quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

LIVROS NÃO-FICÇÃO

Lançado livro histórico sobre Padre Cícero e o Cangaço
 

O historiador Frederico Pernambucano de Mello revela sua pesquisa profunda em “Benjamin Abrahão: entre anjos e cangaceiros” 
Autoridade na cultura do Nordeste do Brasil, o historiador Frederico Pernambucano de Mello nos apresenta o livro Benjamin Abrahão: entre anjos e cangaceiros (Escrituras Editora), que traz a biografia do secretário particular do padre Cícero, do Juazeiro, de 1917 a 1934, além de fotógrafo autorizado do cangaceiro Lampião, tendo acompanhado os diferentes bandos de que este dispunha em sete Estados do Nordeste, no meado de 1936, creditando-se como responsável pela mais completa documentação do cangaço jamais obtida, ao incorporar a imagem cinematográfica às velhas fotografias conhecidas.
A obra é ensaio interdisciplinar que ocupou boa parte da vida do autor, e também um livro de arte, com dezenas de fotografias e de fotogramas históricos da trajetória do sírio Benjamin Abrahão Calil Botto -- um “conterrâneo de Jesus”, como se declarava, por conta do nascimento em Belém, na Terra Santa --, que desembarcou no Porto do Recife em 1915, aos 15 anos de idade, fugindo da Grande Guerra, para trilhar uma aventura extraordinária pelos sertões do Brasil setentrional.
No livro, Pernambucano de Mello, reconhecido por Gilberto Freyre, já em 1984, como “mestre de mestres em assuntos de cangaço”, apresenta pesquisa profunda, feita ao longo de 40 anos. Pela primeira vez, é divulgado o conteúdo da caderneta de campo deixada por Benjamin Abrahão, recolhida pela polícia no momento de seu assassinato com 42 punhaladas, no começo de 1938, no sertão de Pernambuco, aos 37 anos de idade. Cobrindo os anos da missão sobre o cangaço, a caderneta abrange o período 1935-1937, com lançamentos alternados em português e em árabe, assim impusesse a necessidade de sigilo sobre o assunto. O historiador trabalhou por três anos, com dois professores de árabe, traduzindo, ponto a ponto, o conteúdo averbado -- muitas vezes resultante de conversas noite adentro com Lampião, Maria Bonita e outros cangaceiros -- que são relatos que matam polêmicas e contestam versões atuais sobre fatos e figuras das décadas de 1910, 1920 e 1930, como o polêmico Floro Bartolomeu da Costa e a apregoada amizade entre Lampião e o padre Cícero, além de informações que dizem respeito ao real combate do Batalhão Patriótico à Coluna Prestes, para o qual traz entrevista inédita que fez com Prestes, em 1983, no Recife.
Particularmente importante, pela originalidade, é a revelação da matriz setecentista e estrangeira do pensamento social brasileiro dos anos 1930 sobre o cangaço, presente, sobretudo no chamado romance nordestino, tendente a culpar a sociedade e a desculpar os excessos dos protagonistas do fenômeno. O mesmo se diga sobre a revelação, de todo desconhecida até o presente, dos esforços de apropriação internacional do apelo épico que o tema encerra, por parte das facções travadas em luta de morte ao longo da década aludida: o Reich alemão contra o Soviete russo, Hitler contra Stalin, ao tempo em que Lampião dava as cartas na caatinga.
O livro traz ainda apêndice com a reprodução de importantes documentos, colhidos em pesquisa que contou com o apoio de muitos colaboradores e instituições, como a Fundação Joaquim Nabuco, do Recife, a Cinemateca Brasileira de São Paulo, os arquivos Renato Casimiro/Daniel Walker, do Juazeiro, e da antiga Aba-Film, de Fortaleza, ambos do Ceará, entre outros.
Frederico Pernambucano de Mello possui formação em história e direito. Na Fundação Joaquim Nabuco, do Ministério da Educação, integrou a equipe do sociólogo Gilberto Freyre, de 1972 a 1987, período em que se especializou no estudo da cultura da região Nordeste do Brasil, tendo publicado diversos livros







Obra traz dicas de sexo dadas por astros de rock
 

Entre os temas confessados pelos artistas estão fetiches, drogas, casamento, virgindade e fidelidade
 

Qual é a lingerie mais sexy? Que posição sexual te leva à loucura?  Qual o lugar mais louco que você já transou? São algumas das perguntas que estrelas de bandas como Kiss, Scorpions, Motörhead e Rob Zombie responderam para compor o livro Dicas de Sexo de Astros de Rock (Editora Record, 274 págs., R$39,90) que acaba de chegar às livrarias.
Entre os temas abordados estão fetiches, drogas, casamento, virgindade e fidelidade, tudo organizado pelo escritor Paul Miles, que pretende desmistificar mitos e verdades da vida sexual daqueles que enlouquecem multidões em cima do palco.
Para James Kottak, baterista da banda Scorpions, a melhor experiência sexual vestindo uma fantasia foi quando o astro colocou a capa de Zorro. Já o ex-guitarrista do grupo Kiss, Bruce Kulick, se diz um amante das “mulheres que usam meia arrastão”. “Também adoro quando elas se vestem de estudante ou empregada, fica um clima de inocência no ar”, acrescenta o músico.
Quando o assunto é a posição que os leva à loucura, a opinião das estrelas da música se divide. Para o guitarrista Adde, do grupo Hardcore Superstar, o melhor mesmo é o bom e velho papai e mamãe: “preciso fazer sexo com alguém que me olhe nos olhos”, explica ele. Já o vocalista do Motöread, Lemmy, adora fazer sexo em pé, de preferência na parte de fora da casa. A publicação super divertida é um boa leitura de férias para quem gosta de sexo e muito rock’n roll.

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Nova obra da coleção “Amor e Psique” trata sobre a medicina arquetípica

Obra mostra a importância do tema e sua contribuição para o estudo da psicologia

Em Medicina Arquetípica, lançamento da Paulus Editora, Alfred J. Ziegler (1925-1992) relê, a partir de uma perspectiva psicológica, doenças como asma, anorexia, reumatismo, ataque cardíaco, afecções de pele e dor crônica. Escrito há mais de trinta anos, o presente texto continua atual, haja vista que algumas das problemáticas abordadas estão cada vez mais em evidência.
“A medicina arquetípica é um tipo de medicina psicossomática que tenta produzir mudança nas síndromes das doenças por meio da linguagem e, consequentemente, por meio da razão. Apesar dos princípios fundamentais descritos, a medicina arquetípica opõe-se a quaisquer e todas as avaliações excessivamente materialistas do real com uma desconfiança básica”, explica o autor.
No decorrer das páginas, Ziegler busca mostrar que a natureza humana não é nem natural nem saudável, mas aflita e cronicamente doente, desafiando assim a base filosófica da medicina tradicional, expondo sua sombra e denunciando que o atual interesse excessivo na saúde trai nossa natureza. Composta de uma parte inicial teórica e outra a respeito da prática, a obra traz exemplificações das ideias apresentadas, acrescentando à visão tradicional da relação doença-saúde uma nova perspectiva.
“A medicina arquetípica não depende tanto da objetividade quanto da subjetividade onde a ênfase, em graus diversos, está claramente sobre a experiência individual e sua prioridade. Sua preocupação principal não é com a observação de sintomas, mas move-se para a amplificação fenomenológica, em direção à essência simbólica do que é observado”, conclui o autor.
As questões, tratadas em um estilo elegante e simples, envolvido em exemplos de casos e dados, proporciona ao leitor um material enriquecedor, auxiliando estudantes, profissionais da área e interessados no assunto.
Alfred J. Ziegler (1925-1992), psiquiatra e analista de formação, dedicou-se por muitos anos à pesquisa sobre onirologia no âmbito da medicina psicossomática. Lecionou no Instituto Carl Jung, de Zurique (Suíça). Foi redator e editor da revista Gorgo de psicologia arquetípica e pensamento imagético, publicada em Stuttgart (Alemanha). Dentre suas obras, merecem destaque: Imagens de uma medicina da sombra (1987); Delírio e realidade – A humanidade em fuga diante de si mesma (1983); O Castrato – Horas espirituais de uma mística mórbida (1992).
Serviço

Título: Medicina arquetípica
Autor: Alfred J. Ziegler
Coleção: Amor e Psique
Páginas: 200
Preço: R$ 25,00
Área de interesse: Psicologia


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