Arquiteto Oscar Niemeyer morre aos 104 anos
Oscar Niemeyer, principal nome da arquitetura no Brasil, morreu por volta das 22h desta quarta (5), aos 104 anos, no Rio. Ele estava ao lado da mulher, Vera Lúcia, 67, e de sobrinhos e netos no momento da morte. Cerca de dez pessoas o acompanhavam em seu quarto
Niemeyer esteve lúcido até hoje de manhã, quando houve piora em seu quadro de infecção respiratória e ele precisou ser sedado e entubado.
O arquiteto carioca, que completaria 105 anos em 15 de dezembro, deu entrada no hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio, em 2 de novembro, a princípio para tratar de uma desidratação, em sua terceira internação no ano. Mais tarde, porém, Niemeyer apresentou hemorragia digestiva e houve piora em sua função renal. Na terça-feira (4), uma infecção respiratória levou a uma piora no estado clínico de Niemeyer. Na manhã desta quarta, o arquiteto sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Em outubro, ele havia ficado duas semanas no hospital também por causa de uma desidratação. Em maio, o teve pneumonia e chegou a ficar internado na UTI. Recebeu alta depois de 16 dias. Em abril de 2011, foi submetido a cirurgias para a retirada da vesícula e de um tumor no intestino. Na ocasião, ele ficou internado por 12 dias por causa de uma infecção urinária.
Nascido no bairro de Laranjeiras, no Rio, Oscar Niemeyer se formou em arquitetura e engenharia na Escola Nacional de Belas Artes em 1934. Em seguida, trabalhou no escritório dos arquitetos Lúcio Costa e Carlos Leão, onde integrou a equipe do projeto do Ministério da Educação e Saúde.
Por indicação de Juscelino Kubitschek (1902-1976), então prefeito de Belo Horizonte, Niemeyer projetou, no início dos anos 1940, o Conjunto da Pampulha, que se tornaria uma de suas obras brasileiras mais conhecidas.
Em 1945, o arquiteto ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB), entrando em contato com Luiz Carlos Prestes e outros políticos. Ao longo das décadas, travou amizades com diversos líderes socialistas ao redor do planeta, viajando constantemente à União Soviética --conjunto de países comunistas liderado pela Rússia-- e a Cuba.
Em 1947, Niemeyer fez parte da comissão de arquitetos que definiria o projeto da sede da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York. A proposta elaborada por Niemeyer com o franco-suíço Le Corbusier serviu de base para a construção do prédio, inaugurado em 1952.
Durante os anos 50, projetou obras como o edifício Copan e o parque Ibirapuera, ambos em São Paulo, além de comandar o Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Novacap, responsável pela construção de Brasília.
Ao lado de Lúcio Costa, ajudou a dar forma à nova capital, concebendo edifícios como o Palácio da Alvorada e o Congresso Nacional.
Inaugurada em abril de 1960, Brasília transformou a paisagem natural do Brasil central em um dos marcos da arquitetura moderna.
Obras nacionais de Oscar Niemeyer
Impedido de trabalhar no Brasil pela ditadura militar, Niemeyer se mudou em 1966 para Paris, onde abriu um escritório de arquitetura. Projetou a sede do Partido Comunista Francês, fez o Centro Cultural Le Havre, atualmente Le Volcan, realizou obras na Argélia, na Itália e em Portugal.
Após a anistia, retornou ao Brasil, no início dos anos 1980. No Rio, projetou os CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública, apelidados de "brizolões") e o Sambódromo, durante o primeiro governo de Leonel Brizola no Estado (1983-1987).
Em 1988, Niemeyer se tornou o primeiro brasileiro vencedor do prêmio Pritzker --o Oscar da arquitetura. Depois dele, Paulo Mendes da Rocha recebeu a honraria, em 2006. Ainda em 1988, Niemeyer elaborou o projeto do Memorial da América Latina, em São Paulo.
Nos anos 1990 e 2000, a produção de Niemeyer continou em alta, com a inauguração do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (RJ), o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e o Auditório Ibirapuera, dentro do parque, em São Paulo.
Em 2003, exibiu sua versão de um pavilhão de exposições na tradicional galeria londrina Serpentine --que todo ano constrói um anexo temporário.
Em 2007, projetou o Centro Cultural de Avilés, sua primeira obra na Espanha, construída durante três anos ao custo de R$ 100 milhões. Inaugurado em março de 2011, o Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer foi fechado após nove meses, em meio ao agravamento da crise econômica, desentendimentos entre o governo local e a administração do complexo no dia do aniversário de 104 anos de Niemeyer. Em meados de 2012, no entanto, o centro foi reaberto.
Mais de 60 anos após a realização do Conjunto da Pampulha, o arquiteto voltou a assinar um projeto de grande porte em Minas Gerais em 2010, com a inauguração da Cidade Administrativa do governo do Estado, na Grande Belo Horizonte.
Atualmente, em Santos, está em execução o projeto de Niemeyer para o museu Pelé. A previsão é que a obra seja concluída em dezembro de 2012.
Além de Vera, com quem se casou em 2006, Niemeyer deixa quatro trinetos, 13 bisnetos e quatro netos, filhos de Anna Maria --sua única filha, morta em junho deste ano aos 82--, fruto de seu casamento com Anita Baldo, de quem ficou viúvo em 2004.
Mostra vai reunir obras de todas as fases da produção gráfica do artista gaúcho radicado no Rio de Janeiro
A Caixa Cultural Fortaleza apresenta desde terça-feira, a exposição “O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues”, uma retrospectiva em homenagem a um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea, nascido em Bagé, Rio Grande do Sul, que também foi mestre do desenho, gravador, ilustrador e cenógrafo, falecido em 2004, aos 75 anos.
A mostra, que tem curadoria do dramaturgo Antônio Cava, reúne mais de 100 obras originais, entre litografias, serigrafias e linoleogravuras, além de ilustrações para revistas, livros e discos, cobrindo um período de mais de 50 anos de produção artística. Todas as obras foram selecionadas do acervo do artista, atualmente sob custódia de sua viúva, Norma Estellita Pessôa, curadora adjunta da exposição.
A exposição de Fortaleza contará com todas as fases da produção gráfica do artista. Serão exibidas 50 serigrafias, 32 litografias, 5 linoleogravuras, 3 desenhos, 24 capas de revistas, 7 capas de disco e 6 capas de livro. As obras serão apresentadas em blocos: Clube de gravura de Bagé e Porto Alegre (anos 1950), fase Pop/Nova Figuração (anos 1960), fase tropicalista e antropofágica (de 1968 a 1977), Série Rio de Janeiro (1979), Série Gaúcha (1976), Série Praça VX e Arredores (1998) e uma série de litografias com conteúdo crítico e político. Em vitrines, o design de: capas de revistas, livros e discos.
O Rio de Janeiro foi tema e linguagem na obra de Glauco Rodrigues, onde estão presentes a sensualidade da natureza, o jeito de ser do povo carioca, a praia e o carnaval. “A série de 10 litografias ‘Guia Turístico e Histórico do Rio de Janeiro’ é, em minha opinião, o trabalho mais importante no grupo de litografias do artista. Nessa obra, Glauco revisita e recicla a história do Rio de Janeiro, desde a sua fundação”, explica o curador.
Glauco Rodrigues foi um virtuose da linguagem gráfica. O artista utilizou e defendeu o recurso da reprodução gráfica, disciplina muito cultivada em sua carreira, para ampliar a capacidade de circulação de seu trabalho, e assim democratizar sua arte. Uma obra de grande significação e importância cultural para a identidade brasileira, que opera sobre imagens símbolos de nossa nacionalidade.
Glauco Rodrigues nasceu em Bagé (RS), em 1929, e faleceu no Rio de Janeiro, em 2004, considerado um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea. Com os artistas Glênio Bianchetti e Danúbio Gonçalves, criou o Clube de Gravura de Bagé, em 1951. Três anos depois, integrava o Clube da Gravura de Porto Alegre, ao lado de Vasco Prado e Carlos Scliar. Os clubes são pioneiros da gravura no Brasil, guiados pelo realismo socialista. No período em que frequentou essas associações, Glauco aprimorou sua capacidade de desenhar, com trabalhos voltados para a representação do homem do campo e para os tipos e costumes regionais.
Em 1957, começa a transição da figura para o abstrato, na pintura de Glauco. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1959, quando, como ilustrador, fez parte da primeira equipe da inovadora revista Senhor e desenvolveu seu talento de ilustrador ao lado de Carlos Scliar, Jaguar, Bia Feitler, Paulo Francis, Ivan Lessa, Luís Lobo e Newton Rodrigues.
Residiu em Roma entre 1962 e 1965, a convite do embaixador Hugo Gouthier, para implantar o setor gráfico da Embaixada do Brasil. Num período em que a arte não-figurativa se impunha, internacionalmente, Glauco também aderiu ao abstracionismo. Realizou exposições individuais em Roma e Munique. Em 1964, participou da delegação brasileira na Bienal de Veneza, ao lado de nomes como Tarsila, Volpi e Krajcberg. Na Bienal, Glauco ficou impressionado com a delegação americana e com o conjunto de artistas Pop.
A volta ao Brasil, em 1965, coincidiu com a volta de sua pintura ao figurativo. A partir daí, ele escolheu dedicar-se a uma pintura que faz da base e da atmosfera fotográficas seus instrumentos fundamentais. Pintura destinada a encarar e a revelar o Brasil com olho crítico, por meio de uma montagem “carnavalesca”, onde histórias, imagens e fantasias, do nosso passado e presente, se unem.
Com mais de 50 exposições individuais, e dezenas de prêmios, conquistados no Brasil e no exterior, Glauco Rodrigues consta com uma importante presença na história da arte brasileira.
Serviço:
Exposição “O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues”
Data de Abertura: para convidados, 4 de dezembro de 2012 (terça-feira) – para público - de 5 de dezembro de 2012 a 6 de janeiro de 2013
Exposição: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h
Local: Galeria da CAIXA Cultural Fortaleza (CE)
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema
Entrada Franca
Classificação etária: Livre
Informações: (85) 3453-2770
Acesso para portadores de deficiência e assentos especiais
Oscar Niemeyer, principal nome da arquitetura no Brasil, morreu por volta das 22h desta quarta (5), aos 104 anos, no Rio. Ele estava ao lado da mulher, Vera Lúcia, 67, e de sobrinhos e netos no momento da morte. Cerca de dez pessoas o acompanhavam em seu quarto
Niemeyer esteve lúcido até hoje de manhã, quando houve piora em seu quadro de infecção respiratória e ele precisou ser sedado e entubado.
O arquiteto carioca, que completaria 105 anos em 15 de dezembro, deu entrada no hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio, em 2 de novembro, a princípio para tratar de uma desidratação, em sua terceira internação no ano. Mais tarde, porém, Niemeyer apresentou hemorragia digestiva e houve piora em sua função renal. Na terça-feira (4), uma infecção respiratória levou a uma piora no estado clínico de Niemeyer. Na manhã desta quarta, o arquiteto sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Em outubro, ele havia ficado duas semanas no hospital também por causa de uma desidratação. Em maio, o teve pneumonia e chegou a ficar internado na UTI. Recebeu alta depois de 16 dias. Em abril de 2011, foi submetido a cirurgias para a retirada da vesícula e de um tumor no intestino. Na ocasião, ele ficou internado por 12 dias por causa de uma infecção urinária.
Nascido no bairro de Laranjeiras, no Rio, Oscar Niemeyer se formou em arquitetura e engenharia na Escola Nacional de Belas Artes em 1934. Em seguida, trabalhou no escritório dos arquitetos Lúcio Costa e Carlos Leão, onde integrou a equipe do projeto do Ministério da Educação e Saúde.
Por indicação de Juscelino Kubitschek (1902-1976), então prefeito de Belo Horizonte, Niemeyer projetou, no início dos anos 1940, o Conjunto da Pampulha, que se tornaria uma de suas obras brasileiras mais conhecidas.
Em 1945, o arquiteto ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB), entrando em contato com Luiz Carlos Prestes e outros políticos. Ao longo das décadas, travou amizades com diversos líderes socialistas ao redor do planeta, viajando constantemente à União Soviética --conjunto de países comunistas liderado pela Rússia-- e a Cuba.
Em 1947, Niemeyer fez parte da comissão de arquitetos que definiria o projeto da sede da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York. A proposta elaborada por Niemeyer com o franco-suíço Le Corbusier serviu de base para a construção do prédio, inaugurado em 1952.
Durante os anos 50, projetou obras como o edifício Copan e o parque Ibirapuera, ambos em São Paulo, além de comandar o Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Novacap, responsável pela construção de Brasília.
Ao lado de Lúcio Costa, ajudou a dar forma à nova capital, concebendo edifícios como o Palácio da Alvorada e o Congresso Nacional.
Inaugurada em abril de 1960, Brasília transformou a paisagem natural do Brasil central em um dos marcos da arquitetura moderna.
Obras nacionais de Oscar Niemeyer
Impedido de trabalhar no Brasil pela ditadura militar, Niemeyer se mudou em 1966 para Paris, onde abriu um escritório de arquitetura. Projetou a sede do Partido Comunista Francês, fez o Centro Cultural Le Havre, atualmente Le Volcan, realizou obras na Argélia, na Itália e em Portugal.
Após a anistia, retornou ao Brasil, no início dos anos 1980. No Rio, projetou os CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública, apelidados de "brizolões") e o Sambódromo, durante o primeiro governo de Leonel Brizola no Estado (1983-1987).
Em 1988, Niemeyer se tornou o primeiro brasileiro vencedor do prêmio Pritzker --o Oscar da arquitetura. Depois dele, Paulo Mendes da Rocha recebeu a honraria, em 2006. Ainda em 1988, Niemeyer elaborou o projeto do Memorial da América Latina, em São Paulo.
Nos anos 1990 e 2000, a produção de Niemeyer continou em alta, com a inauguração do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (RJ), o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e o Auditório Ibirapuera, dentro do parque, em São Paulo.
Em 2003, exibiu sua versão de um pavilhão de exposições na tradicional galeria londrina Serpentine --que todo ano constrói um anexo temporário.
Em 2007, projetou o Centro Cultural de Avilés, sua primeira obra na Espanha, construída durante três anos ao custo de R$ 100 milhões. Inaugurado em março de 2011, o Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer foi fechado após nove meses, em meio ao agravamento da crise econômica, desentendimentos entre o governo local e a administração do complexo no dia do aniversário de 104 anos de Niemeyer. Em meados de 2012, no entanto, o centro foi reaberto.
Mais de 60 anos após a realização do Conjunto da Pampulha, o arquiteto voltou a assinar um projeto de grande porte em Minas Gerais em 2010, com a inauguração da Cidade Administrativa do governo do Estado, na Grande Belo Horizonte.
Atualmente, em Santos, está em execução o projeto de Niemeyer para o museu Pelé. A previsão é que a obra seja concluída em dezembro de 2012.
Além de Vera, com quem se casou em 2006, Niemeyer deixa quatro trinetos, 13 bisnetos e quatro netos, filhos de Anna Maria --sua única filha, morta em junho deste ano aos 82--, fruto de seu casamento com Anita Baldo, de quem ficou viúvo em 2004.
EXPOSIÇÕES
“O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues” na Caixa CulturalMostra vai reunir obras de todas as fases da produção gráfica do artista gaúcho radicado no Rio de Janeiro
A Caixa Cultural Fortaleza apresenta desde terça-feira, a exposição “O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues”, uma retrospectiva em homenagem a um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea, nascido em Bagé, Rio Grande do Sul, que também foi mestre do desenho, gravador, ilustrador e cenógrafo, falecido em 2004, aos 75 anos.
A mostra, que tem curadoria do dramaturgo Antônio Cava, reúne mais de 100 obras originais, entre litografias, serigrafias e linoleogravuras, além de ilustrações para revistas, livros e discos, cobrindo um período de mais de 50 anos de produção artística. Todas as obras foram selecionadas do acervo do artista, atualmente sob custódia de sua viúva, Norma Estellita Pessôa, curadora adjunta da exposição.
A exposição de Fortaleza contará com todas as fases da produção gráfica do artista. Serão exibidas 50 serigrafias, 32 litografias, 5 linoleogravuras, 3 desenhos, 24 capas de revistas, 7 capas de disco e 6 capas de livro. As obras serão apresentadas em blocos: Clube de gravura de Bagé e Porto Alegre (anos 1950), fase Pop/Nova Figuração (anos 1960), fase tropicalista e antropofágica (de 1968 a 1977), Série Rio de Janeiro (1979), Série Gaúcha (1976), Série Praça VX e Arredores (1998) e uma série de litografias com conteúdo crítico e político. Em vitrines, o design de: capas de revistas, livros e discos.
O Rio de Janeiro foi tema e linguagem na obra de Glauco Rodrigues, onde estão presentes a sensualidade da natureza, o jeito de ser do povo carioca, a praia e o carnaval. “A série de 10 litografias ‘Guia Turístico e Histórico do Rio de Janeiro’ é, em minha opinião, o trabalho mais importante no grupo de litografias do artista. Nessa obra, Glauco revisita e recicla a história do Rio de Janeiro, desde a sua fundação”, explica o curador.
Glauco Rodrigues foi um virtuose da linguagem gráfica. O artista utilizou e defendeu o recurso da reprodução gráfica, disciplina muito cultivada em sua carreira, para ampliar a capacidade de circulação de seu trabalho, e assim democratizar sua arte. Uma obra de grande significação e importância cultural para a identidade brasileira, que opera sobre imagens símbolos de nossa nacionalidade.
Glauco Rodrigues nasceu em Bagé (RS), em 1929, e faleceu no Rio de Janeiro, em 2004, considerado um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea. Com os artistas Glênio Bianchetti e Danúbio Gonçalves, criou o Clube de Gravura de Bagé, em 1951. Três anos depois, integrava o Clube da Gravura de Porto Alegre, ao lado de Vasco Prado e Carlos Scliar. Os clubes são pioneiros da gravura no Brasil, guiados pelo realismo socialista. No período em que frequentou essas associações, Glauco aprimorou sua capacidade de desenhar, com trabalhos voltados para a representação do homem do campo e para os tipos e costumes regionais.
Em 1957, começa a transição da figura para o abstrato, na pintura de Glauco. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1959, quando, como ilustrador, fez parte da primeira equipe da inovadora revista Senhor e desenvolveu seu talento de ilustrador ao lado de Carlos Scliar, Jaguar, Bia Feitler, Paulo Francis, Ivan Lessa, Luís Lobo e Newton Rodrigues.
Residiu em Roma entre 1962 e 1965, a convite do embaixador Hugo Gouthier, para implantar o setor gráfico da Embaixada do Brasil. Num período em que a arte não-figurativa se impunha, internacionalmente, Glauco também aderiu ao abstracionismo. Realizou exposições individuais em Roma e Munique. Em 1964, participou da delegação brasileira na Bienal de Veneza, ao lado de nomes como Tarsila, Volpi e Krajcberg. Na Bienal, Glauco ficou impressionado com a delegação americana e com o conjunto de artistas Pop.
A volta ao Brasil, em 1965, coincidiu com a volta de sua pintura ao figurativo. A partir daí, ele escolheu dedicar-se a uma pintura que faz da base e da atmosfera fotográficas seus instrumentos fundamentais. Pintura destinada a encarar e a revelar o Brasil com olho crítico, por meio de uma montagem “carnavalesca”, onde histórias, imagens e fantasias, do nosso passado e presente, se unem.
Com mais de 50 exposições individuais, e dezenas de prêmios, conquistados no Brasil e no exterior, Glauco Rodrigues consta com uma importante presença na história da arte brasileira.
Serviço:
Exposição “O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues”
Data de Abertura: para convidados, 4 de dezembro de 2012 (terça-feira) – para público - de 5 de dezembro de 2012 a 6 de janeiro de 2013
Exposição: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h
Local: Galeria da CAIXA Cultural Fortaleza (CE)
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema
Entrada Franca
Classificação etária: Livre
Informações: (85) 3453-2770
Acesso para portadores de deficiência e assentos especiais
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