imperdíveis, novidade da Editora Lafonte, uma equipe de autores e viajantes se uniram para apresentar aos leitores as mais belas e fascinantes ilhas dos cinco continentes do mundo. O título é um guia completo que instiga a curiosidade dos amantes por viagens ou dos apreciadores de belezas naturais.
A Ilha Grande, um dos paraísos tropicais do Brasil, ganha espaço na publicação. Localizada no litoral de Angra dos Reis (RJ), a ilha é um éden natural, tipicamente brasileiro, ideal para aqueles que procuram estar sincronizados com a natureza. Longe de qualquer agito de grandes cidades, a Ilha Grande está dividida em dois parques - Estadual da Ilha Grande e o Parque Marinho do Aventureiro -, que preservam a Mata Atlântica e a fauna marinha e terrestre.
Muitas são afastadas e de difícil acesso, como é o caso das Ilhas Curilas, uma cadeia de 56 ilhas vulcânicas, entre a península de Kamchatka e Hokkaido, no Japão, que somente podem ser exploradas se os visitantes alugarem um barco ou se juntarem a uma expedição ecoturística. Apesar desta pequena dificuldade, os turistas são recompensados com uma paisagem natural, repleta de florestas e praias, ladeadas por penhascos escarpados.
501 Ilhas Imperdíveis é muito mais que apenas um livro sobre lugares bonitos. A publicação tem o objetivo de apresentar aos leitores o registro completo das mais belas e impressionantes ilhas do mundo, guiando-os com fotos ilustrativas e dicas de viagem imperdíveis para os lugares mais majestosos e sedutores.
Jackum e David Brown são editores e escritores e já publicaram mais de 25 livros sobre diversos assuntos. Joe Toussaint é apaixonado por viagens. Janet Zoro é professora de adultos, artista e escritora. Kieran Fogarty é músico, historiador e ex-editor. Viajou e se apresentou ao redor do mundo. Sarah Oliver é editora e escritora autônoma. Ela mora em Londres e tem sorte de estar viva depois de quase ter sido arrastada pelo tsunami do Mar Negro de 1968. Arthur Findlay é professor de Inglês como Língua Estrangeira. Devido à sua profissão, já morou em diversos países. Gail McKenzie é escritora e editora autônoma. Concluiu um livro de turismo sobre lugares verdes e de “ritmo lento” para visitar na Inglaterra. Bob Mitchell vive em Glouchester e na Cornualha e trabalha em um importante projeto histórico elisabetano. Já viajou por muitos países. Jo Archer é uma viajante apaixonada e passou seis meses vivendo e ensinando em Sarawak e na Malásia Oriental. Todos os autores já contribuíram para outros volumes da série 501.
 





Livro “Nos Acordes do Jazz & Blues” conta a história do Festival de Guaramiranga

Evento transformou o Carnaval serrano do Ceará e tornou-se um dos maiores festivais do gênero no país

Há 13 anos a cena musical cearense vivenciou o início de uma nova realidade. O mercado se abria para sons até então restritos a um público bem específico, frequentador de poucas casas noturnas da capital. O jazz e o blues estavam longe de serem os gêneros mais ouvidos no Estado – como ainda não são – mas, de lá para cá, alcançaram uma visibilidade considerável, caindo nas graças de um público numeroso, beneficiando principalmente os personagens principais desta cena: os instrumentistas destes e de ritmos afins.

O Festival Jazz & Blues, lançado pela Via de Comunicação e Cultura, é reconhecido como a mola mestra dessa nova realidade musical no Ceará, ao nadar contra a corrente em 2000, levando à cidade de Guaramiranga músicos locais e nacionais com seus instrumentos a tiracolo, para tocar jazz e blues nos quatro dias de Carnaval. Como toda festa momina que se preze, a “ressaca” também estava no contexto e, a partir de 2002, o Festival passou a contar com mais quatro dias de boa música em Fortaleza, depois da quarta-feira de cinzas.

Muitas águas rolaram de 2000 para cá. O Festival cresceu, estendeu-se a vários outros municípios cearenses com um importante trabalho de formação que começa bem antes do Carnaval. O evento se notabilizou e é hoje considerado um dos maiores do gênero realizado no País. Nomes ilustres da música, como César Camargo Mariano, Paquito D’Rivera, Stanley Jordan, Scott Henderson, Toots Thielemans, Ivan Lins, Manassés de Souza e uma infinidade de grandes artistas estão na história do Festival Jazz & Blues, que agora é contada no livro "Nos Acordes do Jazz & Blues - Memórias do Festival Jazz & Blues de Guaramiranga".

Idealizado e coordenado pelas diretoras da Via de Comunicação e Cultura, Maria Amélia Mamede e Rachel Gadelha, e pelo jornalista Dalwton Moura, responsável por projeto editorial, pesquisa, texto e edição, o livro cobre toda a história do Festival, desde a sua concepção, revelando o porquê da escolha de Guaramiranga como cidade sede, os impactos econômicos, culturais e sociais ao longo de 13 anos. A obra, viabilizada com apoio da Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Ceará e da Coelce, um dos patrocinadores mais assíduos do festival, traz uma completa retrospectiva musical do evento, com detalhes sobre cada um das centenas de shows promovidos ao longo de sua história.

Tudo fartamente ilustrado com imagens colhidas pelo fotógrafo Chico Gadelha, que cobriu todas as edições do festival e agora compartilha com o público a emoção imortalizada em instantes decisivos, na magia de grandes artistas cearenses, brasileiros e internacionais nos palcos do Festival. O livro é apresentado com um design atraente, fruto do projeto gráfico assinado por Caio Castelo.

Assim, “Nos Acordes do Jazz & Blues” é um registro minucioso de cada noite do Festival em Guaramiranga e Fortaleza, com detalhes de cada apresentação e informações das atrações, dos protagonistas da música cearense a grandes nomes nacionais e internacionais. Os leitores que já compareceram ao festival poderão fazer um passeio pela memória, revivendo cada apresentação, em texto e imagens. Os que ainda não conhecem o evento serão convidados a um mergulho na história de um festival que reúne ousadia e pioneirismo, qualidade artística e diálogo entre matrizes culturais, excelência em produção cultural e integração com a comunidade, ações de responsabilidade social e ambiental.

Além das atrações de cada ano e de inúmeros depoimentos de protagonistas e espectadores do festival, o livro traz entrevistas com uma atração musical de cada ano. Entre os entrevistados, Hermeto Pascoal, Yamandu Costa, Arismar do Espírito Santo, Nuno Mindelis, Chico Pinheiro, Artur Menezes, Adelson Viana, Jefferson Gonçalves, Moacir Bedê, Samuel Macêdo, da Banda dos Meninos da Casa Grande, entre vários que fazem parte da história do Festival.

O livro retrata o evento, seu conceito, suas realizações e contribuições ao público e à cena cultural cearense, em toda a sua abrangência: do período de produção anterior ao Carnaval, os dias do Festival na serra e o pós-Festival, com o impacto social, econômico e cultural para o Ceará, formação profissional e artística, bastidores, equipe de produção, espectadores e Poder Público.

“O livro é um mergulho na história do Festival, de modo que as pessoas que foram a uma determinada edição possam revivê-la através dos textos e das imagens, em uma obra que destaca a importância artística do evento e os inúmeros momentos de emoção, nos encontros entre artistas e público, unidos pela música”, ressalta Dalwton Moura.

"É também um documento informativo e iconográfico da música cearense, tendo em vista a escassez de projetos desse tipo, no formato livro. Através da retrospectiva das 13 edições do festival realizadas até aqui, os leitores podem acompanhar o desenvolvimento de grandes nomes da nossa música, a evolução do nosso cenário musical e seu diálogo com artistas do Brasil e de vários países. Tudo em uma atmosfera especial, em uma pequena cidade do interior do Ceará, nos encontros possibilitados pelo Festival ", complementa.

SERVIÇO
Livro Nos Acordes do Jazz & Blues (2013. 220págs). Idealização e coordenação: Maria Amélia Mamede e Rachel Gadelha. Projeto editorial, pesquisa, texto e edição: Dalwton Moura. Fotos: Chico Gadelha. Projeto gráfico: Caio Castelo. Apoio: Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Ceará e Coelce. Lançamento: Dia 10 de fevereiro, às 17h30, na Cidade Jazz & Blues, em Guaramiranga, por ocasião do Festival Jazz & Blues 2013. Preço: R$ 39,00. À venda na loja do Festival em Guaramiranga e nos shows em Fortaleza






Autor fundamental na evolução da Geografia
 

Obra apresenta o legado do geógrafo Vidal de la Blache 

O professor Guilherme Ribeiro, do Departamento de Geociências (IA/UFRRJ) – juntamente com os professores da UFF, Rogério Haesbaert e Sergio Nunes Pereira (org.) – lançaram o livro ‘Vidal, Vidais: Textos de Geografia Humana, Regional e Política’. A obra, editada pela Bertrand Brasil, analisa o legado de Paul Vidal de la Blache, personagem central na conformação acadêmica da Geografia e em seu diálogo com outras Ciências Sociais. Ele redefiniu os princípios metodológicos e o estilo de pesquisa da disciplina.
"Vidal, Vidais: Textos de Geografia Humana, Regional e Política" analisa as ideias e o legado deixado por Paul Vidal de la Blache, fundamental na evolução da Geografia em finais do século XIX e início do século XX, tinha fé na ciência e, mais particularmente, na disciplina à qual consagrava todos os seus esforços: a Geografia Humana.
Paul Vidal de la Blache foi um personagem central na conformação acadêmica da Geografia e em seu diálogo com outras Ciências Sociais. Com talento e obstinação, redefiniu os princípios metodológicos e o estilo de pesquisa da disciplina, obtendo reconhecimento imediato em sua geração e nas posteriores. Sua obra atravessou o tempo, provocando exaltações, críticas e reinterpretações, como somente acontece com os grandes autores. A herança encontra-se hoje aberta à inspeção, em benefício de uma melhor apreciação do pensamento geográfico passado e contemporâneo.
Em Vidal, Vidais, os três autores apresentam três partes integradas, em que enfatizam o caráter inovador de Vidal na Geografia Humana e demonstram a força de seu pensamento em dois campos particulares: o da Geografia Regional, com uma rica e múltipla trajetória em termos conceituais, e o da Geografia Política, na qual emerge um intelectual pouco conhecido, envolvido com as questões políticas de seu tempo.

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