domingo, 5 de junho de 2011

CINEMA


Professor X e Magneto eram amigos

Seguindo cartilha de Hollywood, "X-Men" busca origens

O cinema comercial de Hollywood sempre primou por ter histórias com começo, meio e fim. Agora, cada vez mais, os estúdios vão em busca de dinheiro fácil com o início de histórias cujo meio e fim o público já conhece. É o caso de "X-Men: Primeira Classe", que estreou na sexta.

Como a série rende boa bilheteria com as histórias de Wolverine e companhia, por que não começar uma nova mostrando a origem de outros personagens? "A série com o Wolverine tem sua carreira de sucesso e não quisemos interferir nela. Resolvemos apostar em outra, que foca no Professor X e no Magneto", afirma Bryan Singer, produtor e autor da ideia para o longa.
Os filmes dois e três vão depender, é claro, da bilheteria deste, mas os atores já assinaram um contrato para fazê-los. A ideia, diz Singer, foi responder a algumas perguntas do público que acompanhou a história dos mutantes no cinema. Por exemplo, por que Charles e Magneto estão em lados opostos: o primeiro acredita na humanidade e quer salvá-la com a ajuda dos mutantes do bem; o segundo é descrente e tem sua legião do mal. Por que Charles está numa cadeira de rodas?



"A vontade de contar essa história prévia apareceu quando dirigia o 'X-Men 1'. O Patrick Stewart (ator que interpreta Charles Xavier nos primeiros filmes) me perguntou um dia: como meu personagem acaba numa cadeira de rodas? Respondi: você quer a história dos quadrinhos ou a minha? Ele disse, a sua. Contei, ele gostou e é a que está no filme agora", disse Singer, durante entrevista em Londres.

A ação se passa nos anos 60, durante a crise dos mísseis entre os EUA e a então União Soviética que quase levou o mundo a uma guerra nuclear. Charles Xavier era ainda um aluno da Universidade Oxford, que sabia de seus poderes de telepata, mas desconhecia a quantidade de mutantes no mundo. Por meio da CIA (agência de inteligência dos EUA), ele conhece Erik Lehnsherr, que depois adotaria o nome de Magneto por sua capacidade de atrair e manipular metais. Se tornam amigos e depois adversários.
Apesar do tema sério (o perigo nuclear), o filme é muito mais leve e bem humorado que os demais "X-Men". "O que os outros filmes da série 'X-Men' não tinham? Algo mais sensual e um pouco de comédia. Então foi ótimo ter esses elementos agora. São muito chatos os filmes sobre super-heróis que se levam muito a sério", afirmou James McAvoy, que interpreta Xavier. Segundo Singer, se o público gostar dessas pinceladas de humor, talvez o próximo filme revele por que o Professor X ficou careca.

Nenhum comentário: