domingo, 11 de setembro de 2011

LIVROS - NÃO-FICÇÃO

Comunicados do front publicitário

Clássico que inspirou a premiada série de TV, “Mad Men” ganha primeira edição brasileira


Escrito em 1970 por Jerry Della Femina, um dos maiores ícones da propaganda americana, Mad Men, best seller cult considerado brilhante pela crítica e que inspirou a premiada série de TV homônima, é um retrato irreverente e primoroso da publicidade nas décadas de 1960 e 70. Publicado pela primeira vez no Brasil após ganhar uma nova edição nos Estados Unidos, o livro de Della Femina, um dos consultores da primeira temporada do seriado, causou furor na época e acabou se tornando uma das maiores referências do mercado ao revelar o modus operandi da Madison Avenue durante a idade de ouro da propaganda. Quando havia algum debate para saber se uma coisa era exata ou não, Jerry dizia, "Vocês não sabem da missa a metade. Tudo era muito pior do que aquilo que vocês estão vendo no seriado."
A aclamada série da HBO Mad Man, que superou A Família Soprano em sucesso e audiência, retrata o dia-a-dia da agência de publicidade Sterling Cooper na década de 1960. “O guia não oficial de Mad Men”, que acaba de ser lançado pela Editora BestSeller junto com a primeira edição brasileira de Mad Man, traz revelações dos bastidores, um guia de episódios, biografias dos atores, além de anexos inusitados: "Como festejar ao estilo Mad Men" é um deles. Jesse McLean, roteirista e crítico de televisão canadense, incluiu ainda uma análise do contexto cultural e social do fascinante mundo da publicidade americana nos anos 60, com detalhes históricos das principais campanhas publicitárias realizadas pela agência, como as da Volkswagen e da Lucky Strike, e a campanha presidencial Nixon/Kennedy.














Tempos de twitter


Lançamento reúne mil biografias com até 140 caracteres


Você conseguiria descrever a vida de uma pessoa em apenas 140 caracteres? Esse foi o desafio do escritor Eduardo Diório Junior, que acaba de lançar o livro “Mil Biografias Para Twitter (Matrix Editora). O autor decidiu ir direto ao ponto e contar o que de mais importante aquela pessoa fez ao longo de sua vida ou carreira.
Entre as personalidades biografadas estão políticos, celebridades, jornalistas, atrizes, atletas, apresentadores, entre outros. Segundo o autor, biografias são quase sempre longas e chatas, por isso surgiu a ideia de reunir em um único livro mil biografias curtas e com muito bom humor.
Vejas alguns exemplos: Ashton Kutcher – O cara casou com a Demi Moore, tira onda com famosos e foi o primeiro a bombar no twitter, com um milhão de seguidores. Ah! Diz que é ator.
Grazi Massafera – Ex-BBB mais bem sucedida de todos os tempos, além de ser a mais gostosa, claro! Agora é atriz e garota-propaganda de todo tipo de produto.
Meryl Streep – Basta a mulher botar a cara na tela, por menor que seja o papel, e já é indicada ao Oscar e ao Globo de Ouro. Até cantando Abba, imagine!
Rogério Ceni – Goleiro e sócio do São Paulo, sem paciência de ficar parado no fundo do estádio, sai e marca mais gols que a maioria dos jogadores por aí.
Natural de Londrina (PR), Eduardo Diório Junior é professor, linguista, escritor, dramaturgo e produtor cultural, tendo vários de seus contos premiados e publicados pelo país e espetáculos teatrais montados e premiados na região de Curitiba. Lançou um e-book infantil (O Identificador de Monstros) e, atualmente, desenvolve um projeto no twitter (http://twitter.com/140em140) sobre os clássicos da cultura.










Uma nova biografia de Jesus

Obra resume história de Cristo para geração twitter

Após o sucesso de Churchill (Nova Fronteira), o renomado escritor e historiador inglês Paul Johnson lança pela editora Nova Fronteira uma obra sobre a maior figura religiosa da história da humanidade. Uma análise histórica intercalada com reflexões acerca das mensagens cristãs, Jesus: Uma biografia de Jesus Cristo para o século XXI é fundamentada no estudo do Novo Testamento, sobretudo dos Quatro Evangelhos. A obra relata de forma sucinta, porém minuciosa, o nascimento, os ensinamentos, a morte e a Ressurreição do “filho de Deus”.
Por meio de uma linguagem objetiva e acessível, o autor discorre sobre os preceitos disseminados pelo homem que fundou o cristianismo e a importância de suas lições na atualidade. Além disso, Johnson, que tem mais de 40 obras publicadas, utiliza seu vasto conhecimento da História Antiga para descrever os contextos político, econômico, religioso e cultural da época de Jesus na Galileia.
Dividido em nove capítulos, o livro segue a ordem cronológica dos acontecimentos de acordo com os registros bíblicos e explora diferentes faces de Cristo, como a sua relação com as mulheres. Maria de Nazaré e Maria Madalena, uma das discípulas mais dedicadas segundo o Novo Testamento, por exemplo, ganham destaque em diversos momentos da biografia. “Ele [Jesus] não era um pregador por isso as mulheres gostavam nele. Ele ensinava de uma forma interessante e luminosa coisas difíceis usando imagens da vida cotidiana e do trabalho”, avalia Johnson.
Outro ponto abordado pela obra é a perenidade das palavras de Cristo. O historiador chama atenção para a repercussão do discurso de Jesus, sua influência em segmentos como a religião, a política, a filosofia e as artes, entre outros, e o tom poético predominante em suas mensagens. “A verdade é que Jesus não era um retórico ou pregador. Ele pensava, raciocinava e falava como um poeta — com imagens, visões e metáforas do mundo natural”, explica o autor.
Johnson avalia o legado do Redentor para a geração atual. O escritor afirma que “se a bondade tem lugar no nosso mundo do século XXI é porque as palavras e ações de Jesus nos mostraram como abrir espaço para ela. Nenhum outro homem na história produziu tal efeito por tempo tão longo, sobre toda a superfície da Terra e sobre tal gama de questões”. Um tema inesgotável, a vida de Cristo ganha notáveis interpretações neste livro. Para o autor, “o segredo da vida de Jesus é um enorme paradoxo. Ele pretendia mostrar a homens e mulheres como se preparar para o mundo seguinte, se tornar merecedores dele. Mas o fez com tal habilidade que também deu a eles um padrão a seguir que os tornava seres humanos melhores, portanto, mais felizes no mundo atual. A busca pelo próximo mundo transformou este”.
Johnson aborda ainda o valor da noção de universalidade, notabilizada por Cristo, para a sociedade. “Quando perguntaram a Jesus ‘Quem é meu próximo?’ (Lc 10:29) sua resposta foi ‘todos’. Ele transformou a compaixão, que todos nós de tempos em tempos sentimos por uma determinada pessoa, em um enorme e abrangente evangelho de amor. Ensinou o amor à humanidade como um todo”. Após a leitura de Jesus: Uma biografia de Jesus Cristo para o século XXI compreende-se por que os ensinamentos do homem que mudou o curso da história são seguidos até hoje. Na opinião do historiador, “Jesus viveu em um mundo cruel e irracional, e sua vida e morte foram um protesto eloquente contra ele. (…) Também vivemos em um mundo cruel. Por isso sua biografia, em nosso terrível século XXI, é tão importante. Temos de estudá-la e aprender.”










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Livro “Música e Propaganda” faz estudo inovador

As formas de “seduzir” o consumidor são muitas e se aperfeiçoaram durante o século XIX e, em particular, no século XX. A música de propaganda foi um recurso fundamental para valorizar e ajudar a vender produtos em distintos tempos e lugares. E é essa a história retratada no livro “Música e Propaganda”, do pesquisador, editor e arquiteto Paulo Cezar Alves Goulart, que traça um esboço histórico da música de propaganda, entre 1850 e 1935.
Nesse estudo, o autor investiga as singularidades essenciais presentes nas raízes dos pregões, partituras e discos de propaganda e que iriam moldar seu formato definitivo nos jingles do rádio. A obra transita pelos vários percursos publicitários existentes.
A pesquisa detalhada e a possibilidade de compreender um inédito aspecto do pensamento publicitário do século XIX nos levam a “devorar” esse texto, ponto de partida para futuros estudos sobre a fascinante arte de bem vender. As informações inéditas e a análise da evolução da música de propaganda, em 70 anos de história no Brasil, tornam a obra uma publicação de referência sobre o tema para profissionais, estudantes, professores, pesquisadores, empresas e instituições relacionadas ao jingle, à publicidade e à música popular brasileira bem como interessados na memória cultural do país.

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