O projeto Jazz em Cena - Temporada Permanente de Jazz, apresenta no sábado, 3 de junho, às 19h, no Centro Cultural Banco do Nordeste, com entrada franca, um convidado especial: o pianista carioca, de ascendência italiana, Diogo Monzo.
Um dos grandes nomes do instrumento no Brasil, com frequentes apresentações também no exterior, Diogo Monzo, selecionado em 2015 entre os Top 5 no Made in New York Jazz Competition, pelo CD "Meu samba parece com quê?", participa do Jazz em Cena apresentando-se ao lado de aplaudidos músicos cearenses Nélio Costa (contrabaixo acústico) e André Benedecti (bateria). Como convidado especial, o compositor e multi-instrumentista Luciano Franco, ao violão.
No repertório, composições de Luiz Eça, Dorival Caymmi, Pixinguinha, Charlie Parker, além de obras do próprio Diogo e de Luciano Franco, como a valsa "Fernanda", composta em homenagem à produtora cultural, escritora, pesquisa e apresentadora de televisão Fernanda Quinderé, "madrinha" musical de Diogo Monzo, responsável por produzir shows do pianista Brasil adentro, Europa afora, em várias viagens.
*Na capital cearense, no Jazz em Cena neste sábado, 3 de junho, às 19h, Diogo Monzo e grupo apresentam o show "Sebastiana"*, destacando o álbum mais recente lançado pelo artista, que, pianista de formação erudita desde a infância, teve sua atenção para o jazz despertada ao ouvir o Tamba Trio e os arranjos de um dos grandes mestres da música brasileira: Luiz Eça, nome da chamada primeira geração da bossa nova.
O trio contava com Luizinho ao piano, Bebeto Castilho no contrabaixo e Hélcio Milito na bateria e na tamba, o instrumento diferenciado que deu nome ao grupo, e foi o primeiro a realizar pocket-shows, no Bottle´s Bar, do famoso Beco das Garrafas, catedral da bossa nova, no Rio de Janeiro, alcançando projeção internacional e lançando diversos discos.
"Quando estudava em conservatório, fui fazer uma aula com o Roberto Alves, que havia sido aluno do Luiz Eça. Roberto me mostrou as gravações do Tamba Trio, e achei bem diferentes. Através do Luizinho Eça, das músicas dele que passei a estudar, fui atrás do jazz", destaca Diogo.
"Luizinho foi essa inspiração pra mim e pra muitos outros da nossa música, de misturar, de juntar linguagens do piano erudito, do jazz, da música brasileira. Ele me abriu o horizonte pra sair do piano erudito", ressalta o artista.
"No início, pra mim foi difícil desapegar da partitura. Quando a gente começa a tocar música popular, passa a precisar ouvir mais. É engraçado falar isso, mas foi preciso desapegar, ouvir os demais músicos, negociar com eles. A gente fala 'tocar de ouvido', mas é escutar mais mesmo".
*"O melhor de dois mundos"
Diogo Monzo ressalta que os caminhos percorridos ao longo dessa trajetória possibilitam buscar trafegar pelo "melhor de dois mundos". "A música popular depende mais de o músico criar em cima daquele tema. Pude aproveitar na música popular muito do que aprendi na música erudita, como a técnica. E hoje, quando toco música erudita, sinto que escuto mais, que tenho mais atenção a escutar a música, além da partitura", aponta.
*Diálogo com músicos cearenses
Diogo já tocou com o contrabaixista Nélio Costa, com quem estará neste sábado no palco do CCBNB Fortaleza. Juntos participaram de gravações com o também pianista Ricardo Bacelar, em Fortaleza. "No projeto Jazz em Cena, no sábado, 3 de junho, vai ser a primeira vez que toco com André Benedecti, de quem vi muitos vídeos. Ele é excelente! E com o maestro Luciano Franco, que é um patrimônio da música do Ceará para o Brasil".
Luciano Franco também tocou com Diogo nas comemorações dos 70 anos de carreira de Fernanda, no Teatro Nadir Papi Saboia, em Fortaleza.
*Mais sobre Luiz Eça
Luiz Eça fez arranjos para discos de Maysa e Carlos Lyra, além de lançar o álbum "Luiz Eça e Cordas", de 1964, para muitos, sua obra-prima como arranjador, recriando temas de Edu Lobo, Baden Powell, Dori Caymmi, Durval Ferreira e Luiz Bonfá, além de composições próprias. Em 1979 lançou um disco ao vivo com ninguém menos que Bill Evans. Também gravou com Radamés Gnattali, Quinteto Villa-Lobos, Altamiro Carrilo e Victor Assis Brasil.
Em 2017 foi lançado o disco "Luiz Eça por Diogo Monzo", com produção da Fernanda Quinderé, viúva de Luiz Eça. Éesse disco que o jovem pianista revisita nesse show especial em Fortaleza, aolado de composições próprias. “Quis prestar essa homenagem a um dos maiores pianistas da história da MPB, ícone da bossa nova, quando ele completaria 80 anos”, ressalta. Entre as 10 faixas do disco estão "Mestre Bimba", "Quaseu m adeus", "The Dolphin", "Imagem", "Alegria de viver" e "Weekend".
SERVIÇO:
Diogo Monzo e grupo. Show sábado, 3 de junho, 19h, no CCBNB Fortaleza (Rua Conde D´Eu, 560),projeto Jazz em Cena. Entrada franca. Informações: 85999733054 e Instagram @jazzemcena.
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