terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Carnaval: especialistas alertam que não existe beijo seguro

Tempo de folia, de sair, se divertir, namorar, beijar…  Mas… beijo transmite cárie?
Beijar na boca é uma  troca de  carinho, amor… e, é claro, saliva.  Chamada por médicos e dentistas de fluído bucal, a saliva ao mesmo tempo que protege nossa boca contra bactérias, vírus  e fungos pode servir,  também, para  transmitir  doenças como, por exemplo,  gripe, resfriado, herpes, candidíase ou sapinho, sífilis, mononucleose e cárie. 

Um problema de saúde publica.
É assim que especialistas classificam o fato de quase metade da população do mundo ter algum tipo de doença na boca e, dentre essas doenças, a cárie está batendo recorde de vítimas. Cerca de  2,5 bilhões de pessoas  tem dentes cariados e, eles, são a porta de entrada para os mais diversos problemas de saúde  podendo, inclusive,  causar a  morte. Não há, porém, motivo para entrar em pânico  mas,  sim para se conscientizar e não abrir mão de usar as armas que temos que, segundo a odontologista Karin Stamer, da Eclinic, são simples mas muito eficazes “- Escovar os dentes, usar fio dental, ter uma boa alimentação e hidratação são cuidados que reduzem os riscos consideravelmente. É claro, que,  conhecer quem se está beijando também é muito importante.”
   
“Não é preciso deixar de beijar. Basta estar atento e  se cuidar”, diz a dra Stamer.  
Na boca  de cada um de nós existem diversos tipos de bactérias que são boas e ruins para a nossa saúde dependendo do que comemos e de como fazemos a nossa higiene bucal.  
Segundo os especialistas, não escovar os dentes e a língua (  20% das bactérias em nossa boca estão  na língua ), por, pelo menos, dois minutos e, no mínimo, duas vezes ao dia - após o café da manhã e antes de dormir ( o ideal seria escovar após todas as refeições)  - é  o primeiro passo para termos, dentro da boca, um ambiente fértil  para que as bactérias ruins se multipliquem. Os restos de açucares e alimentos que ficam colados nos dentes são o alimento favorito das bactérias ruins que, bem nutridas,  se multiplicam e formam  uma placa acida e pegajosa, conhecida também como placa bacteriana e,  que os dentistas chamam de “biofilme”.  Esse acido, sem que a gente perceba, vai  desmineralizando o dente até, que, o primeiro sinal, uma mancha branca, surge. Aos poucos essa mancha  vai escurecendo e as bactérias  vão tomando conta e destruindo o esmalte do dente até abrir  um buraquinho, a cárie,   que vai crescendo e, se não tratada, pode atingir as camadas mais profundas causando dor e, podendo levar até a perda  do dente. Uma situação que pode ficar até mais  grave , isso porque , a infecção que se forma no local onde está a cárie é um “ninho”de bactérias que podem cair na corrente sanguínea e espalhar a infecção pelo corpo todo podendo resultar em problemas cardíacos e até na morte.
Mas, voltando a nossa pergunta…. Cárie é transmitida através do beijo?  A resposta é : Depende. As bactérias mais comuns, conhecidas como  Streptococcus mutans, responsável pelas cáries podem entrar na nossa boca durante um beijo apaixonado mas, se tivermos paixão pelo nosso corpo e mantivermos  a nossa saúde bucal em dia com escovação, uso de fio dental e visitas periódicas ao dentista, elas não vão encontrar o ambiente que precisam para se instalar e, assim, ficam reduzidas as chances dos nossos dentes serem reféns delas.
Então, alerta a dra Karin Stamer,  “- Mesmo que a folia termine tarde e por mais cansados que possamos estar, escovar os dentes quando chegarmos em casa antes de irmos descansar é o melhor “remédio” que se pode usar para evitar não só a cárie mas, também, o mal hálito e, como vimos, problemas mais sérios para todo o nosso corpo.”.

Dra. Karin Stamer
 proprietária da Eclinic - serviço odontológico de última geração dentro do conceito de “zero stress” para o paciente.
*Graduada em Odontologia pela Universidade Paulista – UNIP. 
*Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Universidade Paulista – UNIP *Especialista em Odontopediatra pela ABENO – Associação Brasileira de Ensino Odontológico. *Residência em Ortodontia pela Michigan University, Ann Arbor 
*Pós-graduada em Harmonização Orofacial HOF pela Facsete com aperfeiçoamento pela Harvard University, Cambridge Massachusetts



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