"LEGADOS INESQUECÍVEIS" DO JORNALISTA JOSÉ AUGUSTO LOPES
BLOG DIVIRTA-CE conversou com um dos grandes nomes da comunicação cearense da nossa época, que acaba de lançar novo livro
Nomes de destaque na sociedade cearense estiveram no Ideal Clube e na Associação Cearense de Imprensa (ACI) para acompanhar o lançamento do livro “Legados Inesquecíveis – de Amor Cearense”, do jornalista José Augusto Lopes. Com prefácio de Guto Benevides e apresentação de Salomão de Castro, e que é dedicada ao desembargador Daniel Augusto Lopes, pai do nobre autor, José Augusto destila em seu novo livro histórias curiosas de pessoas que ele admira e teve contato durante sua vida dedicada ao jornalismo, onde se destacou como colunista social e editor do caderno Gente do Diário do Nordeste por um longo período. José também se notabilizou um exímio crítico de cinema e manteve também coluna dedicada à sétima arte durante anos. Veja entrevista feita por FELIPE MUNIZ PALHANO.
O livro “Legados Inesquecíveis – de Amor Cearense” pode ser adquiridos na secretaria do Ideal Clube e na Livraria Escritores do Ceará, de Gonzaga Mota, situada na Rua Nunes Valente 3291.
DIVIRTA-CE - Como começou sua carreira e seu interesse pelo jornalismo e quais os primeiros veículos de comunicação você já trabalhou?
JOSÉ AUGUSTO LOPES - Se minha profissão não fosse escrever, creio que não saberia fazer outra coisa a contento. Desde menino, já era o editor de um jornalzinho no então Ginásio 7 de Setembro, grande instituição de ensino na qual o notável mestre Edilson Brasil Soárez, que significativamente é personagem do livro "Legados inesquecíveis - de amor cearense", foi fundamental no incentivo ao meu amor pelas letras. Meu pai, desembargador Daniel Augusto Lopes, queria que eu seguisse a carreira jurídica, ainda cheguei a cursar Direito, mas a duras penas. Depois, já mais maduro e independente, fiz valer minha opinião e fui fazer Comunicação Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
DIVIRTA-CE - Você já teve outras experiências de trabalho ou já pretendeu seguir outras carreiras?
JOSÉ AUGUSTO LOPES - Já tive alguns anos de experiência no setor publicitário, que num certo sentido se relaciona bastante ao jornalismo. Trabalhei na A.S. Propaganda e na SG Publicidade, entre outras, e foi na propaganda que conquistei minhas mais significativas premiações. Ganhei duas vezes o Prêmio Profissionais da Rede Globo de Televisão e inúmeros prêmios da revista Propaganda, de São Paulo, inclusive um de caráter nacional, no qual tive como parceiro Audífax Rios (que também está no meu livro), sobre os 30 anos da Rádio Iracema de Fortaleza.
DIVIRTA-CE - Quais as maiores diferenças entre o jornalismo do começo da sua carreira e dos tempos atuais e quais as maiores dificuldades na sua opinião?
JOSÉ AUGUSTO LOPES - No início de minha carreira, nos anos 1960, costumava-se dizer que ainda se podia fazer jornalismo "por amor", ou "com amor", tudo muito diferente da visão predominantemente empresarial do jornalismo de hoje, no qual os interesses comercias imediatos das empresas prevalecem sobre qualquer tipo de eventual idealismo do repórter ou editorialista.
DIVIRTA-CE - Você passou um grande período como colunista e editor de caderno da sociedade. Fale sobre o glamour das coberturas e situações inusitadas da high society cearense que você já viveu em suas coberturas.
JOSÉ AUGUSTO LOPES - Olha, Felipe, é claro que consegui fazer boas e definitivas amizades por meio do colunismo social, mas hoje renunciaria de bom grado a boa parte dessa fase de "glamour" para me dedicar a outros tipos de atividades. Escrever livros, por exemplo..
DIVIRTA-CE - O que você poderia comentar sobre a crise do jornalismo com o aumento de número de mortes de profissionais, o desemprego e o aumento da comunicação virtual em redes sociais, onde qualquer pessoa pode emitir suas opiniões, ter seu blog e lançar notícias em seus posts, até com notícias falsas.
JOSÉ AUGUSTO LOPES - A ascensão das redes sociais tem seus prós e contras. Ao mesmo tempo em que pode massificar inverdades, também pode ser o único caminho de se ter acesso à fatos reais ocultos ou manipulados pela grande mídia. É uma arma de dois gumes, mas com um pouco de análise e paciência se consegue, mais ou menos, separar o joio do trigo. A meu ver, entretanto, as qualidades da internet superam seus senões.
DIVIRTA-CE - Como teve a ideia deste novo livro, qual tema principal da obra e fale sobre o processo de criação. Quanto tempo levou para o livro ser escrito e lançado?
JOSÉ AUGUSTO LOPES - O livro "Legados Inesquecíveis" nasceu da minha necessidade de testemunhar, na qualidade de homem de imprensa, sobre aspectos muitas vezes subestimados, ou desconhecidos, do caráter de pessoas admiráveis. Ninguém é perfeito, mas muitos nomes são injustamente detonados. Meu livro não tem qualquer tipo de coloração política. Existem personalidades meritórias tanto na esquerda como na direita, isso para usar jargões convencionais e frequentemente utilizados. Fui buscar o lado positivo do caráter de cada um dos meus homenageados.
DIVIRTA-CE - Como surgiu essa parceria com o colunista do jornal O Estado, Flavio Tôrres?
JOSÉ AUGUSTO LOPES - A partir de um diálogo com meu amigo Flávio Torres, com quem trabalhei durante muitos anos, surgiu-nos uma série de nomes sobre os quais se poderia fazer um registro digno e isento. A ideia foi tomando forma, começamos a pesquisar e o livro hoje já segue seu próprio curso, servindo de exemplo para publicações congêneres e independente de nós.
DIVIRTA-CE - Quais serão os próximos projetos e desafios de José Augusto Lopes?
JOSÉ AUGUSTO LOPES - O meu próximo projeto é bem mais ambicioso, Felipe, pretendo fazer um amplo registro de várias épocas que vivenciei, numa mistura meio onírica de ficção e realidade. Espero ter fôlego para concretizar este sonho. Sei que é difícil, mas vou tentar.
BLOG DIVIRTA-CE conversou com um dos grandes nomes da comunicação cearense da nossa época, que acaba de lançar novo livro
Nomes de destaque na sociedade cearense estiveram no Ideal Clube e na Associação Cearense de Imprensa (ACI) para acompanhar o lançamento do livro “Legados Inesquecíveis – de Amor Cearense”, do jornalista José Augusto Lopes. Com prefácio de Guto Benevides e apresentação de Salomão de Castro, e que é dedicada ao desembargador Daniel Augusto Lopes, pai do nobre autor, José Augusto destila em seu novo livro histórias curiosas de pessoas que ele admira e teve contato durante sua vida dedicada ao jornalismo, onde se destacou como colunista social e editor do caderno Gente do Diário do Nordeste por um longo período. José também se notabilizou um exímio crítico de cinema e manteve também coluna dedicada à sétima arte durante anos. Veja entrevista feita por FELIPE MUNIZ PALHANO.
O livro “Legados Inesquecíveis – de Amor Cearense” pode ser adquiridos na secretaria do Ideal Clube e na Livraria Escritores do Ceará, de Gonzaga Mota, situada na Rua Nunes Valente 3291.
DIVIRTA-CE - Como começou sua carreira e seu interesse pelo jornalismo e quais os primeiros veículos de comunicação você já trabalhou?
JOSÉ AUGUSTO LOPES - Se minha profissão não fosse escrever, creio que não saberia fazer outra coisa a contento. Desde menino, já era o editor de um jornalzinho no então Ginásio 7 de Setembro, grande instituição de ensino na qual o notável mestre Edilson Brasil Soárez, que significativamente é personagem do livro "Legados inesquecíveis - de amor cearense", foi fundamental no incentivo ao meu amor pelas letras. Meu pai, desembargador Daniel Augusto Lopes, queria que eu seguisse a carreira jurídica, ainda cheguei a cursar Direito, mas a duras penas. Depois, já mais maduro e independente, fiz valer minha opinião e fui fazer Comunicação Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
DIVIRTA-CE - Você já teve outras experiências de trabalho ou já pretendeu seguir outras carreiras?
JOSÉ AUGUSTO LOPES - Já tive alguns anos de experiência no setor publicitário, que num certo sentido se relaciona bastante ao jornalismo. Trabalhei na A.S. Propaganda e na SG Publicidade, entre outras, e foi na propaganda que conquistei minhas mais significativas premiações. Ganhei duas vezes o Prêmio Profissionais da Rede Globo de Televisão e inúmeros prêmios da revista Propaganda, de São Paulo, inclusive um de caráter nacional, no qual tive como parceiro Audífax Rios (que também está no meu livro), sobre os 30 anos da Rádio Iracema de Fortaleza.
DIVIRTA-CE - Quais as maiores diferenças entre o jornalismo do começo da sua carreira e dos tempos atuais e quais as maiores dificuldades na sua opinião?
JOSÉ AUGUSTO LOPES - No início de minha carreira, nos anos 1960, costumava-se dizer que ainda se podia fazer jornalismo "por amor", ou "com amor", tudo muito diferente da visão predominantemente empresarial do jornalismo de hoje, no qual os interesses comercias imediatos das empresas prevalecem sobre qualquer tipo de eventual idealismo do repórter ou editorialista.
DIVIRTA-CE - Você passou um grande período como colunista e editor de caderno da sociedade. Fale sobre o glamour das coberturas e situações inusitadas da high society cearense que você já viveu em suas coberturas.
JOSÉ AUGUSTO LOPES - Olha, Felipe, é claro que consegui fazer boas e definitivas amizades por meio do colunismo social, mas hoje renunciaria de bom grado a boa parte dessa fase de "glamour" para me dedicar a outros tipos de atividades. Escrever livros, por exemplo..
DIVIRTA-CE - O que você poderia comentar sobre a crise do jornalismo com o aumento de número de mortes de profissionais, o desemprego e o aumento da comunicação virtual em redes sociais, onde qualquer pessoa pode emitir suas opiniões, ter seu blog e lançar notícias em seus posts, até com notícias falsas.
JOSÉ AUGUSTO LOPES - A ascensão das redes sociais tem seus prós e contras. Ao mesmo tempo em que pode massificar inverdades, também pode ser o único caminho de se ter acesso à fatos reais ocultos ou manipulados pela grande mídia. É uma arma de dois gumes, mas com um pouco de análise e paciência se consegue, mais ou menos, separar o joio do trigo. A meu ver, entretanto, as qualidades da internet superam seus senões.
DIVIRTA-CE - Como teve a ideia deste novo livro, qual tema principal da obra e fale sobre o processo de criação. Quanto tempo levou para o livro ser escrito e lançado?
JOSÉ AUGUSTO LOPES - O livro "Legados Inesquecíveis" nasceu da minha necessidade de testemunhar, na qualidade de homem de imprensa, sobre aspectos muitas vezes subestimados, ou desconhecidos, do caráter de pessoas admiráveis. Ninguém é perfeito, mas muitos nomes são injustamente detonados. Meu livro não tem qualquer tipo de coloração política. Existem personalidades meritórias tanto na esquerda como na direita, isso para usar jargões convencionais e frequentemente utilizados. Fui buscar o lado positivo do caráter de cada um dos meus homenageados.
DIVIRTA-CE - Como surgiu essa parceria com o colunista do jornal O Estado, Flavio Tôrres?
JOSÉ AUGUSTO LOPES - A partir de um diálogo com meu amigo Flávio Torres, com quem trabalhei durante muitos anos, surgiu-nos uma série de nomes sobre os quais se poderia fazer um registro digno e isento. A ideia foi tomando forma, começamos a pesquisar e o livro hoje já segue seu próprio curso, servindo de exemplo para publicações congêneres e independente de nós.
DIVIRTA-CE - Quais serão os próximos projetos e desafios de José Augusto Lopes?
JOSÉ AUGUSTO LOPES - O meu próximo projeto é bem mais ambicioso, Felipe, pretendo fazer um amplo registro de várias épocas que vivenciei, numa mistura meio onírica de ficção e realidade. Espero ter fôlego para concretizar este sonho. Sei que é difícil, mas vou tentar.
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