As várias formas de surpreender da cantora Sia
A australiana Sia não é novidade no mundo pop, mas seu novo disco "1000 forms of fear" é apontado como um dos melhores de 2014
A nova fase da carreira da cantora Sia é a coisa mais interessante a acontecer no mundo da música pop em muito tempo. Talvez desde a metamorfose de Miley Cyrus, talvez desde a renascença de Kanye West, talvez desde o surgimento de Lady Gaga. Só o tempo vai dizer exatamente o valor de 1000 Forms of Fear, mas vê-lo evoluir será definitivamente delicioso para os fãs de pop. Toda conclusão, porém, merece uma explicação. Porque 1000 Forms of Fear é tão interessante assim? Vamos por partes.
Dos motivos, o mais importante é a qualidade absurda do disco. O novo álbum de Sia não deixa a peteca cair um instante sequer – é um pacote conciso de 13 músicas fortes, bem escritas e produzidas com perfeição por Greg Kurstin (do duo The Bird and the Bee). A combinação de letras confessionais e refrões que decolam colocam músicas como Big Girls Cry, Burn The Page e Fire Meets Gasoline na categoria rara de faixas que vão de fazer você dançar chorando ou chorar dançando. Já baladas como Fair Game (um vislumbre do que Lana Del Rey poderia ser com um produtor de maior personalidade) e Straight for the Knife cortam como um bisturi. Hostage, co-escrita por Nick Valensi, dos Strokes, é melhor que os dois últimos discos inteiros da banda de New York.
Por trás das músicas, se esconde mais um motivo: a história de Sia. A australiana Sia Furler sofre de um distúbrio da Glândula Tireóide que causa enorme ansiedade, palpitações cardíacas, depressão, apatia e oscilações emocionais. Por isso, nutre uma enorme fobia em relação a apresentações públicas, televisionadas, e em relação à fama.
Sia não é novidade no mundo Pop (quem acompanhou a série Six Feet Under até hoje chora ao ouvir sua balada Breathe Me), mas explodiu na mídia recentemente como compositora de hits de outros artistas como Beyoncé e como colaboradora de David Guetta e Flo Rida.
E o que Sia está fazendo com essa história complexa e com suas limitações? Após a morte de seu namorado, na juventude, em um acidente de carro, Sia afundou em um longo vício em drogas e álcool. Agora, está limpa. E para vencer a ansiedade de palco, criou uma nova forma de se apresentar. É hora do último motivo para o fascínio de 1000 forms of fear: a série de performances dedicadas ao hit Chandelier.
A sensação de ouvir Chandelier bem alto é parecida com a de um passeio na tirolesa que Tris percorre em Divergente, voando em alta velocidade pelas ruínas da cidade. O principal single do disco ganhou um clipe coreografado e várias apresentações ao vivo na TV, em que Sia fica de costas para as câmeras e para as pequenas plateias enquanto alguém vestindo uma peruca loira realiza uma performance na tela. Todos são Sia, mas ao mesmo tempo, a Sia em si se protege da câmera. A entrega, nas letras, é total, mas na vida, é parcial.
OUÇA O CD TODO E VEJA O CLIPE DE "CHANDELIER"
A australiana Sia não é novidade no mundo pop, mas seu novo disco "1000 forms of fear" é apontado como um dos melhores de 2014
A nova fase da carreira da cantora Sia é a coisa mais interessante a acontecer no mundo da música pop em muito tempo. Talvez desde a metamorfose de Miley Cyrus, talvez desde a renascença de Kanye West, talvez desde o surgimento de Lady Gaga. Só o tempo vai dizer exatamente o valor de 1000 Forms of Fear, mas vê-lo evoluir será definitivamente delicioso para os fãs de pop. Toda conclusão, porém, merece uma explicação. Porque 1000 Forms of Fear é tão interessante assim? Vamos por partes.
Dos motivos, o mais importante é a qualidade absurda do disco. O novo álbum de Sia não deixa a peteca cair um instante sequer – é um pacote conciso de 13 músicas fortes, bem escritas e produzidas com perfeição por Greg Kurstin (do duo The Bird and the Bee). A combinação de letras confessionais e refrões que decolam colocam músicas como Big Girls Cry, Burn The Page e Fire Meets Gasoline na categoria rara de faixas que vão de fazer você dançar chorando ou chorar dançando. Já baladas como Fair Game (um vislumbre do que Lana Del Rey poderia ser com um produtor de maior personalidade) e Straight for the Knife cortam como um bisturi. Hostage, co-escrita por Nick Valensi, dos Strokes, é melhor que os dois últimos discos inteiros da banda de New York.
Por trás das músicas, se esconde mais um motivo: a história de Sia. A australiana Sia Furler sofre de um distúbrio da Glândula Tireóide que causa enorme ansiedade, palpitações cardíacas, depressão, apatia e oscilações emocionais. Por isso, nutre uma enorme fobia em relação a apresentações públicas, televisionadas, e em relação à fama.
Sia não é novidade no mundo Pop (quem acompanhou a série Six Feet Under até hoje chora ao ouvir sua balada Breathe Me), mas explodiu na mídia recentemente como compositora de hits de outros artistas como Beyoncé e como colaboradora de David Guetta e Flo Rida.
E o que Sia está fazendo com essa história complexa e com suas limitações? Após a morte de seu namorado, na juventude, em um acidente de carro, Sia afundou em um longo vício em drogas e álcool. Agora, está limpa. E para vencer a ansiedade de palco, criou uma nova forma de se apresentar. É hora do último motivo para o fascínio de 1000 forms of fear: a série de performances dedicadas ao hit Chandelier.
A sensação de ouvir Chandelier bem alto é parecida com a de um passeio na tirolesa que Tris percorre em Divergente, voando em alta velocidade pelas ruínas da cidade. O principal single do disco ganhou um clipe coreografado e várias apresentações ao vivo na TV, em que Sia fica de costas para as câmeras e para as pequenas plateias enquanto alguém vestindo uma peruca loira realiza uma performance na tela. Todos são Sia, mas ao mesmo tempo, a Sia em si se protege da câmera. A entrega, nas letras, é total, mas na vida, é parcial.
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