quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

EXPOSIÇÕES



Espaço Cultural dos Correios apresenta um olhar livre de Antanas Sutkus 

São 60 imagens que revelam o talento de Sutkus, o mais renomado fotógrafo da Lituânia
 

Espaço Cultural Correios Fortaleza junto com as empresas de produções artísticas Ars et Vita (MG) e Girândola Comunicação e Arte (CE) apresentam a exposição de um dos maiores fotógrafos de século XX: o lituano Antanas Sutkus. Ele é um dos mais expressivos fotógrafos da atualidade. Formado pela Universidade de Vilnius, ele começou a fotografar ainda nos anos cinqüenta, contra os cânones do realismo soviético, então vigentes. Seu principal interesse eram as pessoas simples, a sua vida quotidiana, e a expressão particular de cada um destes indivíduos. Tudo isto  contradizia a censura socialista e as linhas estéticas que eram ditadas pelos poderes: o coletivismo das massas. Sutkus passou a ser um dos fotógrafos que mais fugia ao formalismo soviético. Antanas Sutkus foi o fundador da escola de fotografia na Lituânia, dando assim um grande impulso à fotografia em todos os países bálticos. Em 1969, sob sua iniciativa, foi fundada a Sociedade da Arte da Fotografia em Vilnius que reunia todos os fotógrafos com talento da Lituânia que tinham as mesmas aspirações. Antanas Sutkus foi como um trovador soviético, e como ele relatou em uma entrevista sobre a criação da Sociedade os membros «eram patriotas da Lituânia e com as nossas fotografias queríamos mostrar que a Lituânia era diferente de todo o resto da União Soviética. Aspirávamos mostrar o espírito do povo, a sua mentalidade.»
Durante o período Soviético a maior parte da produção fotográfica de Antanas Sutkus foi logo para os arquivos, sem nem mesmo ser mostradas ao público. As fotografias do Antanas Sutkus mostravam o dia-a-dia das pessoas e não poderiam ser aprovadas pela censura ideológica vigente neste momento na União Soviética. Entretanto algumas fotografias que chegaram à outros países atraíram grande interesse e em 1976 Antanas Sutkus foi condecorado com um prêmio da Associação Internacional de Fotografia Artística, associação da qual ele até hoje é membro. Desde 1996 ele é o presidente da Associação Lituana de Fotógrafos. Exposições por todo o mundo são consagradas à sua obra e suas fotos são representadas em diversos prestigiados museus tais como o Victoria e Albert Museu (Londres), Nicephore (Nice), Museu de Fotografia (Helsinki) e o Instituto de Arte (Chicago).
Através da exposição Um olhar livre, o público de Fortaleza terá oportunidade de conhecer não só a obra de um dos fotógrafos mais importantes do século XX, mas também será convidado a conhecer o quotidiano da União Soviética segundo um olhar de uma testemunha sensível e objetiva. Antanas Sutkus é considerado um dos maiores fotógrafos do antigo bloco soviético e entretanto ele construiu a sua obra ignorando os estandartes dos ideais totalitários. Escapando da censura política, é a obra da pessoa com o olhar livre.
A exposição Antanas Sutkus: um olhar livre será inaugurada no dia 13 de dezembro, às 19 horas, no Espaço Cultural Correios Fortaleza. São 60 imagens que revelam o talento de Sutkus, o mais renomado fotógrafo lituano, e também um dos mais expressivos em âmbito mundial.
Serviço:
Antanas Sutkus: um olhar livre
Inauguração da exposição: 13 de dezembro, às 19 horas.
Em cartaz até 9 de fevereiro de 2013.
Espaço Cultural Correios Fortaleza: Rua Senador Alencar 38, Centro - Fortaleza
Horário de funcionamento: de segunda a sexta feira, de 8 às 17h, e sábado das 8h às 12 horas.


 




“O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues” na Caixa Cultural
 

Mostra vai reunir obras de todas as fases da produção gráfica do artista gaúcho radicado no Rio de Janeiro
 

A Caixa Cultural Fortaleza apresenta desde terça-feira, a exposição “O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues”, uma retrospectiva em homenagem a um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea, nascido em Bagé, Rio Grande do Sul, que também foi mestre do desenho, gravador, ilustrador e cenógrafo, falecido em 2004, aos 75 anos.
A mostra, que tem curadoria do dramaturgo Antônio Cava, reúne mais de 100 obras originais, entre litografias, serigrafias e linoleogravuras, além de ilustrações para revistas, livros e discos, cobrindo um período de mais de 50 anos de produção artística. Todas as obras foram selecionadas do acervo do artista, atualmente sob custódia de sua viúva, Norma Estellita Pessôa, curadora adjunta da exposição.
A exposição de Fortaleza contará com todas as fases da produção gráfica do artista. Serão exibidas 50 serigrafias, 32 litografias, 5 linoleogravuras, 3 desenhos, 24 capas de revistas, 7 capas de disco e 6 capas de livro. As obras serão apresentadas em blocos: Clube de gravura de Bagé e Porto Alegre (anos 1950), fase Pop/Nova Figuração (anos 1960), fase tropicalista e antropofágica (de 1968 a 1977), Série Rio de Janeiro (1979), Série Gaúcha (1976), Série Praça VX e Arredores (1998) e uma série de litografias com conteúdo crítico e político. Em vitrines, o design de: capas de revistas, livros e discos.
O Rio de Janeiro foi tema e linguagem na obra de Glauco Rodrigues, onde estão presentes a sensualidade da natureza, o jeito de ser do povo carioca, a praia e o carnaval. “A série de 10 litografias ‘Guia Turístico e Histórico do Rio de Janeiro’ é, em minha opinião, o trabalho mais importante no grupo de litografias do artista. Nessa obra, Glauco revisita e recicla a história do Rio de Janeiro, desde a sua fundação”, explica o curador.
Glauco Rodrigues foi um virtuose da linguagem gráfica. O artista utilizou e defendeu o recurso da reprodução gráfica, disciplina muito cultivada em sua carreira, para ampliar a capacidade de circulação de seu trabalho, e assim democratizar sua arte. Uma obra de grande significação e importância cultural para a identidade brasileira, que opera sobre imagens símbolos de nossa nacionalidade.
Glauco Rodrigues nasceu em Bagé (RS), em 1929, e faleceu no Rio de Janeiro, em 2004, considerado um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea. Com os artistas Glênio Bianchetti e Danúbio Gonçalves, criou o Clube de Gravura de Bagé, em 1951. Três anos depois, integrava o Clube da Gravura de Porto Alegre, ao lado de Vasco Prado e Carlos Scliar. Os clubes são pioneiros da gravura no Brasil, guiados pelo realismo socialista. No período em que frequentou essas associações, Glauco aprimorou sua capacidade de desenhar, com trabalhos voltados para a representação do homem do campo e para os tipos e costumes regionais.
Em 1957, começa a transição da figura para o abstrato, na pintura de Glauco. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1959, quando, como ilustrador, fez parte da primeira equipe da inovadora revista Senhor e desenvolveu seu talento de ilustrador ao lado de Carlos Scliar, Jaguar, Bia Feitler, Paulo Francis, Ivan Lessa, Luís Lobo e Newton Rodrigues.
Residiu em Roma entre 1962 e 1965, a convite do embaixador Hugo Gouthier, para implantar o setor gráfico da Embaixada do Brasil. Num período em que a arte não-figurativa se impunha, internacionalmente, Glauco também aderiu ao abstracionismo. Realizou exposições individuais em Roma e Munique. Em 1964, participou da delegação brasileira na Bienal de Veneza, ao lado de nomes como Tarsila, Volpi e Krajcberg. Na Bienal, Glauco ficou impressionado com a delegação americana e com o conjunto de artistas Pop.
A volta ao Brasil, em 1965, coincidiu com a volta de sua pintura ao figurativo. A partir daí, ele escolheu dedicar-se a uma pintura que faz da base e da atmosfera fotográficas seus instrumentos fundamentais. Pintura destinada a encarar e a revelar o Brasil com olho crítico, por meio de uma montagem “carnavalesca”, onde histórias, imagens e fantasias, do nosso passado e presente, se unem.
Com mais de 50 exposições individuais, e dezenas de prêmios, conquistados no Brasil e no exterior, Glauco Rodrigues consta com uma importante presença na história da arte brasileira.
Serviço:
Exposição “O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues”
Data de Abertura: para convidados, 4 de dezembro de 2012 (terça-feira) – para público - de 5 de dezembro de 2012 a 6 de janeiro de 2013
Exposição: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h
Local: Galeria da CAIXA Cultural Fortaleza (CE)
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema
Entrada Franca
Classificação etária: Livre
Informações: (85) 3453-2770
Acesso para portadores de deficiência e assentos especiais


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