Escritoras cearenses entram na febre das histórias “pornô-soft”
Tercia Montenegro e Ana Miranda estão na coletânea de contos“50 Versões de Amor e Prazer”
O sucesso da trilogia “Cinquenta Tons de Cinza” gerou uma febre pornográfica na literatura que alcançou também a produção nacional. Em “50 Versões de Amor e Prazer”, que chega às livrarias, 13 autoras brasileiras mostram seus contos eróticos. A seleção foi feita por Rinaldo de Fernandes, que é escritor e professor de literatura. Entre as escolhidas está a jovem Luisa Geisler, de 21 anos, que assina quatro breves histórias, “Penugem”, sobre um homem que gosta de meninas mais novas, e “Foi Assim que Começou”.
No elenco de autoras há também veteranas como Márcia Denser. A paulistana cedeu quatro contos para a coletânea. Em “O Animal dos Motéis”, ela inicia a história com um trecho da música “Desabafo”, de Roberto Carlos. A canção embala as aventuras passadas no quarto de um motel.
E como é elaborado o erotismo na obra? Ainda segundo o ensaio do organizador, “ora romântico, refinado, implícito, ora obsceno, pervertido, bizarro – reflete de algum modo, e criticamente, nos momentos mais crus, a cultura da pornografia, a indústria do sexo e seus incontáveis produtos”.
“Hot dog”, de Állex Leilla, flagra uma mulher no trânsito que de repente se depara com um “ex-amigo” – e aí lhe ocorrem imagens intensas, de instantes que ela passou com o rapaz; a mulher revive ao volante cenas de sexo bizarro. “Enquanto seu lobo não vem”, de Ana Ferreira, é escrito em forma de carta, da mulher para o marido pedófilo.
“A sesta”, da cearense Ana Miranda, é um conto notável – ativa o apetite do leitor ao associar os campos semânticos do sexo e do paladar. “Perversão”, de Ana Paula Maia, é a história de um homem casado cujo prazer erótico está em seduzir outras mulheres e dispensá-las após um jantar romântico, deixando-as arrasadas. “O amante de mamãe”, de Andréa del Fuego, é demolidor – a mãe e o pai, as aparências preservadas, optam pela traição; a filha almeja um amante como o da mãe. Cecilia Prada, em “Insólita flor do sexo”, de um erotismo requintado, relata as descobertas de uma menina de 13 anos num colégio de freiras (tem o desejo despertado por uma das freiras que parece “um homem” e que a menina, retocando-lhe a figura, imagina ser seu “namorado”).
“Romance de calçada”, de Juliana Frank, é magistral – trata-se de uma pequena obra-prima da narrativa sadomasoquista. “Pérolas absolutas”, de Heloisa Seixas, traz como protagonista uma mulher que circula de carro na noite e se depara com um travesti – a narrativa expõe os subterrâneos, as sombras por onde os seres, solitários e sequiosos, deslizam na grande cidade. “Romã”, de Leila Guenther, é a história de Lia e sua relação com um professor de psicologia. No conto um incesto é insinuado.
Luisa Geisler tem apenas 21 anos e é uma das revelações da literatura brasileira. “Penugem”, com um narrador-personagem astuto, aparentando não ser o que de fato é (um pedófilo, “espectador” de sua própria filha), é um conto estupendo. As protagonistas de Márcia Denser são irônicas, liberadas, permissivas – uma das melhores cenas de sexo de nossa literatura é a do desfecho de “O animal dos motéis”.
Marilia Arnaud, a única paraibana que integra a coletânea, é uma contista impiedosa – o premiado “Senhorita Bruna” é sobre ciúme e vingança (traz uma frenética cena de masturbação). Em “Curiosidade”, outra cearense, a escritoraTércia Montenegro, com a protagonista numa varanda, “nua e indefesa”, induzida pelo parceiro, explora o tema do exibicionismo. “Um caso familiar”, também de Tércia, é um conto imaginativo e impactante – Jéssica, a amiga da narradora, pratica sexo (ménage) com Rubem e a avó deste.
VIII Mostra BCAD de Artes acontece nessa sexta e sábado no Teatro José de Alencar
O palco do TJA recebe espetáculos que irão encantar toda a família nesse período de Natal
Mais de 400 crianças da ONG Bailarinos de Cristo Amor e Doações participam da apresentação de "A Fuga de Emília", hoje e amanhã, às 17h30
O grupo Bailarinos de Cristo Amor e Doações – BCAD -sob a direção da professora e coreógrafa Janne Ruth apresenta nesta sexta e sábado, no Teatro José de Alencar, a VIII Mostra de Artes BCAD. Os alunos do BCAD, ONG que ajuda crianças carentes, oferecendo cursos de arte e esporte, vão iniciar a programação às 17h30, com o espetáculo “A Fuga de Emília”. Baseado no livro clássico de Monteiro Lobato, com adaptação de Atenita Kaira, a peça é contada de forma bem divertida e irá agradar a pessoas de todas as idades, assim como “O Sitio do Pica-pau Amarelo”. A entrada é gratuita.
No elenco, 400 crianças, adolescentes e jovens todas da periferia de Fortaleza encantarão o público presente no TJA. Muitas dessas crianças já conhecem o Teatro e alguns palcos do Brasil e do exterior através da BCAD, e outras realizam o sonho de se apresentar pela primeira vez: um conto de fadas tendo em vista a vida difícil que muitas delas levam até mesmo a falta de dinheiro para pagar um ônibus. A ONG paga a passagem e cursos para buscar as crianças em árfeas da Comunidade das Placas, Vicente Pinzon, Praia do Futuro, Mucuripe e Castelo Encantado.
Na história da peça, Emília, a boneca muito esperta que adora ser a número um de Narizinho e Pedrinho, foi colocada junto a outros brinquedos empoeirados na estante do quarto, e se sentiu muito ofendida com seus donos. Por se sentir abandonada, triste, Emília decide ir embora. É quando Narizinho, Pedrinho e todos os outros personagens de Monteiro Lobato como Dona Benta e o Visconde de Sabugosa, começam a sentir a falta da alegria da boneca, e começam a procurar Emília.
Dentro da programação de espetáculos da oitava edição da Mostra BCAD de Artes, às 19h30, será apresentado mais dois espetáculos, dessa vez da Escola de Ballet Janne Ruth, recebendo 30 bolsistas do Grupo BCAD em formação acadêmica de ballet clássico, e mais 100 alunos da Escola, com o espetáculo de dança ‘A Gloriosa Era Diaghilev e Os Balés Russos’. Ingresso: Meia R$ 10,00 Inteira 20,00.
O ‘Les Ballets Russes’ foi uma companhia de balé emigrada da Rússia, com sede em Paris, cuja atividade manteve-se de 1909 a 1929. Esta grande companhia influenciou todas as formas do balé contemporâneo, e seus vinte anos de existência mereceram, certamente, entrar para a história da dança com o nome de ‘Era Diaghilev’. Sergei Diaghilev, apesar de nunca ter sido bailarino profissional, conseguiu juntar em uma companhia os melhores coreógrafos, bailarinos e designers da época. De 1909 a 1912, foi-se desenvolvendo o balé clássico, onde Diaghilev revelou ao mundo uma arte genuinamente russa e seus grandes intérpretes. Durante o tempo em que a companhia de Diaghilev atuou, grandes coreógrafos marcaram suas presenças em pesquisas e descobertas, em busca “não apenas de passos novos, mas de um novo espírito”, traçando assim novos caminhos no mundo da dança, a exemplo de: Mikhail Fokine, Vaslav Nijinsky, Leonide Massine, Bronislava Nijinska, George Balanchine e Serge Lifar.
No 2º ato destas duas noites de Mostra BCAD, o palco recebe “Kemet”, mais uma criação da bailarina e coreógrafa Atenita Kaira. O Egito é foco do tema desta apresentação, com suas riquezas, múmias, deuses, faraós, segredos que envolvem suas pirâmides. Um dos antigos nomes egípcios para o Egito era Kemet, ou "terra negra" que advém do solo fértil negro depositado pelas cheias do Nilo, distinto da "terra vermelha" do deserto. Conheça um pouco dessa magnífica e encantadora história repleta de segredos, reunindo a família e indo ao Teatro José de Alencar, nesta sexta ou sábado, a partir das 17h30. O patrocínio da VIII Mostra BCAD de Artes é da Coelce e Petrobras, com o apoio do Governo do Estado do Ceará, COMDICA, Fundação Beto Studart, Scientific – Soluções para a Saúde.
SERVIÇO
VII Mostra BCAD de Artes
17H30 – “A Fuga de Emília” – Espetáculo infantil gratuito
19H30 – “A Gloriosa Era Diaghilev e Os Balés Russos” e “Kemet”. – Espetáculos de dança – Ingresso: 20 reais
Secretaria de Cultura investe nove milhões de reais na reforma do Centro Dragão do Mar
A obra faz parte do projeto “Virada Cultural” anunciado pelo governador do Ceará Cid Gomes
Principal equipamento de cultura da cidade precisava desse incentivo faz tempo!
Em abril de 2013, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura completará quinze anos de atuação, em prol da democratização do acesso à cultura. Para celebrar a data, na próxima segunda-feira, dia 10, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, assinará contrato que dará início, em janeiro, à reforma do equipamento. O secretário da cultura Francisco Pinheiro e o engenheiro Ruperto Porto, proprietário da empresa Construtora Porto LTDA, vencedora da licitação, assinarão o documento durante coletiva à imprensa, a partir das 08h30, no hall do Museu de Arte Contemporânea do Ceará.
Segundo o Secretário, a obra, no valor de R$ 9.207.741,77, faz parte do projeto “Virada Cultural” anunciado pelo governador Cid Gomes. Pinheiro assegura que esse será o início da revitalização, ampliação e adaptação dos equipamentos culturais do Estado, representando investimento da ordem de R$ 71.093.232,00 destinados à cultura do Ceará.
Durante o evento, o presidente do Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC), Paulo Linhares, apresentará o ciclo temático Ceará Sagrado que marca a programação de dezembro do CDMAC. Além da assinatura do contrato e do lançamento do ciclo temático, o terceiro do ano, o arquiteto Fausto Nilo apresentará os projetos das obras que serão realizadas. Também participarão do encontro os pesquisadores Gilmar de Carvalho e Dodora Guimarães, para falar sobre O Sagrado Coração do Ceará, exposição de artefatos religiosos cearenses que ficará em cartaz entre 20 deste mês e 19 de março de 2013. Será apresentado, ainda, um dos novos curadores do Museu de Arte Contemporânea do Ceará, Bitu Cassundé, que lançará Dos Percursos e das Poesias, mostra inédita do acervo do MAC, resultado de pesquisa desenvolvida acerca da produção contemporânea nordestina.
O Projeto Virada Cultural, anunciado no ultimo mês de setembro pelo governador Cid Gomes, prevê um conjunto de ações que priorizam a Cultura no Ceará, passando pelos eixos de estrutura, administração e atuação na área de formação. Segundo Cid Gomes, o pacote de investimento será de R$ 118.300.540,00 em obras e ações, o que dobra o valor de investimentos se comparado aos governos anteriores.
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Show internacional celebra um ano da Rádio Órbita
Duas grandes promessas da nova geração, os americanos Ben Kweller e Maia Vidal, estarão em Fortaleza nesse sábado
O Órbita Bar acaba de carimbar mais dois passaportes internacionais para shows em Fortaleza. Ben Kweller vem diretamente do Texas nos EUA e a Maïa Vidal, desembarca diretamente da cidade luz Paris, França. Os dois artistas chegam por aqui para shows pela America do Sul, mais precisamente aqui no Brasil e na Argentina. Eles se apresentam sábado em Fortaleza.
Ben Kweller cresceu em Greenville, uma pequena cidade do estado americano do Texas.Durante parte de sua adolescência, nos anos 90, comia pizza na Wesley Street ao som de Travis Tritt e Garth Brooks. Era quase impossível escapar da country music ali. Mas em casa, Kweller curtia escutar os LPs dos The Hollies do pai. Um dos hobbies favoritos, além da pesca, era andar de skate ao som de Nirvana. “Smells Like Teen Spirit” foi um hino importante para todo jovem de sua idade. E foi a partir de toda essa esquizofrenia musical que tocava seus ouvidos, que ele inventou seu próprio estilo de fazer música. Kweller lançou cinco discos de estúdio, além de EPs e singles incríveis. As participações em coletâneas e colaborações com outros artistas são várias. Já tocou com os Lemonheads e com outros notórios fãs de seu trabalho, como Juliana Hatfield e a banda Wilco. Os críticos norte- americanos escrevem sobre Kweller desde que o moço se mudou para Nova York, em 1999. Ele já foi chamado de tudo: de “criador de baladinhas melosas” à “punk rocker”, de “anti- folker” à “indie-popper”. Reunir os opostos sem perder a classe é um dom do artista, que vem sozinho à América do Sul. Nos palcos, Kweller entrará em cena acompanhado de violão, guitarra e teclado, um formato de show que costuma usar quando explora novos territórios.
Em sua primeira viagem para a América do Sul, a Lolita pós-moderna Maia Vidal chega com um set inusitado. Além de cantar, ela toca acordeon e um piano de brinquedo. Em seu discurso, a cantora, compositora e multi-instrumentista consegue ser tão confidente e honesta quanto irônica. Sim, irônica como uma esperta francesa. Maïa Vidal tem uma voz doce e aparência angelical. Seu primeiro e único disco “God is My Bike” (2011) emana delicadeza desde a estética em tons pastéis do encarte até as últimas notas de violino e piano. Além de cantar, ela toca todos os instrumentos com exceção da guitarra de “It’s Quite Alright”, cover do Rancid, que conta com o lendário Marc Ribot nos riffs. O co-produtor do álbum e engenheiro de som, Giuliano Gius Cobelli, ficou com o trompete e a bateria. Em seu discurso, a cantora, compositora e multi-instrumentista consegue ser tão confidente e honesta quanto irônica. Sim, irônica como uma esperta francesa. Mas não se deixe enganar pelos adoráveis olhos verdes. Seu EP de 2010 fez bastante sucesso entre os indies e deu o que falar entre os punks. Poison: 5 Rancid Songs I Love é nada mais do que cinco pérolas do Rancid reinterpretadas a seu modo e sob o pseudônimo “Your Kid Sister”. Uma homenagem a uma de suas bandas favoritas da adolescência, da época em que ela morava nos Estados Unidos – hoje Maïa vive em Paris e possui cidadania francesa. Nascida em Santa Bárbara, Califórnia, ela tem o hardcore no sangue. Sua primeira banda punk, formada só por mulheres, se chamava Kievan Rus.
O show das duas atrações acontece sábado e celebra um ano da Rádio do Órbita Bar (Rua Dragão do Mar, 207 - Praia de Iracema). Mais informações: (85) 3453-1421.
Oscar Niemeyer, principal nome da arquitetura no Brasil, morreu por volta das 22h desta quarta (5), aos 104 anos, no Rio. Ele estava ao lado da mulher, Vera Lúcia, 67, e de sobrinhos e netos no momento da morte. Cerca de dez pessoas o acompanhavam em seu quarto
Niemeyer esteve lúcido até hoje de manhã, quando houve piora em seu quadro de infecção respiratória e ele precisou ser sedado e entubado.
O arquiteto carioca, que completaria 105 anos em 15 de dezembro, deu entrada no hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio, em 2 de novembro, a princípio para tratar de uma desidratação, em sua terceira internação no ano. Mais tarde, porém, Niemeyer apresentou hemorragia digestiva e houve piora em sua função renal. Na terça-feira (4), uma infecção respiratória levou a uma piora no estado clínico de Niemeyer. Na manhã desta quarta, o arquiteto sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Em outubro, ele havia ficado duas semanas no hospital também por causa de uma desidratação. Em maio, o teve pneumonia e chegou a ficar internado na UTI. Recebeu alta depois de 16 dias. Em abril de 2011, foi submetido a cirurgias para a retirada da vesícula e de um tumor no intestino. Na ocasião, ele ficou internado por 12 dias por causa de uma infecção urinária.
Nascido no bairro de Laranjeiras, no Rio, Oscar Niemeyer se formou em arquitetura e engenharia na Escola Nacional de Belas Artes em 1934. Em seguida, trabalhou no escritório dos arquitetos Lúcio Costa e Carlos Leão, onde integrou a equipe do projeto do Ministério da Educação e Saúde.
Por indicação de Juscelino Kubitschek (1902-1976), então prefeito de Belo Horizonte, Niemeyer projetou, no início dos anos 1940, o Conjunto da Pampulha, que se tornaria uma de suas obras brasileiras mais conhecidas.
Em 1945, o arquiteto ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB), entrando em contato com Luiz Carlos Prestes e outros políticos. Ao longo das décadas, travou amizades com diversos líderes socialistas ao redor do planeta, viajando constantemente à União Soviética --conjunto de países comunistas liderado pela Rússia-- e a Cuba.
Em 1947, Niemeyer fez parte da comissão de arquitetos que definiria o projeto da sede da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York. A proposta elaborada por Niemeyer com o franco-suíço Le Corbusier serviu de base para a construção do prédio, inaugurado em 1952.
Durante os anos 50, projetou obras como o edifício Copan e o parque Ibirapuera, ambos em São Paulo, além de comandar o Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Novacap, responsável pela construção de Brasília.
Ao lado de Lúcio Costa, ajudou a dar forma à nova capital, concebendo edifícios como o Palácio da Alvorada e o Congresso Nacional.
Inaugurada em abril de 1960, Brasília transformou a paisagem natural do Brasil central em um dos marcos da arquitetura moderna.
Obras nacionais de Oscar Niemeyer
Impedido de trabalhar no Brasil pela ditadura militar, Niemeyer se mudou em 1966 para Paris, onde abriu um escritório de arquitetura. Projetou a sede do Partido Comunista Francês, fez o Centro Cultural Le Havre, atualmente Le Volcan, realizou obras na Argélia, na Itália e em Portugal.
Após a anistia, retornou ao Brasil, no início dos anos 1980. No Rio, projetou os CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública, apelidados de "brizolões") e o Sambódromo, durante o primeiro governo de Leonel Brizola no Estado (1983-1987).
Em 1988, Niemeyer se tornou o primeiro brasileiro vencedor do prêmio Pritzker --o Oscar da arquitetura. Depois dele, Paulo Mendes da Rocha recebeu a honraria, em 2006. Ainda em 1988, Niemeyer elaborou o projeto do Memorial da América Latina, em São Paulo.
Nos anos 1990 e 2000, a produção de Niemeyer continou em alta, com a inauguração do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (RJ), o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e o Auditório Ibirapuera, dentro do parque, em São Paulo.
Em 2003, exibiu sua versão de um pavilhão de exposições na tradicional galeria londrina Serpentine --que todo ano constrói um anexo temporário.
Em 2007, projetou o Centro Cultural de Avilés, sua primeira obra na Espanha, construída durante três anos ao custo de R$ 100 milhões. Inaugurado em março de 2011, o Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer foi fechado após nove meses, em meio ao agravamento da crise econômica, desentendimentos entre o governo local e a administração do complexo no dia do aniversário de 104 anos de Niemeyer. Em meados de 2012, no entanto, o centro foi reaberto.
Mais de 60 anos após a realização do Conjunto da Pampulha, o arquiteto voltou a assinar um projeto de grande porte em Minas Gerais em 2010, com a inauguração da Cidade Administrativa do governo do Estado, na Grande Belo Horizonte.
Atualmente, em Santos, está em execução o projeto de Niemeyer para o museu Pelé. A previsão é que a obra seja concluída em dezembro de 2012.
Além de Vera, com quem se casou em 2006, Niemeyer deixa quatro trinetos, 13 bisnetos e quatro netos, filhos de Anna Maria --sua única filha, morta em junho deste ano aos 82--, fruto de seu casamento com Anita Baldo, de quem ficou viúvo em 2004.
Mostra vai reunir obras de todas as fases da produção gráfica do artista gaúcho radicado no Rio de Janeiro
A Caixa Cultural Fortaleza apresenta desde terça-feira, a exposição “O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues”, uma retrospectiva em homenagem a um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea, nascido em Bagé, Rio Grande do Sul, que também foi mestre do desenho, gravador, ilustrador e cenógrafo, falecido em 2004, aos 75 anos.
A mostra, que tem curadoria do dramaturgo Antônio Cava, reúne mais de 100 obras originais, entre litografias, serigrafias e linoleogravuras, além de ilustrações para revistas, livros e discos, cobrindo um período de mais de 50 anos de produção artística. Todas as obras foram selecionadas do acervo do artista, atualmente sob custódia de sua viúva, Norma Estellita Pessôa, curadora adjunta da exposição.
A exposição de Fortaleza contará com todas as fases da produção gráfica do artista. Serão exibidas 50 serigrafias, 32 litografias, 5 linoleogravuras, 3 desenhos, 24 capas de revistas, 7 capas de disco e 6 capas de livro. As obras serão apresentadas em blocos: Clube de gravura de Bagé e Porto Alegre (anos 1950), fase Pop/Nova Figuração (anos 1960), fase tropicalista e antropofágica (de 1968 a 1977), Série Rio de Janeiro (1979), Série Gaúcha (1976), Série Praça VX e Arredores (1998) e uma série de litografias com conteúdo crítico e político. Em vitrines, o design de: capas de revistas, livros e discos.
O Rio de Janeiro foi tema e linguagem na obra de Glauco Rodrigues, onde estão presentes a sensualidade da natureza, o jeito de ser do povo carioca, a praia e o carnaval. “A série de 10 litografias ‘Guia Turístico e Histórico do Rio de Janeiro’ é, em minha opinião, o trabalho mais importante no grupo de litografias do artista. Nessa obra, Glauco revisita e recicla a história do Rio de Janeiro, desde a sua fundação”, explica o curador.
Glauco Rodrigues foi um virtuose da linguagem gráfica. O artista utilizou e defendeu o recurso da reprodução gráfica, disciplina muito cultivada em sua carreira, para ampliar a capacidade de circulação de seu trabalho, e assim democratizar sua arte. Uma obra de grande significação e importância cultural para a identidade brasileira, que opera sobre imagens símbolos de nossa nacionalidade.
Glauco Rodrigues nasceu em Bagé (RS), em 1929, e faleceu no Rio de Janeiro, em 2004, considerado um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea. Com os artistas Glênio Bianchetti e Danúbio Gonçalves, criou o Clube de Gravura de Bagé, em 1951. Três anos depois, integrava o Clube da Gravura de Porto Alegre, ao lado de Vasco Prado e Carlos Scliar. Os clubes são pioneiros da gravura no Brasil, guiados pelo realismo socialista. No período em que frequentou essas associações, Glauco aprimorou sua capacidade de desenhar, com trabalhos voltados para a representação do homem do campo e para os tipos e costumes regionais.
Em 1957, começa a transição da figura para o abstrato, na pintura de Glauco. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1959, quando, como ilustrador, fez parte da primeira equipe da inovadora revista Senhor e desenvolveu seu talento de ilustrador ao lado de Carlos Scliar, Jaguar, Bia Feitler, Paulo Francis, Ivan Lessa, Luís Lobo e Newton Rodrigues.
Residiu em Roma entre 1962 e 1965, a convite do embaixador Hugo Gouthier, para implantar o setor gráfico da Embaixada do Brasil. Num período em que a arte não-figurativa se impunha, internacionalmente, Glauco também aderiu ao abstracionismo. Realizou exposições individuais em Roma e Munique. Em 1964, participou da delegação brasileira na Bienal de Veneza, ao lado de nomes como Tarsila, Volpi e Krajcberg. Na Bienal, Glauco ficou impressionado com a delegação americana e com o conjunto de artistas Pop.
A volta ao Brasil, em 1965, coincidiu com a volta de sua pintura ao figurativo. A partir daí, ele escolheu dedicar-se a uma pintura que faz da base e da atmosfera fotográficas seus instrumentos fundamentais. Pintura destinada a encarar e a revelar o Brasil com olho crítico, por meio de uma montagem “carnavalesca”, onde histórias, imagens e fantasias, do nosso passado e presente, se unem.
Com mais de 50 exposições individuais, e dezenas de prêmios, conquistados no Brasil e no exterior, Glauco Rodrigues consta com uma importante presença na história da arte brasileira.
Serviço:
Exposição “O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues”
Data de Abertura: para convidados, 4 de dezembro de 2012 (terça-feira) – para público - de 5 de dezembro de 2012 a 6 de janeiro de 2013
Exposição: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h
Local: Galeria da CAIXA Cultural Fortaleza (CE)
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema
Entrada Franca
Classificação etária: Livre
Informações: (85) 3453-2770
Acesso para portadores de deficiência e assentos especiais
Grupo retorna aos palcos em comemoração aos 30 anos do lançamento do primeiro disco
Os ingressos para o show do Barão Vermelho em Fortaleza começam a ser vendidos na próxima quinta-feira, dia 6, no site BilheteriaVirtual.com. O grupo decidiu retornar aos palcos em uma turnê temporária, intitulada “+1 dose”, para comemorar os 30 anos de lançamento do primeiro disco. A tão esperada apresentação na capital cearense acontece no dia 12 de janeiro, na barraca de praia Biruta.
O repertório do show vai abranger os grandes sucessos de todos os discos do grupo, como “Codinome Beija-Flor”, “Todo Amor” e “Por Você”. A turnê, que começou no final de outubro no Rio de Janeiro, segue até o mês de março do ano que vem.
Criado em 1981, o Barão Vermelho conquistou diferentes gerações de público. Os 15 CDs lançados e as músicas que estouraram em todo o país fizeram com que o grupo se tornasse um dos principais nomes do rock brasileiro. Alguns dos primeiros hits de sucesso da banda foram “Pro Dia Nascer Feliz”, “Beth Balanço” e “O Tempo Não Para”.
Além do talentoso quinteto atual, formado por Roberto Frejat, Guto Goffi, Peninha, Rodrigo Santos e Fernando Magalhães, o Barão Vermelho já contou com outros integrantes de peso, como Cazuza, Dé, Dadi Carvalho e Sérgio Serra. Em 2005, o grupo resolveu fazer uma pausa para que os integrantes pudessem desenvolver projetos paralelos.
SERVIÇO
Local: Biruta
Data: 12 de janeiro de 2013
Ingressos:
Pista: R$30,00 | Frontstage: R$50,00
Vendas: a partir do dia 6 de dezembro no site BilheteriaVirtual.com
Obra mostra a importância do tema e sua contribuição para o estudo da psicologia
Em Medicina Arquetípica, lançamento da Paulus Editora, Alfred J. Ziegler (1925-1992) relê, a partir de uma perspectiva psicológica, doenças como asma, anorexia, reumatismo, ataque cardíaco, afecções de pele e dor crônica. Escrito há mais de trinta anos, o presente texto continua atual, haja vista que algumas das problemáticas abordadas estão cada vez mais em evidência.
“A medicina arquetípica é um tipo de medicina psicossomática que tenta produzir mudança nas síndromes das doenças por meio da linguagem e, consequentemente, por meio da razão. Apesar dos princípios fundamentais descritos, a medicina arquetípica opõe-se a quaisquer e todas as avaliações excessivamente materialistas do real com uma desconfiança básica”, explica o autor.
No decorrer das páginas, Ziegler busca mostrar que a natureza humana não é nem natural nem saudável, mas aflita e cronicamente doente, desafiando assim a base filosófica da medicina tradicional, expondo sua sombra e denunciando que o atual interesse excessivo na saúde trai nossa natureza. Composta de uma parte inicial teórica e outra a respeito da prática, a obra traz exemplificações das ideias apresentadas, acrescentando à visão tradicional da relação doença-saúde uma nova perspectiva.
“A medicina arquetípica não depende tanto da objetividade quanto da subjetividade onde a ênfase, em graus diversos, está claramente sobre a experiência individual e sua prioridade. Sua preocupação principal não é com a observação de sintomas, mas move-se para a amplificação fenomenológica, em direção à essência simbólica do que é observado”, conclui o autor.
As questões, tratadas em um estilo elegante e simples, envolvido em exemplos de casos e dados, proporciona ao leitor um material enriquecedor, auxiliando estudantes, profissionais da área e interessados no assunto.
Alfred J. Ziegler (1925-1992), psiquiatra e analista de formação, dedicou-se por muitos anos à pesquisa sobre onirologia no âmbito da medicina psicossomática. Lecionou no Instituto Carl Jung, de Zurique (Suíça). Foi redator e editor da revista Gorgo de psicologia arquetípica e pensamento imagético, publicada em Stuttgart (Alemanha). Dentre suas obras, merecem destaque: Imagens de uma medicina da sombra (1987); Delírio e realidade – A humanidade em fuga diante de si mesma (1983); O Castrato – Horas espirituais de uma mística mórbida (1992).
Serviço
Título: Medicina arquetípica
Autor: Alfred J. Ziegler
Coleção: Amor e Psique
Páginas: 200
Preço: R$ 25,00
Área de interesse: Psicologia
É a primeira vez que uma publicação reúne todas as tiras do papagaio da Vila Xurupita, que ganha duas aventuras inéditas — o que não ocorria há mais de dez anos
Depois do Pato que inaugurou as publicações da Editora Abril completar sete décadas, é a vez do mais célebre personagem de HQ já criado no Brasil virar setentão: Zé Carioca, o mais clássico de todos comics tupiniquins, fez sua estreia no longa dos Estúdios Disney “Alô Amigos” em 1942. Para comemorar essa data, a Editora Abril fará uma coletânea de todas as histórias já publicadas ao longo deste tempo, algo que nunca foi feito antes.
São dois volumes de 300 páginas cada, sendo que o primeiro está nas bancas desde 30/10 — exatamente um mês depois, a segunda edição desembarca. No total, 103 tiras serão republicadas com as cores originais com que foram lançadas. A Abril reuniu um time de especialistas que devotaram cerca de dez meses a uma pesquisa minuciosa para conservar os mesmos tons vintage de gibis de décadas passadas.
Decerto, a coleção encherá de nostalgia gerações inteiras influenciadas pelos quadrinhos Disney, e fará um importante trabalho em resgatar aos leitores mais jovens este valioso legado da produção brasileira de HQ. Fato, porém, é que a Editora Abril dará um passo adiante ao publicar as primeiras histórias inéditas de Zé Carioca em mais de dez anos. Quem assina os roteiros são dois desenhistas que escreveram algumas das mais célebres histórias no apogeu do gibi de Zé Carioca aqui no Brasil, durante os anos 70, 80 e 90, Arthur Faria Jr. e Luiz Podavin. A Editora Abril passará a publicar histórias inéditas da Vila Xurupita a partir do 1º trimestre de 2013.
Como se trata de uma coleção especial, o leitor é brindado com uma introdução que traz detalhes sobre a fatídica viagem de Walt Disney ao Brasil em 1941 — como parte da “Política da Boa Vizinhança” implementada junto à América Latina pela CIA — e curiosidades sobre o processo de criação do personagem. Muito se especula sobre qual brasileiro inspirou os estúdios Disney a desenvolver a personagem; a hipótese mais surpreendente alega que, não obstante seu nome, os desenhistas se basearam na figura de um paulista: o músico José do Patrocínio Oliveira, o Zezinho, crucial para que fossem elaborados os movimentos e trejeitos que seriam empregados na animação “Alô Amigos”.
Zezinho tocou com Carmen Miranda em vários de seus sucessos holywoodianos, e ela mesma o indicou a Walt Disney para dublar Zé Carioca. Disney falava que o músico tinha até “nariz de papagaio”; segundo ele, os artistas do estúdio pediam a Zezinho andar, sambar e rebolar para estudarem seus movimentos — ao que o músico respondia: “Mas eu não sei rebolar, eu sou paulista!”
Tercia Montenegro e Ana Miranda estão na coletânea de contos“50 Versões de Amor e Prazer”
O sucesso da trilogia “Cinquenta Tons de Cinza” gerou uma febre pornográfica na literatura que alcançou também a produção nacional. Em “50 Versões de Amor e Prazer”, que chega às livrarias, 13 autoras brasileiras mostram seus contos eróticos. A seleção foi feita por Rinaldo de Fernandes, que é escritor e professor de literatura. Entre as escolhidas está a jovem Luisa Geisler, de 21 anos, que assina quatro breves histórias, “Penugem”, sobre um homem que gosta de meninas mais novas, e “Foi Assim que Começou”.
No elenco de autoras há também veteranas como Márcia Denser. A paulistana cedeu quatro contos para a coletânea. Em “O Animal dos Motéis”, ela inicia a história com um trecho da música “Desabafo”, de Roberto Carlos. A canção embala as aventuras passadas no quarto de um motel.
E como é elaborado o erotismo na obra? Ainda segundo o ensaio do organizador, “ora romântico, refinado, implícito, ora obsceno, pervertido, bizarro – reflete de algum modo, e criticamente, nos momentos mais crus, a cultura da pornografia, a indústria do sexo e seus incontáveis produtos”.
“Hot dog”, de Állex Leilla, flagra uma mulher no trânsito que de repente se depara com um “ex-amigo” – e aí lhe ocorrem imagens intensas, de instantes que ela passou com o rapaz; a mulher revive ao volante cenas de sexo bizarro. “Enquanto seu lobo não vem”, de Ana Ferreira, é escrito em forma de carta, da mulher para o marido pedófilo.
“A sesta”, da cearense Ana Miranda, é um conto notável – ativa o apetite do leitor ao associar os campos semânticos do sexo e do paladar. “Perversão”, de Ana Paula Maia, é a história de um homem casado cujo prazer erótico está em seduzir outras mulheres e dispensá-las após um jantar romântico, deixando-as arrasadas. “O amante de mamãe”, de Andréa del Fuego, é demolidor – a mãe e o pai, as aparências preservadas, optam pela traição; a filha almeja um amante como o da mãe. Cecilia Prada, em “Insólita flor do sexo”, de um erotismo requintado, relata as descobertas de uma menina de 13 anos num colégio de freiras (tem o desejo despertado por uma das freiras que parece “um homem” e que a menina, retocando-lhe a figura, imagina ser seu “namorado”).
“Romance de calçada”, de Juliana Frank, é magistral – trata-se de uma pequena obra-prima da narrativa sadomasoquista. “Pérolas absolutas”, de Heloisa Seixas, traz como protagonista uma mulher que circula de carro na noite e se depara com um travesti – a narrativa expõe os subterrâneos, as sombras por onde os seres, solitários e sequiosos, deslizam na grande cidade. “Romã”, de Leila Guenther, é a história de Lia e sua relação com um professor de psicologia. No conto um incesto é insinuado.
Luisa Geisler tem apenas 21 anos e é uma das revelações da literatura brasileira. “Penugem”, com um narrador-personagem astuto, aparentando não ser o que de fato é (um pedófilo, “espectador” de sua própria filha), é um conto estupendo. As protagonistas de Márcia Denser são irônicas, liberadas, permissivas – uma das melhores cenas de sexo de nossa literatura é a do desfecho de “O animal dos motéis”.
Marilia Arnaud, a única paraibana que integra a coletânea, é uma contista impiedosa – o premiado “Senhorita Bruna” é sobre ciúme e vingança (traz uma frenética cena de masturbação). Em “Curiosidade”, outra cearense, a escritoraTércia Montenegro, com a protagonista numa varanda, “nua e indefesa”, induzida pelo parceiro, explora o tema do exibicionismo. “Um caso familiar”, também de Tércia, é um conto imaginativo e impactante – Jéssica, a amiga da narradora, pratica sexo (ménage) com Rubem e a avó deste.
VIII Mostra BCAD de Artes acontece nessa sexta e sábado no Teatro José de Alencar
O palco do TJA recebe espetáculos que irão encantar toda a família nesse período de Natal
Mais de 400 crianças da ONG Bailarinos de Cristo Amor e Doações participam da apresentação de "A Fuga de Emília", hoje e amanhã, às 17h30
O grupo Bailarinos de Cristo Amor e Doações – BCAD -sob a direção da professora e coreógrafa Janne Ruth apresenta nesta sexta e sábado, no Teatro José de Alencar, a VIII Mostra de Artes BCAD. Os alunos do BCAD, ONG que ajuda crianças carentes, oferecendo cursos de arte e esporte, vão iniciar a programação às 17h30, com o espetáculo “A Fuga de Emília”. Baseado no livro clássico de Monteiro Lobato, com adaptação de Atenita Kaira, a peça é contada de forma bem divertida e irá agradar a pessoas de todas as idades, assim como “O Sitio do Pica-pau Amarelo”. A entrada é gratuita.
No elenco, 400 crianças, adolescentes e jovens todas da periferia de Fortaleza encantarão o público presente no TJA. Muitas dessas crianças já conhecem o Teatro e alguns palcos do Brasil e do exterior através da BCAD, e outras realizam o sonho de se apresentar pela primeira vez: um conto de fadas tendo em vista a vida difícil que muitas delas levam até mesmo a falta de dinheiro para pagar um ônibus. A ONG paga a passagem e cursos para buscar as crianças em árfeas da Comunidade das Placas, Vicente Pinzon, Praia do Futuro, Mucuripe e Castelo Encantado.
Na história da peça, Emília, a boneca muito esperta que adora ser a número um de Narizinho e Pedrinho, foi colocada junto a outros brinquedos empoeirados na estante do quarto, e se sentiu muito ofendida com seus donos. Por se sentir abandonada, triste, Emília decide ir embora. É quando Narizinho, Pedrinho e todos os outros personagens de Monteiro Lobato como Dona Benta e o Visconde de Sabugosa, começam a sentir a falta da alegria da boneca, e começam a procurar Emília.
Dentro da programação de espetáculos da oitava edição da Mostra BCAD de Artes, às 19h30, será apresentado mais dois espetáculos, dessa vez da Escola de Ballet Janne Ruth, recebendo 30 bolsistas do Grupo BCAD em formação acadêmica de ballet clássico, e mais 100 alunos da Escola, com o espetáculo de dança ‘A Gloriosa Era Diaghilev e Os Balés Russos’. Ingresso: Meia R$ 10,00 Inteira 20,00.
O ‘Les Ballets Russes’ foi uma companhia de balé emigrada da Rússia, com sede em Paris, cuja atividade manteve-se de 1909 a 1929. Esta grande companhia influenciou todas as formas do balé contemporâneo, e seus vinte anos de existência mereceram, certamente, entrar para a história da dança com o nome de ‘Era Diaghilev’. Sergei Diaghilev, apesar de nunca ter sido bailarino profissional, conseguiu juntar em uma companhia os melhores coreógrafos, bailarinos e designers da época. De 1909 a 1912, foi-se desenvolvendo o balé clássico, onde Diaghilev revelou ao mundo uma arte genuinamente russa e seus grandes intérpretes. Durante o tempo em que a companhia de Diaghilev atuou, grandes coreógrafos marcaram suas presenças em pesquisas e descobertas, em busca “não apenas de passos novos, mas de um novo espírito”, traçando assim novos caminhos no mundo da dança, a exemplo de: Mikhail Fokine, Vaslav Nijinsky, Leonide Massine, Bronislava Nijinska, George Balanchine e Serge Lifar.
No 2º ato destas duas noites de Mostra BCAD, o palco recebe “Kemet”, mais uma criação da bailarina e coreógrafa Atenita Kaira. O Egito é foco do tema desta apresentação, com suas riquezas, múmias, deuses, faraós, segredos que envolvem suas pirâmides. Um dos antigos nomes egípcios para o Egito era Kemet, ou "terra negra" que advém do solo fértil negro depositado pelas cheias do Nilo, distinto da "terra vermelha" do deserto. Conheça um pouco dessa magnífica e encantadora história repleta de segredos, reunindo a família e indo ao Teatro José de Alencar, nesta sexta ou sábado, a partir das 17h30. O patrocínio da VIII Mostra BCAD de Artes é da Coelce e Petrobras, com o apoio do Governo do Estado do Ceará, COMDICA, Fundação Beto Studart, Scientific – Soluções para a Saúde.
SERVIÇO
VII Mostra BCAD de Artes
17H30 – “A Fuga de Emília” – Espetáculo infantil gratuito
19H30 – “A Gloriosa Era Diaghilev e Os Balés Russos” e “Kemet”. – Espetáculos de dança – Ingresso: 20 reais
A obra faz parte do projeto “Virada Cultural” anunciado pelo governador do Ceará Cid Gomes
Principal equipamento de cultura da cidade precisava desse incentivo faz tempo!
Em abril de 2013, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura completará quinze anos de atuação, em prol da democratização do acesso à cultura. Para celebrar a data, na próxima segunda-feira, dia 10, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, assinará contrato que dará início, em janeiro, à reforma do equipamento. O secretário da cultura Francisco Pinheiro e o engenheiro Ruperto Porto, proprietário da empresa Construtora Porto LTDA, vencedora da licitação, assinarão o documento durante coletiva à imprensa, a partir das 08h30, no hall do Museu de Arte Contemporânea do Ceará.
Segundo o Secretário, a obra, no valor de R$ 9.207.741,77, faz parte do projeto “Virada Cultural” anunciado pelo governador Cid Gomes. Pinheiro assegura que esse será o início da revitalização, ampliação e adaptação dos equipamentos culturais do Estado, representando investimento da ordem de R$ 71.093.232,00 destinados à cultura do Ceará.
Durante o evento, o presidente do Instituto de Arte e Cultura do Ceará (IACC), Paulo Linhares, apresentará o ciclo temático Ceará Sagrado que marca a programação de dezembro do CDMAC. Além da assinatura do contrato e do lançamento do ciclo temático, o terceiro do ano, o arquiteto Fausto Nilo apresentará os projetos das obras que serão realizadas. Também participarão do encontro os pesquisadores Gilmar de Carvalho e Dodora Guimarães, para falar sobre O Sagrado Coração do Ceará, exposição de artefatos religiosos cearenses que ficará em cartaz entre 20 deste mês e 19 de março de 2013. Será apresentado, ainda, um dos novos curadores do Museu de Arte Contemporânea do Ceará, Bitu Cassundé, que lançará Dos Percursos e das Poesias, mostra inédita do acervo do MAC, resultado de pesquisa desenvolvida acerca da produção contemporânea nordestina.
O Projeto Virada Cultural, anunciado no ultimo mês de setembro pelo governador Cid Gomes, prevê um conjunto de ações que priorizam a Cultura no Ceará, passando pelos eixos de estrutura, administração e atuação na área de formação. Segundo Cid Gomes, o pacote de investimento será de R$ 118.300.540,00 em obras e ações, o que dobra o valor de investimentos se comparado aos governos anteriores.
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Show internacional celebra um ano da Rádio Órbita
Duas grandes promessas da nova geração, os americanos Ben Kweller e Maia Vidal, estarão em Fortaleza nesse sábado
O Órbita Bar acaba de carimbar mais dois passaportes internacionais para shows em Fortaleza. Ben Kweller vem diretamente do Texas nos EUA e a Maïa Vidal, desembarca diretamente da cidade luz Paris, França. Os dois artistas chegam por aqui para shows pela America do Sul, mais precisamente aqui no Brasil e na Argentina. Eles se apresentam sábado em Fortaleza.
Ben Kweller cresceu em Greenville, uma pequena cidade do estado americano do Texas.Durante parte de sua adolescência, nos anos 90, comia pizza na Wesley Street ao som de Travis Tritt e Garth Brooks. Era quase impossível escapar da country music ali. Mas em casa, Kweller curtia escutar os LPs dos The Hollies do pai. Um dos hobbies favoritos, além da pesca, era andar de skate ao som de Nirvana. “Smells Like Teen Spirit” foi um hino importante para todo jovem de sua idade. E foi a partir de toda essa esquizofrenia musical que tocava seus ouvidos, que ele inventou seu próprio estilo de fazer música. Kweller lançou cinco discos de estúdio, além de EPs e singles incríveis. As participações em coletâneas e colaborações com outros artistas são várias. Já tocou com os Lemonheads e com outros notórios fãs de seu trabalho, como Juliana Hatfield e a banda Wilco. Os críticos norte- americanos escrevem sobre Kweller desde que o moço se mudou para Nova York, em 1999. Ele já foi chamado de tudo: de “criador de baladinhas melosas” à “punk rocker”, de “anti- folker” à “indie-popper”. Reunir os opostos sem perder a classe é um dom do artista, que vem sozinho à América do Sul. Nos palcos, Kweller entrará em cena acompanhado de violão, guitarra e teclado, um formato de show que costuma usar quando explora novos territórios.
Em sua primeira viagem para a América do Sul, a Lolita pós-moderna Maia Vidal chega com um set inusitado. Além de cantar, ela toca acordeon e um piano de brinquedo. Em seu discurso, a cantora, compositora e multi-instrumentista consegue ser tão confidente e honesta quanto irônica. Sim, irônica como uma esperta francesa. Maïa Vidal tem uma voz doce e aparência angelical. Seu primeiro e único disco “God is My Bike” (2011) emana delicadeza desde a estética em tons pastéis do encarte até as últimas notas de violino e piano. Além de cantar, ela toca todos os instrumentos com exceção da guitarra de “It’s Quite Alright”, cover do Rancid, que conta com o lendário Marc Ribot nos riffs. O co-produtor do álbum e engenheiro de som, Giuliano Gius Cobelli, ficou com o trompete e a bateria. Em seu discurso, a cantora, compositora e multi-instrumentista consegue ser tão confidente e honesta quanto irônica. Sim, irônica como uma esperta francesa. Mas não se deixe enganar pelos adoráveis olhos verdes. Seu EP de 2010 fez bastante sucesso entre os indies e deu o que falar entre os punks. Poison: 5 Rancid Songs I Love é nada mais do que cinco pérolas do Rancid reinterpretadas a seu modo e sob o pseudônimo “Your Kid Sister”. Uma homenagem a uma de suas bandas favoritas da adolescência, da época em que ela morava nos Estados Unidos – hoje Maïa vive em Paris e possui cidadania francesa. Nascida em Santa Bárbara, Califórnia, ela tem o hardcore no sangue. Sua primeira banda punk, formada só por mulheres, se chamava Kievan Rus.
O show das duas atrações acontece sábado e celebra um ano da Rádio do Órbita Bar (Rua Dragão do Mar, 207 - Praia de Iracema). Mais informações: (85) 3453-1421.
ARQUITETURA
Arquiteto Oscar Niemeyer morre aos 104 anosOscar Niemeyer, principal nome da arquitetura no Brasil, morreu por volta das 22h desta quarta (5), aos 104 anos, no Rio. Ele estava ao lado da mulher, Vera Lúcia, 67, e de sobrinhos e netos no momento da morte. Cerca de dez pessoas o acompanhavam em seu quarto
Niemeyer esteve lúcido até hoje de manhã, quando houve piora em seu quadro de infecção respiratória e ele precisou ser sedado e entubado.
O arquiteto carioca, que completaria 105 anos em 15 de dezembro, deu entrada no hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio, em 2 de novembro, a princípio para tratar de uma desidratação, em sua terceira internação no ano. Mais tarde, porém, Niemeyer apresentou hemorragia digestiva e houve piora em sua função renal. Na terça-feira (4), uma infecção respiratória levou a uma piora no estado clínico de Niemeyer. Na manhã desta quarta, o arquiteto sofreu uma parada cardiorrespiratória.
Em outubro, ele havia ficado duas semanas no hospital também por causa de uma desidratação. Em maio, o teve pneumonia e chegou a ficar internado na UTI. Recebeu alta depois de 16 dias. Em abril de 2011, foi submetido a cirurgias para a retirada da vesícula e de um tumor no intestino. Na ocasião, ele ficou internado por 12 dias por causa de uma infecção urinária.
Nascido no bairro de Laranjeiras, no Rio, Oscar Niemeyer se formou em arquitetura e engenharia na Escola Nacional de Belas Artes em 1934. Em seguida, trabalhou no escritório dos arquitetos Lúcio Costa e Carlos Leão, onde integrou a equipe do projeto do Ministério da Educação e Saúde.
Por indicação de Juscelino Kubitschek (1902-1976), então prefeito de Belo Horizonte, Niemeyer projetou, no início dos anos 1940, o Conjunto da Pampulha, que se tornaria uma de suas obras brasileiras mais conhecidas.
Em 1945, o arquiteto ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB), entrando em contato com Luiz Carlos Prestes e outros políticos. Ao longo das décadas, travou amizades com diversos líderes socialistas ao redor do planeta, viajando constantemente à União Soviética --conjunto de países comunistas liderado pela Rússia-- e a Cuba.
Em 1947, Niemeyer fez parte da comissão de arquitetos que definiria o projeto da sede da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York. A proposta elaborada por Niemeyer com o franco-suíço Le Corbusier serviu de base para a construção do prédio, inaugurado em 1952.
Durante os anos 50, projetou obras como o edifício Copan e o parque Ibirapuera, ambos em São Paulo, além de comandar o Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Novacap, responsável pela construção de Brasília.
Ao lado de Lúcio Costa, ajudou a dar forma à nova capital, concebendo edifícios como o Palácio da Alvorada e o Congresso Nacional.
Inaugurada em abril de 1960, Brasília transformou a paisagem natural do Brasil central em um dos marcos da arquitetura moderna.
Obras nacionais de Oscar Niemeyer
Impedido de trabalhar no Brasil pela ditadura militar, Niemeyer se mudou em 1966 para Paris, onde abriu um escritório de arquitetura. Projetou a sede do Partido Comunista Francês, fez o Centro Cultural Le Havre, atualmente Le Volcan, realizou obras na Argélia, na Itália e em Portugal.
Após a anistia, retornou ao Brasil, no início dos anos 1980. No Rio, projetou os CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública, apelidados de "brizolões") e o Sambódromo, durante o primeiro governo de Leonel Brizola no Estado (1983-1987).
Em 1988, Niemeyer se tornou o primeiro brasileiro vencedor do prêmio Pritzker --o Oscar da arquitetura. Depois dele, Paulo Mendes da Rocha recebeu a honraria, em 2006. Ainda em 1988, Niemeyer elaborou o projeto do Memorial da América Latina, em São Paulo.
Nos anos 1990 e 2000, a produção de Niemeyer continou em alta, com a inauguração do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (RJ), o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e o Auditório Ibirapuera, dentro do parque, em São Paulo.
Em 2003, exibiu sua versão de um pavilhão de exposições na tradicional galeria londrina Serpentine --que todo ano constrói um anexo temporário.
Em 2007, projetou o Centro Cultural de Avilés, sua primeira obra na Espanha, construída durante três anos ao custo de R$ 100 milhões. Inaugurado em março de 2011, o Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer foi fechado após nove meses, em meio ao agravamento da crise econômica, desentendimentos entre o governo local e a administração do complexo no dia do aniversário de 104 anos de Niemeyer. Em meados de 2012, no entanto, o centro foi reaberto.
Mais de 60 anos após a realização do Conjunto da Pampulha, o arquiteto voltou a assinar um projeto de grande porte em Minas Gerais em 2010, com a inauguração da Cidade Administrativa do governo do Estado, na Grande Belo Horizonte.
Atualmente, em Santos, está em execução o projeto de Niemeyer para o museu Pelé. A previsão é que a obra seja concluída em dezembro de 2012.
Além de Vera, com quem se casou em 2006, Niemeyer deixa quatro trinetos, 13 bisnetos e quatro netos, filhos de Anna Maria --sua única filha, morta em junho deste ano aos 82--, fruto de seu casamento com Anita Baldo, de quem ficou viúvo em 2004.
EXPOSIÇÕES
“O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues” na Caixa CulturalMostra vai reunir obras de todas as fases da produção gráfica do artista gaúcho radicado no Rio de Janeiro
A Caixa Cultural Fortaleza apresenta desde terça-feira, a exposição “O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues”, uma retrospectiva em homenagem a um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea, nascido em Bagé, Rio Grande do Sul, que também foi mestre do desenho, gravador, ilustrador e cenógrafo, falecido em 2004, aos 75 anos.
A mostra, que tem curadoria do dramaturgo Antônio Cava, reúne mais de 100 obras originais, entre litografias, serigrafias e linoleogravuras, além de ilustrações para revistas, livros e discos, cobrindo um período de mais de 50 anos de produção artística. Todas as obras foram selecionadas do acervo do artista, atualmente sob custódia de sua viúva, Norma Estellita Pessôa, curadora adjunta da exposição.
A exposição de Fortaleza contará com todas as fases da produção gráfica do artista. Serão exibidas 50 serigrafias, 32 litografias, 5 linoleogravuras, 3 desenhos, 24 capas de revistas, 7 capas de disco e 6 capas de livro. As obras serão apresentadas em blocos: Clube de gravura de Bagé e Porto Alegre (anos 1950), fase Pop/Nova Figuração (anos 1960), fase tropicalista e antropofágica (de 1968 a 1977), Série Rio de Janeiro (1979), Série Gaúcha (1976), Série Praça VX e Arredores (1998) e uma série de litografias com conteúdo crítico e político. Em vitrines, o design de: capas de revistas, livros e discos.
O Rio de Janeiro foi tema e linguagem na obra de Glauco Rodrigues, onde estão presentes a sensualidade da natureza, o jeito de ser do povo carioca, a praia e o carnaval. “A série de 10 litografias ‘Guia Turístico e Histórico do Rio de Janeiro’ é, em minha opinião, o trabalho mais importante no grupo de litografias do artista. Nessa obra, Glauco revisita e recicla a história do Rio de Janeiro, desde a sua fundação”, explica o curador.
Glauco Rodrigues foi um virtuose da linguagem gráfica. O artista utilizou e defendeu o recurso da reprodução gráfica, disciplina muito cultivada em sua carreira, para ampliar a capacidade de circulação de seu trabalho, e assim democratizar sua arte. Uma obra de grande significação e importância cultural para a identidade brasileira, que opera sobre imagens símbolos de nossa nacionalidade.
Glauco Rodrigues nasceu em Bagé (RS), em 1929, e faleceu no Rio de Janeiro, em 2004, considerado um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea. Com os artistas Glênio Bianchetti e Danúbio Gonçalves, criou o Clube de Gravura de Bagé, em 1951. Três anos depois, integrava o Clube da Gravura de Porto Alegre, ao lado de Vasco Prado e Carlos Scliar. Os clubes são pioneiros da gravura no Brasil, guiados pelo realismo socialista. No período em que frequentou essas associações, Glauco aprimorou sua capacidade de desenhar, com trabalhos voltados para a representação do homem do campo e para os tipos e costumes regionais.
Em 1957, começa a transição da figura para o abstrato, na pintura de Glauco. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1959, quando, como ilustrador, fez parte da primeira equipe da inovadora revista Senhor e desenvolveu seu talento de ilustrador ao lado de Carlos Scliar, Jaguar, Bia Feitler, Paulo Francis, Ivan Lessa, Luís Lobo e Newton Rodrigues.
Residiu em Roma entre 1962 e 1965, a convite do embaixador Hugo Gouthier, para implantar o setor gráfico da Embaixada do Brasil. Num período em que a arte não-figurativa se impunha, internacionalmente, Glauco também aderiu ao abstracionismo. Realizou exposições individuais em Roma e Munique. Em 1964, participou da delegação brasileira na Bienal de Veneza, ao lado de nomes como Tarsila, Volpi e Krajcberg. Na Bienal, Glauco ficou impressionado com a delegação americana e com o conjunto de artistas Pop.
A volta ao Brasil, em 1965, coincidiu com a volta de sua pintura ao figurativo. A partir daí, ele escolheu dedicar-se a uma pintura que faz da base e da atmosfera fotográficas seus instrumentos fundamentais. Pintura destinada a encarar e a revelar o Brasil com olho crítico, por meio de uma montagem “carnavalesca”, onde histórias, imagens e fantasias, do nosso passado e presente, se unem.
Com mais de 50 exposições individuais, e dezenas de prêmios, conquistados no Brasil e no exterior, Glauco Rodrigues consta com uma importante presença na história da arte brasileira.
Serviço:
Exposição “O Universo Gráfico de Glauco Rodrigues”
Data de Abertura: para convidados, 4 de dezembro de 2012 (terça-feira) – para público - de 5 de dezembro de 2012 a 6 de janeiro de 2013
Exposição: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h
Local: Galeria da CAIXA Cultural Fortaleza (CE)
Endereço: Av. Pessoa Anta, 287, Praia de Iracema
Entrada Franca
Classificação etária: Livre
Informações: (85) 3453-2770
Acesso para portadores de deficiência e assentos especiais
SHOWS
Janeiro tem show do Barão Vermelho em FortalezaGrupo retorna aos palcos em comemoração aos 30 anos do lançamento do primeiro disco
Os ingressos para o show do Barão Vermelho em Fortaleza começam a ser vendidos na próxima quinta-feira, dia 6, no site BilheteriaVirtual.com. O grupo decidiu retornar aos palcos em uma turnê temporária, intitulada “+1 dose”, para comemorar os 30 anos de lançamento do primeiro disco. A tão esperada apresentação na capital cearense acontece no dia 12 de janeiro, na barraca de praia Biruta.
O repertório do show vai abranger os grandes sucessos de todos os discos do grupo, como “Codinome Beija-Flor”, “Todo Amor” e “Por Você”. A turnê, que começou no final de outubro no Rio de Janeiro, segue até o mês de março do ano que vem.
Criado em 1981, o Barão Vermelho conquistou diferentes gerações de público. Os 15 CDs lançados e as músicas que estouraram em todo o país fizeram com que o grupo se tornasse um dos principais nomes do rock brasileiro. Alguns dos primeiros hits de sucesso da banda foram “Pro Dia Nascer Feliz”, “Beth Balanço” e “O Tempo Não Para”.
Além do talentoso quinteto atual, formado por Roberto Frejat, Guto Goffi, Peninha, Rodrigo Santos e Fernando Magalhães, o Barão Vermelho já contou com outros integrantes de peso, como Cazuza, Dé, Dadi Carvalho e Sérgio Serra. Em 2005, o grupo resolveu fazer uma pausa para que os integrantes pudessem desenvolver projetos paralelos.
SERVIÇO
Local: Biruta
Data: 12 de janeiro de 2013
Ingressos:
Pista: R$30,00 | Frontstage: R$50,00
Vendas: a partir do dia 6 de dezembro no site BilheteriaVirtual.com
LIVROS NÃO-FICÇÃO
Nova obra da coleção “Amor e Psique” trata sobre a medicina arquetípicaObra mostra a importância do tema e sua contribuição para o estudo da psicologia
Em Medicina Arquetípica, lançamento da Paulus Editora, Alfred J. Ziegler (1925-1992) relê, a partir de uma perspectiva psicológica, doenças como asma, anorexia, reumatismo, ataque cardíaco, afecções de pele e dor crônica. Escrito há mais de trinta anos, o presente texto continua atual, haja vista que algumas das problemáticas abordadas estão cada vez mais em evidência.
“A medicina arquetípica é um tipo de medicina psicossomática que tenta produzir mudança nas síndromes das doenças por meio da linguagem e, consequentemente, por meio da razão. Apesar dos princípios fundamentais descritos, a medicina arquetípica opõe-se a quaisquer e todas as avaliações excessivamente materialistas do real com uma desconfiança básica”, explica o autor.
No decorrer das páginas, Ziegler busca mostrar que a natureza humana não é nem natural nem saudável, mas aflita e cronicamente doente, desafiando assim a base filosófica da medicina tradicional, expondo sua sombra e denunciando que o atual interesse excessivo na saúde trai nossa natureza. Composta de uma parte inicial teórica e outra a respeito da prática, a obra traz exemplificações das ideias apresentadas, acrescentando à visão tradicional da relação doença-saúde uma nova perspectiva.
“A medicina arquetípica não depende tanto da objetividade quanto da subjetividade onde a ênfase, em graus diversos, está claramente sobre a experiência individual e sua prioridade. Sua preocupação principal não é com a observação de sintomas, mas move-se para a amplificação fenomenológica, em direção à essência simbólica do que é observado”, conclui o autor.
As questões, tratadas em um estilo elegante e simples, envolvido em exemplos de casos e dados, proporciona ao leitor um material enriquecedor, auxiliando estudantes, profissionais da área e interessados no assunto.
Alfred J. Ziegler (1925-1992), psiquiatra e analista de formação, dedicou-se por muitos anos à pesquisa sobre onirologia no âmbito da medicina psicossomática. Lecionou no Instituto Carl Jung, de Zurique (Suíça). Foi redator e editor da revista Gorgo de psicologia arquetípica e pensamento imagético, publicada em Stuttgart (Alemanha). Dentre suas obras, merecem destaque: Imagens de uma medicina da sombra (1987); Delírio e realidade – A humanidade em fuga diante de si mesma (1983); O Castrato – Horas espirituais de uma mística mórbida (1992).
Serviço
Título: Medicina arquetípica
Autor: Alfred J. Ziegler
Coleção: Amor e Psique
Páginas: 200
Preço: R$ 25,00
Área de interesse: Psicologia
QUADRINHOS
Editora Abril lança antologia completa nos 70 anos de Zé CariocaÉ a primeira vez que uma publicação reúne todas as tiras do papagaio da Vila Xurupita, que ganha duas aventuras inéditas — o que não ocorria há mais de dez anos
Depois do Pato que inaugurou as publicações da Editora Abril completar sete décadas, é a vez do mais célebre personagem de HQ já criado no Brasil virar setentão: Zé Carioca, o mais clássico de todos comics tupiniquins, fez sua estreia no longa dos Estúdios Disney “Alô Amigos” em 1942. Para comemorar essa data, a Editora Abril fará uma coletânea de todas as histórias já publicadas ao longo deste tempo, algo que nunca foi feito antes.
São dois volumes de 300 páginas cada, sendo que o primeiro está nas bancas desde 30/10 — exatamente um mês depois, a segunda edição desembarca. No total, 103 tiras serão republicadas com as cores originais com que foram lançadas. A Abril reuniu um time de especialistas que devotaram cerca de dez meses a uma pesquisa minuciosa para conservar os mesmos tons vintage de gibis de décadas passadas.
Decerto, a coleção encherá de nostalgia gerações inteiras influenciadas pelos quadrinhos Disney, e fará um importante trabalho em resgatar aos leitores mais jovens este valioso legado da produção brasileira de HQ. Fato, porém, é que a Editora Abril dará um passo adiante ao publicar as primeiras histórias inéditas de Zé Carioca em mais de dez anos. Quem assina os roteiros são dois desenhistas que escreveram algumas das mais célebres histórias no apogeu do gibi de Zé Carioca aqui no Brasil, durante os anos 70, 80 e 90, Arthur Faria Jr. e Luiz Podavin. A Editora Abril passará a publicar histórias inéditas da Vila Xurupita a partir do 1º trimestre de 2013.
Como se trata de uma coleção especial, o leitor é brindado com uma introdução que traz detalhes sobre a fatídica viagem de Walt Disney ao Brasil em 1941 — como parte da “Política da Boa Vizinhança” implementada junto à América Latina pela CIA — e curiosidades sobre o processo de criação do personagem. Muito se especula sobre qual brasileiro inspirou os estúdios Disney a desenvolver a personagem; a hipótese mais surpreendente alega que, não obstante seu nome, os desenhistas se basearam na figura de um paulista: o músico José do Patrocínio Oliveira, o Zezinho, crucial para que fossem elaborados os movimentos e trejeitos que seriam empregados na animação “Alô Amigos”.
Zezinho tocou com Carmen Miranda em vários de seus sucessos holywoodianos, e ela mesma o indicou a Walt Disney para dublar Zé Carioca. Disney falava que o músico tinha até “nariz de papagaio”; segundo ele, os artistas do estúdio pediam a Zezinho andar, sambar e rebolar para estudarem seus movimentos — ao que o músico respondia: “Mas eu não sei rebolar, eu sou paulista!”